segunda-feira, 12 de julho de 2010

... liberdade onde o acesso é demarcado pela condição sócio-econômica...

Manuel Castells: 'O negócio do Google é vender liberdade'

12/07/2010 |
Horacio Bilbao*
IHU - Instituto Humanitas Unisinos
Convidado pela Fundação OSDE e pela Universidade Nacional de San Martín, na Argentina, o sociólogo espanhol passou por Buenos Aires para falar sobre "Comunicação e poder na sociedade em rede", tema de seu último livro. Ele explicou conceitos como a automediação e a autocomunicação e disse que o "Twitter é fantástico para fazer a revolução, mas quando é preciso explicar o programa revolucionário vamos para o Facebook".

Especialistas da comunicação, pesquisadores, jornalistas, os participantes de sempre e alguns figurões inclassificáveis compunham o auditório que, na sede portenha da Fundação OSDE, se dispôs a ouvir o sociólogo espanhol Manuel Castells.
Entre todos, talvez tenha sido Gustavo Grobocopatel, o homem estigmatizado com o título de rei da soja, que recebeu a maior quantidade de cumprimentos e de agradecimentos pela sua presença nessa conferência magistral sobre "Comunicação e poder na sociedade em rede", um tema com o qual ele vem lidando quase tanto tempo quanto com sua banda de folclore que se poderia chamar Los Grobo [um dos maiores grupos produtores de grãos do mundo], mas se chama Cruz del Sur.
Sabiamente puntual, o antropólogo Alejandro Grimson se encarregou de chamar o orador da noite. Contou rapidamente que Alain Touraine havia sido seu mentor, e que Castells estava entre os cinco teóricos sociais mais referenciados dos últimos tiempos, ao lado de figuras como Habermas, Giddens, Sassen e Beck.
Ele mencionou várias vezes a sua arquiconhecida trilogia "A era da informação", mas deixou claro que Castells chegou a Buenos Aires para apresentar seu último trabalho, "Comunicación y poder", um texto ainda não editado na Argentina que, segundo seu autor, é o resultado de uma pesquisa de dez anos. De resultado incerto, diria o próprio Castells, já que "tão logo como a tinta se seca começo a mudar de ideia".

... leitura e notícias sobre ciência ...

Está no ar o número 120 da revista mensal eletrônica de jornalismo científico 
ComCiência (http://www.comciencia.br), publicada pelo LABJOR e pela SBPC. 
O tema desta edição é "Grandes Teorias".

Editorial
A invenção da “planitude” - Carlos Vogt
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=58&id=729


Artigos
Um passeio pelas principais correntes da filosofia da ciência
Marcos Rodrigues da Silva
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=58&id=740

A relação íntima entre física, cultura e estilo de vida
Roberto Belisário
 
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=58&id=737
 
Novas interpretações históricas sobre a descoberta do oxigênio
Hélder Eterno da Silveira
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=58&id=738

A estrutura da Terra e a teoria da deriva continental
Leonardo Moledo e Esteban Magnani
Tradução: Simone Pallone
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=58&id=734

A epistemologia genética de Jean Piaget
Luciana Maria Caetano
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=58&id=732


Reportagens
Freud colocou o Homem na periferia
Márcio Derbli
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=58&id=735

Entre o clássico e o contemporâneo: as teorias seculares e as crises globais
Cristiane Paião
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=58&id=739

Homem-máquina e o progresso da ciência
Daniela Ingui
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=58&id=736

Do espaço para o tubo de ensaio: o desafio de Darwin e a criação da vida
Alessandra Pancetti
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=58&id=731

Muito além da tecnologia: os impactos da Revolução Verde
Carolina Octaviano
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=58&id=730

Resenhas
Provisórias verdades
Por Alexandre Caroli Rocha

O quadrante de Pasteur
Por Leila Cristina Bonfietti Lima e Vinicius Wagner Oliveira Santos
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&tipo=resenha&edicao=58


Entrevista
Simon Blackburn
Por Danilo Albergaria
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&tipo=entrevista&edicao=58


Boa Leitura!

