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sábado, 18 de abril de 2020

Tonucci - educador italiano fala sobre a educação escolar na pandemia

Em entrevista ao site ELPAIS, o educador Francesco Tonucci fala sobre a relação crianças, escolas e seus pais. Leia essa reflexão e veja se podemos tirar lições para as nossas histórias pessoais e quem sabe institucionais.

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PANDEMIA DE CORONAVÍRUS
Francesco Tonucci: “Não percamos esse tempo precioso com lição de casa”
Psicopedagogo italiano afirma que esse confinamento demonstra “ainda mais” que a escola não funciona.


Francesco Tonucci (Fano, 1940) é um especialista em crianças. De sua casa em Roma, onde está confinado há cinco semanas, o psicopedagogo italiano responde por videoconferência algumas das perguntas que mais afetam as crianças durante esse período de quarentena para combater o coronavírus. Tonucci reconhece que são muitos os pais que pedem conselhos. Propõe ideias como que tenham seu próprio diário secreto de confinamento e um lugar, por menor que seja, para se esconder dentro de casa. O psicopedagogo critica a escola e a maneira como ela enfrenta o confinamento.


Pergunta. O que é o pior do confinamento às crianças?

Resposta. Deveria ser não poder sair, mas é mentira porque infelizmente também não saíam antes. As crianças desejam sair e só podem fazê-lo com um adulto. De modo que é importante que as crianças voltem a sair, dentro e fora do coronavírus. Ficar em casa é uma condição nova, não ser autônomo não é. Espero que as crianças possam nos mostrar com a força desse confinamento como precisam de mais autonomia e liberdade. É muito interessante como elas estão reagindo. Durante os primeiros dias de confinamento, enviei um vídeo às nossas cidades da rede internacional da cidade das crianças encorajando a convocar os conselhos para pedir sua opinião e dar conselhos aos prefeitos; achava um pouco paradoxal que todo mundo pedisse aos psicólogos conselhos aos pais e aos pedagogos aos professores e ninguém pensasse nelas. As crianças sentem muito a falta da escola, ou seja, não dos professores e das carteiras e sim a falta dos colegas. A escola era o local em que as crianças podiam se encontrar com outras crianças. Outra experiência em que pude comprovar que a escola era muito desejada pelas crianças é quando estão no hospital.

P. Considera, então, que os políticos não levam em consideração os mais jovens para tomar suas decisões.

R. Como sempre. As crianças praticamente não existem, não aparecem em suas preocupações. A única preocupação tem sido que a escola possa continuar virtualmente. Na Itália, por exemplo, a grande preocupação é demonstrar que podem continuar da mesma maneira que antes apesar das novas condições, ou seja, fazer quase sem que eles percebam, sentados como estavam na escola, diante de uma lousa tendo aulas e com lições de casa. Muitos não se deram conta de que a escola não funcionava antes e nessa situação se percebe como funcionava pouco. As crianças estão cansadas das lições e para as famílias é uma ajuda porque é o que as deixa ocupadas. As lições de casa são sempre demais, não tanto pela quantidade e sim pela qualidade. São inúteis para os objetivos que os docentes imaginam.

P. Se tudo está tão ruim, o que propõe?

R. Fiz um pequeno vídeo dando conselhos de senso comum. Temos uma oportunidade. As crianças se aborrecem na escola e é difícil que aprendam dessa forma. Além disso, existe um conflito entre escola e família. É um conflito moderno, a família está sempre pronta para denunciar o colégio. Agora a situação é nova: a escola é feita em família, em casa. Proponho que a casa seja considerada como um laboratório para se descobrir coisas e os pais sejam colaboradores dos professores. Por exemplo, como uma máquina de lavar funciona, estender a roupa, passar, aprender a costurar...

P. Mas nesse laboratório, os pais também estão trabalhando?

R. Peço coisas que também devem ser feitas em casa. A cozinha, por exemplo, é um laboratório de ciência. As crianças devem aprender a cozinhar. O professor pode propor que os alunos façam um prato e escrever a receita. Dessa forma estamos fazendo física, química, literatura e é possível montar um livro virtual de receitas. Outra experiência que me parece importante é que as crianças façam vídeos de sua experiência em casa. A outra experiência, evidentemente, é a leitura. A escola não conseguir com que as crianças amem a leitura é um grande peso. A escola deveria se preocupar mais, dar aos seus alunos o gosto de ler.

