Sonhar com um outro mundo possível!
Um blog que anuncia e denuncia o mundo e os homens pela ação educativa, pedagógica e formadora da Educação e da Educação Física
sábado, 12 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
SIMPOSIO INTERNACIONAL DE FÚTBOL PARA CIEGOS
SIMPOSIO INTERNACIONAL DE FÚTBOL PARA CIEGOS
Este importante evento es organizado por la Fundación Iguales, y cuenta
con el auspicio de la Dirección de Deportes Especiales dependiente de la
Secretaría de Acción Social de la Municipalidad de Salta, el Gobierno
de la Provincia de Salta, IBSA (Federación Internacional de Deportes
para Ciegos) y FADEC (Federación Argentina de Deportes para Ciegos).
La actividad se llevará a cabo durante los días 24 y 25 de Noviembre del corriente año en las instalaciones del SUM del Centro Cívico Municipal - Avda. Paraguay 1200. Esta acción de capacitación se desarrollará en el marco de la Reunión Mundial del Subcomité de Fútbol para Ciegos de IBSA, en la cual contaremos con la presencia de prestigiosos representantes de elite del deporte para ciegos, miembros de IBSA (España), FADEC (Argentina) , árbitros internacionales y directores técnicos de los seleccionados de Inglaterra, Francia, Corea del Sur, Irán, Grecia, Alemania, Brasil, Colombia y Argentina.
La actividad se llevará a cabo durante los días 24 y 25 de Noviembre del corriente año en las instalaciones del SUM del Centro Cívico Municipal - Avda. Paraguay 1200. Esta acción de capacitación se desarrollará en el marco de la Reunión Mundial del Subcomité de Fútbol para Ciegos de IBSA, en la cual contaremos con la presencia de prestigiosos representantes de elite del deporte para ciegos, miembros de IBSA (España), FADEC (Argentina) , árbitros internacionales y directores técnicos de los seleccionados de Inglaterra, Francia, Corea del Sur, Irán, Grecia, Alemania, Brasil, Colombia y Argentina.
El temario general del simposio es el siguiente:
Aspectos
generales del fútbol sala para ciegos en Argentina. Desarrollo y
crecimiento del fútbol para ciegos en Arg. (FADEC) Los Murciélagos como
fenómeno deportivo y social. La realidad actual del Futsal en América y
el Caribe. Iniciación del futbolista ciego. Aspectos técnicos - tácticos
del futsal para ciegos. El alto rendimiento. Arbitraje en IBSA.
Clasificación deportiva. Reglas básicas. Evolución del reglamento.
Planilla y cronometrista. Historia del futsal en el mundo. Estructura
internacional. Subcomité de IBSA, organización interna, objetivos,
proyección, etc.
El costo de la inscripción es de $80 (pesos ochenta) hasta el 18 de noviembre y luego $100,00 (pesos cien), incluye el material bibliográfico. Puntaje docente en trámite.
El costo de la inscripción es de $80 (pesos ochenta) hasta el 18 de noviembre y luego $100,00 (pesos cien), incluye el material bibliográfico. Puntaje docente en trámite.
La
inscripción puede ser abonada en Banco Nación - Fundación Iguales -
Cta. Corriente Nº 27-3070/4532534086. Una vez realizado el trámite
enviar escaneado el ticket de depósito via mail o bien llevarlo
personalmente a la Dirección de Deportes Especiales de la Municipalidad
de Salta (CCM · Avda. Paraguay 1200) de lunes a viernes en el horario de
9.00 a 13.00 hs. Para inscripciones por otros medios o solicitar mayor
información comunicarse por mail a fundacioniguales@hotmail.com por teléfono al (0387) 155 020237.
Se adjunta folleto de difusión. Los datos para inscripción se reciben hasta el día 22 de Noviembre.
Datos personales
Apellido:
Nombres:
DNI:
Domiclio:
Teléfono particular:
Teléfono celular:
Profesión – Estudios:
Correo Electrónico:
Lugar de trabajo:
Domicilio laboral:
Teléfono laboral:
Sin
otro particular y a la espera de contar con su presencia en esta
importante actividad que tiene como fin difundir las actividades
deportivas que practican las personas con discapacidad, hacemos propicia
la oportunidad para saludarle muy atentamente.