ComCiência -http://www.comciencia.br
Labjor -http://www.labjor.unicamp.br

... qualquer modalildade de educação é acesso à cidadania ...

Documento define educação de adultos como acesso a cidadania

Texto final da 6ª Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea) estabelece as diretrizes internacionais que balizarão a educação de adultos até 2020 e expõe problemas e desafios a serem enfrentados
O conceito de educação de jovens e adultos como forma de acesso à cidadania, e não apenas como sistema de alfabetização, foi defendido por vários especialistas durante audiência pública sobre o tema, realizada no Senado, promovida pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte.

O objetivo do evento, ocorrido na quarta-feira, 7 de julho, foi debater o Marco de Ação de Belém, documento final da 6ª Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea), realizada em dezembro do ano passado, na capital paraense.

O documento estabelece as diretrizes internacionais que balizarão a educação de adultos até 2020 e expõe problemas e desafios a serem enfrentados. Define que a educação e a aprendizagem de adultos desempenham um papel crítico para o enfrentamento dos desafios culturais, sociais e políticos do mundo contemporâneo e aponta a necessidade de se colocar a educação de adultos em um contexto mais amplo do desenvolvimento sustentável.

O texto também reconhece que as condições necessárias para que jovens e adultos estejam prontos a exercer os seus direitos à educação são as políticas efetivas de governança, financiamento, participação, inclusão, equidade e qualidade.

"Países europeus e Estados Unidos defendem a educação ao longo da vida", lembrou o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro. "Enquanto isso, alguns países da América Latina e África ainda enxerguem a educação de jovens e adultos como um sistema de alfabetização, ou suplemento da escolaridade não cursada na idade própria."

Ele observou que o Brasil vem buscando assegurar a oferta de educação de jovens e adultos como política pública de estado. Para isso, prosseguiu, procura elevar sua qualidade por meio de ações como a inclusão dessa modalidade de ensino no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e nos programas de transporte e alimentação escolar; e da produção e distribuição de material didático e literatura específicos; além de ações de fomento à leitura e formação de alfabetizadores e professores.

Também participaram do debate o consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Neroaldo Pontes de Azeredo; a presidente da Comissão de Educação do Senado, Fátima Cleide (PT-RO); a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), e o vice-coordenador do programa de pós-graduação em educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Leôncio José Gomes Soares.

O documento está disponível em http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001877/187787por.pdf
(Assessoria de Imprensa do MEC)

sábado, 10 de julho de 2010

... A MÃO QUE EMBALA A TV CULTURA - parte 2

Censura e truculência contra jornalistas. Onde está a ANJ?

As demissões de jornalistas na TV Cultura de São Paulo e o silêncio dos grandes meios de comunicação sobre as causas destas demissões evidenciam mais uma vez um preocupante comportamento cínico, submisso e hipócrita. Mais uma vez, são blogs e sites de jornalistas independentes que cumprem o dever de informar ao público o que é de interesse público. Entidades como a Associação Nacional de Jornais, supostamente comprometidas com a defesa da liberdade de expressão, exibem um silêncio ensurdecedor.
O comportamento cínico e hipócrita da maioria das grandes empresas de comunicação do Brasil ficou mais uma vez evidenciado esta semana, e de um modo extremamente preocupante. Não se trata apenas de valores ou sentimentos, mas sim de fatos objetivos e de silêncios não menos objetivos. O relato sobre demissões na TV Cultura de São Paulo, causadas pelo interesse de jornalistas no tema dos pedágios, justifica plenamente essa preocupação. Um desses relatos, feito nesta sexta-feira pelo jornalista Luis Nassif, chega a ser assustador. Em apenas uma semana, dois jornalistas perderam o emprego, escreve Nassif, em função de uma matéria sobre pedágios. Ele relata:

Há uma semana, Gabriel Priolli foi indicado diretor de jornalismo da TV Cultura. Ontem (7), planejou uma matéria sobre os pedágios paulistas. Foram ouvidos Geraldo Alckmin e Aloízio Mercadante, candidatos ao governo do estado. Tentou-se ouvir a Secretaria dos Transportes, que não quis dar entrevistas. O jornalismo pediu ao menos uma nota oficial. Acabaram não se pronunciando.


