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domingo, 1 de julho de 2018

SBPC e a Carta de Belo Horizonte - (Fora projeto rentista-neoliberal)

Muito bem pessoal,


A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), parece ter dado uma boa contribuição para o debate do projeto educacional brasileiro em meio do curso do golpe engendrado a partir de Abril de 2016. A SBPC divulgou dia 28/06/18, a “Carta de Belo Horizonte”. Essa carta é fruto de discussões ocorridas no ciclo de seminários temáticos da entidade intitulado “Políticas públicas para o Brasil que queremos”.

Transcrevemos a carta na íntegra para você acompanhar o resultado preliminar das discussões.





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“CARTA DE BELO HORIZONTE”
DOCUMENTO RESULTANTE DO SEMINÁRIO TEMÁTICO DA SBPC
DESAFIOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

A Educação Pública Básica brasileira, como todos os setores que são fundamentais ao desenvolvimento social da democracia brasileira, passa por uma crise que está sendo aprofundada por medidas adotadas pelo atual governo brasileiro. O Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014-2024 traçou 20 metas para a Educação Brasileira, que incluem, entre outros, a universalização do atendimento em todos os níveis, a educação em tempo integral, a valorização do professor e o financiamento público da Educação. Essas metas vão sendo paulatinamente descumpridas pelo atual governo, que não se posiciona claramente em defesa do PNE, apesar de ele ser uma lei aprovada por unanimidade pelo Congresso Nacional. Por exemplo, no que tange a universalização do Ensino Fundamental, atualmente existem 2,8 milhões de alunos, entre 4 e 14 anos, que não estão na Educação Infantil ou no Ensino Fundamental. Ao mesmo tempo, as condições de oferta das vagas de escola pública enfrentam sério problema de infraestrutura, pois mais de 50% das escolas públicas brasileiras não têm condições mínimas de atendimento. A título de exemplo, apenas uma pequena minoria dessas escolas tem os quatro equipamentos considerados fundamentais ao seu funcionamento: biblioteca, laboratório de ciências, laboratório de informática e quadra esportiva. A profunda desigualdade econômica, que atinge os brasileiros e que está sendo aprofundada por uma série de medidas antipopulares do atual governo, colabora para o agravamento dos problemas educacionais. O desmonte das políticas públicas voltadas para a inclusão de todos os excluídos da e na escola acelera a imensa desigualdade que ainda caracteriza a sociedade brasileira. Em geral o que se consegue é oferecer uma escola pobre para os pobres. Os jovens, por outro lado, são empurrados precocemente para o mundo do trabalho ou pelos valores da sociedade de consumo, e a escola não responde às várias manifestações da cultura juvenil. Os professores da Educação Básica Pública experimentam uma série de desvantagens decorrentes do achatamento salarial a que estão, em geral, submetidos: jornadas de trabalho excessivas; formação continuada precária; desprestígio social do professor; precariedade da infraestrutura escolar; escolas em descompasso com as demandas sociais.
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) sempre se posicionou pela Educação de qualidade como um direito de todos os brasileiros e um dever do Estado. A SBPC sempre defendeu que a formação para a cidadania implica numa sólida formação científica e em uma Educação que valorize e incentive a diversidade e a igualdade. Para fazer frente aos desafios educacionais do nosso tempo, é preciso investir em educação e levar em consideração que  políticas educacionais são complexas e exigem conhecimento especializado e não o desmando de pessoas não qualificadas. A integração das políticas educacionais com as demais políticas sociais é um imperativo para tirar o país da condição de uma das mais desiguais democracias do mundo. Neste ano de eleições gerais no Brasil, tanto para o executivo quanto para o legislativo, é fundamental que a SBPC leve aos candidatos um documento contendo as principais as reivindicações ligadas à Educação Básica.
No dia 15 de junho de 2018, no auditório “Luiz Pompeu de Campos, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a SBPC promoveu seminário temático para debater os desafios da política educacional para a Educação Básica. Este foi um dos oito seminários temáticos promovidos pela SBPC, que já foram ou serão realizados neste primeiro semestre em diversos estados brasileiros. Os participantes desse Seminário Temático da SBPC debateram vários assuntos relacionados ao tema, dentre os quais foram levantados seis pontos considerados essenciais para a reconstrução de uma Política Educacional para a Educação Básica:
  1. Revogação da Emenda Constitucional 95, conhecida como a Lei do Teto, pois num país imensamente desigual como o Brasil é inadmissível o congelamento de gastos em políticas públicas de alcance e impacto social, como as relacionadas à Educação Básica.
  2. Defesa intransigente do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024, Lei no005, aprovada pelo Congresso Nacional em 25 de junho de 2014. Esse PNE, se cumprido, colocará a Educação Básica Pública em um novo patamar de qualidade, pois equaciona os principais problemas enfrentados pelo nosso sistema público de educação básica e propõe soluções para os problemas ao traçar metas ligadas à universalização do atendimento em todos os níveis, à educação em tempo integral, à valorização, carreira e formação do professor e ao financiamento público da Educação, entre outros temas importantes.
  3. Valorização do professor de Escola Pública de Educação Básica, com melhoria salarial, definição de uma carreira docente de modo a tornar a profissão atrativa, e dedicação exclusiva a uma única escola.
  4. Rejeição à forma como foi encaminhada a terceira fase da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sem a participação das entidades representativas dos profissionais interessados na matéria, que resultou numa BNCC sem representatividade.
  5. Rejeição à nova Lei do Ensino Médio, Lei de n° 415, que institui um Ensino Médio pretensamente diversificado e integral. A não obrigatoriedade da oferta, pelas escolas públicas, de todos os itinerários formativos, exclui os estudantes que optariam por itinerários não oferecidos, principalmente aqueles em áreas críticas em que a falta professores de Ensino Médio afeta todo o sistema, como a área de ciências da natureza.
  6. Valorização da Educação Pública, gratuita e diversa em seu mais amplo caráter político.
Estes seis pontos constituem uma proposta preliminar de agenda mínima para ser discutida com as instâncias da SBPC, com outras sociedades científicas e com os demais setores da sociedade de modo a constituir subsídio para o documento sobre políticas públicas para Ciência, Tecnologia e Educação a ser entregue aos candidatos à Presidência da República e aos cargos legislativos federais.
As eleições de 2018 desempenharão um papel fundamental para definir os rumos do Brasil. É mister que os candidatos a cargos eletivos se pautem por uma agenda educacional capaz de reverter o atual estado de penúria em que se encontra a educação pública e que as políticas sociais possam novamente acenar para a inclusão da população sofrida e pobre. A SBPC se posiciona em defesa das conquistas educacionais da nação, e conclama todas e todos a um firme posicionamento em defesa da Educação Pública de Qualidade.
Além desses seis pontos, considerados fundamentais, foram discutidas ainda as seguintes reivindicações, que poderão compor o documento final da SBPC:
  1. Enfrentar o avanço do conservadorismo e de seus impactos nas políticas educacionais e sociais e trazer as questões raciais e de gênero para o centro do debate educativo.
  2. Dar visibilidade a um Pacto Nacional pela qualidade e expansão da Educação Infantil que inclua soluções para o financiamento, a formação de professores, e a revitalização de programas voltados para a Educação Infantil. É importante garantir o corte etário (data de referência: 31 de março) para o ingresso no ensino fundamental, afinal está em jogo o direito da criança a brincar, contra a precocidade imposta pelas elites fundamentadas na ideologia de mérito e no individualismo.
  3. Incluir na escola as diferentes culturas juvenis, formando professores que atuem em sintonia com as necessidades dos jovens.
  4. Controlar a oferta da EAD, sobretudo quando se referir à oferta de cursos formação de professores.
  5. Desnaturalizar as diferenças por meio de expedientes como racializar as identidades, generificar as diferenças e reconstruir as políticas públicas de reconhecimento das diferenças. Adotar financiamento afirmativo. Descolonizar os currículos e reeducar os próprios professores para as relações étnico-raciais e da diversidade.
  6. Tonar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) permanente e vinculá-lo ao Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi) e ao CAQ.
  7. Utilizar os recursos públicos somente para a escola pública, não assinando novos contratos do FIES.
  8. Promover uma auditoria da dívida pública e reforma tributária de caráter progressivo.
  9. Estabelecer um regime de colaboração efetiva entre os entes federados.

