sábado, 6 de março de 2010

Capitalismo: Uma História de Amor, by Moore

Michael Moore é Michael Moore. Partindo do pressuposto de que o cineasta tem um jeitinho muito próprio de apresentar determinados temas em seus documentários, como o excelente e ácido “Fahrenheit 9/11″ prova, não é de surpreender que em “Capitalism: A Love Story” (Capitalismo: Uma História de Amor em português) Moore mais uma vez desconstrói crenças norte-americanas e prove o quão complicada é a situação daquele país.
Como o próprio nome sugere, “Capitalism” é uma produção que versa sobre como esse modelo econômico foi implementado e é executado nos Estados Unidos. Versa sobre a capacidade do cidadão americano de viver para o dinheiro, e como isso pode ser perigoso, principalmente quando o país se afunda em uma crise gravíssima
graças à especulação imobiliária, que teve origem na ganância de poucos e na falta de informação de muitos proprietários de imóveis.

Triste mesmo são as cenas em que famílias são expulsas de suas casas depois de terem renegociado a hipoteca. Por quê? 


Para saber mais: clique aqui 

... cotas: o seu ou o meu conceito?

Cota racial é política, cota social é esmola

Saturday, March 6, 2010
By Paulo Ghiraldelli 
 
 
A pior defesa que conheço das cotas para negros e índios na Universidade brasileira é a dos que dizem que isso se insere em uma política educacional de compensação.  Em geral, essa defesa é feita pela esquerda. O ataque mais perverso que conheço contra as cotas raciais é o dos que dizem que defendem, ao invés destas, as cotas sociais. Em geral esse ataque é o da direita, em especial o que é dito pelos parlamentares do PSDB e DEM.
Cota racial advém de uma política contemporânea, em geral de cunho social-democrata ou, para usar a terminologia americana, mais apropriada ao caso, liberal. A cota social é esmola, tem o mesmo cheiro da ação de reis e padres da Idade Média, e aparece no estado moderno travestida de política.
A cota social não faz sentido, pois o seu pressuposto é o de que há e sempre haverá pobres e ricos e que aos primeiros se dará uma compensação, que obviamente não pode ser universal, para que alguns usufruam da boa universidade destinada aos ricos. É como se dissessem: também há pobres inteligentes que merecem uma chance para estudar. O termo social, neste caso, é meramente ideológico. Não se vai fazer nenhuma ação social com o objetivo de melhoria da sociedade. O que se faz aí é, no melhor, populismo, no pior, a mera prática a esmola mesmo.
A cota racial não pode ser posta no mesmo plano da...

... a mulher, as torturas e a memória...

"Que bom te ver viva": vergonha pela coragem alheia 


De tempos em tempos se discute a tortura no Brasil até que não se discute mais, o que nos leva a crer que ela é discutida não segundo o molde de uma sociedade que escuta, mas no molde de uma sociedade que precisa de pequenas catarses, para, daí, não escutar nada. Documentário "Que bom te ver viva", de Lúcia Murat, traz relatos de mulheres vítimas de tortura, servindo de grande documento de análise. Porque a tortura, historicamente defendida, atualiza uma estratégia de dominação sobre as mulheres e a expande para todos os cantos. O artigo é de Cesar Kiraly.


Por acidente comecei a assistir a um documentário no Canal Brasil sobre tortura, a coisa toda prendeu a minha atenção, porque acabara de escrever sobre tortura, aqui na Carta Maior, e porque estamos em tempo de discutir a tortura, novamente, até que algo se escute. De tempos em tempos se discute a tortura até que não se discute mais, o que nos leva a crer que ela é discutida não segundo o molde de uma sociedade que escuta, mas no molde de uma sociedade que precisa de pequenas catarses, para, daí, não escutar nada. As dores, como os prazeres, duram no tempo apenas quando instituídas, mas, se não, somem ou se desintegram. Pois bem, existe uma crueldade em deixar a tortura se instituir, para que não a cometamos mais, algo como um espinho que sabemos da existência, esse é o preço da moralidade, sabermos da existência do mal.

Este documentário a que assisti foi dirigido por Lúcia Murat e consiste numa série de relatos de mulheres que foram torturadas, atravessados por um monólogo de Irene Ravache. Data-se com 1989. Trata-se da perspectiva feminina da tortura, ou seja, daquela das muitas violências sexuais, dos muitos partos em detenção, dos muitos partos depois de torturas e violências sexuais, de muitos abortos por tortura e violências sexuais. Por certo, o título torna a proposta muito explícita: “Que Bom te Ver Viva”.

No que comecei a pensar sobre a tortura para o ensaio passado, escrevi sobre a relação de dependência entre formas de vida e modos de consecução da dor, para isso utilizei a expressão estética da tortura, e me vali, como roteiro, do bom filme “A História Oficial”. Algo como uma comparação entre estéticas da tortura parece ser relevante de ser aprofundada. No argumento da estética da tortura, e pensava nas especificidades da estética argentina, defendi que a tortura era possível...

sexta-feira, 5 de março de 2010

... a história e suas máscaras ...

Onde começou a queda


Que pode haver de mais sedutor do que vingar-se de um sentimento pessoal de exclusão sob a desculpa de lutar em favor dos pobres e oprimidos?

Até hoje, nos EUA, discute-se acaloradamente se Thomas Jefferson teve ou não um filho com sua escrava Sally Hemmings. A suspeita, se comprovada, lançaria, segundo entende a sensibilidade politicamente correta, uma nódoa infamante sobre a reputação daquele Founding Father, o qual, para maior constrangimento geral, não foi nenhum exemplo de conservador religioso que o establishment intelectual e midiático atual tivesse especial prazer em surrar, mas um deísta voltaireano, iluminista de quatro costados, laicista radical, contestador da fé cristã, o santo patrono ideal, enfim, de todo o "progressismo" do Partido Democrata. Barack Obama, deixando a família à míngua enquanto subia a jato na vida montado num discurso assistencialista, não faz figura pior num país onde cada político, se não quer ser exposto ao ridículo, tem de encarnar uma nova mulher de César.

quinta-feira, 4 de março de 2010

... eu te pergunto com que roupa...

... com que roupa eu vou... para um comício eleitoral?

...

...decrescimento sustentável talvez sim, mas sociedade do conhecimento? ? ?

O problema é que a "sociedade do conhecimento" também é uma ilusão, uma farsa, um anúncio formal de que todo e qualquer indíviduo pode acessar a informação (conhecimento?) e isso seria suficiente para obter um cidadão mais consciente e bla bla bla bla!!! Balela... não existe esse livre acesso. A maioria dos cidadãos brasileiros não tem esse acesso. Quem e quantos livros lêem por ano? Quem e quantos tem um computador em casa? E desses quantos tem acesso à net? Agora, se perguntar: Quem e quantos se esbaldam com a televisão e sua imbecil e empobrecedora programação semanal e pior ainda, dominical?

É, parece que temos quase tudo por fazer na luta por uma modelo societário que supere 'A sociedade capitalista (do desenvolvimento econômico a qualquer custo)...'

De qualquer maneira, vale a pena a leitura do texto.