P. Isso significa lutar contra as telas, os videogames.

R. Estamos pensando em uma escola que deve fazer propostas às crianças trancadas em casa. Propor às crianças que leiam um livro deve ser um presente, não uma obrigação. Há outra maneira que é a leitura coletiva, de família. Criar um teatro que tem seu horário e seu lugar na casa, e um membro da família lê um livro como se fosse uma novela. Meia hora todos os dias. São propostas que parecem pouco escolares, mas todas têm a ver com as disciplinas escolares. Estudando as plantas das casas pode-se fazer uma experiência de geometria. Digo tudo isso para que se entenda que é possível aproveitar a riqueza que temos agora, a casa e a disponibilidade dos pais. Você diz que os pais não têm tempo: não é verdade. Apesar do todo o tempo em que estão ocupados, não sabem o que fazer no tempo livre. Normalmente o tempo que passam com elas é para acompanhá-las em atividades e não para viver com elas. Outra proposta é que brinquem, isso é o mais importante. Que inventem brincadeiras. Ligar aos avós para que aconselhem brincadeiras, eles foram crianças quando era preciso inventá-las.

P. Nunca passaremos tanto tempo com elas como agora.

R. Por isso mesmo. Não percamos esse tempo precioso dando deveres. Aproveitemos para pensar se outra escola é possível.

P. O que uma criança deve fazer no primeiro dia em que sair desse confinamento?

R. Gritar, jogar pedras, correr, e abraçar alguém; ainda que esse último seja mais complicado.

sábado, 6 de abril de 2019

As infâncias e as bolas de sabão

Foto: By Sérgio Moura



A INFÂNCIA E A BOLA DE SABÃO. 

Há muito tempo a infância deixou de ser apenas um registro de imagens de adultos em miniatura. Por isso, posso seguramente criar aproximações entre a infância e uma bola de sabão.

As semelhanças são muitas principalmente, na plasticidade da forma, dos movimentos, na direção, das cores, dos sentidos, das interpretações e por aí vai. 

É certo que não existe uma infância, mas infâncias que são demarcadas: pelo lugar social, familiar, cultural, pelo tipo de influência das mídias, pelo contato com as gerações anteriores, pela estrutura de valores ensinados, pelo patamar de humanidade que os assiste e os educa... entre outras características, há muitas infâncias.

Não falo de uma infância atribuida como futuro da sociedade, mas de infâncias que são do presente porque ensinam enquanto aprendem e se formam  enquanto são educados.

Falo de infâncias que são no presente o brilho da luz de um mundo que precisamos construir para eles enquanto usufruem e crescem neste corrompido pelo desejo de poder e do acúmulo de bens e dinheiro.

Falo de infâncias que são nossos porta-vozes para uma travessia ao avesso, para um retornar a um mundo mais inocente e mais puro, ainda que ilusório. 

Minha dor é sentir a decadência humana no abandono, no abuso, no destrato, na violência e no óbito pela fome.

Minha esperança é ver que uma criança ainda se emociona e brinca de fazer bolas de sabão e extrai dessa atividade prazer, alegria e, de tudo isso, ainda é capaz de sonhar.

#blogdosergiomoura #blogger 
#educação #educacao #formação #formaçãohumana #infâncias #crianças #boladesabao #sonhar #viver 

quinta-feira, 22 de março de 2018

Colóquio Internacional Crianças e Territórios de Infâncias - 26 a 28/03/18 UnB

FALTAM 04 DIAS...

