domingo, 31 de janeiro de 2010

O Comitê Olímpico Brasileiro Está Tentando Censurar o Livro Publicado da Professora Katia Rubio

janeiro 28, 2010
Katia Rubio é uma das mais festejadas e respeitadas educadoras olímpica do País, ao lado de Laurete Aparecida de Godoy e tantas outras celebridades do mundo acadêmico. Professora da Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo, Kátia também atua como psicóloga do esporte, possui uma série de Livros publicados e uma folha exemplar de serviços prestados para o desenvolvimento do Brasil nessa área. Katia é conferencista sobre o tema Olímpico no Brasil e no exterior.
Seu mais recente Livro chama-se “Esporte, Educação e Valores Olímpicos”. Uma Obra necessária para quem ensina e dedica-se ao tema.
Pois bem, o Comitê Olímpico Brasileiro está processando a Professora Kátia Rúbio em razão dessa magnífica Obra.
Sei lá o que leva os Pajés Olímpicos a processar Kátia Rubio pela publicação de um Livro absolutamente de conteúdo acadêmico.
Seja lá quais forem as razões dessa gente, essa ação é extremamente preocupante. Assemelha-se às mais sangrentas das ditaduras, em que todos aqueles que não rezam pela cartilha do chefe estão fadados à perseguição. A atitude do COB é deplorável e merece preocupação, pois atenta contra a liberdade de expressão. É uma tentativa de intimidação e controle da produção acadêmica.
O COB tem um setor cultural, que não faz nada de interessante. Publica um monte de bobagens, livros de gente ligada a eles, mal escritos e que acabam encalhando nas prateleiras. Eu os leio por puro dever de ofício. Tem uma parceria com a editora Casa da Palavra (cujo contrato nunca foi revelado), que se presta a, unicamente, na área dos esportes, editar escritos chapa branca, ou que não firam a “filosofia de trabalho” do grupelho que toma conta do nosso olimpismo.
Os acadêmicos, a Universidade de São Paulo, a imprensa, os desportistas devem unir-se para, veementemente, repudiar esse ato autoritário do COB. Se não houver forte reação, aonde vamos parar?
Censura é coisa séria, mas muito séria mesmo. Este Blog solidariza-se com a Educadora e a Professora Kátia Rúbio.

Visite: Esporte Escolar - Centro Esportivo Virtual
http://cev.org.br/comunidade/esporte-escolar/

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

...uma visita virtual...

Visitão do Museu da Favela

Um convite à um novo olhar sobre o território


A equipe do Museu da Favela - MUF realizará, neste sábado, dia 30, o 2° Grupo Experimental de Visitação Turística, uma excursão ao museu, a céu aberto, nos morros do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, no Rio de Janeiro. A excursão percorre um roteiro experimental projetado, animado e guiado diretamente por moradores da comunidade, com apoio da UNIRIO (Turismologia) e da Base de Inserção Social e Urbana (BISU) do PAC-Rio.


Ao longo da visita, com duração aproximada de duas horas, serão feitas explanações sobre atrações e memória do território, apresentações culturais e exposições com venda de objetos de arte e eco-artesanato da favela. O Museu de Percurso visa propiciar o contato dos moradores com o cotidiano, tornando visíveis seus valores culturais, e com o patrimônio arquitetônico da favela, considerado de relevância histórica mundial.

A excursão custa R$ 25 e as saídas serão realizadas em quatro grupos guiados de até 25 pessoas, num total de 80 visitantes e 20 moradores. A concentração dos grupos será no BISU, Estrada do Cantagalo, 172.

Pontos de Memória – O Museu da Favela integra o Projeto Pontos de Memória cujo objetivo é apoiar a criação de museus comunitários, para a reconstrução e proteção da memória social e coletiva das comunidades a partir de seus moradores, suas origens, histórias e valores. O projeto é resultado de parceria entre os Programas Mais Cultura, do Ministério da Cultura, através do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), e do Pronasci, do Ministério da Justiça, com apoio da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI).

MUF - A Organização Não-Governamental Museu da Favela é formada por lideranças do Complexo Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, comunidades localizadas nos bairros de Copacabana e Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. A ONG tem como objetivo principal transformar seu território em um monumento turístico carioca da História de Formação de Favelas, das Origens do Samba, da Cultura do Migrante Nordestino, da Cultura Negra, de Artes Visuais e de Dança.

O MUF fica na Estrada do Cantagalo, 172 – Morro do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, Ipanema, Rio de Janeiro – RJ. Tel. (21) 2267-6374 www.museudefavela.com.br


Mais informações podem ser obtidas no Ponto de Memória pelo telefone (61) 2024 6211.