Comisión Directiva· Fundación Iguales
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Seminário: Tornozelo e Pé - Aspectos Biomecânicos
No dia 17 de novembro (quinta-feira) 8h:30 acontecerá o seminário sobre
pé e tornozelo, envolvendo aspectos biomecânicos em reabilitação,
desenvolvimento infantil e postura, com palestras e debates. O evento é
gratuito e voltado para pesquisadores, professores e alunos das áreas de
ciências da saúde, ciências animais e engenharia.
Local: TEATRO ASKLEPIÓS - Faculdade de Medicina UFG
Inscrição no local.
A Questão Quilombola
"A Questão Quilombola e sua Relação com a Produção Acadêmica, as Políticas Públicas e as Práticas Corporais"
24 a 26 de Novembro de 2011
Local: Auditório I do Instituto de Ciências Biológicas - ICB I da UFG
Campus II - Goiânia
Este Seminário tem por objetivo promover a socialização de conhecimentos produzidos acerca da Questão Quilombola e suas relações com as Políticas Públicas, as Práticas Corporais e a Produção do Conhecimento. Congregar especialistas, líderes comunitários, representantes institucionais e comunidade universitária interessados na temática quilombola.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Resposta da Procuradoria da República-GO
Prezado,
Abaixo, nota de esclarecimento sobre o texto "Denúncia gravíssima contra a Prefeitura de Goiânia - ABAIXO A REPRESSÃO CONTRA OS TRABALHADORES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA",
publicado no "Blog do Sérgio", em 19 de outubro de 2011.
Atenciosamente,
Ascom PR/GO
Nota de Esclarecimento
Goiânia, 9 de novembro de 2011
Com relação a nota que foi publicada
na última segunda-feira (7) no sítio www.midiaindependente.org (inclusive replicada em outras páginas da internet),
intitulada “Procurador Geral da República em GO processa professores
inocentes”, assinada pelo “Movimento Independente Dos Trabalhadores Em
Educação”, cabe ao Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) os seguintes
esclarecimentos:
1. Em 24 de junho
de 2010 foi protocolizada a peça de informação (PI) nº 1.18.000.001412/2010-57,
a partir de notícia apresentada pelo comando de greve dos profissionais da
educação de Goiânia, informando sobre irregularidades supostamente praticadas
pela Secretaria Municipal de Educação, tais como contratações sem concurso
público, inexistência de um plano de carreira com remuneração adequada e
imposição de sobrecarga e más condições de trabalho aos professores, além de
superfaturamento na aquisição de móveis e equipamentos para as escolas,
ocorridos nos anos de 2008 e 2009.
2. A PI foi
distribuída para a procuradora da República Mariane Guimarães de Mello, titular
do Ofício de Tutela da Educação, que, após análise das denúncias, concluiu que
as supostas irregularidades narradas eram imputadas à administração pública
municipal, por servidores do município de Goiânia, e não envolviam, direta ou
indiretamente, interesse da União a justificar a atuação do MPF.
3. Nem mesmo a
alegação de superfaturamento e má aplicação de recursos do FUNDEB eram
suficientes para atrair a competência federal, vez que fundo,
de natureza contábil, compõe-se de repasses automáticos oriundos de estados e
municípios, e apenas eventualmente pode receber complementação da União, o que
ocorre quando o “valor por aluno não alcançar o mínimo definido
nacionalmente”. No caso, não houve complementação por parte da União.
4. Em 5 de julho de
2010, Mariane Guimarães, entendendo que a atribuição
para oficiar no feito era do Ministério Público Estadual (MP/GO), encaminhou as
peças informativas ao Procurador-Geral de Justiça para as providências que
entendesse cabíveis.
5. Em 6 de julho de 2010,
tendo em vista que a procuradora Mariane Guimarães de Mello estava em
atendimento, o procurador da República Ailton Benedito de Souza recebeu em seu
gabinete representantes do comando de greve dos professores, que solicitavam
esclarecimentos sobre a decisão de declínio de atribuições para o MP/GO.
6. Na ocasião,
Ailton Benedito informou aos presentes que não detinha atribuições relativas à
matéria objeto da representação; que a procuradora da República oficiante já
havia apreciado e decidido pelo encaminhamento do feita ao MP/GO; que a decisão
era perfeitamente clara e cópia da mesma havia sido encaminhada aos
representantes; que, enfim, não tinha atribuições pare revisar o ato.
