quinta-feira, 5 de agosto de 2010

... mais uma revista sobre História

http://www.revistafenix.pro.br/

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

... trabalhadores no porto de Manaus-AM

terça-feira, 3 de agosto de 2010

¿Qué es Educación para el Desarrollo Sostenible?

Moacir Gadotti e outros respondem.

... um sentido para a expressão, perdão

"A canção dos homens" é um poema de Tolba Phanem, poeta africana, lutadora pelos direitos civis das mulheres. Vale a pena conhecer. Leia clicando aqui

IV CONGRESSO CENTRO OESTE DE CIÊNCIAS DO ESPORTE














Inscrições on line: www.4concoce.com.br

Em Goiânia, PT = Íris Rezende... é a mesma coisa!!!

Segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A GREVE CONTINUA EM AGOSTO!

Não gostaríamos que fosse assim, mas a Prefeitura de Goiânia NÃO NEGOCIA com a categoria, reiterando sua proposta regeitada pela categoria na Assembléia do dia 31/05, SEM CONTEMPLAR AGENTES EDUCATIVOS E ADMINISTRATIVOS ALÉM DE OFERECER UM PISO ABAIXO DO DEFINIDO EM LEI.

Iris Rezende e os Vereadores que votaram contra a educação são co-responsáveis e devem ser cobrados principalmente aqueles que são candidatos como Francisco Jr. e outros.

Se o seu Diretor te ameaça com corte de ponto, te obriga a assinar atas, obriga a escola a "voltar" DIGA NÃO! A ASSEMBLÉIA É SOBERANA E TEMOS O DIREITO DE PERMANECER EM GREVE, ALEM DISSO NÃO É NECESSARIO ASSINAR NADA!

DENUNCIEM OS DIRETORES E DIRIGENTES IMORAIS QUE CONVOCAM OS TRABALHADORES SEGUINDO AS ORDEM DA SME, ATRAVÉS DAS UNIDADES REGIONAIS.
 

... agora estamos falando sério!!!

Segunda-feira, 02 Agosto 2010 - 19h30m
SBPC reivindica piso de R$ 4 MIL para professores da educação básica no Brasil


Piso de R$ 4 mil para os professores da educação básica brasileira - do ensino infantil ao médio - até 2014. Essa é uma das metas que o Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) vai propor aos candidatos à presidência da República em 2010. Hoje, o piso gira em torno de R$ 1 mil.

\"O professor deve ter o maior salário do funcionalismo público. Não menos que um delegado ou um diplomata\", afirma o conselheiro e docente da UnB, Isaac Roitman. Os números são um alerta. Levantamento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) revela que o total de 70.507 professores formados em 2007 no Brasil representa uma queda de 4,5% em relação ao ano anterior, e de 9,3%, se comparado a 2005.

O pacote apresentado pelo biólogo Isaac Roitman na mesa-redonda Educação Brasileira: A Inflexão Necessária ainda inclui a violência, a evasão e a depredação escolar, a falta de estrutura de trabalho e os baixos salários dos docentes do país. Outro dado é que de cada cem crianças que ingressam no ensino fundamental brasileiro, apenas 53 concluem os oito anos de estudo. E só 37 chegam ao fim do ensino médio. (Fonte: Jornal de Brasília - 29/07/2010).

A SBPC está realizando o seu 62º Encontro Anual, em Natal (RN) e os candidatos à presidência da República foram convidados para participarem dos debates, nos quais a entidade entrega a cada um deles um documento fazendo uma avaliação da importância da Educação, Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento do país. Veja abaixo, o teor do documento do SBPC, que está sendo entregue aos presidenciáveis e que pede uma revolução na Educação e a valorização dos seus profissionais.


Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Brasileiro
A ciência brasileira conquistou uma posição internacional de destaque e alcançou um grau de maturidade que permite considerá-la como um recurso fundamental para o desenvolvimento econômico e social sustentável do país. Essa competência decorre de uma política de estado que promoveu investimento continuado por várias décadas na formação de recursos humanos e na geração de conhecimento. Esta política precisa ser consolidada e ampliada nos próximos mandatos presidenciais. A ABC (Academia Brasileira de Ciências) e a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) tendo em vista este momento vem propor:
O sucesso desta Agenda depende de profunda revisão dos marcos legais que atualmente tolhem as Instituições de Educação Superior e travam as atividades de pesquisa e inovação.
A ABC e a SBPC consideram que essa Agenda de Ciência e Tecnologia para o Brasil deve estar fortemente vinculada ao desenvolvimento social, integral e abrangente, pressuposto para uma nação forte e soberana.
Natal, 28 de julho de 2010.