Fonte: IPHAN

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

David Harvey defende transição anti-capitalista

Após a derrocada da União Soviética e dos regimes socialistas do Leste Europeu, e a queda do Muro de Berlim, falar em anti-capitalismo tornou-se proibido. O comunismo fracassou, o capitalismo triunfou e não se fala mais no assunto: essa mensagem cruzou o planeta adquirindo ares de senso comum. Mas os muros do capitalismo seguiram em pé e crescendo. E excluindo, produzindo crises, pobreza, fome, destruição ambiental e guerra. Para David Harvey, o capitalismo entrou em uma fase destrutiva que recoloca a necessidade de se voltar a falar de anti-capitalismo, socialismo e comunismo.

Marco Aurélio Weissheimer


Por que é preciso pensar em uma transição anti-capitalista? E o que seria tal transição? A participação de David Harvey, professor de Geografia e Antropologia da City University, de Nova York, no seminário de avaliação de 10 anos do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, foi uma tentativa de responder estas perguntas. A resposta, na verdade, inclui, em primeiro lugar, uma justificativa da pertinência das perguntas. Após a derrocada da União Soviética e dos regimes socialistas do Leste Europeu, e a queda do Muro de Berlim, falar em anti-capitalismo tornou-se proibido. O comunismo fracassou, o capitalismo triunfou e não se fala mais no assunto: essa mensagem cruzou o planeta adquirindo ares de senso comum. Mas os muros do capitalismo seguiram em pé e crescendo. E excluindo, produzindo pobreza, fome, destruição ambiental, guerra...

E eis que, nos últimos anos, voltou a se falar em anti-capitalismo e na necessidade de pensar outra forma de organização econômica, política e social. David Harvey veio a Porto Alegre falar sobre isso. Para ele, a necessidade acima citada repousa sobre alguns fatos: o aumento da desigualdade social, a crescente corrupção da democracia pelo poder do dinheiro, o alinhamento da mídia com este grande capital (e seu conseqüente papel de cúmplice na corrupção da democracia), a destruição acelerada do meio ambiente. Esse cenário exige uma resposta política, resume Harvey. Uma resposta política, na sua avaliação, de natureza anti-capitalista. Por que? O autor de “A produção capitalista do espaço” apresenta alguns fatos de natureza econômica para justificar essa afirmação.

O capital fictício e a fábrica de bolhas
O capitalismo, enquanto sistema de organização econômica, está baseado no crescimento. Em geral, a taxa mínima de crescimento aceitável para uma economia capitalista saudável é de 3%. O problema é que está se tornando cada vez mais difícil sustentar essa taxa sem recorrer à criação de variados tipos de capital fictício, como vem ocorrendo com os mercados de ações e com os negócios financeiros nas últimas duas décadas. Para manter essa taxa média de crescimento será preciso produzir mais capital fictício, o que produzirá novas bolhas e novos estouros de bolhas. Um crescimento composto de 3% exige investimentos da ordem de US$ 3 trilhões. Em 1950, havia espaço para isso. Hoje, envolve uma absorção de capital muito problemática. E a China está seguindo o mesmo caminho, diz Harvey.

As crises econômicas nos últimos 30 anos, acrescenta, repousam (e, ao mesmo tempo, aprofundam) na disjunção crescente entre a quantidade de papel fictício e a quantidade de riqueza real. “Por isso precisamos de alternativas ao capitalismo”, insiste. Historicamente essas alternativas são o socialismo ou o comunismo. O primeiro acabou se transformando em uma forma menos selvagem de administração do capitalismo; e o segundo fracassou. Mas esses fracassos não são razão para desistir até por que as crises do capitalismo estão se tornando cada vez mais freqüentes e mais graves, recolocando o tema das alternativas. Para Harvey, o Fórum Social Mundial, ao propor a bandeira do “outro mundo é possível”, deve assumir a tarefa de construir um outro socialismo ou um outro comunismo como alternativas concretas.

A irracionalidade do capitalismo
“Em tempos de crise, a irracionalidade do capitalismo torna-se clara para todos. Excedentes de capital e de trabalho existem lado a lado sem uma forma clara de uni-los em meio a um enorme sofrimento humano e necessidades não satisfeitas. Em pleno verão de 2009, um terço dos bens de capital nos Estados Unidos permaneceu inativo, enquanto cerca de 17 por cento da força de trabalho estava desempregada ou trabalhando involuntariamente em regimes de meio período. O que poderia ser mais absurdo que isso!” – escreve Harvey em seu livro “O enigma do capital”, que deve ser lançado em abril de 2010 pela editora Profile Books. Ele descarta, por outro lado, qualquer inevitabilidade sobre o futuro do capitalismo. O sistema pode sobreviver às crises atuais, admite, mas a um custo altíssimo para a humanidade.

Não basta, portanto, denunciar a irracionalidade do capitalismo. É importante lembrar, assinala Harvey, o que a Marx e Engels apontaram no Manifesto Comunista a respeito das profundas mudanças que o capitalismo trouxe consigo: uma nova relação com a natureza, novas tecnologias, novas relações sociais, outro sistema de produção, mudanças profundas na vida cotidiana das pessoas e novos arranjos políticos institucionais. “Todos esses momentos viveram um processo de co-evolução. O movimento anti-capitalista tem que lutar em todas essas dimensões e não apenas em uma delas como muitos grupos fazem hoje. O grande fracasso do comunismo foi não conseguir manter em movimento todos esses processos. Fundamentalmente, a vida diária tem que mudar, as relações sociais têm que mudar”, defende.

