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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

A Revolução das Mulheres, Boitempo Editorial

Olá pessoal,


Em tempos de escuridão e de ameaça às liberdades de ideias e expressão é sempre bom buscar ajuda na literatura daqueles que lutaram e lutam pela liberdade, pela emancipação e pela direito dos homens e principalmente, das mulheres.

A sugestão de hoje é da escritora Graziela Schneider em "A revolução das mulheres". 

 A revolução das mulheres
"Mostrar que no início do século XX as russo-soviéticas alcançaram direitos que ainda nos parecem impossíveis representa uma ameaça à ordem vigente." 
– Daniela Lima


Em 8 de março de 1917, uma manifestação reuniu, na Rússia, mais de 90 mil mulheres contra o tsar Nicolau II e a participação do país na Primeira Guerra Mundial. O evento, que também exigia melhores condições de trabalho e o fim imediato da fome que se alastrava pelo país, tomou proporções inimagináveis e culminou na chamada Revolução de Fevereiro, um prenúncio da Revolução de Outubro, que derrubou o tsarismo, deu o poder aos sovietes e levou à construção da URSS. Para comemorar o centenário dessa data incendiária, a Boitempo publica A revolução das mulheres, antologia com dezenas de artigos, atas, panfletos e ensaios de autoras russo-soviéticas produzidos nesse contexto de convulsão social e política. Nesses textos de intervenção e reflexão sobre a condição e a emancipação da mulher, destaca-se sobretudo a importância da igualdade entre os gêneros na defesa da classe trabalhadora: a separação entre mulheres e homens interessava apenas ao capital, para a Revolução a luta deveria ser conjunta. A leitura, que percorre temas como feminismo, emancipação, trabalho, luta de classes, família, leis e religião, permite distinguir que houve, de fato, a conquista de direitos desde então, mas também demonstra que diversos critérios desiguais continuam em vigor, o que torna os textos, apesar de clássicos, mais atuais do que nunca. A coletânea vem acrescida de fotografias das autoras e de cenas da Revolução. Este é um livro feito integralmente por mulheres, da capa à edição, passando pela preparação, revisão e diagramação. A organização é da pesquisadora Graziela Schneider, e os textos foram traduzidos diretamente do russo pela primeira vez no Brasil.
Com textos inéditos de: Aleksandra M. Kollontai • Anna A. Kalmánovitch  Ariadna V. Tirkóva-Williams  Ekaterina D. Kuskova  Elena A. Kuvchínskaia  Inessa F. Armand  Konkórdia N. Samóilova  Liubov I. Guriévitch  Maria I. Pokróvskaia  Nadiéjda K. Krúpskaia  Olga A. Chapír

sexta-feira, 8 de junho de 2018

O Privilégio da Servidão - por Ricardo Antunes

Olá pessoal,

Vamos divulgando os lançamentos de algumas importantes obras de autores que estão antenados nas transformações do mundo ao nosso redor. A Boitempo anuncia o lançamento e noite de autógrafos do novo livro do Ricardo Antunes.
A editora Boitempo, a Livraria da Vila e o autor convidam para a noite de autógrafos de O privilégio da servidão, novo livro do sociólogo Ricardo Antunes. O evento acontece na sexta-feira dia 15 de junho, a partir das 18h30 na unidade Fradique Coutinho da livraria.
Livraria da Vila




O novo livro do sociólogo e professor da Unicamp Ricardo Antunes apresenta um retrato detalhado da classe trabalhadora hoje, em suas principais tendências. O estudo apresenta uma análise detalhada das mudanças trabalhistas que ocorreram na história recente do país, desde a redemocratização até o impeachment de Dilma Rousseff, e seu eixo está em compreender a explosão do novo proletariado de serviços, que se desenvolve com o trabalho digital, on-line e intermitente.
Antunes demonstra como estão se manifestando essas tendências tanto nos países da Europa quanto no Brasil, apresentando elementos presentes na nova morfologia do trabalho. Os adoecimentos, padecimentos, precarizações, terceirizações, desregulamentações e assédios parecem tornar-se mais a regra do que a exceção.
Um dos principais estudiosos da sociologia do trabalho no Brasil, Antunes combina a pesquisa sociológica concreta, rigorosa e empiricamente fundamentada com um compromisso social intransigente, a saber, a tomada de partido pelos explorados e oprimidos. “Se o mundo atual nos oferece como horizonte imediato o privilégio da servidão, seu combate e seu impedimento efetivos, então, só serão possíveis se a humanidade conseguir recuperar o desafio da emancipação”, afirma o autor.

O QUE PENSAM ALGUNS INTELECTUAIS SOBRE ANTUNES...

“Cientista social marxista, Ricardo Antunes não esconde sua opção socialista. Esse é o horizonte revolucionário que dá a esta brilhante pesquisa sociológica toda sua potência crítica e subversiva.” – Michael Löwy.

“Este livro é um importante marco para o entendimento da relação entre capital e trabalho. Ricardo Antunes combina duas qualidades raramente presentes na mesma pessoa: uma visão clara da dinâmica de reestruturação do capitalismo global e um discernimento profundo do que essa mudança significa para os trabalhadores. Nesta obra, tais qualidades se combinam para iluminar as dramáticas transformações que o trabalho atravessa no século XXI. Sua análise demonstra os mecanismos pelos quais o trabalho tornou-se mais fragmentado e precário e os processos pelos quais os trabalhadores perdem poderes. Com humanidade e perspicácia, revela o impacto de tais mudanças sobre o bem-estar físico e psicológico dos trabalhadores e demonstra como isso leva a novas formações de classe. Ao fazê-lo, fornece um guia sobre as tendências futuras que pode ser usado tanto por acadêmicos quanto por militantes do trabalho.” – Ursula Huws.

“Ricardo Antunes é um narrador lúcido e apaixonado do atual processo de transformação das condições de trabalho, existência e organização dos trabalhadores. Sua reconstrução da nova morfologia do trabalho é omnilateral, porque leva em conta o Norte e o Sul do mundo, “velhas” e novas tecnologias, trabalho manual e intelectual, material e imaterial, contratado e informal, qualificação e desqualificação do trabalho, trabalho na agricultura, na indústria e no setor terciário, visível e invisível, produtivo e “improdutivo”, assalariado e falsamente autônomo (as “cooperativas”, certo “autoempreendedorismo” etc.). Ele identifica a conexão sistêmica entre as variadas e heterogêneas concreções que o trabalho vivo apresenta em escala mundial com o fato de que este é, hoje, mais do que nunca, trabalho social, social universal, “mais complexo, socialmente combinado e intensificado em seus ritmos e em seus processos” do que antes da era digital.” – Pietro Basso.

FONTE: BOITEMPOEDITORIAL