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Sociedade do conhecimento e desenvolvimento sustentável, artigo de José Eustáquio Diniz Alves


[EcoDebate] A sociedade capitalista (do desenvolvimento econômico a qualquer custo) tem como base a obtenção de lucro por meio da produção contínua e crescente de bens e serviços úteis ou supérfluos. Para incentivar o consumismo desenfreado, o capitalismo montou toda uma máquina de propaganda, não só através da mídia escrita, falada e televisionada, mas também nos outdoors, placas de loja em loja e de bar em bar e até na Internet. Em uma situação de crescimento populacional, esta máquina de propaganda e consumo fez crescer o PIB do planeta e agora o mundo tem uma pegada ecológica que é 30% maior do que a capacidade que a Terra tem de se recuperar e renovar seus recursos. No ritmo atual, projeta-se que precisaremos de dois planetas para garantir os consumo da humanidade em 2030. O atual modelo é insustentável. Como então garantir a sobrevivência da biosfera (incluindo o ser humano e a biodiversidade)?
Alguns dizem “O mundo tem gente demais” e propõem diminuir a população. Outros dizem “O mundo tem consumo demais” e propõem diminuir o consumo. Há também os que querem diminuir a população e o consumo ao mesmo tempo. Existem ainda aqueles que denunciam as desigualdades e querem uma melhor distribuição da “riqueza”. Contudo, distribuir simplesmente o consumo não resolve o problema da sustentabilidade ambiental, porque o consumo médio está acima da capacidade de carga do planeta. Uma coisa é certa: mantendo o atual padrão de produção e de consumo, a humanidade caminha para o suicídio e o ecocídio.
O que fazer então? Existem alternativas?
Serge Latouche, por exemplo, defende a idéia do “decrescimento sustentável”, pois acredita que mesmo a idéia do “desenvolvimento sustentável” é inviável. Ele defende uma vida mais simples, com menor consumo por pessoa e uma sociedade que respeite os limites dos recursos naturais. Ele propõe um ciclo virtuoso de decrescimento, por meio dos seguintes conceitos: reavaliar, reconceitualizar, reestruturar, redistribuir, relocalizar, reutilizar e reciclar.
Autores como Herman Daly e Manfred Max-Neef defendem a idéia da “condição estável” (retomando um antigo conceito econômico do “estado estacionário) e combatem o chamado “crescimento deseconômico”, que é o aumento na produção que provoca um custo em recursos e em bem-estar maior do que o dos itens produzidos.
Sem dúvida, estas idéias que questionam o crescimento ecologicamente insustentável são importantes para se pensar em alternativas ao modelo econômico consumista da atualidade. Reduzir a pegada ecológica do ser humano é uma necessidade inadiável.
Porém, paralelamente à redução do consumo conspícuo e supérfluo e à diminuição das atividades econômica que danificam e poluem o Planeta, pode haver o crescimento de atividades que sejam ecologicamente neutras ou sustentáveis. Refiro-me às atividades culturais, científicas, afetivas e de conhecimento que não são baseadas no consumo material, mas sim na produção intangível e imaterial do conhecimento.
A “sociedade do conhecimento” é uma alternativa à “sociedade do consumo” na medida em que a essência do seu modo de funcionamento tem como base a “massa cinzenta” (cérebro) e não requer fronteiras delimitadas pela propriedade privada local e pelos nacionalismos, já que é uma sociedade desterritorializada.
Para que seja realmente sustentável esta sociedade pós-desenvolvimentista requer a democratização e o livre acesso à informação e ao saber. A inteligência é ilimitada, assim como ilimitado pode ser o seu uso. A sociedade do conhecimento não está sujeita às “leis dos rendimentos decrescentes”. Portanto, o livre conhecimento não restringe e nem é restringido pelos “limites terrenos do crescimento”. O livre pensar e o exercício do conhecimento não tem limites e pode crescer de maneira ecologicamente sustentável.

José Eustáquio Diniz Alves, articulista e colaborador do EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE. E-mail: jed_alves{at}yahoo.com.br
EcoDebate, 03/03/2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

¿por quá? apresenta trechos do seu novo trabalho

"A obra de arte só ganha sentido quando do contato do artista com o público..."
Querid@s, no dia Internacional da Mulher o ¿por quá? tem a honra de compartilhar com o público trechos do seu mais novo espetáculo!
É uma honra pra nós do grupo trazer esta pré-estreia para a ESEFFEGO!
Conto com a sua presença!

Criança e consumo: perversidade ou oportunismo?

segunda-feira, 1 de março de 2010

.. pra se ver com os olhos e com a alma...

"A Fita Branca"  (Alemanha, 2009)
Dirigido por Michael Haneke.
Com: Christian Friedel, Leonie Benesch, Ulrich Tukur, Ursina Lardi, Burghart Klaussner, Steffi Kuhnert, Rainer Bock, Susanne Lothar, Maria-Victoria Dragus, Leonard Proxauf, Janina Fautz, Eddy Grahl e a voz de Ernst Jacobi.




... nem tudo que reluz é ouro...

Crise na Zona do Euro: o caminho da servidão, da Grécia a Letônia 


 A maioria dos meios de comunicação bate o pé na gravidade das dificuldades que a Grécia atravessa (e também Espanha, Irlanda e Portugal) no contexto europeu. Eles apenas fazem eco da crise muito mais severa, devastadora e potencialmente letal que assola as economias pós-soviéticas vinculadas ao plano de integração na Zona do Euro. Não há dúvida de que esse silêncio se deve a que, aquilo por que esses países vem passando constitui uma prova sumária do horror destrutivo do neoliberalismo. A análise é de Michael Hudson e Jeffrey Sommers.

A maioria dos meios de comunicação bate o pé na gravidade das dificuldades que a Grécia atravessa (e também Espanha, Irlanda e Portugal) no contexto europeu. Eles apenas fazem eco da crise muito mais severa, devastadora e potencialmente letal que assola as economias pós-soviéticas vinculadas ao plano de integração na Zona do Euro.

Não há dúvida de que esse silêncio se deve a...   - leia na íntegra clique aqui

Michael Hudson trabalhou como economista em Wall Street e atualmente é Distinguished Professor en la University of Misoury, na cidade do Kansas, e presidente do Institute for the Study of Long-Term Economic Trends (ISLET). É autor de vários livros, entre eles, destacam-se:: Super Imperialism: The Economic Strategy of American Empire (nueva ed., Pluto Press, 2003) y Trade, Development and Foreign Debt: How Trade and Development Concentrate Economic Power in the Hands of Dominant Nations (ISLET, 2009). Jeffrey Sommers é co-diretor do Baltic Research Group en el ISLET e professor visitante na Stockholm School of Economics, em Riga.

... desigualdade social no Brazil...

... foi postado no blog de um grupo amigo!!!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Uma frente de combate na formação humana das crianças

Olimpíadas 2016 e a Educação Física Escolar

 
“Durante quatro anos procuramos descobrir quem controla o esporte, para onde vai o dinheiro e porque um mundo considerado belo e puro há dez anos tornou-se antidemocrático, obscuro, cheio de drogas e acabou leiloado para servir ao marketing das companhias multinacionais” Simon e Jennings, Os Senhores dos Anéis, 1992.


Terão se passado oitenta anos da primeira tentativa em sediar uma Olimpíada, quando daqui a sete anos, o “pontapé inicial” for dado na Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil, como com propriedade é decantado o Rio de Janeiro. Estima-se que sete em cada dez reais alocados para o evento venham do poder público federal, estadual e municipal, o que por si só já traria uma monumental preocupação, não obstante ser quase um escárnio quando nos deparamos com a degradada estrutura existente nos equipamentos públicos, dentro ou fora das escolas, assim como a aviltante condição material de vida de grande parte dos Trabalhadores em Educação espraiados pelo país!
 