7. Inconformados,
os representantes abandonaram o seu gabinete, declarando, em voz alta, que
estava havendo desvio e corrupção com recursos da União (FUNDEB), por parte de
administradores municipais; que a sociedade não tem a quem reclamar; que o
MP/GO e o MPF/GO estavam “coniventes com essas práticas” e “acobertando as
mesmas”.
8. No mesmo dia
Ailton Benedito encaminhou memorando à coordenação do Núcleo de Persecução
Criminal (Nucrim) do MPF/GO com informações sobre o ocorrido e solicitando as
providências que entendesse cabíveis.
9. Ao analisar os
fatos, o Nucrim entendeu que havia indícios do crime de desacato (art. 331 do
CP). Em 21 de fevereiro de 2011 foi requisitada a instauração de inquérito
policial (IPL nº 314/2011) para apuração de todo o ocorrido. Atualmente o IPL
tramita na Superintendência da Polícia Federal/GO.
10. O MPF/GO
aproveita para lembrar que suas incumbências fundamentais consubstanciam-se na
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis. Apenas para se ter uma ideia dos números da sua
atuação, no biênio de 2009/2010 tramitaram no órgão cerca de 100 mil autos e
peças de informações provenientes das várias áreas de atuação.
Ministério Público Federal em Goiás
Assessoria de Comunicação
Fones: (62)
3243-5454
E-mail: ascom@prgo.mpf.gov.br
Twitter:
http://twitter.com/mpf_go
Sítio: www.prgo.mpf.gov.br
terça-feira, 8 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Artigos sobre a crise do sistema do capital
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
Direito para exercer a vontade!
“É preciso que as pessoas queiram exercer o direito à memória e à verdade”
Em entrevista à Carta Maior, Maria do Amparo Almeida Araújo, que combateu a ditadura pela Ação Libertadora Nacional (ALN), fundou o Coletivo Tortura Nunca Mais de Pernambuco e hoje é secretária de Direitos Humanos e Segurança Cidadã na Prefeitura do Recife, fala sobre a Comissão da Verdade e os obstáculos para que a memória e a verdade sobre o período da ditadura venham à tona. "É preciso que as pessoas queiram exercer esse direito. Infelizmente, talvez pela distância, pelo tempo, as pessoas não estão muito sensibilizadas com isso", afirma. Márcio Markman - De Recife, Especial para Carta Maior.
Não há qualquer exagero em afirmar que a
alagoana de Palmeira dos Índios, Maria do Amparo Almeida Araújo, 61
anos, tem uma vida dedicada à luta pela liberdade e a defesa dos
Direitos Humanos. Após três anos morando em São Paulo, ela ingressou
ativamente no combate à ditadura militar, através da Ação Libertadora
Nacional (ALN), organização da qual se tornou militante junto com o
irmão mais velho, Luiz. Tinha apenas 17 anos.
Amparo é um exemplo
de uma cidadã brasileira que teve a vida marcada pela face mais
desumana da ditadura. O irmão Luís está na lista dos militantes
desaparecidos. Durante os anos de chumbo, teve ainda três companheiros
desaparecidos. Iúri Xavier Pereira, Luiz José da Cunha e Thomaz Antonio
da Silva Meireles Neto. Iúri e Luiz José foram mortos por policiais do
Doi-Codi, o braço forte da repressão. Thomaz foi preso em 1974, no Rio
de Janeiro, e engrossou a lista de desaparecidos políticos.
Entre
1972 e 1977, a família pensou que Amparo também havia sido executada
pelas forças reacionárias. Só ficaram sabendo que estava viva quando
retornou a Alagoas, no final de 1977, após a dissolução da ALN.
No
ano seguinte, ela ruma para o Recife, onde se forma em Serviço Social e
permanece de forma ativa na defesa dos ideais libertários e, após a
queda do regime militar, na busca pela verdade do que realmente ocorreu
com os brasileiros que tiveram seus direitos humanos violados no período
da ditadura. Milhares de torturados, centenas assassinados e de
desaparecidos.
Leia a entrevista na íntegra: Clique aqui
O esporte pede desculpas? Aceitaremos?
Como disse o aluno Weber Barbosa (FEF-UFG), há muitas questões postas nesse vídeo que merecem nossa atenção. Há elementos vinculados sobretudo, às políticas públicas de educação, esporte e lazer das esferas federal, estaduais e municipais. Mas há também, aspectos da prática docente tanto no campo da formação de professores quanto da educação básica que merecem destaque.
Eis as possibilidades. Quem se habilita a deixar seu comentário?Um péssimo exemplo...