Fonte: http://www.seperj.org.br/site/

... palmadinha dói ou não? pode ou não?


Em resposta às duas afirmações veiculadas na matéria “Palmadinha Fora da Lei” da Revista Veja (21 de julho de 2010), eis um artigo opinativo intitulado “Falsa unanimidade”, cuja autora é Cida Alves, Psicóloga mestre em educação e doutoranda pela Universidade Federal de Goias - UFG. Em 1986, inicia a militância pelos direitos das crianças e dos adolescentes. Há treze anos atua na saúde pública atendendo pessoas que vivem situações de violência.

Veja o texto aqui

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

... infância e consumo: passa pela educação formal?

Pense o quanto se sabe ou o quanto se preocupa com o tema nos processos educativos da educação formal!!!

Nesse vídeo, Danilo Miranda (Diretor Regional do SESC - SP) fala sobre cidadania, publicidade e educação, argumentando que a educação é assunto da mais alta relevância e, afirma que sua efetividade está muito além da família e da escola, defendendo que todos os campos deveriam ter uma perspectiva educativa.

sábado, 31 de julho de 2010

... é preciso considerar ...


"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente,  ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." 

 (Paulo Freire)
 Conheça - Biblioteca Digital sobre Paulo Freite aqui

... transformar é se importar com o outro

... você conhece avaaz.org/po ?

Caros amigos,

É chocante, a Comissão Especial da Câmara, tomada por deputados ruralistas, conseguiu enfraquecer o nosso Código Florestal. Porém a lei ainda não foi para votação então ainda podemos salvar nossas florestas.

A campanha pelo Código já chamou atenção em Brasília, houveram algumas revisões no texto e conseguimos entregar a nossa petição para deputados e líderes partidários depois que as nossas 40.000 mensagens foram bloqueadas pela Câmara. Porém vamos precisar de apoio para dar fôlego à campanha e para encarar o poderoso agronegócio.

Nós podemos focar em deputados indecisos, lançar um apelo midiático, organizar ligações em massa e manifestações, estando presente com mobilizações em massa a cada momento decisivo. Nós já somos mais de 650.000 pessoas da comunidade da Avaaz no Brasil, se cada um contribuir R$ 5 as nossas vozes serão ouvidas, como fizemos com a Ficha Limpa. Clique abaixo para contribuir:

https://secure.avaaz.org/po/codigo_em_perigo/?vl

Nós sabemos que as nossas campanhas funcionam. Algumas semanas atrás entregamos a maior petição pelas baleias a história, diretamente para os delegados da Comissão Baleeira Internacional. A nossa campanha se tornou a principal notícia do BBC World News e ao final, apesar do forte lobby das nações a favor da caça comercial de baleias, a proibição da caça foi mantida.

Aqui no Brasil nós sabemos que a nossa comunidade é uma nova e poderosa força democrática – apesar de quase 25% dos deputados responderem a processos na justiça, nos disseram que a Ficha Limpa nunca iria passar, mas depois de construirmos a maior campanha online na história do Brasil, nós vencemos!

Especialistas dizem que se a proposta ruralista passar, esta será a maior perda ambiental em décadas, permitindo a destruição de 80 milhões de hectares de florestas nativas e dando anistia para todos os crimes ambientais desde 2008. O Código Florestal garante não só a preservação das florestas e as populações que dependem dela, mas também previne as mudanças climáticas.

O poder do modelo da Avaaz é usar a tecnologia para que uma pequena equipe possa gerar o engajamento coletivo de milhões de pessoas. A campanha da Ficha Limpa foi possível com apenas alguns membros da equipe da Avaaz, servindo toda a comunidade no Brasil. Clique abaixo para doar uma pequena quantia para turbinar a nossa campanha, desafiando os ruralistas e defendendo o Código Florestal:

https://secure.avaaz.org/po/codigo_em_perigo/?vl

A nossa comunidade no Brasil contribuiu para desafiar as convenções e trazer uma nova política, transparente e responsável. Vamos agir juntos novamente e construir este movimento para garantir que as políticas e leis reflitam os interesses de todos nós brasileiros e não somente uma minoria poderosa. Juntos nós podemos construir o Brasil que queremos!

