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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dossiê Revistas de História


Dossiê Revistas Acadêmicas de História



O Café História preparou neste fim  de ano um dossiê especial sobre periódicos acadêmicos na área de história. Confira algumas das principais revistas especializadas que disponibilizam seu acervo, na íntegra e gratuitamente, na internet.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Contribuição Teórica - História do Esporte

REVISTA DE HISTÓRIA DO ESPORTE
VOLUME 4, NÚMERO 2, DEZEMBRO DE 2011

Lançamento de mais um número de Recorde: Revista de História do Esporte (ISSN 1982-8985), uma publicação do Sport: Laboratório de História do Esporte e do Lazer (www.sport.ifcs.ufrj.br) e do Programa de Pós-Graduação em História Comparada/IFCS/UFRJ.

A revista está acessível em: www.sport.ifcs.ufrj.br/recorde

Aproveitamos para informar que já estamos aceitando contribuições para o próximo número. As normas de submissão estão disponíveis em nossa página.

Um grande abraço,

Maurício Drumond, Rafael Fortes, João Malaia, Miguel Villamón, Victor Melo
Editores

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* Sobre nossa capa

Trecho de filme sobre o Circuito de São Gonçalo, primeira prova do automobilismo fluminense.
Acervo: Auto Relíquias Clube de São Gonçalo

sábado, 17 de setembro de 2011

Onde está o dinheiro?


A pergunta que a imprensa conservadora aprisiona e dissimula num labirinto atordoante de impasses sem fim emerge de forma quase selvagem no noticiário dos últimos dias. À revelia da camuflagem de classe, o aguçamento da crise injeta progressiva nitidez a certas arguições da história: quem vai prover o saneamento das finanças públicas endividadas no ciclo de liquidez neoliberal e, em muitos países, falidas posteriormente no socorro aos mercados?

De onde sairá o dinheiro necessário para retomar investimentos, sobretudo em infraestrutura ambiental, na reciclagem do urbanismo do petróleo para o urbanismo verde, ademais de adequar, expandir e qualificar os serviços públicos nessa direção; construir pontes entre a era do petróleo e a era da energia sustentável; educar adolescentes para o discernimento social e a liberdade em comunhão coletiva; vencer a fome; reciclar profissionais maduros, implantar enfim os programas que vão resgatar o emprego, a renda e o futuro da vida em sociedade?

Essa revolução demandada pelo século XXI virá do arrocho fiscal ou de uma maior justiça social, a começar pela justiça tributária? Convergirá dos cortes de gastos com desemprego crescente e o sucateamento da esfera pública, como no modelo prescrito à Grécia? Ou terá o resgate do interesse público como eixo regenerador da economia, da democracia e da sociedade? Se a resposta parece clara para a esquerda, ou ao menos para uma parte dela (LEIA o especial deste fim de semana de Carta Maior sobre a crise) sua implementação carece de coerência e mobilização.

Colonizada pelo neoliberalismo, a tergiversação da socialdemocracia, por exemplo, ameaça desmoralizar instrumentos que podem fazer a diferença entre a redenção ou a catástrofe econômica e e social. Nas mãos esquivas do conservadorismo, assumido ou dissimulado, a tributação simbólica sobre a riqueza serve apenas de lubrificante para dobrar a aposta e tratar a crise com as suas próprias causas. Vem da Espanha de Zapatero um exemplo desconcertante de como incorporar uma bandeira para inverter o seu sentido, demoralizando-a. "Uma semana de confusão e eternas discussões nas fileiras socialistas mostrou como é difícil para a classe política espanhola desembarcar de trinta anos de aplicação de políticas neoliberais", explica o correspondente de Carta Maior em Madrid, Oscar Guisoni.

Em seu artigo deste fim de semana (leia ‘O sonhado imposto espanhol sobre as grandes fortunas: muito barulho por nada') Guisoni mostra como o PSOE fez da tributação dos ricos uma renúncia disfarçada de audácia.

Resguardado num estágio bem anterior a esse, o conservadorismo brasileiro afia as unhas, porém, para não deixar dúvida quanto a sua opinião sobre as alternativas postas pela crise. Hoje ele se concentra em reprovar o corte dos juros e vetar a taxa de 0,1% sobre lucros financeiros que poderia viabilizar um substituto mais justo à CPMF. Mas já tem um plano B, que consiste em desautorizar o Estado como se a corrupção fosse um rio de margem única (leia entrevista de Jorge Hage a André Barrocal nesta página.)
Postado por Saul Leblon às 13:49 - www.cartamaior.com.br

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O reino e a glória, por Giorgio Agamben