“Precisamos falar de um mundo anti-capitalista”
Harvey está falando da perspectiva de um possível fracasso do capitalismo, de um ponto de instabilidade que afete as engrenagens do sistema. Mais uma vez, ele não aponta nenhuma inevitabilidade ou destino histórico aqui. Trata-se de um diagnóstico sobre o tempo presente. “O capitalismo entrou numa fase de cada vez mais destruição e cada vez menos criação”. E quais seriam, então, as forças sociais capazes de organizar um movimento anti-capitalista nos termos descritos acima? A resposta de Harvey é curta e direta: Hoje não há nenhum grupo pensando ou falando disso. “As ONGs e movimentos sociais que participam do Fórum precisam começar a falar de um mundo anti-capitalista. A esquerda deve mudar seus padrões mentais. As universidades precisam mudar radicalmente”.

A justificativa desses imperativos? Harvey dá mais um exemplo da “racionalidade” capitalista atual. Em janeiro de 2008, 2 milhões de pessoas perderam suas casas nos EUA. Essas famílias, em sua maioria pertencente às comunidades afroamericanas e de origem hispânica, perderam, no total, cerca de 40 bilhões de dólares. Naquele mesmo mês, Wall Street distribuiu um bônus de 32 bilhões de dólares para aqueles “investidores” que provocaram a crise. Uma forma peculiar de redistribuição de riqueza, que mostra que, nesta crise, muitos ricos estão fincando ainda mais ricos. “Estamos vivendo um momento de negação da crise nos EUA. Os trabalhadores, e não os grandes capitalistas, é que estão sendo apontados como responsáveis. É por isso que precisamos de uma transformação revolucionária da ordem social”.

4ever and ever... tente não rir!!!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Fórum Mundial de Educação Infanto Juvenil


O Capital em Luta Contra a Lei da Gravidade.

EDIÇÃO nº 1003 e 1004; ano 24; 3ª e 4ª semanas de Janeiro/2010

O Capital em Luta Contra a Lei da Gravidade.
No regime capitalista de produção a lei do valor-trabalho corresponde à lei da gravidade da física. É a essa determinação interna da dinâmica dos ciclos e crises periódicas que os capitalistas procuram neutralizar com
instrumentos políticos, externos ao processo de valorização. 

Por, JOSÉ MARTINS

No Japão, segunda maior economia do mundo, não são apenas os preços (e a taxa de lucro) que caem. Caem também os aviões. Melhor dizendo, aviões em forma de  capital,  em  forma  de  ações  das  suas  gigantes  empresas  de  aviação.  Japan Airlines, a maior empresa aérea do Japão (e da Ásia) declarou falência em 19 de Janeiro  2010 (1).  É  a  maior  quebra  de  uma  empresa  japonesa  de  fora  do  setor
financeiro desde a Segunda Guerra Mundial.
Mas,  antes  que  o  capital  virasse  pó  e  causasse  efeitos  perigosamente dilacerantes  no  mercado,  a  empresa  foi  providencialmente  socorrida  pelo governo japonês, tornando-se assim a mais recente empresa estatal do formidável e  tão  eficiente  sistema  de  livre-mercado  capitalista!  Vamos  então  à  lição  da
semana: como  ressuscitar o capital  falido? Com muito dinheiro público para as empresas privadas falidas e um ponta-pé na bunda dos trabalhadores - no caso da Japan Airlines, demissão de 15.600 trabalhadores, só para começar.