Fonte: Jornal da Ciência (SBPC.NET)

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Processo seletivo MESTRADO CEPAE/UFG - Indicação Bibliográfica

"O Curso – Mestrado Profissional em Ensino na Educação Básica, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu do CEPAE/UFG, tem como propósito qualificar profissionais que atuam no ensino básico. O intuito é preparar esses  profissionais para a pesquisa aplicada na escola básica, a fim de que eles possam construir sua reflexão crítica pautando-se em sua prática profissional e, consequentemente, contribuir com ações que visem impactar o sistema educacional no qual estão envolvidos."



Olá pessoal, o Programa de Pós Graduação em Ensino na Educação Básica (PPGEEB) do CEPAE/UFG, disponibilizou a indicação bibliográfica para o próximo Processo Seletivo.

O edital deve ser publicado em breve. A previsão do Processo Seletivo da Turma 2019 (PS 2019) ocorra no segundo semestre de 2018.

E nós do Blog do Sérgio Moura, estamos indicando onde você pode COM UM CLICK, acessar os arquivos dos textos, exceto do item 02.



1. RANCIÉRE, Jacques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. CLIQUE AQUI

2. EDWARDS, Verónica. Os sujeitos no universo da escola. São Paulo: Ática, 1997. Procure em www.estantevirtual.com.br

3. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar: o que é? por quê? como fazer?. Summus Editorial, 2015. CLIQUE AQUI

4. GRILLO, Sheila V. de Campo. Esfera e campo. In: BRAIT, Beth. Bakhtin: outros conceitos chave. Editora Contexto, 2006, p.133 - 160. CLIQUE AQUI


Acompanhe o processo seletivo CONFIRA AQUI


PS.: Caso não consiga baixar pelos links, envie um email para blogsergiomoura@gmail.com que lhe orientaremos

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Concurso Público - Univ. Federal de Juiz de Fora/MG - EBTT/MS

UFJF publica editais de concurso para professores efetivos nos dois campi

PRAZO DE INSCRIÇÕES FINALIZANDO

Período de inscrições para os concursos dos Editais 18/2018 e 19/2018
Período de inscrições: De 14h do dia 02/05/2018 às 
19h do dia 22/05/2018


A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) lançou DOIS editais para o preenchimento de vagas de magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico para o Colégio de Aplicação João XXIII e para o Magistério Superior para os campi de Juiz de Fora e Governador Valadares. 
As inscrições para ambos os concursos serão abertas no dia 2 de maio de 2018, às 14h,  e vão até às 19h do dia 22 de maio e devem ser feitas por meio do site www.concurso.ufjf.br. Para informações sobre isenção de pagamento de taxa de inscrição, que terminam na próxima segunda-feira, 23, às 10h, e critérios de avaliação, acesse site do concurso.
A vaga para o Colégio João XXIII destina-se a licenciados em Educação Física, com conhecimento na área de educação para o ensino básico. O cargo exige dedicação exclusiva em regime de trabalho de 40 horas semanais, conforme edital educação básica
INSCRIÇÃO EDUCAÇÃO BÁSICA CONFIRA AQUI
Já as vagas para o ensino superior para o campus de Juiz de Fora destinam-se às faculdades de Enfermagem, Engenharia, Letras, Medicina, Instituto de Ciências Biológicas e Instituto de Ciências Exatas. Em Governador Valadares, as vagas são para o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (Departamento de Direito) e para o Instituto de Ciências da Vida (Departamento de Medicina). Para outras informações consulte o edital magistério superior.
INSCRIÇÃO MAGISTÉRIO SUPERIOR CONFIRA AQUI

Outras informações:

domingo, 22 de abril de 2018

Inscrições ao Encceja 2018 - O prazo é Curto!!!