Sete horas da noite, o novo vice-presidente de conteúdo da TV Cultura, Fernando Vieira de Mello, chamou Priolli em sua sala. Na volta, Priolli informou que a matéria teria que ser derrubada. Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre as viagens dos candidatos.


Hoje (8) , Priolli foi demitido do cargo. Não durou uma semana.


Semana passada foi Heródoto Barbeiro, demitido do cargo de apresentador do Roda Viva devido às perguntas sobre pedágio feitas ao candidato José Serra (ver vídeo abaixo). Para quem ainda têm dúvidas: a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder de mídia, que já tem, o poder de Estado. 




Não é o primeiro relato sobre a truculência do ex-governador de São Paulo com jornalistas. Nos últimos meses, há pelo menos dois outros episódios, um deles envolvendo a jornalista Miriam Leitão, na Globonews, e outros envolvendo jornalistas da RBS TV, em Porto Alegre. A passagem da truculência à ameaça ao trabalho dos jornalistas é algo que deveria receber veemente manifestação da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), sempre prontas a denunciar tais ameaças. No entanto, ao invés disso, o que se houve é um silêncio ensurdecedor.

Mais uma vez, são blogs e sites de jornalistas independentes que cumprem o dever de informar ao público o que é de interesse público. E, mais uma vez também, os chamados jornalões e seus braços no rádio e na TV, calam-se, aliando submissão e cumplicidade com a truculência e o desrespeito ao trabalho de experientes profissionais. O mesmo silêncio, a mesma submissão e a mesma cumplicidade manifestadas nos recentes casos de assassinatos de jornalistas em Honduras, em função de sua posição crítica ao golpe de Estado ocorrido naquele país.
 
Para ler tudo clique aqui

... dorme com esse barulho!!!


Quando Lúcio, o aplicado capitão da seleção canarinho, leu mensagem condenando o racismo antes daquela fatídica partida contra a Holanda, talvez não pudesse medir o grande alcance de seu gesto, que nos obriga a recuperar um fase da história recente. Condenar ali mesmo o racismo era imperioso pois era respeitar aquele povo e também alertar para as novas expressões racistas que estão se projetando em outros países, inclusive países que estavam ali disputando o certame. O artigo é de Beto Almeida.

 
Vai chegando ao final a primeira Copa do Mundo de Futebol realizada na África. Talvez a frustração da torcida brasileira, combinada com uma destramelhada cobertura midiática, - que exortou sentimentos racistas contra paraguaios e de hostilidade gratuita contra argentinos - não tenha permitido compreender que o simples fato da Copa ter sido na África do Sul é uma grande vitória contra o racismo internacional e contra as grandes potências capitalistas que tentaram boicotar ou desmoralizar os africanos. Mas, sobretudo, é a vitória de um país e de um povo que sequer participou da Copa. Cuba, que ao derrotar o exército racista sul-africano em Cuito Cuanavale, Angola, para onde enviou 400 mil soldados, deu o passo fundamental para a libertação da África do Sul. “A Batalha de Cuito Cuanavale foi o começo do fim do apartheid. E isto devemos a Cuba”, disse Mandela, após ser liberado de 27 anos de prisão. A torcida mundial deveria ser amplamente informada destas verdades.

Quando Lúcio, o aplicado capitão da seleção canarinho, leu mensagem condenando o racismo antes daquela fatídica partida contra a Holanda, talvez não pudesse medir o grande alcance de seu gesto, que nos obriga a recuperar um fase da história recente. Condenar ali mesmo o racismo era imperioso pois era respeitar aquele povo e também alertar para as novas expressões racistas que estão se projetando em outros países, inclusive países que estavam ali disputando o certame.