A Universidade de Brasília tem a honra de sediar o Colóquio Internacional Crianças e Territórios de Infância no Brasil, que ocorrerá entre 26 e 28 de março de 2018ena sequência, o II Encontro Intermediário do Grupo de Trabalho Geografia nos Anos Iniciais, Educação Infantil e EJA, no dia 29 de março de 2018. O Local escolhido: Universidade de Brasília, Campus Darcy Ribeiro, no Auditório da Faculdade de Tecnologia.Este importante colóquio com abordagem sobre crianças e territórios de infância no Brasil, ocorrerá como culminância da exposição Infancia /Dictadura: Testigos y Actores (1973-1990) organizada pela Profa. Dra. Patrícia Castillo Gallardo na Casa da Cultura da América Latina da UnB em Brasília, Distrito Federal.O tema abordado defende que, na produção dos espaços, as convergências e divergências de diferentes grupos presentes na sociedade concretizam diversos territórios. Os territórios têm, assim, em suas constituições um caráter semiótico na medida em que se estabelecem como símbolos, e devem ser analisados como uma teia de significados que, ao ser construído por um determinado grupo social, também o constrói. Esse processo implica demarcações de alteridades e organização de fronteiras, constituindo limites entre diferenças, o que torna possível o processo de territorialização e de identificação. Partindo da concepção de que toda criança nasce num certo momento histórico, num certo grupo cultural, num certo espaço-tempo de onde estabelece suas interações sociais e constrói sua identidade, pode-se inferir também que toda criança é criança em alguns locais dentro do local, pois esse mesmo mundo adulto destina diferentes parcelas do espaço físico para a materialização de suas infâncias.O evento tem como objetivo: contribuir com o intercâmbio de professores e estudantes das Universidades participantes; propiciar o estreitamento de vínculos entre Grupos de Pesquisa de Universidades brasileiras e estrangeiras; fomentar a divulgação e a sistematização de estudos teóricos sobre infância e território e estabelecer convênios entre os programas de pós-graduações com as universidades estrangeiras participantes, criando projetos de pesquisas comuns, missões de trabalhos e estudos entre os países.O Colóquio é resultado da articulação dos seguintes grupos de pesquisa: GRUPEGI - Grupo de Pesquisa e Estudos em Geografia da Infância, vinculado à Universidade Federal de Juiz de Fora e à Universidade Federal Fluminense e ao Grupo de Pesquisa Educação em contextos culturais específicos, vinculado à Universidade de Brasília.
Fonte: Comissão Organizadora.




segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ANPED - Carta Aberta sobre avaliação em larga escala de habilidades não cognitivas de crianças e jovens

CARTA ABERTA À COMUNIDADE ACADÊMICA E AOS REPRESENTANTES DE SECRETARIAS E ÓRGÃO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SOBRE AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA DE HABILIDADES NÃO COGNITIVAS DE CRIANÇAS E JOVENS

A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) vem manifestar seu repúdio à adoção e a institucionalização de uma avaliação em larga escala de habilidades não cognitivas de crianças e jovens, no âmbito de iniciativas de avaliação em larga escala em curso no Brasil.
Trata-se de rejeitar a adoção, como política pública, do programa de medição de competências socioemocionais, denominado SENNA (Social and Emotional or Non- cognitive Nationwide Assessment), produto de iniciativa do Instituto Ayrton Senna em parceria com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Essa perspectiva está colocada na medida em que se tem a presença do Ministério da Educação (MEC) apoiando a realização de seminários em que tal proposta foi divulgada, além de parceria firmada entre Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao MEC, e o Instituto Ayrton Senna (IAS) para a criação do Programa de Formação de Pesquisadores e Professores no Campo das Competências Socioemocionais.
A consideração de que o desenvolvimento de crianças e jovens extrapola a dimensão cognitiva e o reconhecimento de que no contexto escolar são trabalhadas atitudes e valores - fato esse reconhecido e trabalhado pelos profissionais da educação há muito tempo nos currículos e nas escolas - não autorizam a proposição de tomar aspectos relativos ao desenvolvimento socioemocional dos estudantes como objeto de avaliação em larga escala.
As ações e estratégias que balizam as políticas e, consequentemente os exames, não são neutras nem destituídas de valores, mas correspondem e apontam para um ideal de sociedade que precisa ser democraticamente debatido. As questões da avaliação são questões de currículo e, portanto, uma arena política, ideológica, cultural e de poder.
No campo da psicologia, características socioemocionais costumam ser tratadas como "traços de personalidade" ou "traços de caráter". Na área da educação tem-se observado certa variação terminológica, na medida em que há estudos em que é adotada a expressão "características socioemocionais" e outros, que ao se apropriarem de expressões mais recorrentemente empregadas pelos economistas, tais como "competências socioemocionais" ou "habilidades socioemocionais" têm preferido o emprego de “habilidades não cognitivas”. Essas distinções são necessárias para situar que campo de conhecimento está balizando a proposição de testes.
Outra consideração importante diz respeito ao histórico da ANPEd na luta pela educação pública e democrática. E, nesse sentido, questiona-se o que significa uma instituição privada definir o “conteúdo da educação” por meio de avaliações. No Brasil, por um lado, avançamos no acesso à educação, mas, por outro, há um avanço da privatização do público e da naturalização das perdas da democratização da educação.
Com base nessas considerações pondera-se que:
- as dimensões política e ideológica são constitutivas da avaliação, ou seja, é uma atividade que traz inerente às suas finalidades e procedimentos a afirmação de valores, que representam projetos educacionais e sociais. Que valores são afirmados por meio dessas avaliações? A quem cabe defini-los?
- o estabelecimento de uma hierarquia valorativa, pretensamente universal e imparcial, expressa a desconsideração da desigualdade social econômica e a diversidade cultural da sociedade brasileira, bem como as diferenças entre os sujeitos, o que possivelmente representa a naturalização de valores oriundos das classes mais favorecidas socioeconomicamente. O que se busca é a padronização desses valores?
- as avaliações em larga escala vêm se constituindo como uma das principais estratégias de consecução de uma lógica de gestão da educação que, em nome da promoção do desenvolvimento dos alunos, recorre à comparação de seus níveis de proficiência e à sua classificação e premiação. O que poderá resultar da avaliação de habilidades socioemocionais: premiação daqueles alunos que se conformarem aos valores estabelecidos? Segregação e discriminação daqueles que não apresentam as habilidades tomadas como as necessárias para uma sociedade “melhor”? Quem decide sobre qual é a “melhor sociedade” são os elaboradores dos itens dos testes?
- é conhecido o potencial que avaliações externas à escola, em larga escala, de condicionarem e conformarem o currículo escolar. O que teremos agora: a intensificação e ampliação desse controle e conformação, abarcando um quadro disciplinar de competências socioemocionais tidas como desejáveis?
- corre-se o risco de rotular e estigmatizar crianças e jovens por não se saírem bem nos testes socioemocionais, culpabilizando-os pelo fracasso, abstraindo fatores contextuais, sejam suas condições de escolarização, seja capital econômico, social e cultural. Em consequência, não se estaria afirmando preconceitos a respeito de determinados estudantes?
- O desenvolvimento socioemocional ou socioafetivo é, assim como o cognitivo, um processo de construção do sujeito, intermediado por questões sociais, culturais, ambientais que não pode ser medido por meio de itens de testes de larga escala. O que se intenta é torná-lo mensurável e quantificável para apoiar classificações?
Em conclusão, a Anped considera inadequada e inaceitável a adoção de uma avaliação em larga escala de habilidades socioemocionais de crianças e jovens, no âmbito de iniciativas de avaliação em larga escala da Educação Básica, uma vez que poderá vir a reforçar a seletividade e exclusão, escolar e social.
Rio de Janeiro, 06 de novembro de 2014.