Em que pese a convergência de interesses de incontáveis referências do esporte, seja pelos atletas, dirigentes, veículos de comunicação, entusiastas, gestores das três instâncias de governo, assim como representantes do legislativo a exaltarem os aspectos positivos da candidatura ora homologada com o mais alto orçamento das cidades candidatas, estimado em R$ 28 bilhões, para aqueles que militam no âmbito da educação física escolar, a problematização do contraditório caráter desta escolha está em curso: a lógica do olimpismo como referência não só para o esporte, mas também a sua nefasta influência no espaço escolar!

O caráter eminentemente vinculado ao negócio associa – Os Senhores dos Anéis Olímpicos -, a uma concepção na qual tudo tem um preço, se compra ou se vende. Parâmetro que não pode estar presente no espaço de formação humana, que não aceita a naturalização da barbárie, e se contrapõe à mesma ao ampliar o lastro intelectual com ferramentas teóricas com vistasa criar condições de entendimento e explicação na busca de saltos qualitativos necessários na trajetória da emancipação dos Homens e Mulheres!

Faz-se necessário discernirmos ser o Esporte uma prática social organizada, permeada por conflitos e interesses inerentes aos processos de luta política, reconhecer também seu caráter polissêmico, não só pelo aparato legal que explicita manifestações distintas desta hegemônica, como aquela vinculada ao lazer, e outra que se situa no limiar do sistema esportivo com o sistema educacional.

O que não se pode fazer é apresentar ao conjunto da sociedade, sob pena de agirmos em um processo claro de desonestidade intelectual e política, no qual a ingenuidade e os mercadores da vida, travestidos no esporte e na educação se associam, vociferam seus interesses e colocam no colo da Escola e em especial no conjunto dos Trabalhadores em Educação Física, a responsabilidade da anacrônica “base da pirâmide esportiva”, já superada na compreensão contemporânea da Área de conhecimento, presente, entretanto nas manifestações que preponderam no amplo arco de aliança que celebra a vinda não só da Olimpíada 2016, mas também a Copa do Mundo em 2014!

Respeito a Diversidade, o necessário distanciamento do “mais rápido, mais forte e mais alto”, devem balizar o Projeto Político-Pedagógico no qual a Educação Física escolar se insere, em um espaço público de ampla socialização daquilo que a humanidade elaborou e sistematizou ao longo de sua história!
 
Ao reafirmar um não ao Olimpismo como parâmetro, contrapomo-nos ao projeto societário que tem o mercado como mediador das relações humanas, colocamo-nos ombreados aos amplos setores ligados à Luta Popular pela democratização, universalização e garantia dos direitos sociais, os quais a Educação, o Lazer e o Esporte de forma ampliada devem fazer parte da cesta
básica da cidadania em nosso país.
Roberto Liao Júnior
http://observatoriodoesporte.org.br/olimpiadas-2016-e-a-educacao-fisica-escolar/

Percursos Urbanos convida grupos para circular por Fortaleza...

ONG Mediação de Saberes e Centro Cultural Banco do Nordeste convidam novos grupos para o projeto Percursos Urbanos. Uma oportunidade para aprender e trocar experiências nos espaços da cidade. 


Abanda - Fundação Casa Grande...

... memorial do homem kariri





Criado no programa de Arte no laboratório de música da Fundação Casa Grande, juntamente com o produtor musical e percussionista André Magalhães o espetáculo Rua do Vidéo é um musical que mostra o olhar da Abanda sobre a região do Cariri, utilizando-se do áudio visual e de trilhas musicais para realizar um passeio pelas ruas e cidades da região.
Abanda faz uma leitura das linguagens popular, introduzindo arranjos e imagens neste diverso mundo cultural. Com Aécio Diniz (baixo e percussão), Samuel Macedo, (guitarra e violão) Hélio Filho (bateria e percussão) e Rivaldo Sousa (percussão). O grupo estuda junto desde a infância no laboratório de música da Fundação. Com o conhecimento que cada um vem adquirindo transformam a música em uma ferramenta para a construção social de crianças e jovens, com influência nas origens do seu povo influência vinda também do contato com os músicos que admiram e outros tantos com quem já tocaram, como Gilberto Gil e Jefferson Gonçalves, Heraldo do Monte, Arismar do Espirito Santo, André Magalhães e outros complementadas pela experiência das viagens Brasil afora e das duas turnês internacionais, pela Alemanha e Itália.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

SENTENÇA DO JUIZ QUE SE SENTIU OFENDIDO ...

 
 
Lembra daquele Juiz de Niterói que entrou na Justiça contra o condomínio em que mora, por causa  do tratamento de "você" dado pelo porteiro?
 
Pois é, saiu a sentença.
O importante é o final da sentença.
 
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COMARCA DE NITERÓI - NONA VARA CÍVEL
Processo n° 2005.002.003424-4
 
S E N T E N Ç A
 
Cuidam-se os autos de ação de obrigação de fazer manejada por ANTONIO MARREIROS DA SILVA MELO NETO contra o CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO LUÍZA VILLAGE e JEANETTE GRANATO, alegando o autor fatos precedentes ocorridos no interior do prédio que o levaram a pedir que fosse tratado formalmente de "senhor".
Disse o requerente que sofreu danos, e que esperava a procedência do pedido inicial para dar a ele autor e suas visitas o tratamento de "Doutor", "senhor" "Doutora", "senhora", sob pena de multa diária a ser fixada judicialmente, bem como requereu a condenação dos réus em dano moral não inferior a 100 salários mínimos.
 
(...)
 
DECIDO.
 
"O problema do fundamento de um direito apresenta-se diferentemente conforme se trate de buscar o fundamento de um direito que se tem ou de um direito que se gostaria de ter." (Noberto Bobbio, in "A Era dos Direitos", Editora Campus, pg. 15).
 
Trata-se o autor de Juiz digno, merecendo todo o respeito deste sentenciante e de todas as demais pessoas da sociedade, não se justificando tamanha publicidade que tomou este processo. Agiu o requerente como jurisdicionado, na crença de seu direito. Plausível sua conduta, na medida em que atribuiu ao Estado a solução do conflito. Não deseja o ilustre Juiz tola bajulice, nem esta ação pode ter conotação de incompreensível futilidade. O cerne do inconformismo é de cunho eminentemente subjetivo, e ninguém, a não ser o próprio autor, sente tal dor, e este sentenciante bem compreende o que tanto incomoda o probo Requerente.
 
Está claro que não quer, nem nunca quis o autor, impor medo de autoridade, ou que lhe dediquem cumprimento laudatório, posto que é homem de notada grandeza e virtude.
 
Entretanto, entendo que não lhe assiste razão jurídica na pretensão deduzida.
 
"Doutor" não é forma de tratamento, e sim título acadêmico utilizado apenas quando se apresenta tese a uma banca e esta a julga merecedora de um doutoramento. Emprega-se apenas às pessoas que tenham tal grau, e mesmo assim no meio universitário. Constitui-se mera tradição referir-se a outras pessoas de "doutor", sem o ser, e fora do meio acadêmico. Daí a expressão doutor honoris causa - para a honra -, que se trata de título conferido por uma universidade à guisa de homenagem a determinada pessoa, sem submetê-la a exame. Por outro lado, vale lembrar que "professor" e "mestre" são títulos exclusivos dos que se dedicam ao magistério, após concluído o curso de mestrado. (grifo do blogueiro)
 
Embora a expressão "senhor" confira a desejada formalidade às comunicações - não é pronome -, e  possa até o autor aspirar distanciamento em relação a qualquer pessoa, afastando intimidades, não existe regra legal que imponha obrigação ao empregado do condomínio a ele assim se referir.
 