Com O reino e a glória, a investigação sobre a genealogia do poder iniciada pelo filósofo italiano Giorgio Agamben há treze anos com a obra Homo sacer chega a uma encruzilhada decisiva. Em seus novos estudos, Agamben desvenda qual é a relação que liga tão intimamente o poder à glória e a todo o aparato cerimonial e litúrgico que o acompanha desde o início. Revela que, nos primeiros séculos da história da Igreja, a doutrina da Trindade (o Pai, o Filho e o Espírito Santo) é introduzida sob a forma de uma "economia" da vida divina, como um problema de gestão e de governo da "casa" celeste e do mundo, aparecendo inesperadamente na origem de muitas categorias fundamentais da política moderna, desde a teoria democrática da divisão dos poderes até a doutrina estratégica dos "efeitos colaterais", desde a "mão invisível" do liberalismo smithiano até as ideias de ordem e segurança.

As investigações de O reino e a glória remetem a uma ciência dedicada à história dos aspectos cerimoniais do poder e do direito, uma espécie de arqueologia política da liturgia e do protocolo, que poderia ser chamada provisoriamente de "arqueologia da glória". Tais estudos situam-se no rastro das pesquisas de Michael Foucault sobre a genealogia da governabilidade e alcançam os primeiros séculos da teologia cristã, em que a doutrina trinitária serve como forma mais clara de revelar o funcionamento e a articulação da máquina governamental. Por meio de uma fascinante análise das aclamações litúrgicas e dos símbolos cerimoniais do poder, do trono à coroa, da púrpura ao feixe de varas carregado pelos litores (que se tornou símbolo do fascismo), Agamben constrói uma genealogia inédita que mostra como elementos considerados resíduos do passado continuam constituindo a base do poder ocidental.

É nesse percurso intelectual que o filósofo italiano identifica um importante paralelo entre as aclamações (gestos coletivos de louvor ou desaprovação) e a chamada "opinião pública", e vai além com a constatação de que a esfera da glória não desaparece nas democracias modernas, mas desloca-se para novos terrenos, como a mídia. "A democracia contemporânea é uma democracia inteiramente fundada na glória, ou seja, na eficácia da aclamação, multiplicada e disseminada pela mídia além do que se possa imaginar (que o termo grego para glória - doxa - seja o mesmo que designa hoje a opinião pública é, desse ponto de vista, mais que mera coincidência)." E, como reforça o autor, é a partir disso que o problema hoje tão debatido da função política da mídia assume novos significados e nova urgência.

Com tradução de Selvino J. Assmann, O reino e a glória integra a coleção Estado de Sítio, da Boitempo, coordenada por Paulo Arantes.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Série: o que rola pro ano novo!!!

Isso é incrível, mas muito interessante!!!


Empresa americana lança aplicativo que promete conquistar historiadores e pesquisadores de ciências humanas em geral. O que ele faz? Permite traçar tendências culturais e políticas nos últimos duzentos anos.
Em um primeiro momento, o Books Ngram Viewer (http://ngrams.googlelabs.com/) não chama muito a atenção dos internautas, hoje acostumados às dezenas cores, animações e outras pirotecnias que os grandes sites promovem para conquistar o público. Em sua tela, o internauta precisa preencher apenas três espaços: palavra(s), período e a língua a ser pesquisada. Depois, basta clicar em "Search lot of books". O sistema, então, irá consultar um banco de dados de mais de 500 bilhões de palavras, divididas entre 5 milhões de livros, publicados entre 1800 e 2008 e digitalizados pelo Google nos últimos anos. Essa consulta - que não leva mais do que dois segundos - gera um gráfico no qual é possível observar a evolução (ou involução) de uma palavra ao longo do tempo.
Fonte: Café História 

sábado, 6 de novembro de 2010

... conformar ou não conformar: eis a questão!



Sabedoria de vida tem a ver com se conformar e, paradoxalmente, com não se conformar com a realidade.

Sábio é quem sabe que existe uma realidade, que muitas vezes não pode ser mudada. Os sábios a aceitam. Como escreveu o psiquiatra Gerald May, as coisas são como são, queira-se ou não. Logo, é melhor aceitá-las.
Sábio é quem, sabendo que existe a realidade, põe-se a caminho para transformá-la. Os sábios aceitam que há uma realidade a ser alterada.
Sabedoria de vida, portanto, é uma questão de coragem, coragem para aceitar o que não pode ser mudado e coragem para se rebelar, comprometer-se e arregaçar as mangas para transformar o que pode ser transformado.
Os primeiros fazem história, que não guarda seus nomes.
Os segundos fazem história e têm seus nomes inscritos em placas.
Precisamos ser conformados e revolucionários. Ao mesmo tempo.