IDÉIAS  E MATÉRIA  – O  último  período  de  crise  já  revelou  abundantemente  a natureza  desse  comunismo  dos  capitalistas  –  o  Estado,  essa  forma  de manifestação  de Deus  na  terra,  de  que  falava Hegel,  exercendo  sem  pudor  sua verdadeira  função  de  comitê  de  negócios  da  burguesia  e  de  administrador  da repressão  armada  da  luta  de  classes.  O  movimento  real  do  capital  confirma
nossas  principais  teses.  Tudo  que  se  diz  do  Estado  moderno  separado  dessa natureza  essencial  não  passa  de  elucubrações  filosóficas  e  acadêmicas procurando esconder sua prática material.
O  que  interessa  verificar  neste movimento  prático  dos  capitalistas  é  um problema central na dinâmica do mercado nos períodos de crise e tentativa de se evitar  a  tendência  catastrófica  do  sistema:  pode-se  afirmar  (ou  negar)  com segurança que essas intervenções políticas externas (Estado) são suficientes para
reverter as pressões internas da superprodução de valor e mais-valia? De maneira mais  prática:  a  intervenção  do Estado  no  curso  da  economia  apresenta  sempre instrumentos  capazes  de  neutralizar  a  tendência  à  queda  da  taxa  de  lucro  e reinaugurar  um  novo  período  de  expansão?  Os  economistas  (liberais, keynesianos  e marxistas)  não  têm  nenhuma  dúvida  que  isso  sempre  acontece.
Mas há controvérsias.
O  melhor  é  ser  modesto  neste  assunto  que  centraliza,  mais  que  em qualquer outro, infinitos pontos de vista (e interesses materiais, por supuesto) das diversas classes sociais do atual regime. As inúmeras concepções ideológicas da forma de existência e das possibilidades de luta das classes sociais, por exemplo,
estão envolvidas neste assunto.
A  única  coisa  certa  é  que  essas  indagações  nos  colocam  frente  ao problema central da análise das crises e ciclos econômicos: a intervenção política se  sobrepõe ao problema  econômico? Quem acertar  a  resposta estará  acertando também  nas  perspectivas  da  economia mundial  daqui  até  o  fim  do  ano.  É  na prática  do movimento material  que  se  comprova  as  boas  formulações  teóricas.
Quem se habilita?
 NÚMEROS CRUCIAIS – Uma sucinta atualização do que se passa neste momento com as condições internas da produção de valor e de mais-valor – que nada mais é do que a popular produção industrial – pode ajudar na solução do problema. É aqui  que  se  origina  e  se  desdobra  aquela  força  de  gravidade  da  economia  que falamos no  início. Os mais  recentes números divulgados pelo Federal Reserve (2) sobre a produção industrial norte-americana, divulgados nesta semana, mostram, neste sentido, coisas muito importantes.
Primeiro,  a  produção  de manufaturas  (bens  duráveis  e  não-duráveis)  da economia  reguladora  do mercado  mundial  caiu  pesadamente  no  ano  de  2009: exatamente  11,4%  sobre  2008,  no  qual  já  tinha  caído  3,2%  sobre  2007.  Isso é uma manifestação muito  forte da  lei do valor-trabalho. Tem que ser  levada em conta  em qualquer  análise que  se proponha  a um mínimo de  seriedade. Não se tem notícia de queda tão profunda da produção de valor, pelo menos nos últimos setenta anos. Pode-se verificar, apesar da precariedade das fontes disponíveis, se em algum ano da Grande Depressão (anos 1930) houve uma  queda desta magnitude. Parece que não.
Os dados divulgados no relatório do Fed mostram também que a utilização da capacidade das manufaturas  em 2009 ficou na média anual de 66,9. Para se ter idéia, a média da utilização nos últimos trinta anos foi de 79,6. O nível mais baixo anterior (72,7) havia sido no ultimo período de crise (2000-2002). Portanto, outro  recorde  de  queda,  no  ano  passado, muito próximo da catástrofe econômica, quer dizer, de uma crise geral do sistema. Em outro plano da evolução do ciclo, contrapondo-se aos movimentos do ano passado como um todo, os dados mostram que a produção começou a se recuperar no terceiro trimestre de 2009  (aumento de 9,0% em termos anuais). Depois cresceu um pouco menos (5.7%) no quarto trimestre 2009. No mês de Dezembro a produção das manufaturas ficou patinando próxima de zero, embora o setor de
maquinários tenha apresentado o primeiro sinal de recuperação (aumento de 2.3%) depois de um mergulho de quase 20% no ano de 2009. Isso se reflete na taxa de acumulação do capital industrial, medida pelo indicador capacidade industrial do Fed. No quarto trimestre de 2009 essa taxa caiu bombásticos 1,7%,
na seqüência de cinco trimestres seguidos de queda. Nada parecido, mais uma vez, desde a Grande Depressão.

PATINANDO EM FINA CAMADA DE GELO  –  Para concluir esse boletim, uma observação  preliminar:  embora  a  economia  real  mostre  sinais  claros  de recuperação  do  período  de  crise,  encerrado  no  terceiro  trimestre  de  2009,  o período  de  expansão  inaugurando  um  novo  ciclo  econômico  ainda  é, aparentemente,  muito  tímido.  A  economia  global  ainda  não  restaurou  a  taxa
média de  lucro do período de  expansão do  ciclo  anterior.  Isso  acontece devido àquela enorme derrocada da produção e do emprego no auge da recente crise. A superação dessa queda da força da gravidade do sistema é necessariamente muito penosa, muito mais difícil que em ciclos anteriores.
As  condições  internas  da  acumulação,  entretanto,  indicam  que  o  mais provável  é  uma  recuperação  mais  forte  no  decorrer  do  ano.  Mas  pode  haver surpresas.  Isso dependerá de  novos  aumentos da produtividade  (exploração)  da força  de  trabalho,  o  que  verificaremos  com  dados  a  serem  publicados  pelo Departamento do Trabalho dos EUA no começo de Fevereiro.
Dependerá  também  do  saneamento  administrativo  (Estado)  de  alguns gargalos  financeiros nos EUA  e China, principalmente, que  ainda  restam e que poderiam neutralizar os avanços dos últimos meses do capital na base produtiva de mais-valia (lucro) e jogar a economia em novo e mais profundo mergulho.
Essa perspectiva de um duplo mergulho, entretanto, não é a mais provável.
Nossa torcida para que isso aconteça é a maior do mundo, mas ela não altera em nada  aquela  indicação  anterior  do mundo  real  de  que  o mais  provável  é  uma consolidação  da  paz  dos  cemitérios  por  mais  três  ou  quatro  anos.
Aprofundaremos melhor essa análise nos próximos boletins.