Maria Margarida Machado Presidente da ANPEd 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Publicidade para criança - vitória na regulamentação

Uma vitória importante para a sociedade, mas para os pais e sobretudo, às crianças que não deverão ser submetidas à propagandas que as colocam em situação de completa vulnerabilidade, no que refere-se à consciência para tomar decisões no campo do consumo. Mas, é fato também que dezenas de pais e mães não farão a menor distinção e o que é hoje e o que a resolução determina. Alguns até vão sentir falta das peças publicitárias dirigidas aos seus filhos!




Na última sexta-feira (04/04), o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) aprovou uma resolução que avança significativamente na luta contra a publicidade destinada a crianças. A resolução 163 do Conselho considera como abusiva toda e qualquer comunicação mercadológica voltada a meninos e meninas. Trata-se de uma reivindicação antiga das organizações e movimentos que defendem os direitos das crianças e um sistema de comunicações plural, democrático e que respeite os direitos humanos.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Crianças, Infâncias, Imagens

Aos estudiosos sobre a educação da infância ou das infâncias, vale muito a pena conhecer esse grupo e sua produção. No Portal Africa, conheci um trabalho do grupo e trago para compartilhar com vocês.



GRUPO DE ESTUDOS SOBRE A CRIANÇA, A INFÂNCIA E A EDUCAÇÃO 

INFANTIL: Políticas e Práticas da Diferença.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Crianças, comportamento e psiquiatrias em debate

Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?

Essa pergunta titula um artigo muito interessante que li ontem e apesar de ter replicado-o nas redes inicialmente, não poderia deixar de registrá-lo aqui para que outros colegas pudessem acessar.

Há algum tempo que vimos questionando e sendo questionados acerca da postura que a escola moderna vem adotando no tema, comportamento e disciplina das crianças.

Neste artigo, algumas questões postas endossam entendimentos e posturas que defendo há algum tempo. Me refiro às concepções francesas de tratar a problemática instaurada no século XX.

Leia o artigo na íntegra clicando aqui

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Território do Brincar: quer conhecer? Então entre!

Visite e conheça esse projeto importante, audacioso e que vale a pena ser reconhecido, não somente pelo intercâmbio que ele propicia, mas também quando o divulgamos e passamos adiante.