... A MÃO QUE EMBALA A TV CULTURA - parte 1

O PT-SP vai solicitar ao Ministério Público Eleitoral que faça uma apuração "rigorosa" sobre o afastamento do jornalista Gabriel Priolli da direção de jornalismo da TV Cultura. Nos corredores da emissora e na blogosfera, circula a informação de que, em menos de duas semanas, 'as cabeças 'de Priolli e Heródoto Barbeiro -- este afastado do programa Roda Viva -- teriam sido pedidas por Serra, irritado com o destaque dado pela emissora a problemas relacionados a sua gestão em SP, entre eles o preço dos pedágios. 

(Carta Maior, com agencias; 10-07)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

... muitas vagas para as Federais em todo País...

A partir de Julho-2010, está autorizado a contratação através de concurso de diversos professores para as Federais e Institutos de Educação Superior. Confira a distribuição das vagas pelo país através do link abaixo:

quinta-feira, 8 de julho de 2010

... indicações de leitura...

Na imprensa

  
  Infoproletários
 
degradação real do trabalho virtual
 
Ricardo Antunes e Ruy Braga (orgs.)








Realidade do trabalhador em foco
Portal Sinttel-Rio - 1 de julho de 2010
"
Na tarde desta quarta-feira (1), como parte das comemorações, o Sinttel-Rio recebeu os professores Ricardo Antunes e Ruy Braga, que lançaram no auditório do Sindicato o livro "Infoproletários - degradação real do trabalho virtual". A publicação traz como um dos temas centrais a exploração da qual é vítima o operador nos tempos de globalização e o rígido controle que sofrem de produtividade, comportamento e as chamadas pausas, pequenos intervalos do qual dispõe o operador para relaxar, fazer refeições e ir ao banheiro durante o trabalho." [leia mais]

Mais informações sobre o livro





  Os cangaceiros
 
ensaio de interpretação histórica
 
Luiz Bernardo Pericás

Cangaço desmentido
Diário da Manhã - 28 de junho de 2010
"O historiador Luiz Bernardo Pericás contesta a visão histórica tradicional sobre o cangaço. O livro traz uma rica descrição do cotidiano e dos hábitos de quem participava dos bandos. Ganham destaque também os inúmeros casos de violência praticados por eles, que nem sempre eram tão pobres assim.
" [leia mais]
Mais informações sobre o livro



Brasil
entre o passado e o futuro
Emir Sader e Marco Aurélio Garcia (orgs.)

"É hora da esquerda voltar a pensar estrategicamente". Por Zé Dirceu
Site Zé Dirceu - 1 de julho de 2010
"
Autor de vasta bibliografia sobre o Brasil e a conjuntura internacional, Emir Sader coordenou recentemente, junto com o assessor de Relações Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o livro "Brasil entre o passado e o futuro", no qual numa coletânea de vários artigos são analisadas as transformações vividas pelo país nos oito anos de governo Lula. Nesta entrevista, além de compartilhar com os leitores deste blog essas considerações, o sociológo também faz uma abrangente análise da política externa brasileira, apontando sua importância para o futuro." [leia mais]

Emir Sader reúne em palestra comunidade acadêmica da UFRN

Adurn, Seção Sindical - 22 de junho de 2010

"
Na manhã desta terça-feira, 22 de junho, a ADURN participou da palestra proferida pelo cientista político Emir Sader, no Auditório do CCHLA, Campus UFRN. Durante sua explanação, o cientista fez um breve resgate da história política do país e tratou do tema “Brasil: entre o passado e o futuro.”
[leia mais]