(1) “Japan Airlines, a maior companhia aérea do Japão, declara falência. A Japan Airlines (JAL), maior
companhia aérea do continente asiático, endividada e atingida por grandes prejuízos, declarou-se nesta
terça-feira em falência e iniciou um severo plano de resgate que incluirá o corte de cerca de 15.600
postos de trabalho” Agência AFP, 20/janeiro/2010.
(2) Federal Reserve System – “Industrial Production and Capacity Utilization”- Janeiro, 15, 2010



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24 horas para 65 anos

Arquivo da KGB diz que ao menos 4 milhões morreram em Auschwitz

Publicidade da Efe, em Moscou 
 
Arquivos do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antigo KGB) revelados nesta segunda-feira apontam que entre 4 e 6 milhões de pessoas foram exterminadas por oficiais nazistas no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
"Os fascistas não conseguiram destruir toda a documentação sobre Auschwitz. A comissão extraordinária que interrogou testemunhas e carrascos chegou à conclusão de que, em Auschwitz, morreram mais de 4 milhões de pessoas", afirma o historiador russo Vladimir Makarov, do Arquivo Central do FSB, à agência de notícias russa Interfax.
O depoimento do operário polonês Anton Honkish, obrigado por nazistas a trabalhar na construção de Auschwitz, diz que "no campo durante seu funcionamento foram exterminados pelo menos 6 milhões de pessoas, incluindo crianças, mulheres e idosos".
Makarov indicou que, segundo os arquivos do FSB, Auschwitz recebia em média dez comboios ferroviários com presos dos países ocupados por nazistas. Cada trem tinha entre 40 e 50 vagões e, em cada um deles, entre 50 e cem pessoas.
Dos prisioneiros que chegavam, 70% eram exterminados imediatamente. Os mais fortes tinha, a morte adiada para que trabalhassem em fábricas militares ou participassem de experimentos médicos.
Crematórios
A comissão soviética que investigou os crimes em Auschwitz constatou que, de 1940 até janeiro de 1945, funcionaram no campo cinco crematórios com capacidade de incineração de 270 mil corpos por mês.
Segundo cálculos de historiadores, nos cinco crematórios podem ter sido incinerados os corpos de mais de 5 milhões de pessoas.
Cada crematório tinha uma câmara de gás própria, mas, como a produtividade destas era consideravelmente superior, os corpos também eram incinerados em enormes fogueiras.
Além disso, em Auschwitz funcionavam outras duas câmaras de gás com capacidade conjunta de matar 150 mil pessoas por mês.
A Polônia lembra, em 27 de janeiro, 65 anos da libertação pelo Exército soviético do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, transformado em museu em 1947 e, 30 anos mais tarde, declarado patrimônio da Humanidade pela Unesco. (grifo meu).

Stand by me





segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

retomando a direção... - ... Balanço do "outro mundo possível"


Aos dez anos de Seattle e do primeiro Fórum Social Mundial, o balanço que é preciso fazer é da luta pelo “outro mundo possível”. Um balanço do FSM deve ser não o balanço dos Fóruns, mas dos objetivos a que se propôs, quando começamos a organizá-los, há uma década. A avaliação do FSM ter que ser feita em função das suas contribuições à construção de alternativas ao neoliberalismo. A análise é de Emir Sader.


Aos dez anos de Seattle e do primeiro Fórum Social Mundial, o balanço que é preciso fazer é da luta pelo “outro mundo possível”. Um balanço do FSM deve ser não o balanço dos Fóruns, mas dos objetivos a que se propôs, quando começamos a organizá-los, há uma década.


Uma outra ótica seria vítima do corporativismo, da crença que a evolução interna de uma organização é a história política dessa organização. A história e o balanço de um partido político deve ser o balanço dos objetivos a que esse partido se propõe. Um balanço do FSM não é um balanço da situação das ONGs ou dos movimentos sociais. Ao contrário, estes devem ser avaliados em função da contribuição que tenham feito à construção do “outro mundo possível”.

