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domingo, 9 de dezembro de 2012

Educação começa em casa...

... com o pai e a mãe ou com os responsáveis civis e afetivos.

Dois materiais de orientação sobre a importância e a responsabilidade da família na educação dos filhos. Há pais e mães que acham que isso é papel da escola, mas é preciso que sejam convencidos que essa responsabilidade é da FAMÍLIA.


http://www.4shared.com/office/TT4sf82s/Educao_comea_em_casa_-_turma-d.html

http://www.4shared.com/office/U5IeqxJf/Licao-de-casa__participao.html
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Contra publicidade ao público infantil



À Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática
A/C Deputado Salvador Zimbaldi
Relator do PL 5921/01
REF: PL 5921/01 – que trata da publicidade dirigida às crianças

Prezado Deputado Federal Salvador Zimbaldi,
A legislatura de 2011 está terminando e nós, mães e pais do Movimento Infância Livre de Consumismo (MILC), aguardamos ansiosos pelo relatório contendo o novo texto substitutivo do Projeto de Lei 5921/01, que trata da publicidade infantil.
Em 2013, este projeto de lei completará 12 anos sem aprovação. Considerando que 12 anos é justamente o tempo indicado, por pesquisadores e especialistas, para que a criança seja preservada do assédio publicitário, podemos considerar que já temos uma geração inteira assediada e desrespeitada devido a tanta demora!
No mês de outubro, mês das crianças, utilizamos nossos canais de contato com a sociedade para discutir publicidade e consumismo no Dia das Crianças, por meio de textos, imagens e eventos que provocaram grande engajamento e reflexão, tanto nas redes sociais, quanto na mídia, nas escolas e nas residências. Nossas imagens, somadas, foram compartilhadas mais de 100 MIL vezes, alcançamos mais de 2 MILHÕES DE PESSOAS e os eventos realizados com nosso apoio em todo o país foram pauta para TV, rádio, revistas, jornais e blogs.
Percebemos que as mães e os pais estão cientes da sua responsabilidade como protagonistas do processo de educação para a mídia, mas acreditam que os mecanismos de controle social precisam melhorar. Verificamos que existe grande aprovação em relação às ações protagonizadas pelos Procons estaduais, e isso é um sinal de que o Estado conta com o apoio das famílias para legislar sobre o tema. Todos nós esperamos que a nova regulação permita mais e melhores intervenções do Estado na regulação da publicidade dirigida às crianças e de produtos infantis.
São muitas vozes que defendem uma nova regulação para a publicidade infantil. Recentemente, um dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, se manifestou a favor de um texto de lei que trate a matéria. O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, declarou que o Ministério da Justiça fará um estudo sobre a publicidade infantil.
Além de nós, os pais (família), a sociedade (Organizações Não-Governamentais e representações do mercado), o Estado (por meio dos seus diversos diversos órgãos e conselhos) e a academia (via grupo de pesquisa de direito, comunicação e psicologia etc.) estão se mobilizando no sentido de uma lei que regulamente a matéria.
É por tudo isso que nos dirigimos ao senhor e aguardamos ansiosos o texto que sairá desta casa para o Senado. Lembrando que, na última audiência pública do Projeto de Lei 5921/01, o senhor se comprometeu publicamente em dar seu parecer neste segundo semestre de 2012. Sabemos que o tema é espinhoso, especialmente por tocar em interesses mercantis de grandes empresários e representações do mercado.
Porém esperamos do senhor e desta comissão a coragem de aprovar um relatório sem deixar esta missão para a próxima legislatura ou teremos mais um ano de tramitação deste Projeto de Lei que se arrasta há 11 anos nesta casa.
Esperamos que este texto ofereça mais proteção às crianças e mais liberdade para pais e mães educarem seus filhos sem que os sofisticados apelos da publicidade interfiram neste processo como vêm interferindo em concorrência com os valores comunitários, de solidariedade e generosidade, além da cooperação, fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa, urbana e saudável. O incentivo ao consumismo, como acontece hoje, gera problemas sociais graves em todas as instâncias e compromete a qualidade do nosso futuro; os legisladores que cuidarem disso, serão sempre lembrados pelo seu pioneirismo e coragem.
Agradecemos a atenção e nos colocamos à sua disposição para colaborar como acharem necessário para oferecer o nosso olhar de pais e mães na redação deste relatório.