O empregado que se refere ao autor por "você",  pode estar sendo cortês, posto que "você" não é pronome depreciativo. Isso é formalidade, decorrente do estilo de fala, sem quebra de hierarquia ou incidência de insubordinação. Fala-se segundo sua classe social.
 
O brasileiro tem tendência na variedade coloquial relaxada, em especial a classe "semi-culta", que sequer se importa com isso.
 
Na verdade "você" é variante - contração da alocução - do tratamento respeitoso "Vossa Mercê".
 
A professora de linguística Eliana Pitombo Teixeira ensina que os textos literários que apresentam altas freqüências do pronome "você",
devem ser classificados como formais.
 
Em qualquer lugar desse país, é usual as pessoas serem chamadas de "seu" ou "dona", e isso é tratamento formal.
 
Em recente pesquisa universitária, constatou-se que o simples uso do nome da pessoa substitui o senhor/ a senhora e você quando usados como prenome, isso porque soa como pejorativo tratamento diferente.
 
Na edição promovida por Jorge Amado "Crônica de Viver Baiano Seiscentista", nos poemas de Gregório de Matos, destacou o escritor que Miércio Táti anotara que "você" é tratamento cerimonioso.
Rio de Janeiro/São Paulo, Record, 1999).
 
Urge ressaltar que tratamento cerimonioso é reservado a círculos fechados da diplomacia, clero, governo, judiciário e meio acadêmico, como já se disse. A própria Presidência da República fez publicar Manual de Redação instituindo o protocolo interno entre os demais Poderes.
 
Mas na relação social não há ritual litúrgico a ser obedecido. Por isso que se diz que a alternância de "você" e "senhor" traduz-se numa questão sociolingüística, de difícil equação num país como o Brasil de várias influências regionais.
 
Ao Judiciário não compete decidir sobre a relação de educação, etiqueta, cortesia ou coisas do gênero, a ser estabelecida entre o empregado do condomínio e o condômino, posto que isso é tema interna corpore daquela própria comunidade.
 
Isto posto, por estar convicto de que inexiste direito a ser agasalhado, mesmo que lamentando o incômodo pessoal experimentado pelo ilustre autor,  julgo improcedente o pedido inicial, condenando o postulante no pagamento de custas e honorários de 10% sobre o valor da causa. P.R.I.
 
Niterói, 2 de maio de 2005.
ALEXANDRE EDUARDO SCISINIO
Juiz de Direito

Conheça esse site...

Cinema nacional em cartaz nas escolas

Projeto de lei em tramitação no Senado prevê a mostra de pelo menos duas horas mensais de filmes nacionais em escolas públicas e privadas

A exibição de filmes nacionais em todas as escolas brasileiras, públicas e privadas, que atendem crianças e jovens, com idades entre 4 e 18 anos, pode se tornar obrigatória. O Projeto de Lei 185/2008, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) em tramitação no Senado Federal prevê a exibição de no mínimo duas horas mensais de filmes de produção nacional. A obrigatoriedade é apresentada como componente curricular da educação infantil, ensino fundamental e médio.
A proposta segue em caráter conclusivo na Comissão de Educação, Esportes e Cultura do Senado e pode ser aprovada nas próximas semanas, sem necessidade de passar por votação em plenário. Depois segue para a aprovação na Câmara dos Deputados.

De acordo com Buarque, a ideia é que crianças e adolescentes em idade escolar tenham acesso ao cinema. Para o senador, o ideal seria que as escolas fossem palcos de outras manifestações artísticas. “Se pudesse ter uma orquestra sinfônica ou teatro em todas as escolas seria ótimo. Mas é muito caro. O cinema é barato porque pode ser passado até pelo DVD”, diz.

Com cuidado
A ideia de usar o cinema nas escolas não é nova. O uso de filmes como recurso pedagógico ocorreu desde a disseminação do...

Leia na íntegra: http://www.gazetadopovo.com.br/ensino/conteudo.phtml?tl=1&id=976356&tit=Cinema-nacional-em-cartaz-nas-escolas

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

10 táticas para transformar informação em ação


10 tactics for turning information into action (Trailer) from Tactical Technology Collective on Vimeo.

As 10 táticas para transformar informação em ação


1. Mobilize pessoas
2. Testemunhe e grave
3. Visualize sua mensagem
4. Amplifique histórias pessoais
5. Adicione humor
6. Investigue e exponha
7. Saiba trabalhar dados complexos
8. Use a inteligência coletiva
9. Permita que as pessoas façam perguntas
10. Administre seus contatos

III SIRTRE - BELO HORIZONTE-MG

III Simpósio Internacional Trabalho, Relações de Trabalho, Educação e Identidade
17 a 21 de maio - Belo Horizonte-MG


Período para inscrições: de 03/02 até 16/05.

Submissão de trabalhos: de 12/02 até 28/03.

Parecer: 10/04.
Resultado avaliação de trabalhos: 15/04.
TAXAS PARA INSCRIÇÃO
ModalidadeSem submissão de trabalhoCom submissão de trabalho
EstudantesR$ 50,00R$ 100,00
ProfissionaisR$ 90,00R$ 140,00
Estudantes de graduação e professores da rede pública, para videoconferência em Ouro Preto e Mariana, com inscrição na secretaria do Departamento de Educação da UFOP: R$ 10,00 (CAs e ICHS).

GARANTA JÁ A SUA INSCRIÇÃO: clique aqui.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SIMPÓSIO NACIONAL DE GÊNERO E INTERDISCIPLINARIDADES

I SINAGI - SIMPÓSIO NACIONAL DE GÊNERO E INTERDISCIPLINARIDADES: gênero, educação e linguagens 
 
de 08 a 10 de março de 2010


Universidade Federal de Goiás - Campus  Catalão-GO.



Mais informações também pelo site: 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Amigos da Siesta e a Aprendizagem


Cochilar(no Bom Sentido) Ajuda na Aprendizagem.

 Agência FAPESP – Espanhóis, mexicanos e habitantes de diversos outros países costumam tirar uma boa “siesta” logo após o almoço. Mas o hábito não ajuda apenas a descansar e a fugir do calor do meio do dia. Cochilar também estimula a aprendizagem, segundo indica um novo estudo.

A pesquisa, feita por cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley, foi apresentada neste domingo (21/2) na reunião anual da American Association of the Advancement of Science (AAAS), em San Diego, nos Estados Unidos.

De acordo com o trabalho, uma hora de cochilo durante o dia é capaz de restaurar e até mesmo de ampliar os processos cognitivos. Por outro lado, quanto mais horas um indivíduo permanecer acordado, mais “preguiçoso” se torna o seu cérebro – perder uma noite de sono derrubaria a capacidade de armazenar novas informações em cerca de 40%.

“O sono não apenas corrige os prejuízos decorrentes de longos períodos de privação do sono, mas, em nível neurocognitivo, leva a aprendizagem para além de onde estava antes da soneca”, disse Matthew Walker, um dos autores da pesquisa.

Os pesquisadores examinaram 39 adultos jovens, divididos em dois grupos, um dos quais cochilava à tarde. Ao meio dia, todos os participantes foram submetidos a rigorosos exercícios de aprendizagem com o objetivo de estimular o hipocampo, região do cérebro que atua no armazenamento de memórias. Os resultados dos dois grupos foram equivalentes.

Às 14h, o primeiro grupo começou um período de sono médio de 90 minutos, enquanto o outro permaneceu acordado. Às 18h, os dois grupos foram submetidos a nova rodada de exercícios. O grupo que ficou desperto teve rendimento pior em relação à rodada anterior, enquanto que aqueles que cochilaram não apenas foram melhor como apresentaram ganhos na capacidade de aprendizagem.