O blog do Sérgio tem a honra de contribuir na tarefa de divulgar esse tipo de ação.

Essas ações ajudam a entender e a educar nossas crianças.

É assim que gente ajuda a mudar o mundo!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

As escolas de hoje limitam a criatividade infantil? não ou sim?

Nesse vídeo Severino Antônio e Kátia Tavares respondem a seguinte pergunta:  As escolas de hoje limitam a criatividade infantil?





Vale a pena levar a sério essas reflexões. A educação de nossos filhos está limitada aos discursos esvaziados das promessas pedagógicas dos modismos educacionais, quando na verdade, o que tem acontecido é um empobrecimento da formação humana nas escolas, principalmente, nos sistemas apostilados.

Os pais e não as babás, nem as tias, nem as avós (a não se que a criança viva e habite com essas pessoas), tem uma tarefa que é conjugada no imperativo: acompanhe o desenvolvimento emocional e intelectual de seus filhos!

sábado, 12 de outubro de 2013

Revista Idéias na Mesa - Obesidade: dá pra reverter?

Para inaugurar o dia da Criança, chamamos a atenção dos adultos para uma questão importantíssima: que tal pensar na saúde das crianças?

A Revista Idéias na Mesa, traz um conteúdo bastante legal, assim como o formato da revista.

Vale o clique e a navegação!

Eduque-se e eduque seu filho(a)



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Filmes Brasileiros para Crianças - Assista grátis




Assista grátis filmes brasileiros para crianças. 
São curtas-metragens de diferentes técnicas em versões originais, com  AUDIODESCRIÇÃO (para pessoas com deficiência visual) e LIBRAS - Língua  Brasileira de Sinais, para pessoas com deficiência auditiva.



sábado, 20 de julho de 2013

13° Goiânia Mostra Curtas





Na 13ª edição do Goiânia Mostra Curtas, acontece a 12ª Mostrinha, que é se resume em uma programação especial para as crianças com diversão e educação na sala de cinema.

Acompanhe a movimentação na capital goiana...

Site do Evento

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Crianças e Infâncias...

O blog ajuda a divulgar uma obra que certamente trará contribuições ao campo de estudo e reflexão da educação 'das infâncias' no Brasil.


Crianças e infâncias: educação, conhecimento, cultura e sociedade
Magali Reis, Maria do Carmo Xavier e Lorene dos Santos (orgs.)

Os diferentes matizes que compõem visões de infâncias procuram materializar percepções e ações diferenciadas – e por vezes antagônicas –, promovendo significados distintos à nossa compreensão sobre a infância e ao modo de nos relacionarmos com as crianças. O tema central dos trabalhos investigativos presentes no livro Crianças e infâncias: educação, conhecimento, cultura e sociedade, explicita reflexões que se somam aos interesses e às expectativas de significativa parcela da comunidade acadêmica da área de educação da infância, especialmente aos interessados em desenvolver trabalhos cujo epicentro seja a vida das crianças brasileiras, suas culturas, as experiências educacionais a elas destinadas e os profissionais que com elas trabalham.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

ENGEDUC - educação infantil, por onde tudo começa



ENGEDUC - Educação Infantil: por onde tudo começa.... é um evento focado na Educação das crianças de  0 a 5 anos, e,nesta segunda edição, abordará a qualidade e a intencionalidade pedagógica na educação infantil. 
O evento será realizado no Centrosul, em Florianópolis/SC, no período de 08 a 10 de agosto de 2013 (quinta a sábado).


Mais informações e inscrições - acesse o site do evento AQUI

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Curso on-line gratuito: Educação e Proteção de Crianças e Adolescentes

1 PAI, 1 MÃE e 500 FILHOS
COMO CONQUISTAR, EDUCAR E PROTEGER CRIANÇAS E ADOLESCENTES


Data: 20 de março de 2013
Horário de Brasília: das 19h às 20h

PÚBLICO ALVO:
Profissionais da área educacional: professores, coordenadores pedagógicos, psicólogos, psicopedagogos, pais e responsáveis de crianças e adolescentes e interessados no tema.

DESCRIÇÃO:
Lançamento virtual do livro de mesmo título, escrito por Vitor Mattoso.