Atenciosamente,

domingo, 7 de outubro de 2012

Não tive escolha: postei e comentei

Preferi falar de família do que falar de política neste emblemático domingo de eleições no Brasil.

Porque falar de família exige que em algum outro momento, as políticas atendam as demandas da classe trabalhadora neste país.

Há muito tempo que questões como essas trazidas por esse senhor, me inquietam e me incomodam. É necessário capacitar os pais e mães de hoje. Essa tarefa é pra ontem!




segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A infância em detalhes

Achei por bem transcrever a carta na íntegra, porque o universo da infância perpassa esse blog de diversas formas. Aos meus leitores e seguidores vai aí uma mobilização a qual eu me interesso, me importo e apoio.

Abraços
Sérgio Moura.



Carta às Mães

Meu nome é Agnes Arato e sou uma das mães que fazem parte do coletivo Infância Livre de Consumismo. Se você pensar no grupo gestor das ações deste coletivo, sou uma das 20. Se pensar no grupo que acompanha, compartilha, debate e pensa parecido, sou um dos quase nove mil pais e mães que fazem o coletivo Infância Livre de Consumismo.
Quero pedir licença aos pais para falar às mães – isso porque historicamente e estatisticamente são as mães que tocam a vida prática da prole. São as mães que parem os filhos, que amamentam, e são principalmente elas que cuidam das crianças na primeira infância. Aqui em casa, embora eu me esforce e cobre muito o contrário, ainda é assim.
Quero falar com você, mãe, para que a gente se entenda. Não estamos contra você. Estamos com você!
Nossa briga não é com você, mãe, que eventualmente fornece comida industrializada para seu filho ou que não amamentou exclusivamente até os seis meses (seja por qual motivo for), ou com qualquer outra mãe, pai ou família.
A nossa briga é com o mercado que não nos avisa que alguns alimentos industrializados, em uma única porção, contêm 75% do sódio que poderíamos ingerir em todo o dia, e que isso pode causar inúmeras doenças em nossas famílias. A nossa briga é com o “comunicador” que mantém no ar um programa infantil que, a cada cinco minutos, para tudo o que está fazendo – brincadeiras, desenhos – para vender mais um produto licenciado a nossos filhos. A nossa briga é com os anunciantes que colocam desenho animado e música infantil em propaganda de produtos para adultos, provocando e reforçando a criança como tomadora de decisões de compra de toda a família. A nossa briga é com o fabricante que coloca um brinquedinho em seu lanchinho pouco saudável, deixando para nós, mães, a tarefa inglória de explicar e barganhar com a criança que quer aquilo de qualquer jeito, pois “todo mundo tem”.
A nossa briga é com o pediatra que, ao invés de nos ensinar a estimular a produção de leite, recomenda uma fórmula industrializada logo de início, e não avisa que o nosso próprio leite, além de gratuito, fornece uma proteção a nossos filhos que nenhum outro leite fornecerá. A nossa briga é com a imprensa que, ao invés de apresentar mais soluções para a falta de tempo na hora de ir para a cozinha, indica a papinha industrializada como única saída (saudável?) para o dilema.
Nossa briga não é com você, mãe. Não queremos culpá-la. Mas também não estamos aqui para aliviar. Queremos que você sente conosco, reflita, debata, participe. Afinal, para criar nossos filhos em um mundo onde seja mais importante o “ser” do que o “ter” é preciso que cada um de nós se mobilize. Ao invés de nos acomodarmos em nossa pretensa impotência diante da força de grandes corporações ou conglomerados de comunicação, se cada um de nós der sua pequena contribuição, podemos, sim, mudar hábitos e pensamentos que pareciam imutáveis. Penso sempre na metáfora do formigueiro e da formiga. A formiga, sozinha, não movimenta nada. Mas do que um formigueiro é capaz?
Abraços a todos!