Segundo os pesquisadores, os resultados reforçam a hipótese de que o sono é necessário para “limpar” a memória de curto prazo, de modo a liberar espaço para novas informações. De acordo com o estudo, tais memórias são armazenadas inicialmente no hipocampo antes de serem enviadas ao córtex pré-frontal, que tem mais espaço de armazenamento.

“É como se a caixa de entrada de e-mails estivesse cheia e, até que seja limpa, por meio do sono, não será possível receber mais mensagens”, disse Walker.

Segundo os autores do estudo, esse processo de atualização ocorre na fase 2 do sono não REM (sigla para “movimentos oculares rápidos”), que se encontra entre o sono profundo (não REM) e o estado em que os sonhos ocorrem (REM).

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley pretendem investigar se a redução de sono experimentada à medida que as pessoas envelhecem está relacionada à diminuição na capacidade de aprendizagem com a idade.

Skank pra você!!!

Uma provocação aos gostadores de criação de desenhos, formas, imagens, etc...

...preste atenção nessa proposta...

 Ecologia Interior: Deixe de ser infantil e volte logo a ser criança

Por Américo Canhoto

Uma criança é capaz de permanecer horas maravilhada com a beleza de uma joaninha; observando o vai vem das formigas á cata de comida; embevecer-se com o canto de um pássaro; deslumbrar-se com a paisagem – mas, á medida que o tempo passa; a educação e a cultura retiram dela a sensibilidade e a doçura; substituindo-a cada vez mais rápido pelas sensações; não raro em desgoverno – a capacidade de sentir e deslumbrar-se com o milagre da vida é substituída pela governança das necessidades nem sempre necessárias e pela ditadura da insatisfação mórbida, acalentada nas estufas das coisas dos interesses da moda.
Tal e qual as frutas deveríamos amadurecer no “pé da vida” e não “encaixotados” numa forma de viver utilitarista.
Viver é educar-se; mas, quase tudo em que o homem põe a mão, é contaminado pelo fungo da inveja e do egoísmo – a educação atual quase não permite que as pessoas envelheçam com a maturidade esperada pela sucessão de momentos vividos e pelas experiências. Se, ao menos; no final da existência recuperássemos o sorriso fácil; a espontaneidade; a doçura; a sensibilidade; mesmo que, ás vezes, apresentemos algumas inevitáveis birras.
Cuidado:
Hoje, envelhecer não significa necessariamente tornar-se uma pessoa mais madura; muitos de nós, nos assemelhamos a determinadas frutas: apodrecemos, mas não amadurecemos…
Duvida?
Observe como a maior parte dos adultos tem atitudes infantis, imaturas, egoístas e pouco responsáveis. Preste atenção que os verá fazendo birra; Exemplo, analise um depressivo: ele está de mal de Deus; da vida; com os em torno; ele queria um brinquedo chamado realização e felicidade; mas, se o tinha; quebrou; jogou fora; o desprezou e o quer de volta.
Vigie, que você vai surpreender até o seu pai e sua mãe agindo como crianças birrentas quando as coisas não correm conforme eles desejavam (aproveite para fazer uma gozação – tal e qual fizeram com você na infância).
Qual seria o motivo, ou os motivos, que impedem as pessoas de amadurecer psicologicamente? (amadurecer não é envelhecer; pois uma coisa é diferente da outra).
O que é a tal da maturidade?
Será que um dia estaremos totalmente maduros?
O jeito mais fácil de entender a maturidade é enxergá-lo como um caminho a ser percorrido; e não uma meta. Provavelmente; nesta atual safra; nunca estaremos totalmente maduros.
Dica?
Quando temos quase certeza de que não somos nem menos do que imaginávamos; nem mais do que pensávamos ser. Quando percebemos com clareza que não somos nem melhores nem piores do que os outros. Que somos apenas nós mesmos; talvez desse ponto em diante; nós começamos a amadurecer; compartilhando.
Como não virar um adulto com atitudes infantis?
O primeiro passo, é não acreditar totalmente nos adultos; pois, durante nossa vida, a maioria vai tentar nos passar o conceito de que para atingir maturidade com dignidade é preciso; perder a pureza de coração; camuflar os interesses; ralar na vida; apanhar bastante; errar muito para aprender; gerar riquezas; consumir muito; aproveitar os prazeres da existência; e coisas do gênero.
Não é totalmente mentira nem absolutamente verdade, as pessoas não percebem; mas, as que cultivam a dor e o prazer a todo custo como caminho da maturidade, estão apenas justificando sua própria falta de capacidade em amar.
Parece a coisa mais difícil de ser atingida a tal da maturidade mas não é; parece para quem pensa pouco; mas não é; e até assusta de tão fácil.
Um dos primeiros passos, é ficar ligado, vigiar muito, para assumir todas as conseqüências das escolhas que fizer, e das atitudes que tomar – essa, é uma das marcas registradas da fase infantil que deve ser substituída pela consciência sem perder a inocência.
Isso, chama-se responsabilidade adquirida de vontade própria.
Não há desenvolvimento da maturidade sem o paralelo desenvolvimento do senso de responsabilidade. Primeiro sobre si mesmo, seu corpo, sua vida sua existência. E depois sobre o organismo dos em torno; a qualidade de vida do próximo; e cuidar da sanidade do meio ambiente.
Não assumir, desculpar-se, culpar os outros, jogar nas costas do destino, da sorte, do azar; aí está o maior foco da doença “ferrugem mental” que tem como sintomas principais a manutenção a qualquer preço e custo dos objetivos da criancice cretina; cujas crias transgênicas são desenvolvidas no laboratório chamado educação; que só visa a instrução; elas são: o medo; a mentira; o suborno; a chantagem; a desonestidade.

Para alcançar a cura da maturidade tão comprometida no meio de tantas informações; desejos; necessidades desnecessárias; contra-informações; desmentidos e jogo de interesses – neste mundo cada vez mais maluco e padronizado; onde milhares de pessoas a todo momento querem nos “vender” soluções para problemas que nem criamos ainda – um dos remédios é recuperar a defesa infantil que preserva a pureza; a espontaneidade; a capacidade de embevecer-se com as coisas simples mantendo a pureza de coração:
“Entra por um ouvido e sai pelo outro…”
Perdeu-se no tempo a informação a respeito de quem teve a idéia que palavras educam – os adultos parecem um papagaio alucinado; o tempo todo maritacando no ouvido das crianças coisas muito malucas; pois, pensamos uma coisa; dizemos outra e fazemos tudo diferente – sua defesa é natural: só ouve o que realmente interessa.
Uma das mais belas e necessárias qualidades infantis é a audição seletiva – a do adulto deve vir acompanhada da arte de discernir; filtrando.
Quando assim o deseja a criança; faz com que as palavras e a informação entrem por um ouvido e saiam pelo outro – é urgente resgatar essa artimanha natural para manter a sanidade psicológica e a integridade física – pois, na atualidade nossos pais e mães foram substituídos, com muito perigo, pela mídia de ação rápida.
Para preservar a diversidade da vida em Gaia é preciso, e urgente, recuperar a alma infantil; pois, se não nos embevecermos com a natureza tal e qual ela é; viveremos num arremedo de planeta como covers de seres humanos de fato. Se continuarmos de olhos fechados e ouvidos moucos aos lamentos de todos os tipos de vida que dividem conosco o planeta; se permanecermos entretidos no videogame da tecnologia e dos interesses de consumir os recursos planetários; aguardemos dias de trovão.