Por isso, a referência a estabelecer como parâmetro de avaliação é a situação de criação do “outro mundo possivel”. Há uma década o neoliberalismo ainda reinava soberanamente como modelo hegemônico, seja em escala mundial, seja na América Latina. Na sucessão da primeira geração de mandatários que o personificavam – Reagan, Thatcher -, para a segunda – Clinton, Blair – se ampliava o consenso da extrema direita para forças originariamente alternativas a ela: os democratas norteamericanos, os trabalhistas ingleses. Enquanto que no continente, ao extremismo de direita de Pinochet se somavam formas nacionalistas – como o peronismo de Menem e os governos do PRI mexicano -, assim como social democratas, como os socialistas chilenos, AD da Venezuela, os tucanos brasileiros.

Nossas sociedades foram profunda e extensamente transformadas conforme esse receituário, os Estado nacionais enfraquecidos, os patrimônios públicos privatizados, os direitos sociais recortados, o capital especulativo incentivado, resultando no aumento brutal da desigualdades, da concentração de renda, da exclusão dos direitos à massa da população, do empobrecimento generalizado das sociedades e dos Estados.

Passados dez anos, o mundo continua sob hegemonia conservadora, mesmo se debilitado na sua legitimidade, o modelo neoliberal segue hegemônico. A diferença substancial vem da América Latina, onde um conjunto de governos, mesmo se diferenciados entre si, passaram a colocar em prática políticas contrapostas ao modelo neoliberal, depois de ter sido a região privilegiada de dominação neoliberal, com a maior quantidade e as modalidades mais radicais de governos neoliberais.

A região apresenta hoje os mais importantes processos de integração regional em contraposição aos Tratados de Livre Comércio propostos pelo neoliberalismo. O grande projeto norteamericano, que buscava estender a livre comércio a todo o continente, a Alca, foi derrotado e, no seu espaço, se fortaleceu o Mercosul, se desenvolveram o Banco do Sul, Unasul, o Conselho Sulamericano de Defesa, a Alba – entre outras iniciativas. São espaços alternativos, em que se desenvolvem, em distintos níveis, formas de intercambio privilegiado entre os países da região, acompanhadas da diversificação do comércio internacional dos países que participam dela.

Ao mesmo tempo, em alternativa ao privilégio dos ajustes fiscais, se desenvolveram políticas sociais que melhoraram significativamente o nível de vida e diminuíram os graus de desigualdade no continente de maior desigualdade no mundo. Os mercados internos de consumo popular se ampliam e se aprofundam.

A combinação desses três elementos – diversificação do comércio internacional, com diminuição do peso do centro do capitalista e aumento importante do peso dos intercâmbios do Sul do mundo; intensificação substantiva do comércio entre os países da região; expansão, inclusive durante a crise, do mercado interno de consumo popular – fez com que os países incorporados aos processos de integração regional, resistiram muito melhor aos duros efeitos da crise e vários deles voltaram a crescer.

Por outro lado, projetos como os de alfabetização – que fizeram com que a Venezuela, a Bolívia e o Equador tenham se somado a Cuba, como os territórios livres de analfabetismo nas Américas -, de formação de várias gerações de médicos pobres no continente, pelas Escolas Latinoamericanas de Medicina, em Cuba e na Venezuela - de recuperação da visão de mais de 2 milhões de pessoas, na Operação Milagre – demonstram como a recuperação de direitos essenciais tem que se fazer na esfera pública e não na mercantil.

Os intercâmbios solidários dentro da Alba são exemplos concretos do “comércio justo”, pregado pelo FSM desde seus inícios, em espaços com critérios das possibilidades e das necessidades de cada país, em contraposição clara às normas do mercado, do livre comércio e da OMC.

Sem ir mais longe, a avaliação do FSM ter que ser feita em função das suas contribuições à construção de alternativas ao neoliberalismo, do “outro mundo possível”. Sem uma compreensão concreta da força e da abrangência da hegemonia neoliberal, assim como das condições inéditas concretas em que se constroem alternativas, o debate passaria longe da realidade concreta de luta contra o neoliberalismo.

É também indispensável compreender que esse movimento passou da fase de resistência, predominante na ultima década do século passado, e a fase de construção de alternativas. A visão da “autonomia dos movimentos sociais” teve vigência na primeira etapa, porém quando pretenderam estendê-la para a década seguinte, cometeram equívocos fundamentais. O movimento mais significativo – e que, não por acaso, se dá no processo mais importante de construção de alternativas atualmente, o de Bolívia – foi o da fundação do MAS pelos movimentos sociais bolivianos, a partir da consciência de que, depois de derrubar vários presidentes, sucessivamente, constituíram um partido, disputaram as eleições e elegeram a Evo Morales presidente do país. Retomaram laços com a esfera política, de outra forma, convocando a Assembléia Constituinte e passando à refundação do Estado boliviano.

Outros movimentos, que mantiveram a visão equivocada e corporativa da “autonomia” ou se isolaram ou praticamente desapareceram da cena política. Essa “autonomia”, se fosse – como ocorria anteriormente – em relação a políticas de subordinação de classes, tinha um sentido. Mas se se trata de autonomia em relação à política, ao Estado, à luta por uma nova hegemonia, é um conceito corporativo, adaptado às condições de resistência, mas completamente equivocado quando se trata de construir condições de construção de hegemonias alternativas.