Com esperança,

Graziela, Ricken, Alice, Luis, Iain, Pascal, Benjamin e toda a equipe Avaaz

Fontes:

Mudança no Código Florestal pode resultar no desmatamento de 80 milhões de hectares:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/21/brasil,i=198600/MUDANCA+NO+CODIGO+FLORESTAL+PODE+RESULTAR+NO+DESMATAMENTO+DE+80+MILHOES+DE+HECTARES.shtml

Novo código florestal pode agravar ameaça à Amazônia:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/07/26/novo-codigo-florestal-pode-agravar-ameaca-amazonia-917240888.asp

Retrocesso ambiental (Greenpeace):
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Retrocesso-ambiental-/

sexta-feira, 30 de julho de 2010

... SBPC busca saída para formação de leitores ...

Diálogo entre cultura impressa e digital responde
ao desafio da formação do leitor no século XXI
Raquel Wandelli, jornalista Secarte/UFSC/ SC
Pesquisadora do Nupill/UFSC
Professora da Unisul/SC
 
Conferencistas da SBPC discutem saídas para a formação de leitores na cultura digital, onde o professor é emigrante e o aluno é o nativo.

Professores de ensino fundamental e médio vivem em todo mundo talvez o maior desafio da sua história: formar leitores em uma sociedade que sofreu a mudança drástica da cultura impressa para a digital e do paradigma de leitura para o de navegação. Como a escola pode formar leitores nessa contemporaneidade, quando impera uma cultura à qual os professores aderem como emigrantes, enquanto os alunos são os nativos? E como fazer desse leitor.com recém-inventado, esse adolescente zapper que ziguezagueia como um pássaro, um autor intérprete crítico e produtor de sentidos?  E ainda: como potencializar as possibilidades de interatividade e multilinearidade da internet em favor da apreensão de saberes complexo s em uma sociedade lan house, onde reina o sensorial, o efêmero e a superficialidade dos chats e jogos virtuais?
A busca de respostas a esse desafio reuniu três educadoras em torno da conferência A formação do leitor no século XXI, realizada na tarde de quarta-feira (28), terceiro dia da 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa e Ciência, no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). As pesquisadoras Maria Zaíra Turchi, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e Marly Amarilha, da UFRN apresentaram reflexões e saídas para esse impasse, tão urgente e emergente a ponto de constituir grupos de estudos e uma linha de pesquisa dentro da SBPC. Alice Aurea Penteado, professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), complementou a discussão apresentando os critérios de compra de livros dentro do Edital de Convocação para o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE 2011), que primam pela oferta de uma linguagem atraente para os jovens. O diálogo relacional entre gerações e linguagens diferentes, a postura do professor-aprendiz e a convicção de que nenhuma forma de leitura é superior à outra são posições compactuadas pelos palestrantes como ponto de partida para o enfrentamento da questão contemporânea da leitura.
O professor precisa suspender o preconceito contra a cultura digital e imergir no universo dos adolescentes para criar possibilidades de formação do gosto pela leitura, como Maria Zaíra propôs ao abrir sua palestra Do livro à rede: mudança da leitura ou dos leitores? Mas também não deve se sentir inferiorizado diante das novas tecnologias e nem se acuar como se não tivesse, com sua experiência letrada e impressa, mais contribuição a dar para a formação desse leitor zappeante, conforme alertou Marly Amarilha ao falar sobre A multimodalidade na formação do leitor contemporâneo. É justamente na tangência entre as duas culturas – digital e impressa – que reside a riqueza do momento contemporâneo e é nessa troca que se abrem novas possibilidades de ensino, como pode se abstrair do debate.
Valendo-se do conceito de hipermodernidade do filósofo Gilles Lipovetsky, Zaíra lembrou que a internet é a configuração simbólica mais poderosa da hipermodernidade, caracterizada pela hiperprofusão de imagens. Na hipermoderinidade, as esferas da vida humana vivem uma escalada ilimitada em busca da velocidade e da visibilidade. Como nunca antes, a sociedade de consumo se constitui pelo signo do excesso e da exacerbação da mercadoria, marcas e serviços. Os comportamentos e os adolescentes estão imersos nessa engrenagem que coloca a própria escola em crise, uma vez que as mídias são muito mais eficazes do que ela na multiplicação dos gestos, dos comportamentos, dos valores e das linguagens, lembra a estudiosa.