Nosso lado criança passa a assumir um papel dos mais importantes na vida contemporânea – a continuidade da nossa vida corpórea aqui; não aceitará desculpas nem justificativas – mudar é muito fácil; basta abrir as portas do coração e liberar nossos mais puros sentimentos – Prá começar; que tal deixar de usar o santo nome de Deus em vão; e voltar a chamá-lo carinhosamente: Papai do Céu?

Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

...Utilidade pública aos docentes

COMPUTADOR PARA TODOS OS PROFESSORES DE REDES PÚBLICAS E PRIVADAS DE QUALQUER NÍVEL DE ENSINO

Projeto abrange todo o país


Vencida, com sucesso, a fase de testes iniciada em 31/08/09 em 64 municípios, o Projeto Computador Portátil para Professores é estendido agora a todos os municípios brasileiros. E o Governo Federal escolheu justamente o Dia do Professor (15 de outubro) para proporcionar a toda essa valiosa categoria os benefícios do Projeto, permitindo a aquisição facilitada de notebook, conforme especificado nesse site. Sendo assim, todo professor, das redes públicas e privadas e de todos os níveis de ensino, que deseje aderir ao Projeto deve procurar uma agência dos Correios, do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal para providenciar seu pedido de compra, seguindo os roteiros do Projeto. O Correio, como integrador logístico, encaminhará o pedido ao fabricante escolhido, buscará o equipamento junto à indústria e o entregará no endereço definido pelo professor. Com esse Projeto, o Governo Federal espera incluir digitalmente todo um universo de profissionais que se dedicam à educação, contribuindo, com isso, para a melhoria da qualidade do ensino brasileiro.

Conheça o material informativo do Projeto, clique aqui.

http://www.computadorparaprofessores.gov.br/

Saúde e tecnologia - a voz do passado e do presente...


Mestre e referência para os médicos gaúchos, Mário Rigatto foi também profético ao prever, nos anos 70, que a tendência da Medicina para o futuro seria o “calote na natureza”, quer dizer, comer e não engordar, ter corpo definido sem fazer exercícios, etc. Mesmo ocorrendo casos com consequências trágicas, como as mortes por complicações da lipoaspiração, isso não tem inibido a imensa procura por esses procedimentos, o que sinaliza um comportamento social persistente. Por trás dessa postura, supõe-se presente a confiança na tecnologia a ponto de que o risco de acidentes (por embolia gordurosa) é interpretado como “probabilidade estatística”, em que índices de erro, percentualmente, não assustam tanto.


Da mesma forma que assumimos riscos individuais em função de expectativas de auto-estima, tendemos também a negligenciar riscos à saúde coletiva dos quais somos alertados, há décadas, por sanitaristas, em relação à qualidade do ar e da água, partes de um mesmo ciclo. Assim como não há tecnologia, no mundo, capaz de impedir a ocorrência de infecção hospitalar – causada pela inevitável resistência dos microorganismos a toda gama de medicamentos de largo uso – já sabemos também que não há, hoje em dia, condições técnicas de preservar a qualidade do ambiente exposto ao somatório de dejetos químicos e biológicos lançados em terra, ar e água continuamente. Pesquisas sobre contaminação das águas (Águas Doces no Brasil, por A. Rebouças, B. Braga e J. Tundisi), revelam a existência de substâncias capazes de induzir efeitos carcinogênicos, mutagênicos e teratogênicos, ou seja, com riscos à nossa saúde e à das futuras gerações.

Ciência e tecnologia tem nos ajudado a nível individual, identificando substâncias úteis à saúde (como a uva contra o colesterol e chuchu contra a hipertensão), mas estamos perdendo o controle sobre as condições mais básicas de saúde pública que são o que fazer com o lixo, com os esgotos, com os poluentes químicos. Se nas bacias do Guaíba, do Sinos e do Gravataí, das quais depende quase metade da população do Estado, a vida está difícil para os peixes, os seres humanos são os próximos a serem afetados.

Não há mágica, nem qualquer recurso científico capaz de restituir às condições propícias originais a terra, o ar e a água afetados pelos somatórios de acúmulos de resíduos do nosso atual padrão de consumo – para os quais quem se dispõs a calcular revelou que seriam necessários quatro planetas, nas condições de uso atuais. Mais racional será redirecionarmos nossas pesquisas e investimentos para “tecnologias limpas” e prevenir ao invés de remediar males previsíveis à saúde pública. Por tudo isso, quando se classificam como “utopias” os apelos à preservação e ao uso racional dos recursos naturais, há que se esclarcer que fantasioso, de fato, é imaginar que possamos usufruir de todos os prazeres ao sabor dos nossos recursos tecnológicos, indiscriminadamente, como se tivéssemos não só quatro planetas, mas também quatro fígados, oito rins e oito pulmões.

Montserrat Martins, Psiquiatra, é colaborador e articulista do EcoDebate.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br

EcoDebate, 19/02/2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

... se me acusar eu xingo!!!

... interessante assistir esse bate-boca, só pra não esquecermos que essas raposas já procriaram e se você ainda não percebeu... várias raposinhas estão saracutiando pelas câmaras municipais, assembléias legislativas do nosso país.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

... conflitos na Romania...


Vezi mai multe din Documentare, Science & Tech pe 220.ro

Cuba é uma ditadura?

As circunstâncias históricas levaram Cuba a restringir liberdades. Mas seu sistema político deveria ser analisado sem endeusamento do modelo liberal, no qual a existência de direitos formais não representa garantias para um funcionamento democrático baseado na participação popular.

Breno Altman é jornalista, diretor do site Opera Mundi (www.operamundi.com.br)


O novo presidente do PT, José Eduardo Dutra, em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues (Folha de S.Paulo), no último dia 11/02, respondeu afirmativamente à pergunta que faz as vezes de título desse artigo. Com ressalvas de contexto, identificando no longo bloqueio norte-americano uma das causas do que chamou de "fechamento político", Dutra assumiu a mesma definição dos setores conservadores quando abordam a natureza do regime político existente na ilha caribenha.
Essa discussão é um capítulo importante na agenda da contra-ofensiva à hegemonia do pensamento de direita. Afinal, a possibilidade do socialismo foi estabelecida pelos centros hegemônicos não apenas como economicamente inviável e trágica, mas também como intrinsecamente autoritária.

Quando o colapso da União Soviética permitiu aos formuladores do campo vitorioso declarar o capitalismo e a economia de livre-mercado como o final da história, de lambuja também fixaram o sistema político vigente na Europa Ocidental e nos Estados Unidos como a única alternativa democrática aceitável.

Não foram poucos os quadros de esquerda que assumiram esse conceito como universal e abdicaram da crítica ao funcionamento institucional dos países capitalistas. Alguns se arriscaram a ir mais longe, aceitando esse modelo como paradigma para a classificação dos demais regimes políticos.

Na tradição do liberalismo, base teórica da democracia ocidental, a identificação e a quantificação da democracia estão associadas ao grau de liberdade existente. Quanto mais direitos legais, mais democrático seria o sistema de governo. No fundo, democracia e liberdade seriam apenas denominações diferentes para o mesmo processo social.

Pouco importa que o exercício dessas liberdades seja arbitrado pelo poder econômico. As disputas eleitorais e a criação de veículos de comunicação, por exemplo, são determinadas em larga escala pelos recursos financeiros de que dispõem os distintos setores políticos e sociais.

No modelo democrático-liberal, afinal, os direitos formais permitem o acesso irrestrito das classes proprietárias ao poder de Estado, que podem usar amplamente sua riqueza para mercantilizar a política e seus instrumentos, especialmente a mídia. Basta acompanhar o noticiário político para se dar conta do caráter cada vez mais censitário da democracia representativa.