PROGRAMA:
1. Apresentação
2. Crianças vêem, crianças fazem
3. Padrões de educação
4. Segurança de crianças e adolescentes: do nascimento à maioridade
5. Dúvidas e trocas de informações


PALESTRANTE:
Vitor Mattoso
Vitor Mattoso - Advogado especializado em Direito Educacional, ex-Delegado da Comissão de Direito Educacional da OAB/Niterói/RJ, ex-Agente Educador da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
Web site: www.vitormattoso.com.br

INFORMAÇÕES:
- Carga horária: 01 hora
- A palestra será ministrada em sala virtual da Net Salas, em tempo real.
Recomendamos que acesse previamente a nossa Sala Virtual aberta ao público para garantir que não haverá nenhum transtorno em sua participação na palestra.
- A Net Salas não se responsabiliza por falta de conexão de internet ou outros problemas, por parte dos participantes, no dia do evento.
- No dia 20 de março de 2013, pela manhã, enviaremos ao e-mail dos participantes todas as informaçoes para acesso à sala virtual onde será realizado o evento.

Mais informações e inscrições acesse o site

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Hélio Ziskind fala sobre música e educação


Aprender por afeto

Autor de uma centena de canções para a TV Cultura, Hélio Ziskind defende o poder da música para criar vínculos emocionais com temas da educação. Foto: Amanda Perobbeli

Um ratinho passeia em um carro, entra em sua toca e pula para a banheira. Ali, canta as partes do corpo e cria uma espécie de jogo que ensina a autonomia na hora do banho para as crianças. A música Ratinho Tomando Banho, uma das marcas do Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura, é um bom exemplo do universo criado por Hélio Ziskind na produção musical infantil. Autor de uma série de vinhetas para programas e de cerca de cem músicas para o programa Cocoricó, Hélio consegue compor canções com teor educativo mantendo o seu aspecto lúdico, sem pender para o doutrinamento. Uma abordagem que pode ajudar a trabalhar grandes temas de educação, defende. “O que a música faz não é ensinar, mas criar um vínculo afetivo com determinado assunto”, explica. “Como a escola se propõe a estabelecer uma relação entre ensino e vida, a música é celebradora dessa passagem.”

Fonte: Carta Fundamental (Carta Capital)
Leia o conteúdo completo da entrevista Clique Aqui

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Contra publicidade ao público infantil



À Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática
A/C Deputado Salvador Zimbaldi
Relator do PL 5921/01
REF: PL 5921/01 – que trata da publicidade dirigida às crianças

Prezado Deputado Federal Salvador Zimbaldi,
A legislatura de 2011 está terminando e nós, mães e pais do Movimento Infância Livre de Consumismo (MILC), aguardamos ansiosos pelo relatório contendo o novo texto substitutivo do Projeto de Lei 5921/01, que trata da publicidade infantil.
Em 2013, este projeto de lei completará 12 anos sem aprovação. Considerando que 12 anos é justamente o tempo indicado, por pesquisadores e especialistas, para que a criança seja preservada do assédio publicitário, podemos considerar que já temos uma geração inteira assediada e desrespeitada devido a tanta demora!
No mês de outubro, mês das crianças, utilizamos nossos canais de contato com a sociedade para discutir publicidade e consumismo no Dia das Crianças, por meio de textos, imagens e eventos que provocaram grande engajamento e reflexão, tanto nas redes sociais, quanto na mídia, nas escolas e nas residências. Nossas imagens, somadas, foram compartilhadas mais de 100 MIL vezes, alcançamos mais de 2 MILHÕES DE PESSOAS e os eventos realizados com nosso apoio em todo o país foram pauta para TV, rádio, revistas, jornais e blogs.
Percebemos que as mães e os pais estão cientes da sua responsabilidade como protagonistas do processo de educação para a mídia, mas acreditam que os mecanismos de controle social precisam melhorar. Verificamos que existe grande aprovação em relação às ações protagonizadas pelos Procons estaduais, e isso é um sinal de que o Estado conta com o apoio das famílias para legislar sobre o tema. Todos nós esperamos que a nova regulação permita mais e melhores intervenções do Estado na regulação da publicidade dirigida às crianças e de produtos infantis.
São muitas vozes que defendem uma nova regulação para a publicidade infantil. Recentemente, um dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, se manifestou a favor de um texto de lei que trate a matéria. O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, declarou que o Ministério da Justiça fará um estudo sobre a publicidade infantil.
Além de nós, os pais (família), a sociedade (Organizações Não-Governamentais e representações do mercado), o Estado (por meio dos seus diversos diversos órgãos e conselhos) e a academia (via grupo de pesquisa de direito, comunicação e psicologia etc.) estão se mobilizando no sentido de uma lei que regulamente a matéria.
É por tudo isso que nos dirigimos ao senhor e aguardamos ansiosos o texto que sairá desta casa para o Senado. Lembrando que, na última audiência pública do Projeto de Lei 5921/01, o senhor se comprometeu publicamente em dar seu parecer neste segundo semestre de 2012. Sabemos que o tema é espinhoso, especialmente por tocar em interesses mercantis de grandes empresários e representações do mercado.
Porém esperamos do senhor e desta comissão a coragem de aprovar um relatório sem deixar esta missão para a próxima legislatura ou teremos mais um ano de tramitação deste Projeto de Lei que se arrasta há 11 anos nesta casa.
Esperamos que este texto ofereça mais proteção às crianças e mais liberdade para pais e mães educarem seus filhos sem que os sofisticados apelos da publicidade interfiram neste processo como vêm interferindo em concorrência com os valores comunitários, de solidariedade e generosidade, além da cooperação, fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa, urbana e saudável. O incentivo ao consumismo, como acontece hoje, gera problemas sociais graves em todas as instâncias e compromete a qualidade do nosso futuro; os legisladores que cuidarem disso, serão sempre lembrados pelo seu pioneirismo e coragem.
Agradecemos a atenção e nos colocamos à sua disposição para colaborar como acharem necessário para oferecer o nosso olhar de pais e mães na redação deste relatório.