... de quem tinha que ser exemplar no respeito à legislação de trânsito no Brasil e em especial, em frente ao Colégio Emmanuel, na Av. Cora Coralina em Goiânia-Go e nos mostrar como ser corretos.
É lamentável que servidores desse órgão insistam em acreditar que estão acima da lei que eles mesmos nos cobram o cumprimento.
SAVEIRO BRANCA - CARACTERIZADA PLACA - NWC 8396
Merece multa ao veículo, à prefeitura e pontos na habilitação do servidor.
Fica aqui a minha indignação em relação ao comportamento equivocado que muitos agentes da lei (AMT, PM, etc) exercem em locais públicos. E fica também o meu recado: essa foto não é minha, mas estou com minha máquina fotográfica e meu celular atentos na cidade de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Porque em Ap. de Goiânia, os AMT's de lá, são mais invocados ainda!
Foto: by Felipe Vitorino (facebook)
Foto: by Felipe Vitorino (facebook)
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
E quando não houver mais palavras...
... para educar as crianças e sobrarem apenas as nossas atitudes no mundo?
Fiquei pensando nisso desde a semana passada e procurando uma forma de postar a idéia. Então vamos lá!
Se um dia nós os adultos perdessemos a capacidade de falar, tenho muito receio sobre como seriam educadas as nossas crianças, baseadas apenas nas atitudes e ações. Algumas imagens nos provocam a pensar sobre isso, pois nossos filhos e alunos estão nos assistindo o tempo todo. Vai aí, duas versões de reflexões para não terminar o mês que é dedicado às crianças, sem pensarmos sobre isso!
Fraternalmente,
Sérgio Moura
Luto na Eseffego UEG Goiânia
Faleceu nesta quarta (26) Ivo Almeida, um dos mais ilustres funcionários e amigos da Eseffego de todos os tempos! Sua alegria contagiante; seus conselhos aos amigos principalmente alunos, incalculável bem produziu; humildade 100%; uma grande pessoa para lembrarmos e chorarmos sua partida, mas guardarmos sua alegria, sua força e positividade.
domingo, 23 de outubro de 2011
Qual mundo herdarão as crianças de hoje?
Veja só se não seria simples se os homens proprietários das grandes corporações e mega-empreendimentos não fossem tão preocupados em ganhar cada vez mais dinheiro, propriedades e petróleo!
Valeu Camila Cunha !!!
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Será o apocalipse desse modelo societário?
A vida como ela é de verdade ou o esgotamento do inevitável!
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Sociólogo norte-americano antecipa que ‘o capitalismo chegou ao fim da linha’
Aos 81 anos, o sociólogo
norte-americano Immanuel Wallerstein acredita que o capitalismo
chegou ao fim da linha: já não pode mais sobreviver como sistema. Mas – e aqui
começam as provocações – o que surgirá em seu lugar pode ser melhor (mais
igualitário e democrático) ou pior (mais polarizado e explorador) do que temos
hoje em dia.
O capitalismo está
derretendo
Estamos, pensa este professor da Universidade
de Yale e personagem assíduo dos Fóruns Sociais Mundiais, em meio a uma
bifurcação, um momento histórico único nos últimos 500 anos. Ao contrário do que
pensava Karl Marx, o sistema não sucumbirá num ato heróico. Desabará sobre suas
próprias contradições. Mas atenção: diferentemente de certos críticos do
filósofo alemão, Wallerstein não está sugerindo que as ações humanas são
irrelevantes.
Ao contrário: para ele, vivemos o momento
preciso em que as ações coletivas, e mesmo individuais, podem causar impactos
decisivos sobre o destino comum da humanidade e do planeta. Ou seja, nossas
escolhas realmente importam. “Quando o sistema está estável, é relativamente
determinista. Mas, quando passa por crise estrutural, o livre-arbítrio torna-se
importante.”
É no emblemático 1968, referência e
inspiração de tantas iniciativas contemporâneas, que Wallerstein situa o início
da bifurcação. Lá teria se quebrado “a ilusão liberal que governava o
sistema-mundo”. Abertura de um período em que o sistema hegemônico começa a
declinar e o futuro abre-se a rumos muito distintos, as revoltas daquele ano
seriam, na opinião do sociólogo, o fato mais potente do século passado –
superiores, por exemplo, à revolução soviética de 1917 ou a 1945, quando os EUA
emergiram com grande poder mundial.