Nessa sociedade de explosão de linguagens, o papel da escola é muito mais complexo, porque não se trata apenas de ensinar a ler na concepção clássica,  mas “ler além da linguagem verbal, a visual, a auditiva, olfativa, gustativa, bem como os gestos, as cores, a moda, o comportamento”. Citando Décio Pignatari, no capítulo “Você sabe ler objetos?”, do livro Semiótica e Literatura,  enfatiza a necessidade de a escola perceber-se no tempo em que a explosão de informações seguiu-se a explosão de linguagens, na televisão, no cinema, no trânsito, na arquitetura, na publicidade, na informática, na literatura, nos códigos, enfim, da Babel cotidiana. “Consumir é comunicar-se. Não há dúvida de que a inserção do jovem no contexto histórico depende não apenas da sua capacidade de leitores de palavras, mas da sua destreza enquanto leitores de múltiplas linguagens”.
Na cena presente, a compreensão de uma gramática das imagens como estratégia de leitura é tão importante quanto a alfabetização para ler o código escrito. Navegar no espaço virtual exige dos leitores formados em outra cultura, em outro ritual, uma nova compreensão e uma nova atitude, defende. “Talvez nós professores estejamos precisando de um explicador”, diz ela, referindo-se metaforicamente à bela passagem de A linguagem secreta do cinema. Nessa obra, Jean-Claude Carrière conta que, no início do século XX, era comum nos cinemas, bem ao lado da tela, a presença de um funcionário para explicar ao público o que estava acontecendo no filme. A figura do explicador só desaparece em 1920, quando bem ou mal o público já estava alfabetizado na linguagem cinematográfica.
A formação do leitor contemporâneo deve considerar a sua participação cotidiana nas novas mídias digitais, marcada pela interatividade, acrescenta a conferencista.  Ao unir, de modo seqüencial, fragmentos de informações de naturezas heterogêneas, o leitor experimenta na sua interação com o potencial dialógico da hipermídia um tipo de comunicação multilinear em que está livre para estabelecer sozinho a ordem textual ou para se perder na desordem das partes. “O navegador coloca em ação habilidades de leitura distintas daquelas empregadas pelo leitor de um texto ou livro impresso”. Esse leitor imersivo atua como editor ao escolher o que ler. Nesse ponto, a professora da UFRN, Marly, complementa que, tão importante quanto ensinar a ler é ensinar a ter critérios de escolha de fontes de leitura no mundo virtual.
Zaíra propõe ainda que a escola conheça as possibilidades das novas formas de leitura interativa, sobretudo a dos blogs de escritores, que permitem a interatividade na construção da narrativa. Segundo sua pesquisa sobre a participação de adolescentes em blogs de autor, essa escrita é marcada pela brevidade dos textos, escritos em linguagem coloquial, com a grafia correta, mas sem o uso constante do internetês, como fazem os leitores de outros blogs. O prazer reside no uso das possibilidades interativas, na liberdade do comentário, da interferência imediata no texto, alterando a sequência, as conexões entre os personagens ou mesmo reescrevendo as histórias, como em um jogo textual. A popularização do escritor nos blogs, com sua presença na tela ou nas conferências virtuais, é capaz de alterar o padrão de consumo intelectual e interferir nas escolhas de livros dos leitores, acredita.
Citando a pesquisadora argentina Beatriz Sarlo, defende que a escola beneficie-se do que seus alunos aprendem em outros lugares e aproveite as habilidades hipertextuais de leitura.  Mas isso “até certo ponto”, como diz Sarlo. É que, segundo a autora, essas habilidades, caracterizadas pela rapidez e o imediatismo, pela emoção do jogo, mas também pela brevidade e pelo desinteresse no pormenor ou nas entrelinhas, não fornecem capacidades suficientes para a aquisição de outros, tais como precisão verbal, interpretação e produção de argumentações escritas. “Ou seja, são insuficientes para transformar um adolescente em leitor e produtor de textos”.
É aí que entra o professor emigrante como colaborador do nativo, na nomenclatura proposta por Marly, aprendendo e ensinando com sua herança do universo impresso, não mais como um tiranossauro autoritário remanescente de eras passadas, mas como o elo de ligação do mundo da escrita com o mundo presente. Esse professor, que em um futuro próximo talvez nem receba mais esse nome, ao mesmo tempo estrangeiro e habitante dessa plataforma de bits e vídeo-games, ocupa o entrelugar privilegiado para fazer o corte na adesão eufórica e acrítica às novas tecnologias e mostrar que a própria escrita engendrou a internet não como um artefato alienígena ou futurista, mas como um invento tecnológico e cultural capaz de ajudar a construir sujeitos históricos mais livres.