Atenciosamente,

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Sorvete de cerveja?

Às vésperas da virada de mais um ano deste terceiro milênio, nos deparamos com algo que é no mínimo chocante, se não entendêssemos a lógica que organiza o consumo e a circulação do capital nesta sociedade.

No post de hoje, faço uma repostagem do pessoal do Infância Livre de Consumismo. O post fala por si.

Sergio Moura.

Texto de Mariana Sá*
Sorvete de cerveja? Não, obrigada!
Hoje uma notícia inusitada apareceu na minha tela: uma cervejaria vai lançar um sorvete sabor cerveja para refrescar o verão! Ora, se eu não tivesse filho, ou se tivesse e ainda não tivesse sido iniciada na atividade da reflexão e do questionamento, acharia este lançamento muito divertido!
A promessa da empresa é surpreender o consumidor, estar bem perto, se antecipando às tendências de mercado. O desejo do setor de comunicação da empresa é transformar o sorvetinho na sobremesa do verão. Realmente muito divertido!
Além de divertido, o produto promete ser inofensivo por não conter álcool e ter a venda permitida apenas em bares, evitando assim que crianças e adolescentes tenham acesso ao produto no ponto de venda, porque, afinal, o sorvete está associado a uma marca “para maiores”.
E se é tão divertido e potencialmente inofensivo, por que, cazzo, estou aqui reclamando?
Porque eu não sou besta e sei que esta é sacada super eficaz para acostumar o paladar dos jovens a algo que normalmente as pessoas levam tempo para gostar por causa do sabor amargo da cerveja, levando tempo para apreciar. Retorno de imagem (e financeiro) a curto e a longo prazo!
Fazer um sorvete com sabor de cerveja, mesmo sem álcool, – assim como fizeram com o Ovo da Páscoa – é uma estratégia para fidelizar clientes desde o berço e acelerar o processo de consumo e simpatia por uma marca.
O que espero das autoridades?
Eu adoraria que algum órgão lograsse êxito na proibição do lançamento desse produto, mas tenho poucas esperanças. Então, eu gostaria muito que fossem feitos alertas para que os pais mais descolados e cervejeiros percebam a manobra e evitem que seus filhos tenham contato com este produto. Tudo tem seu tempo, e o tempo de tomar uma cerveja com o filhão numa tarde de verão é quando ele atingir a maioridade.
*Mariana Sá é publicitária e mestra em políticas públicas. É mãe de dois e escreve no blog viciados em colo. Co-fundadora do Movimento Infância Livre de Consumismo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Alimentação livre do consumismo crônico


As vezes é imprescindível replicar alguns post's de companheiros de olhar para o mundo!
O pessoal do grupo Infância Livre de Consumismo tem importantes contribuições para as pessoas em geral, mas principalmente, a educadores e pais, pois estes interferem na vida de um maior número de crianças.