Para você, jovem ou adulto que ainda não terminou o ensino fundamental ou o ensino médio, começa hoje as inscrições do ENCCEJA/2018. Programa do Ministério da Educação, que se traduz por uma prova com questões de múltipla escolha de conhecimentos gerais, que não tiveram no tempo adequado.

O candidato que obter 50% de acertos recebe o certificado de conclusão do ensino.

Agora se você conhece alguém que ainda não terminou essas etapas da educação básica, faça uma grande ação e encaminhe essas informações para ele(s).

O prazo de inscrições encerra as 23h59 do dia 27 de Abril de 2018 (próxima sexta-feira).

Então, não perca tempo. 
Se inscreva ou ajude alguém a se inscrever.



segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

II Encontro Internacional de Currículo da Educação Básica




II Encontro Internacional de Currículo da Educação Básica acontece na Cidade Universitária Dom Delgado, entre os dias 21, 22 e 23 de março de 2018. 

Tem como organizador o Grupo de Pesquisa em Currículo e Educação Básica – GPCEB - que faz parte da Linha de pesquisa Currículo e Docência na Educação Básica do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Ensino da Educação Básica – PPGEEB - da Universidade Federal do Maranhão – UFMA.

A submissão de trabalhos podem ser feitas até dia 05 de Fevereiro de 2018, para apresentação na forma de Comunicação Oral e Pôster. Cada participante pode apresentar até três trabalhos em Comunicação Oral.


Informações e Inscrição/Submissão CONFIRA AQUI




quinta-feira, 14 de julho de 2016

V Congresso Regional de Docência e Educação Básica - Xanxerê/SC


O V congresso regional de docência e educação básica (Condeb), acontecerá nos dias 16 e 17 de agosto de 2016, na Unoesc em Xanxerê/ SC, e tem como tema "Base Nacional Comum Curricular - BNCC".

Mais informações e Inscrição CONFIRA AQUI

domingo, 1 de junho de 2014

Projeto de Lei - Educação Física na Educação Básica


Se trata de um projeto de lei cujo conteúdo interessa-nos, professores e professoras de Educação Física, em que, ao modificar a LDB 9.394/1996, determina a exclusividade da formação em licenciatura em Educação Física para ministrar os conteúdos da educação física escolar na educação básica. Leia com isso, a presença do professor de educação física na educação infantil, educação fundamental e ensino médio. No link de acesso ao acompanhamento desse projeto, você encontra o parecer aprovado que dá mais pistas sobre isso.

Atente para a legislação educacional, pois dela, muito de nossa profissão depende.

"Altera a Lei nº 9.394, de 1996, que “Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional” dispondo que a educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica a ser ministrado, exclusivamente, por professor habilitado em curso de licenciatura em Educação Física, com prática facultativa ao aluno; determina que os conteúdos curriculares da disciplina educação física na educação básica serão ministrados exclusivamente por professores habilitados em curso de licenciatura em Educação Física; fixa aos sistemas de ensino prazo de 5 (cinco) anos, a contar da publicação desta Lei, para implantar o disposto nela."

Link para você acompanhar essa tramitação AQUI

O problema é que parece que tem gente mais interessada nessa aprovação do que nós mesmos. Este post não tem nenhuma vinculação com as demandas do sistema confef/cref e muito menos faz coro com suas motivações e interesses escusos no campo da educação física escolar, sobretudo, no Distrito Federal.

confef/cref não me representa na educação física escolar!



segunda-feira, 21 de outubro de 2013

I Simpósio sobre Educação Básica - Educação Infantil e Ensino Fundamental














I Seminário de Educação Infantil e Ensino Fundamental: Diálogos Necessários
I Colóquio Arte, Psicanálise e Educação

INSCRIÇÕES INTERNET
Encaminhar e-mail:
Rosiris - creche_ufg@yahoo.com.br
Sônia - ssc444@gmail.com




sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Mestrado em Ensino na Educação Básica - CEPAE/UFG







A Coordenadoria do Programa de Pós-Graduação em  Ensino na Educação Básica (PPGEEB), nível mestrado profissional, do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE) da Universidade Federal de Goiás (UFG), e vinculado à Pró -Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), torna público que, no período de 14 a 18 de outubro de 2013, estarão abertas as inscrições para o processo seletivo do curso.