Raquel Wandelli, jornalista Secarte/UFSC/ SC
Pesquisadora do Nupill/UFSC
Professora da Unisul/SC
raquelwandelli@yahoo.com.br

Father I Thank you

Para aqueles que ainda tem seu pai perto ou longe, mas ainda neste mundo, não se esqueça: ainda é seu pai!



quinta-feira, 29 de julho de 2010

... de um amigo, por isso está aqui...

O que é preciso para ser um skatista?

Economia na Farmácia Popular fica em torno de 90%, sugere estudo


Buscando analisar o desempenho do Programa Farmácia Popular do Brasil, Cláudia Pinto e colegas da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) desenvolveram uma pesquisa em estabelecimentos de diferentes setores em 30 municípios do país. Os resultados serão publicados na Revista de Saúde Pública. Os pesquisadores contam no artigo que utilizaram uma metodologia desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde em conjunto com a Ação Internacional para Saúde para comparação de preços e disponibilidade de medicamentos. Os medicamentos analisados foram: captopril 25mg e hidroclorotiazida 25mg, para hipertensão, e metformina 500mg e glibenclamida 5mg, para diabetes. Vale lembrar que os estabelecimentos avaliados foram: públicos, privados e as modalidades próprias (FPB-P) – geridas pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Fiocruz, por convênios firmados com parceiros públicos ou privados sem fins lucrativos – e de expansão (FPB-E) – farmácias privadas credenciadas pelo MS que oferecem medicamentos de seus estoques.


 Segundo o estudo, os altos preços praticados pelo setor privado também contribuem para que o programa seja uma alternativa de acesso a medicamentos no país
Segundo o estudo, os altos preços praticados pelo setor privado também contribuem para que o programa seja uma alternativa de acesso a medicamentos no país


Os autores verificaram que o FPB-E apresentou maior disponibilidade de medicamentos e o setor público, a menor. “Tanto no setor público quanto na FPB-P o percentual de disponibilidade de similares foi maior que o de genéricos. A comparação de preços entre os setores mostrou menor preço de aquisição no FPB-E, seguido pelo FPB-P. O FPB-E apresentou economia superior a 90% em relação ao setor privado. O número de dias de trabalho necessários para aquisição de tratamentos para hipertensão e diabetes foi menor no FPB-E”, dizem na publicação.
Dessa forma, eles entendem que a menor disponibilidade encontrada no setor público pode ser uma das justificativas para migração dos usuários do setor público para o Programa de Farmácia Popular. “Os altos preços praticados pelo setor privado também contribuem para que o Programa seja uma alternativa de acesso a medicamentos no país”, afirmam. Para ler o artigo na íntegra acesse aqui.
Publicado em 19/7/2010.

... Economia solidária ...

Farmanguinhos desenvolve projeto Economia Solidária na Cidade de Deus


O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), reconhecido por sua excelência em saúde e inovação tecnológica, tem atuado de maneira cada vez mais firme no desenvolvimento sócioeconômico e ambiental de comunidades carentes do Rio de Janeiro. O Instituto criou o projeto Feira do Talento, um programa social com o objetivo de estimular a economia na Cidade de Deus. A próxima edição será neste sábado (17/7), das 14h às 21h, no supermercado Prezunic da Cidade de Deus (Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes de Morais 906). A Feira do Talento foi criada há quatro anos e funciona como uma vitrine para exposição e venda de trabalhos artesanais de moradores da comunidade. A feirinha cresceu e o que acontecia no pátio do Complexo Tecnológico de Medicamentos de Farmanguinhos duas vezes ao ano, agora percorre várias regiões da cidade.