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Hoje é Dia Mundial da Alimentação, uma iniciativa anual da FAO para fomentar o debate sobre soluções para o fim da fome no mundo. O tema deste ano é “As cooperativas agrícolas alimentam o mundo”, destacando o papel das cooperativas para melhorar a segurança alimentar e contribuir para a erradicação da fome. Por isso, aproveitamos para compartilhar este texto de Tais Vinhapublicado originalmente pela Redenutri, que fala sobre publicidade e a educação alimentar de nossas crianças.
          É inocente acharmos que a educação alimentar de nossos filhos é responsabilidade apenas dos pais ou das merendeiras das escolas. Há tempos, ela vem sendo dividida com os meios de comunicação que, através de comerciais muito persuasivos, ensina-os desde a mais tenra idade a consumir produtos que trazem mais benefícios à saúde do mercado do que à saúde humana.
         Assim, assistimos impotentes nossos filhos crescerem sob o bombardeio de mensagens que pregam que refrigerante é felicidade, fast food é para se amar muito, tomar suco em pó é uma atitude que salva o planeta.
         Por mais que controlemos, por mais que optemos por uma dieta saudável, por mais que falemos “não” e desliguemos a TV, é impossível evitar que estas mensagens atinjam os pequenos e acabem fazendo parte da sua formação. Elas estão por todos os lugares e são repetidas à exaustão, como mantras da vida moderna.
         O problema é grave. Crianças são seres vulneráveis. Suas mentes, ainda em formação, não distinguem fantasia de realidade. Elas acreditam nos adultos. Acreditam no discurso publicitário. Essa vulnerabilidade não é invenção de pais superprotetores, cientistas radicais ou educadores idealistas. É estabelecida nos Artigos 226 e 227 da nossa Constituição. Que também estabelece que protegê-las é dever da família, sociedade e do Estado. Isto é, o comprometimento com o bem estar e a formação das futuras gerações de brasileiros não é só dos pais e sim de toda a nação.
         A alimentação é um dos principais elementos para este bem-estar. Hoje temos conhecimento suficiente para afirmar que grande parte das doenças pode ser evitada com uma dieta mais saudável. Doenças que afetam o desenvolvimento cognitivo, que afastam o trabalhador do serviço, que invalidam pessoas em idade produtiva e que, inevitavelmente, acabam cobrando sua fatura do setor público. Portanto, a alimentação deveria ser tratada como estratégica para a soberania nacional e defendida com a mesma intensidade com que o mercado defende seus interesses.
         Os meios de comunicação, na sua maioria concessões públicas, jamais poderiam ser usados para deseducar todo um povo. O problema se torna ainda mais grave quando, além das crianças, vemos os pais também serem atingidos por mensagens enganosas, como a da maionese industrializada que se diz tão boa como o azeite de oliva, do catchup que afirma ser como comer tomate in natura, do tempero pronto cheio de sódio e glutamato que deixa o feijão ou o arroz “igualzinhos ao da vovó″ ou do achocolatado que oferece “nutrição completa” para os filhotes chatinhos para comer.
         Os pais são os guardiões da infância. Os filtros. Quando eles são deseducados, a infância fica ainda mais desprotegida.
Há os que defendam que não cabe ao Estado intervir neste processo, pois os consumidores têm o direito de escolha. Contudo, para haver escolha, tem que haver informação. Informação clara e transparente. Não é o que temos hoje. As informações, quando chegam, são distorcidas e duvidosas. Confunde-se propositalmente os benefícios do suco em caixinha com os da fruta. Biscoito com fonte de vitaminas e sais minerais. Macarrão instantâneo com comida caseira.
         Como pais temos que lidar com temas que não fizeram parte das preocupações das gerações que nos antecederam: obesidade, doenças metabólicas, sedentarismo infantil e puberdade precoce são apenas alguns deles. Estamos confusos, frustrados e ávidos por construir novas referências que nos sirvam de guias por estes novos tempos.
         Ao cobrarmos do Governo uma atuação mais efetiva em defesa dos pequenos, regulamentando com rigidez a publicidade infantil, não queremos tutela. Queremos que o Estado cumpra seu papel em defesa do cidadão diante dos interesses de grandes conglomerados, reequilibrando as relações. E que a proteção da infância seja integral, como estipulam as leis do nosso País.

domingo, 7 de outubro de 2012

Não tive escolha: postei e comentei

Preferi falar de família do que falar de política neste emblemático domingo de eleições no Brasil.

Porque falar de família exige que em algum outro momento, as políticas atendam as demandas da classe trabalhadora neste país.

Há muito tempo que questões como essas trazidas por esse senhor, me inquietam e me incomodam. É necessário capacitar os pais e mães de hoje. Essa tarefa é pra ontem!