Acesso ao Edital

terça-feira, 5 de março de 2013

Mestrado Profissional em Ensino na Educação Básica - CEPAE/UFG

Começa hoje as inscrições curso de Mestrado Profissional em ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA (PPGEEB) do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

As inscrições ocorrerão no período de 5 a 15 de março de 2013.

Serão oferecidas 20 vagas em duas linhas de pesquisa, quais sejam:

- Concepções teórico-metodológicas e práticas docentes;

- Práticas escolares e aplicação do conhecimento;

Para mais informações acesse o Edital AQUI 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Publicação de Trabalhos da Pós-Graduação - UCDB


SÉRIE-ESTUDOS
Periódico do Programa de Pós-Graduação em Educação da UCDB (Univ. Católica Dom Bosco)


Série-Estudos publica artigos de caráter teórico e/ou empírico na área da Educação. Neste número 34, tem como tema: Dossiê: “Estudos sobre implementação de planos e programas para a educação básica”.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Concurso Professor PUC-GO


Várias áreas e da Educação Física, uma vaga para Educação Física e Esportes - Modalidades Coletivas:

Exigência Mestrado em Educação Física

Desejável comprovar experiência de, pelo menos, três anos do exercício da docência na educação básica.

Maiores informações clique AQUI
EDITAL 
INSCRIÇÕES

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Carta aberta ANFOPE


Em defesa da concepção sistêmica na gestão federal da educação:
em apoio à administração integrada da educação básica e da educação superior no MEC

No início de abril de 2010, representantes da sociedade civil e do Estado brasileiro, aprovavam o Documento Final da Conae (Conferência Nacional de Educação), fruto de um inédito processo político que mobilizou mais de quatro milhões de cidadãos e cidadãs e determinou uma nova agenda para a educação nacional, marcada pela urgência no estabelecimento do Sistema Nacional de Educação.

Contudo, nos últimos meses, têm tramitado no Congresso Nacional propostas que divergem das deliberações da Conae. Em agosto de 2011, foi ameaçada a exigência de contratação de professores e professoras, com títulos de pós-graduação, para atuar na educação superior no Brasil. Fundamentalmente, foi graças à mobilização da sociedade civil que os senadores e senadoras foram sensibilizados quantos aos riscos dessa proposição.

Nas últimas semanas, o Senado Federal avançou na tramitação de outra proposta contraditória aos princípios sistêmicos da educação nacional afirmados na Conae: aprovou, em uma comissão de mérito, a cisão, na gestão federal, da educação básica e da educação superior.

Propondo dividir a administração federal da educação em “Ministério da Educação de Base” e “Ministério da Ciência e Tecnologia”, a proposta do Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pretende desagregar dois níveis educacionais interdependentes e complementares. Sob o argumento de que tal iniciativa desoneraria o atual Ministério da Educação (MEC) das competências relativas ao ensino superior, tal proposta representa um grave retrocesso, por dar novo ânimo a já superada visão educacional desintegradora, presente nas políticas focalizadas dos anos 1990. Ademais, tal proposição poderá criar mais dificuldades administrativas do que soluções para os problemas existentes, subdividindo instituições, criando novas estruturas, duplicando ações e organismos que possuem o mesmo fim.