No FSM de Belém foi possível constatar, com a presença de cinco presidentes latinoamericanos comprometidos, de formas distintas, com a construção de alternativas ao neoliberalismo, quanto avançou e tem reconhecimento da luta iniciada há 10 anos. Já o FSM decepcionou. Não foram elaboradas propostas de enfrentamento da crise econômica. Não se fizeram balanços e discussões com esses e outros governos, junto aos movimentos sociais, para discutir as contribuições que tenham e os problemas pendentes.

Em suma, ao ter ainda ONGs como protagonistas centrais, ao auto-limitar-se à esfera social, ao fechar os olhos para os governos que estão avançando em projetos de superação do neoliberalismo, ao não encarar o tema das guerras – e, com elas, do imperialismo -, o FSM foi perdendo transcendência, tornando-se um encontro para intercâmbio de experiências – concepção pregada pelas ONGs, que o tornam intranscendente.

O balanço, pelo menos na América Latina, da luta por um “outro mundo possível”, é muito positivo, ainda mais se considerarmos o entorno conservador predominante no mundo. Já o FSM, ficou girando em falso, sem capacidade de acompanhar esses avanços e os temas da hegemonia imperial no mundo, entre eles o dos epicentros de guerra imperial no mundo – Iraque, Afeganistão, Palestina, Colômbia.

Pra aliviar II...

Uma lembrança para meu amigo Bráulio... naquele tempo, a pirataria era por reflexo...


Pra aliviar um pouco....

Alice no país das maravilhas e suas visões...

... algumas interpretações sobre a obra... ainda que tenhamos que navegar pelo ambiente global, é preciso extrair e produzir análises a favor de um tipo de formação humana.


Alice no País das Maravilhas é um clássico da literatura, uma das obras mais traduzidas de todos os tempos. Depois de 145 anos, a história ainda fascina, assusta e faz pensar.
Fonte: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1189910-7823-ALICE+NO+PAIS+DAS+MARAVILHAS+AINDA+FASCINA+DEPOIS+DE+ANOS,00.html

Uma viagem ao Haiti: 360°



Mova o mouse para a direita ou esquerda

http://www.cnn.com/interactive/2010/01/world/haiti.360/index.html

http://www.cnn.com/interactive/2010/01/world/haiti.360/index.4.htm 


Refletindo sobre o lugar da Juventude no mundo do trabalho

“Eu acredito é na rapaziada/Que segue em frente e segura o rojão/Eu ponho fé é na fé da moçada/Que não foge da fera e enfrenta o leão/Eu vou à luta com essa juventude/Que não corre da raia a troco de nada/Eu vou no bloco dessa mocidade/Que não tá na saudade e constrói/A manhã desejada” (Gonzaguinha)




Todos sabem quão difíceis os tempos pelos quais passamos quanto à inserção no mundo do trabalho, mas é preciso acreditar: nos jovens e nas oportunidades. Seja pela falta de qualificação profissional, seja pela falta de oportunidades, os jovens estão em compasso de espera, mas de uma espera ativa: atentos, querem participar e construir o seu mundo. Neste sentido, nem sempre as relações entre jovens e adultos se revelam tranqüilas e exigem um grande esforço para superar conflitos insustentáveis e não compatíveis com boas relações de convívio social e nem de crescimento profissional.


          Todos nós construímos a nossa trajetória pessoal e profissional a partir de uma primeira referência: o exemplo de nossa família. Com o passar dos anos, a escola vai capacitando a gente para a compreensão do mundo. Assim, compreendendo o mundo, percebemos como participar ativamente dele. Mas quanto à inserção no mundo do trabalho, a referência que temos, ou teremos, sempre está ou estará na primeira oportunidade que nos é oferecida por alguém, seja pela competência, pela indicação, conquista ou reconhecimento profissional.

          Os jovens carregam uma energia criativa, desejando participar do mundo adulto, a partir de sua emancipação. Sonham com sua independência e, quando...

Leia na íntegra: http://boletimodiad.blogspot.com/2010/01/de-jovens-para-oportunidades.html

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Explica, mas não justifica!!!

JC e-mail 3933, de 20 de Janeiro de 2010.

9.18% dos jovens não estudam, diz Ipea

Causas do abandono são trabalho e gravidez precoce; livro também aponta demora para deixar a casa dos pais

No país, 18% dos jovens entre 15 e 17 anos não estão na escola. O dado faz parte do livro Juventude e Políticas Sociais no Brasil, lançado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). A principal causa para o abandono da escola entre os homens é a oportunidade de trabalho e, entre as mulheres, a gravidez precoce.