 Artesãs que participam do projeto na Cidade de Deus
Artesãs que participam do projeto na Cidade de Deus

Um dos beneficiados pelo projeto é a cooperativa Mulheres Eco-artesãs. O grupo produz bolsas e acessórios feitos com materiais recicláveis e vende na feira. Além de disponibilizar o espaço, Farmanguinhos agora associa sua marca à cooperativa. O empreendimento é uma forma de suprir a carência da comunidade e apoiar estratégias de geração de trabalho e renda para a população local. Uma consequência é a inibição de doenças decorrentes da pobreza.
Cada acessório das Mulheres Eco-artesãs terá uma etiqueta com a marca Farmanguinhos. A partir de agora, aqueles que comprarem os objetos, vão adquirir um produto com este selo de qualidade. Além disso, contribuirão para o desenvolvimento sócioeconômico local. A cooperativa pretende ampliar o mercado com produtos de baixo custo e qualidade garantida.
Outra vantagem é a contribuição para o meio ambiente, pois para confeccionar uma bolsa, por exemplo, são retiradas 32 garrafas pet das ruas. O que antes ia para o lixo, agora é transformado em arte e vira objeto de luxo. Segundo a coordenadora do projeto no Instituto, Magali Chuquer, o objetivo é desenvolver estratégias para a construção de uma sociedade mais justa. “O enfoque é atuar em comunidades, valorizando o trabalho artesanal com preservação do meio ambiente, que hoje é uma necessidade vital”, ressalta.
Publicado em 16/7/2010.

... utilidade cidadã de saúde pública ...

