Foto: By Sérgio Moura
A INFÂNCIA E A BOLA DE SABÃO.
Há muito tempo a infância deixou de ser apenas um registro de imagens de adultos em miniatura. Por isso, posso seguramente criar aproximações entre a infância e uma bola de sabão.
As semelhanças são muitas principalmente, na plasticidade da forma, dos movimentos, na direção, das cores, dos sentidos, das interpretações e por aí vai.
É certo que não existe uma infância, mas infâncias que são demarcadas: pelo lugar social, familiar, cultural, pelo tipo de influência das mídias, pelo contato com as gerações anteriores, pela estrutura de valores ensinados, pelo patamar de humanidade que os assiste e os educa... entre outras características, há muitas infâncias.
Não falo de uma infância atribuida como futuro da sociedade, mas de infâncias que são do presente porque ensinam enquanto aprendem e se formam enquanto são educados.
Falo de infâncias que são no presente o brilho da luz de um mundo que precisamos construir para eles enquanto usufruem e crescem neste corrompido pelo desejo de poder e do acúmulo de bens e dinheiro.
Falo de infâncias que são nossos porta-vozes para uma travessia ao avesso, para um retornar a um mundo mais inocente e mais puro, ainda que ilusório.
Minha dor é sentir a decadência humana no abandono, no abuso, no destrato, na violência e no óbito pela fome.
Minha esperança é ver que uma criança ainda se emociona e brinca de fazer bolas de sabão e extrai dessa atividade prazer, alegria e, de tudo isso, ainda é capaz de sonhar.
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