No capítulo sobre gravidez na adolescência, o livro destaca a necessidade de um novo olhar sobre a questão. Os autores ressaltam que nem sempre a gestação é indesejada, como se costuma dizer - muitas vezes, as jovens fazem dela seu projeto de vida. Já os meninos podem enxergar na situação a chance de serem vistos como homens.


De acordo com os autores, se a conotação negativa fosse retirada da gravidez na adolescência, as políticas públicas seriam mais eficazes.


O estudo também mostra que essa parcela da população está saindo da casa dos pais mais tarde. Em 1982, 63,1% dos jovens entre 15 e 29 anos residiam com os pais. Em 2007, esse porcentual aumentou para 68,3%.


"O tempo na escola está sendo ampliado. Há uma transição mais longa de uma situação da adolescência para a vida adulta", explicou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann.


O livro aponta que a parcela de jovens entre 15 e 19 anos que só trabalha caiu praticamente pela metade em 25 anos. Em 1982, 40,2% dos jovens nessa faixa etária só trabalhavam; em 2007, essa parcela caiu para 21,6%. O índice de jovens que só estuda aumentou de 27,2% para 41,3%.


O livro revela que a oferta de cursos supletivos no Brasil é insuficiente. Isso fica claro pelo número elevado de jovens entre 18 e 29 anos que frequentam o ensino regular.


O estudo comprova a queda do número de jovens no Brasil: em 1980, representavam 29% da população; hoje são 26%. A previsão é que, em 2050, caia para 19,1%.


Para Pochmann, o Brasil "chegou tarde" na execução de políticas públicas para a juventude. O país tem hoje 50,2 milhões de jovens de 15 a 29 anos.

(Eugênia Lopes)

(O Estado de SP, 20/1)

ajuda, desespero, desespero...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Os Meninos Aprendem O Que Vivem

... é preciso considerar que existem inúmeras interfaces sociais que nos auxiliam a olhar para essas expressões sem romantizá-las ou linearizá-las frente aos contextos sociais, familiares, culturais, educacionais, emocionais, etc, tão complexos na sociedade vigente.








Se Um menino vive Criticado

Aprende a Condenar



Se Um menino vive com Hostilidade

Aprende a Combater


Se Um menino vive Envergonhado

Aprende a sentir-se Culpado


Se Um menino vive com Tolerância

Aprende a ser Tolerante


Se Um menino vive com Estímulo

Aprende a Confiar


Se Um menino vive Amado

Aprende a Amar



Se Um menino vive com Justiça

Aprende a ser Justo


Se Um menino vive com Segurança

Aprende a ter Fé


Se Um menino vive com Aprovação

Aprende a Aprovar


Se Um menino vive com Aceitação e Amizade

Aprende a falar de Amor ao Mundo


O texto original (em espanhol) foi elaborado por FILIUM – (Asociación Interdisciplinaria para el Estudio y la Prevención del Filicidio) criada por Arnaldo Rascovsky.

Fonte: http://falasaoacaso.blogspot.com/

Madalena, o teatro das oprimidas








O Centro de Teatro do Oprimido realiza no Brasil, Guiné-Bissau e Moçambique, países da África lusófona, de janeiro a maio de 2010, o Laboratório Madalena. Trata-se de uma experiência cênica voltada exclusivamente para mulheres empenhadas em investigar as especificidades das opressões enfrentadas pelas mulheres e em atuar para a criação de medidas efetivas que contribuam para a superação dessas opressões e para a igualdade dos gêneros.

A "revolta da elite branca" II

"A democracia não comporta a manipulação da História”


Em entrevista para o Portal da Fundação Perseu Abramo, o presidente da fundação e ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, fala sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) e as intensas reações causadas pela iniciativa em alguns setores da sociedade. Para ele, há uma grande manipulação política nas reações ao programa. "Há uma disputa eleitoral em 2010. No caso do PNDH 3, boa parte do que li, é assim: "não li e não gostei". Estão opinando a partir do “ouvir dizer”. Não houve boa vontade nem mesmo para ler o conteúdo do Programa".

Em entrevista exclusiva para o Portal FPA, o presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, fala sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) e as intensas reações causadas pela iniciativa em alguns setores da sociedade.

Há uma discussão acalorada na imprensa sobre a Lei de Anistia, a reboque da divulgação do III Plano Nacional dos Direitos Humanos. Qual é a avaliação da Fundação sobre esse debate?

Existe um manifesto do Comitê Nacional contra a anistia aos torturadores, que está recolhendo assinaturas de juristas, intelectuais, ativistas de movimentos dos direitos humanos, lideranças de movimentos sociais e populares, cidadãos... Isso, para ser anexado a uma ação que arguiu o preceito fundamental da Constituição, chamada ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) e ingressada pela OAB em 2008. Nela, o STF vai julgar se a Lei de Anistia de 1979 concede ou não impunidade aos torturadores – por causa daquela expressão “crimes conexos”, usada para criar a ideia de que a Anistia era para os “dois lados”.