Ocorrência do vírus da hepatite E no Brasil é investigada
   

A hepatite é uma doença inflamatória que atinge o fígado e compromete o desempenho de suas funções podendo evoluir, conforme a gravidade do caso, para cirrose ou câncer. A hepatite pode apresentar etiologia viral, tóxica ou autoimune. A doença pode ter forma aguda (auto-limitada e raramente fulminante) ou evoluir para cronicidade. As hepatites mais comuns são de origem viral e causadas pelos vírus A, B, C, Delta e E. As hepatites B, C e D podem ser transmitidas  principalmente por via sexual, vertical (mãe-filho) e parenteral. No caso das hepatites A e E, a principal via de contágio é fecal-oral, por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. Neste conjunto, a hepatite E vem merecendo especial atenção dos pesquisadores.
Para investigar a presença da hepatite E no Brasil, 64 amostras sorológicas de pacientes com hepatite aguda sem etiologia definida (ou seja, com agente causador desconhecido) foram selecionadas pelo Grupo de Atendimento para Hepatites Virais do Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O material foi submetido a testes sorológicos e moleculares no Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC. As análises possibilitaram o diagnóstico laboratorial do vírus E (HEV, na sigla em inglês) em um dos pacientes acometidos pela forma aguda da hepatite. Anticorpos específicos da classe IgG (anti-HEV) para este vírus  já haviam sido encontrados em diferentes grupos populacionais no Brasil, indicando um contato anterior destas pessoas com o HEV, mas, até então, nenhum caso de hepatite E aguda havia sido registrado.
A pesquisa, realizada por meio de uma colaboração entre os laboratórios de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia, Hepatites Virais e de Virologia Comparada e Ambiental do IOC, é descrita no artigo First report of a human autochtonous hepatitis E virus infection, publicado no periódico científico Journal of Clinical Virology. “Os estudos sobre a hepatite E no Brasil ainda são muito recentes se compararmos com os de doenças causadas por outros vírus”, afirma Débora Regina Lopes dos Santos, uma das autoras do artigo. “O que se observa ao longo da história é que as regiões consideradas não endêmicas, como o Brasil, apresentam evidências sorológicas quando são realizados estudos de prevalência, indicando que uma possível razão desta alta prevalência para a hepatite E seja a manutenção do vírus em reservatório animal”, declara Débora, que defendeu sua tese de doutorado em biologia parasitária no IOC em abril deste ano.
Segundo ela, há pesquisas no mundo que detectaram a existência do HEV em animais, principalmente em suínos, mas ela destaca que a transmissão zoonótica por meio de contato direto com animais ou consumo de carne infectada ainda está sob investigação. “Um estudo realizado no Japão comparou a sequência nucleotídica do vírus encontrado em um paciente infectado com o HEV detectado em amostras de fígado de porco consumido pelo paciente. Observou-se que as sequências eram similares”, relata.
Os pesquisadores afirmam que a provável transmissão do vírus para humanos por via zoonótica pode contribuir para a presença dos anticorpos anti-HEV na população brasileira. No entanto, segundo o estudo, ainda é necessária a caracterização molecular dos vírus encontrados em casos autóctones no Brasil para investigar esta possibilidade. No trabalho publicado no Journal of Clinical Virology, a amostra do paciente demonstrou estar relacionada a outra amostra de suíno, caracterizada em outro estudo realizado pelo grupo em colaboração com a Universidade Federal do Mato Grosso e com o pesquisador do Laboratório de Neurovirulência de Biomanguinhos/Fiocruz Renato Sérgio Marchevsky.
De acordo com Marcelo Alves Pinto, chefe do Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC e coordenador da pesquisa, um dos objetivos do estudo é chamar a atenção das instituições de saúde pública para a possibilidade de haver mais casos não diagnosticados laboratorialmente e, portanto não notificados, permanecendo fora das estatísticas do Ministério da Saúde. “Se pensarmos em termos de saúde pública, a gravidade desta doença pode não ser evidente, mas o papel de uma instituição de pesquisa comprometida com o binômio saúde/sociedade é dar um retorno ao público sobre os estudos realizados, assim como, fornecer informação e possíveis estratégias para dinamização do diagnóstico no futuro”, destaca Débora.
Ela lembra que casos agudos e fulminantes já foram descritos em países como a Argentina. Um surto de outro genótipo do HEV, não associado à transmissão zoonótica, foi descrito no México e em Cuba além de países asiáticos. “Apesar de nenhum surto ter sido registrado no Brasil até o momento, é importante que as autoridades de saúde tenham conhecimento”, declara. Cozinhar bem a carne antes do consumo e manter boas condições de saneamento básico e higiene são ações importantes para prevenir a doença. Segundo os pesquisadores, o estudo servirá como ponto de partida para pesquisas mais amplas.
A hepatite E
A hepatite E é causada pelo vírus E (um RNA-vírus) e sua transmissão é fecal-oral, ocorrendo por meio do consumo de água ou alimentos contaminados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também informa, em sua página na internet (em inglês), que existe a possibilidade de transmissão zoonótica do vírus, considerando que este vírus circula em granjas de suínos. De acordo com a OMS, o primeiro caso comprovado de epidemia de hepatite E foi relatado na década de 1980.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), apesar de as condições sanitárias serem deficientes em muitas regiões, não foi descrita nenhuma epidemia causada pelo vírus E no Brasil. Já na África, Ásia, México, e, recentemente, em Cuba, surtos foram registrados. Ainda de acordo com o MS, a hepatite E causa quadros graves principalmente em gestantes. O pesquisador do IOC, Marcelo Alves Pinto, informa que, geralmente, a doença apresenta um quadro clínico semelhante ao da hepatite A. “De uma maneira geral, ela difere da hepatite B e da C por apresentar-se nas formas sub-clínica e aguda. Apesar de deixar o indivíduo incapacitado durante muito tempo, é uma doença auto-limitada”, completa.
Texto: Marina Schneider
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

quarta-feira, 28 de julho de 2010

... lá vem o Brasil, subindo a ladeira II ...

Esse texto resume de forma ampla um conjunto de discussões que há cinco anos vêm se desenvolvendo no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), refletindo a opinião e as propostas dos mais variados setores da sociedade brasileira. Uma das conclusões é que o Brasil está partindo, nesta segunda década do milênio, de um novo patamar. Em grande parte o futuro dependerá de como o Brasil administrará a equação da produção, do emprego, da renda e do meio-ambiente. O Brasil tem aberto novos caminhos, mas os desafios são grandes. O artigo é de Ladislau Dowbor (*)




O Brasil está partindo, nesta segunda década do milênio, de um novo patamar. Resistiu de forma impressionante à maior crise financeira desde 1929, e está apontando rumos baseados fundamentalmente no bom senso, e numa visão equilibrada dos interesses econômicos, das necessidades sociais, e dos imperativos ambientais. A visão econômica tradicional, presa às simplificações do Consenso de Washington, envelheceu de repente, e não corresponde aos desafios de uma sociedade moderna e complexa, que tem de buscar novas articulações de política econômica, social e ambiental.