Segundo o relatório aprovado na Comissão de Ciência e Tecnologia, outra vantagem advinda da implementação da proposta supracitada é “que o poder político, a capacidade de organização, a visibilidade e a proximidade com a elite do segmento voltado ao ensino superior fazem com que o MEC concentre sua atenção e seus recursos nessa área, em detrimento do conjunto da educação básica”, o que não coaduna com as competências  dos entes federados, definidas na Constituição Federal e na LDB, no tocante aos níveis, etapas e modalidades da educação.

Não obstante, a União, por dever constitucional determinado no Art. 211, precisa colaborar mais e melhor com estados e municípios, investindo mais em educação básica; contudo, não pode fazer isso em detrimento da expansão com qualidade da educação superior. Em síntese, para a observância plena do direito à educação, o Brasil não pode opor um nível em detrimento de outro.

Ademais, objetivamente, a proposta de divisão e compartimentalização da gestão educacional, além de ferir a compreensão sistêmica da educação asseverada pela nova redação dada ao caput do Art. 214 pela Emenda à Constituição 59/2009, não determina qualquer mecanismo capaz de garantir o aumento de recursos a ambos os níveis de ensino. De certo, portanto, só haverá o prejuízo do Brasil perder a ainda incipiente intercomunicação e interdependência administrativa entre a educação básica e a educação superior, o que certamente trará grandes prejuízos para a educação brasileira.

A Conferência Nacional de Educação, ciosa da defesa da Constituição Federal de 1988, entende que o direito à educação começa no berço, com o direito à creche, progredindo até a pós-graduação. Desse modo, entende que a gestão educacional liderada exclusivamente por uma pasta facilita o respeito e a consagração desse direito social, além de organizar de modo mais satisfatório a busca de soluções aos problemas educacionais brasileiros, que estão inter-relacionados.

Com total disposição ao debate, as entidades e movimentos signatários desta Carta Aberta, solicitam aos senadores e senadoras a rejeição desta proposta de cisão e total empenho na aprovação de teses e projetos que fortaleçam a agenda sistêmica e articulada da política da educação, considerando, sobretudo, os avanços já alcançados na última década, muitos deles originários da intensa mobilização da sociedade civil em torno da universalização dos direitos educacionais.

Os propositores desta Carta Aberta entendem também que a agenda nacional afirmada na Conae precisa ser a referência primordial no processo de discussão e aprovação do novo Plano Nacional de Educação (2011-2020), de modo a refletir os diagnósticos, princípios, compromissos, diretrizes, metas e estratégias presentes no Documento Final da Conferência Nacional de Educação; o que, conforme exposto, não admite a proposta de divisão de níveis da educação escolar em diferentes ministérios da gestão federal.

Atenciosamente,

-        Abrapec (Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências)
-        ActionAid Brasil
-        ALB (Associação de Leitura do Brasil)
-        Anfope (Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação)
-        Anpae (Associação Nacional de Política e Administração da Educação)
-        Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação)
-        BIOgraph (Associação Brasileira de Pesquisa Autobiográfica) 
-        CAMPANHA Nacional pelo Direito à Educação
-        CCLF (Centro de Cultura Luiz Freire)
-        Cedeca-CE (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará)
-        Cedes (Centro de Estudos Educação e Sociedade)
-        CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)
-        Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica)
-        Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino)

-        Divisão de Ensino da SBQ (Sociedade Brasileira de Química)

-        Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras)
-        FINEDUCA (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação)
-        Gestrado (Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente)
-        Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil)
-        Rede Estrado - Brasil (Rede Latino-americana de Estudos Sobre Trabalho Docente)
-        SBEM (Sociedade Brasileira de Educação Matemática)
-        SBEnBio (Associação Brasileira de Ensino de Biologia)
-        SBHE (Sociedade Brasileira de História da Educação)
-        SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência)
-        SBF (Sociedade Brasileira de Ensino de Física)
-        SBQ (Divisão de Ensino da Sociedade Brasileira de Química)
-        SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica)
-        Ubes (União Nacional dos Estudantes Secundaristas)
-        Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação)
-        UNE (União Nacional dos Estudantes)