As declarações foram colhidas no dia 4 de
outubro pela jornalista Sophie Shevardnadze, que conduz o programa Interview na
emissora de televisão russa RT. A transcrição e a tradução para o português são
iniciativas do sítio Outras Palavras, 15-10-2011.
Leia
aqui a entrevista, na íntegra:
– Há exatamente dois anos, você disse ao
RT que o colapso real da economia ainda demoraria alguns anos. Esse colapso está
acontecendo agora?
– Não, ainda vai demorar um ano ou dois, mas
está claro que essa quebra está chegando.
– Quem está em maiores apuros: Os Estados
Unidos, a União Europeia ou o mundo todo?
– Na verdade, o mundo todo vive problemas. Os
Estados Unidos e União Europeia, claramente. Mas também acredito que os chamados
países emergentes, ou em desenvolvimento – Brasil, Índia, China – também
enfrentarão dificuldades. Não vejo ninguém em situação tranquila.
– Você está dizendo que o sistema
financeiro está claramente quebrado. O que há de errado com o capitalismo
contemporâneo?
– Essa é uma história muito longa. Na minha
visão, o capitalismo chegou ao fim da linha e já não pode sobreviver como
sistema. A crise estrutural que atravessamos começou há bastante tempo. Segundo
meu ponto de vista, por volta dos anos 1970 – e ainda vai durar mais uns 20, 30
ou 40 anos. Não é uma crise de um ano, ou de curta duração: é o grande
desabamento de um sistema. Estamos num momento de transição. Na verdade, na luta
política que acontece no mundo — que a maioria das pessoas se recusa a
reconhecer — não está em questão se o capitalismo sobreviverá ou não, mas o que
irá sucedê-lo. E é claro: podem existir duas pontos de vista extremamente
diferentes sobre o que deve tomar o lugar do capitalismo.
– Qual a sua visão?
– Eu gostaria de um sistema relativamente
mais democrático, mais relativamente igualitário e moral. Essa é uma visão, nós
nunca tivemos isso na história do mundo – mas é possível. A outra visão é de um
sistema desigual, polarizado e explorador. O capitalismo já é assim, mas pode
advir um sistema muito pior que ele. É como vejo a luta política que vivemos.
Tecnicamente, significa é uma bifurcação de um sistema.
– Então, a bifurcação do sistema
capitalista está diretamente ligada aos caos econômico?
– Sim, as raízes da crise são, de muitas
maneiras, a incapacidade de reproduzir o princípio básico do capitalismo, que é
a acumulação sistemática de capital. Esse é o ponto central do capitalismo como
um sistema, e funcionou perfeitamente bem por 500 anos. Foi um sistema muito bem
sucedido no que se propõe a fazer. Mas se desfez, como acontece com todos os
sistemas.
– Esses tremores econômicos, políticos e
sociais são perigosos? Quais são os prós e contras?
– Se você pergunta se os tremores são
perigosos para você e para mim, então a resposta é sim, eles são extremamente
perigosos para nós. Na verdade, num dos livros que escrevi, chamei-os de
“inferno na terra”. É um período no qual quase tudo é relativamente imprevisível
a curto prazo – e as pessoas não podem conviver com o imprevisível a curto
prazo. Podemos nos ajustar ao imprevisível no longo prazo, mas não com a
incerteza sobre o que vai acontecer no dia seguinte ou no ano seguinte. Você não
sabe o que fazer, e é basicamente o que estamos vendo no mundo da economia hoje.
É uma paralisia, pois ninguém está investindo, já que ninguém sabe se daqui a um
ano ou dois vai ter esse dinheiro de volta. Quem não tem certeza de que em três
anos vai receber seu dinheiro, não investe – mas não investir torna a situação
ainda pior. As pessoas não sentem que têm muitas opções, e estão certas, as
opções são escassas.
– Então, estamos nesse processo de
abalos, e não existem prós ou contras, não temos opção, a não ser estar nesse
processo. Você vê uma saída?
– Sim! O que acontece numa bifurcação é que,
em algum momento, pendemos para um dos lados, e voltamos a uma situação
relativamente estável. Quando a crise acabar, estaremos em um novo sistema, que
não sabemos qual será. É uma situação muito otimista no sentido de que, na
situação em que nos encontramos, o que eu e você fizermos realmente importa.
Isso não acontece quando vivemos num sistema que funciona perfeitamente bem.