Constatamos hoje que a presença de um forte setor estatal não é um estorvo, é um suporte fundamental. A regulação das finanças não implica burocratização, é uma proteção necessária contra a irresponsabilidade. Assegurar melhores salários e direitos aos trabalhadores não é demagogia, é a forma mais simples e direta de gerar demanda e uma conjuntura favorável. Apoiar os mais pobres da sociedade não é assistencialismo, é justiça, bom senso, e dinamiza a economia pela base. Investir nas regiões mais pobres não é um sacrifício, prepara novos equilíbrios ao gerar economias externas para futuros investimentos. Fazer políticas sociais não é um “bolo” que se divide, pois é o investimento na pessoa que mais gera dinâmicas econômicas, como já analisava Amartya Sen. 


(*) Ladislau Dowbor, é doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, professor titular da PUC de São Paulo e consultor de diversas agências das Nações Unidas. É autor de “Democracia Econômica”, “A Reprodução Social: propostas para uma gestão descentralizada”. Seus numerosos trabalhos sobre planejamento econômico e social estão disponíveis no site http://dowbor.org – Contato ladislau@dowbor.org

terça-feira, 27 de julho de 2010

Goiás Sediará a Próxima Reunião Anual da SBPC

JC e-mail 4061, de 27 de Julho de 2010.
   
1. Goiás sediará a próxima Reunião Anual da SBPC
Em 2012, o encontro acontecerá no Maranhão.

A Universidade Federal de Goiás (UFG) abrigará a 63ª Reunião Anual da SBPC. A universidade-sede foi escolhida por unanimidade pelo Conselho Superior da SBPC, que se reuniu neste sábado (24/7), em Natal (RN), às vésperas da 62a Reunião Anual da SBPC, que acontece pela segunda vez na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Na ocasião, também ficou definido que a Reunião Anual de 2012 será na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Além dos conselheiros e da Diretoria da SBPC, estiveram presentes na reunião do Conselho os reitores da UFG, Edward Madureira Brasil, e da UFMA, Natalino Salgado Filho.

A o mesmo tempo em que apontou os avanços na articulação política e institucional e as conquistas na gestão da entidade, o Conselho Superior manifestou preocupação com o futuro da educação, da ciência, da tecnologia e da inovação do país. A CT&I como política de Estado, os recursos do Pré-Sal, a agenda científica dos presidenciáveis, a autonomia universitária, os marcos regulatórios do setor, as parcerias e o fortalecimento da comunidade científica permearam a reunião ordinária conduzida pelo presidente da entidade, Marco Antonio Raupp.

Os conselheiros analisaram o quadro e as perspectivas da ciência num cenário iluminado pela transição política. É neste contexto que foram convidados os presidenciáveis para dialogar e conhecer a realidade dos que produzem ciê ncia no Brasil, durante a 62ª Reunião Anual. O presidente da SBPC adiantou que, a exemplo do que ocorreu na eleição de Lula, também acolherá os candidatos buscando "tornar o setor prioridade, independentemente de quem vencer a eleição".

A prestação de contas oferecida pela diretoria da SBPC foi aprovada com louvor pela Comissão de Finanças e pelo Conselho da SBPC. Além de marcada pela estabilidade econômica, pela primeira vez na sua história a entidade, fundada em 1948, passará a contar com imóvel próprio para abrigar suas atividades administrativas. A aquisição desse imóvel, no centro de São Paulo, irá profissionalizar e melhorar suas operações e reforçar sua autonomia e independência política. Pensando estrategicamente, a direção da SBPC planeja abrir um escri tório de representação em Brasília (DF), atendendo, dessa forma, às constantes demandas junto ao governo e ao Congresso Nacional.

Na linha da valorização e da popularização da atividade científica, a SBPC está lançando um vídeo sobre a sua história de 62 anos. O objetivo é tornar a entidade mais conhecida e atrair novos sócios. O próximo vídeo, em 2011, por sugestão dos conselheiros, mostrará, além da caminhada científica da SBPC, a luta da entidade no enfrentamento ao regime militar instalado em 1964 e que perdurou até 1985.

(Assessoria de Imprensa da SBPC)