A revolução cubana ousou ter entre suas bandeiras a criação de outro tipo de modelo político, no qual a democracia é concebida essencialmente...

Leia na íntegra: http://www.cartamaior.com.br/

Uma revista digital free

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

belo.

Nuit Blanche




Nuit Blanche from Spy Films on Vimeo.

Mais uma ação em direção da democratização do acesso à informação

Vídeos para pesquisa e ensino

Agência FAPESP - O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) lançou o Zappiens.br, serviço gratuito de distribuição de vídeos com conteúdo científico, educativo, artístico e cultural em língua portuguesa.
A novidade foi feita em parceria com o Arquivo Nacional, a Universidade de São Paulo (USP), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), de Portugal.
 
Inicialmente, os interessados encontrarão disponíveis para consulta materiais do próprio CGI.br, da USP e do Arquivo Nacional, como os Cinejornais - noticiários transmitidos em cinemas brasileiros entre as décadas de 1930 e 1970.
O Zappiens.br oferece a oportunidade de reunir e tornar público acervos raros e exclusivos, que podem ser utilizados como fonte para estudo e pesquisa. "Com acesso gratuito, o objetivo é disseminar cultura, informação científica e tecnológica entre diversas comunidades", disse Henrique Faulhaber, conselheiro do CGI.br.

"O Portal Zappiens.br, ao disponibilizar os cinejornais da Agência Nacional, irá proporcionar ao cidadão a oportunidade de acessar e pesquisar na web um rico acervo de imagens em movimento, que retratam a história de nosso país", disse Jaime Antunes da Silva, diretor-geral do Arquivo Nacional.
A iniciativa é fruto da comissão de trabalhos de conteúdos digitais do CGI.br, que identificou a necessidade da implementação de repositórios de vídeos para uso público, tanto para pesquisa como para o ensino em geral. O Zappiens.br tem um sistema de busca apurado, que funciona tanto por meio de palavras-chave como por tags, facilitando a organização dos conteúdos. Além disso, não há limite de tamanho para os arquivos de vídeo.
A ferramenta será fomentada por meio de acordos com diversas organizações. "O Zappiens.br está aberto e em busca de novas parcerias e acordos de cooperação com instituições públicas, universidades e empresas que disponham de acervos em vídeo", disse Faulhaber.

Mais informações: http://zappiens.br

A Sociedade Mundial da Cegueira

Qui, 18/Fev/2010
Leonardo Boff 


O poeta Affonso Romano de Sant'Ana e o prêmio Nobel de literatura, o portugues José Saramago, fizeram da cegueira tema para críticas severas à sociedade atual, assentada sobre uma visão reducionista da realidade. Mostraram que há muitos presumidos videntes que são cegos e poucos cegos que são videntes.

Hoje propala-se pomposamente que vivemos sob a sociedade do conhecimento, uma espécie de nova era  das luzes. Efetivamente assim é. Conhecemos cada vez mais sobre cada vez menos. O conhecimento especializado colonizou todas as áreas do saber. O saber de um ano é maior que todo saber acumulado dos últimos 40 mil anos. Se por um lado isso traz inegáveis benefícios, por outro, nos faz ignorantes sobre tantas dimensões, colocando-nos escamas sobre os olhos e assim impedindo-nos de ver a totalidade.

O que está em jogo hoje é a totalidade do destino humano e o futuro da biosfera. Objetivamente estamos pavimentando uma estrada que nos poderá conduzir ao abismo. Por que este fato brutal não está sendo visto pela maioria dos especialistas nem dos chefes de Estado nem da grande mídia que pretende projetar os cenários possíveis do futuro? Simplesmente porque, majoritariamente, se encontram enclausurados em seus saberes específicos nos quais são muito competentes mas que, por isso mesmo, se fazem cegos para os gritantes problemas globais.

Quais dos grandes centros de análise mundial dos anos 60 previram a mudança climática dos anos 90?  Que analistas econômicos com prêmio Nobel, anteviram a crise econômico-financeira que devastou os países centrais em 2008? Todos eram eminentes especialistas no seu campo limitado, mas idiotizados nas questões fundamentais. Geralmente é assim: só vemos o que entendemos. Como os especialistas entendem apenas a mínima parte que estudam, acabam vendo apenas esta mínima parte, ficando cegos para o todo. Mudar este tipo de saber cartesiano desmontaria hábitos científicos consagrados e toda uma visão de mundo.

É ilusória a independência dos territórios da física, da química, da biologia, da mecânica quântica e de outros. Todos os territórios e seus saberes são interdependentes, uma função do todo. Desta percepção nasceu a ciência do sistema Terra. Dela se derivou a teoria  Gaia que não é tema da New Age mas resultado de minuciosa observação científica. Ela oferece a base  para políticas globais de controle do aquecimento da Terra que, para sobreviver, tende a reduzir a biosfera e até o número dos organismos vivos, não excluidos os seres humanos.

Emblemática foi a COP-15 sobre as mudanças climáticas em Copenhague. Como a maioria na nossa cultura é refém do vezo da atomização dos saberes, o que predominou nos discursos dos chefes de Estado eram interesses parciais: taxas de carbono, níveis de aquecimento, cotas de investimento e outros dados parciais.  A questão central era outra: que destino queremos para a totalidade que é a nossa Casa Comum? Que podemos fazer coletivamente para garantir as condições necessárias para Gaia  continuar habitável por nós e por outros seres vivos?

Esses são problemas globais que transcendem nosso paradigma de conhecimento especializado. A vida não cabe numa fórmula, nem o cuidado numa equação de cálculo. Para captar esse todo precisa-se de uma leitura sistêmica junto com a razão cordial e compassiva, pois é esta razão que nos move à ação.

Temos que desenvolver urgentemente a capacidade de somar, de interagir, de religar, de repensar, de refazer o que foi desfeito e de inovar. Esse desafio se dirige a todos os especialistas para que se convençam de que a parte sem o todo não é parte. Da articulação de todos estes cacos de saber, redesenharemos o painel global da realidade a ser comprendida, amada e cuidada. Essa totalidade é o conteúdo principal da consciência planetária, esta sim, a era da luz maior que nos liberta da cegueira que nos aflige.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A EDUCAÇÃO NA ARTE DE SEBASTIÃO SALGADO

Fotojornalista, Sebastião Salgado é um dos mais respeitados e sensíveis fotógrafos da atualidade, dedicando-se ao registro da vida dos excluídos em todo o mundo. 

 

  

Obras

Trabalhadores (1996) ISBN 8571645884
Terra (1997) ISBN 8420428744
Serra Pelada (1999) ISBN 2097542700
Outras Américas (1999) ISBN 8571649030
Retratos de Crianças do Êxodo (2000) ISBN 8571649359
Exodos (2000) ISBN 8571649340
O Fim do Pólio (2003) ISBN 8535903690
Um Incerto Estado de Graça (2004) ISBN 9722109839
O Berço da Desigualdade (2005) ISBN 8576520389
África (2007) ISBN 3822856223  

 

... uma vergonha para o Estado de Goiás

Um monumento ao desperdício 

Prestes a completar 103 anos de idade, o arquiteto Oscar Niemeyer tem uma única pendência na vida: resolver um calote de 200 mil reais que levou do governo de Goiás. A dívida diz respeito ao projeto do Centro Cultural Oscar Niemeyer, um elefante branco de 17 mil metros quadrados, na entrada de Goiânia, levantado ao custo de 60,8 milhões de reais, mas abandonado desde que foi inaugurado, inacabado, pelo então governador Marconi Perillo, no último dia de seu mandato, em 30 de março de 2006. A obra, no entanto, foi entregue ao eleitor sem estar concluída ou paga, com erros de cálculo estrutural e sob suspeita de superfaturamento. Trata-se de um complexo formado por museu, biblioteca, teatro e um monumento aos direitos humanos. Abandonados há quatro anos, os prédios estão em franca degradação física.