Nesse caso, investimos uma quantidade imensa de energia e, no fim, tudo volta a
ser o que era antes. Um pequeno exemplo. Estamos na Rússia. Aqui aconteceu uma
coisa chamada Revolução Russa, em 1917. Foi um enorme esforço social, um número
incrível de pessoas colocou muita energia nisso. Fizeram coisas incríveis, mas
no final, onde está a Rússia, em relação ao lugar que ocupava em 1917? Em muitos
aspectos, está de volta ao mesmo lugar, ou mudou muito pouco. A mesma coisa
poderia ser dita sobre a Revolução Francesa.
– O que isso diz sobre a importância das
escolhas pessoais?
– A situação muda quando você está em uma
crise estrutural. Se, normalmente, muito esforço se traduz em pouca mudança,
nessas situações raras um pequeno esforço traz um conjunto enorme de mudanças –
porque o sistema, agora, está muito instável e volátil. Qualquer esforço leva a
uma ou outra direção. Às vezes, digo que essa é a “historização” da velha
distinção filosófica entre determinismo e livre-arbítrio. Quando o sistema está
relativamente estável, é relativamente determinista, com pouco espaço para o
livre-arbítrio. Mas, quando está instável, passando por uma crise estrutural, o
livre-arbítrio torna-se importante. As ações de cada um realmente importam, de
uma maneira que não se viu nos últimos 500 anos. Esse é meu argumento
básico.
– Você sempre apontou Karl Marx como uma
de suas maiores influências. Você acredita que ele ainda seja tão relevante no
século XXI?
– Bem, Karl Marx foi um grande pensador no
século XIX. Ele teve todas as virtudes, com suas ideias e percepções, e todas as
limitações, por ser um homem do século XIX. Uma de suas grandes limitações é que
ele era um economista clássico demais, e era determinista demais. Ele viu que os
sistemas tinham um fim, mas achou que esse fim se dava como resultado de um
processo de revolução. Eu estou sugerindo que o fim é reflexo de contradições
internas. Todos somos prisioneiros de nosso tempo, disso não há dúvidas. Marx
foi um prisioneiro do fato de ter sido um pensador do século XIX; eu sou
prisioneiro do fato de ser um pensador do século XX.
– Do século 21, agora…
– É, mas eu nasci em 1930, eu vivi 70 anos no
século XX, eu sinto que sou um produto do século XX. Isso provavelmente se
revela como limitação no meu próprio pensamento.
– Quanto – e de que maneiras – esses dois
séculos se diferem? Eles são realmente tão diferentes?
– Eu acredito que sim. Acredito que o ponto
de virada deu-se por volta de 1970. Primeiro, pela revolução mundial de 1968,
que não foi um evento sem importância. Na verdade, eu o considero o evento mais
significantes do século XX. Mais importante que a Revolução Russa e mais
importante que os Estados Unidos terem se tornado o poder hegemônico, em 1945.
Porque 1968 quebrou a ilusão liberal que governava o sistema mundial e anunciou
a bifurcação que viria. Vivemos, desde então, na esteira de 1968, em todo o
mundo.
– Você disse que vivemos a retomada de 68
desde que a revolução aconteceu. As pessoas às vezes dizem que o mundo ficou
mais valente nas últimas duas décadas. O mundo ficou mais
violento?
– Eu acho que as pessoas sentem um
desconforto, embora ele talvez não corresponda à realidade. Não há dúvidas de
que as pessoas estavam relativamente tranquilas quanto à violência em 1950 ou
1960. Hoje, elas têm medo e, em muitos sentidos, têm o direito de sentir
medo.
– Você acredita que, com todo o progresso
tecnológico, e com o fato de gostarmos de pensar que somos mais civilizados, não
haverá mais guerras? O que isso diz sobre a natureza humana?
– Significa que as pessoas estão prontas para
serem violentas em muitas circunstâncias. Somos mais civilizados? Eu não sei.
Esse é um conceito dúbio, primeiro porque o civilizado causa mais problemas que
o não civilizado; os civilizados tentam destruir os bárbaros, não são os
bárbaros que tentam destruir os civilizados. Os civilizados definem os bárbaros:
os outros são bárbaros; nós, os civilizados.
– É isso que vemos hoje? O Ocidente
tentando ensinar os bárbaros de todo o mundo?
– É o que vemos há 500 anos.
19/10/2011
17:04, Por Redação, com IHU - de Washington
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