Definido por Marconi Perillo, no discurso de inauguração, como “um ícone da Marcha para o Oeste puxada por Juscelino Kubitschek”, o Centro Cultural acabou por se transformar num monumental pepino a cair no colo do governador Alcides Rodrigues, do PP. Ele assumiu o governo em 2006, quando Perillo renunciou para concorrer ao Senado Federal, para então reeleger-se, no mesmo ano, para o cargo, com o apoio do tucano. Hoje, rompido com o antigo aliado, recusa-se a reiniciar as obras antes do pronunciamento final do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre o assunto. Herdou, além da obra inacabada, o constrangimento de fazer parte de um calote dado no arquiteto centenário que dá nome ao complexo cultural.

Gerente do projeto, o arquiteto João Niemeyer, sobrinho-neto de Oscar, tentou diversos contatos com o governo de Goiás para receber a parte que falta ao escritório da família – cerca de 200 mil reais, de um total de 2 milhões de reais –, mas não teve sucesso. De acordo com a assessoria do governador Rodrigues, não será possível buscar uma solução antes de saber a decisão final do TCE. Politicamente, isso significa que a coisa ainda deverá demorar um bocado, apesar da idade avançadíssima do principal interessado no caso, justamente o arquiteto que dá nome ao Centro Cultural.

Embora fora do governo estadual, Marconi Perillo, em quase oito anos de mandato, aparelhou politicamente o TCE, onde ainda mantém grande influência, inclusive sobre o relator do processo do Centro Cultural, o conselheiro Naphtali de Souza, também ex-governador do estado. Por essa razão, não há quem aposte numa solução antes das eleições de outubro.

CartaCapital esteve no Centro Cultural. A primeira visão que se tem do lugar é o da pirâmide vermelha bolada pelo arquiteto, uma representação artística feita em favor dos direitos humanos. Exposta ao sol, mas sem manutenção, o monumento desbotou. Virou uma pirâmide rosa. Abaixo dela, galeria e auditório apodrecem aos poucos. As instalações elétricas pendem do teto, as cadeiras estão cobertas de poeira e um dos vidros blindex foi quebrado e substituído por uma placa de compensado de madeira. A sala de exposições levou o nome de Célia Câmara, mãe de Jaime Câmara Júnior, dono da maior rede de comunicação de Goiás, inclusive a TV Anhanguera, retransmissora da TV Globo. Trata-se de um forte aliado de Marconi Perillo.

Nada se compara, no entanto, ao estado geral da biblioteca. Projetada para abrigar 140 mil livros, o prédio, todo de vidro fumê, é um esqueleto gigante onde se abrigam dezenas de fileiras de estantes vazias. A estrutura interna está completamente comprometida pelas infiltrações e pela oxidação das partes metálicas que não foram pintadas, como corrimões e esquadrias de sustentação. Há buracos no forro do teto onde, por entre teias de aranha, despencam fios, canos e luminárias. No terraço, 78 peças de vidro fumê, da época da construção, estão escoradas numa parece onde alguém escreveu, com giz de cera vermelho: “Prove o abandono”.

O mais grave é que, em novembro de 2005, portanto, quatro meses antes da inauguração, o então diretor de Obras Civis da Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop), Luiz Antonio de Paula, informou ao governo Marconi Perillo da impossibilidade de a biblioteca receber livros. Um ofício assinado por ele, encaminhado ao então presidente da Agência Goiana de Cultura (Agepel), Nasr Nagib Chaul, informava que somente o primeiro pavimento do prédio, de quatro andares, poderia ser utilizado como biblioteca “em face às sobrecargas adotadas pelo calculista estrutural”. Ou seja, se encher de livro, o edifício vem abaixo.

O relatório do TCE, baseado em vistorias e análises contábeis, não só enumera uma grande quantidade de problemas estruturais, de trincamentos a infiltrações nas paredes, como aponta uma série de sobrepreços (superfaturamento) ao longo da construção, orçada, inicialmente, em 37,4 milhões de reais, mas que consumiu, até agora, 60,8 milhões de reais. A construtora contratada pelo governo, Warre Engenharia, calcula que ainda faltam pelo menos 10 milhões de reais para o Centro Cultural ficar, definitivamente, pronto. “Temos todo interesse em concluir o centro, mas não podemos fazer nada até o pronunciamento final do Tribunal de Contas”, justifica Linda Monteiro, atual presidente da Agência de Cultura, a qual o Centro Cultural ficará subordinado, quando pronto.

O senador Marconi Perillo afirma que o abandono do Centro Cultural Oscar Niemeyer foi premeditado por seu sucessor e ex-aliado Alcides Rodrigues a fim de desgastá-lo politicamente. Perillo é candidato ao governo de Goiás nas eleições de outubro e trava uma briga cada vez mais acirrada com Rodrigues. Segundo o senador tucano, “99%” da obra estava concluída quando o complexo foi inaugurado. “O problema é que o governador, que era meu vice e estava na inauguração elogiando o projeto, me traiu”, diz Perillo. “Se eu tivesse continuado no governo, teria concluído o restante da obra em 30 dias”, garante.

“Inaugurei o que estava pronto”, explica, para justificar a entrega da obra ainda inacabada. Segundo o senador, havia o compromisso público de Alcides Rodrigues em não só completar o complexo cultural, mas, também, pagar o arquiteto Oscar Niemeyer. “Eu deixei o dinheiro empenhado para isso”, afirma. “O governador resolveu, por capricho, deixar de terminar uma obra tão importante para o povo de Goiás”, acusa Perillo, com extrema candura a despeito do tom vibrante.

... cuidado com as nossas adolescentes...

Pessoas anorécticas têm grandes taxas de gordura nos ossos

Por mais que pareça um paradoxo, pessoas com anorexia nervosa têm altos níveis de gordura na medula óssea. Esta conclusão, constatada por investigadores do Children's Hospital, em Boston, resultou da análise de ressonâncias magnéticas dos joelhos de 40 raparigas com a idade média de 16 anos, sendo que metade do grupo tinha anorexia nervosa e as outras 20 eram saudáveis.

 

 “É um contra-senso que uma mulher jovem e magra com quase nenhuma gordura subcutânea seja capaz de armazenar gordura na sua medula óssea”, referiu Catherine Gordon, investigadora principal deste estudo publicado no “Journal of Bone and Mineral Research”.

As imagens das ressonâncias magnéticas foram analisadas por radiologistas que desconheciam o quadro clínico das jovens que colaboraram neste estudo. E o verificado foi que, comparativamente com o grupo de controlo composto pelas raparigas saudáveis, as jovens que sofriam de anorexia apresentavam um maior conteúdo de gordura nos ossos, visualizada como medula amarela, e menos de metade do conteúdo da medula vermelha.

De acordo com os autores, a medula óssea vermelha é funcional e altamente produtora de células, estando presente no corpo humano principalmente até os 25 anos de idade. A partir dessa faixa etária, esse tipo de medula é, aos poucos, substituído pela medula amarela que possui baixa funcionalidade e é formada por gorduras.

Estes resultados vão ao encontro do que...