A linguagem do império
léxico da ideologia estadunidense
Domenico Losurdo
Negacionismo e liberdade de investigação. Por Domenico Losurdo 
Portal Fundação Maurício Grabois - 3 de julho de 2010
"'
Hitler nunca ordenou ou permitiu que se matasse uma pessoa por motivo da raça ou da religião': pode-se ler esta defesa da honra do Führer e do Terceiro Reich na mais recente intervenção de Robert Faurisson. Depois de ter criminalizado o processo iniciado com a revolução de Outubro e de ter procedido à reabilitação mais ou menos explícita de Mussolini, de Franco, dos "rapazes de Saló", o revisionismo histórico em raivoso ataque desde há decénios chega às suas lógicas conclusões." [leia mais]
Mais informações sobre o livro



O que resta da ditadura
a exceção brasileira
Edson Teles e Vladimir Safatle (orgs.)
Plano Nacional de Direitos Humanos – O Recuo do Planalto. Por Cecília Coimbra
Jornal do Grupo Tortura Nunca Mais - julho de 2010
"'
Não ignoramos que a memória é um campo de lutas e que estas modificações no PNDH-3 com relação à Comissão da Verdade está fortalecendo uma certa história oficial, pois em momento algum se refere à ditadura civil-militar e a seu período histórico (1964-1985). Ela, simplesmente, desaparece. Fortalece-se, com isso, a história única e verdadeira e as diferentes e múltiplas memórias daquele período de terror continuam em parte desconhecidas e, mesmo, demonizadas. É como afirma Paulo Arantes: “Acresce que, além de abrandada, a ditadura começa também a encolher'. ('O que Resta da Ditadura')." [leia mais]


http://www.boitempoeditorial.com.br

... de realidade em realidade ...

Não dá para pendurar as chuteiras…


Por Robinson Cavalcanti

Aos poucos, vamos passando pelo “intervalo lúdico” de meio de ano: férias escolares e de alguns profissionais, a Copa, que, agora, não é nossa, mas… do Mundo, os festejos juninos/joaninos, e o impacto da devastação causada pelas enchentes na Zona da Mata de Pernambuco e Alagoas.
A “pátria de chuteiras” não pode pendurar as chuteiras, e os cristãos, com vidas missionárias, nunca penduram as suas. A bola (e a vida) continua a rolar. Há várias “copas” contínuas: a família, o trabalho, a igreja, e uma “copa” periódica de um jogo mais do que necessário, mas quase sempre perigoso: o jogo político. Esse é um ano de eleições no Brasil.
Sem nunca deixar de apontar para a “pátria celestial”, nos cabe uma responsabilidade na “pátria terrena”, o suspiro pela Nova Jerusalém não exclui o suor pela República Federativa.
Muitos cristãos continuam desinformados/equivocados/alienados, outros não se livraram do fantasma ultrapassado da “Guerra Fria”, e o “mundanismo” dos conchavos e acordos espúrios, das “ungidas” candidaturas ditas “oficiais” por igrejas ou denominações ferem o testemunho do Evangelho, emporcalham a vida espiritual e fazem os ossos de Lutero, Calvino, Simonton e Gunnar Vingren se revirar nos túmulos.
Apesar da propaganda, da manipulação e da maquilagem, os problemas estão aí: a falta de segurança pública, de educação pública e de saúde pública de qualidade, de habitação digna, de transporte de massa, de renda própria (sem cheques-provedores), do clientelismo estatizado e das “classes médias” artificiais, com os que têm mais continuando a ter mais ainda.
Até agora os candidatos não disseram para que vieram. Cadê um Projeto Nacional, que não seja a continuação do personalismo, e a disputa de quem pode ser o melhor continuador dele, parecendo com ele? Literalmente, este ano, “não há nada de novo debaixo do sol”, no nada ou na timidez do quase nada em termos de alternativas ao morno reformismo do status quo.
Se é assim ao nível nacional, o regional continuará no interminável conflito das oligarquias (desde as Capitanias Hereditárias), com o “centralismo realista” das cúpulas partidárias forçando de goela abaixo dos que ainda têm um restinho de ética os acordos os mais espúrios. E não há reforma política a vista, porque as distorções do sistema atual são uma das razões para o “sucesso” dos detentores do poder.
Mas, fé é uma coisa meio misteriosa, meio esquisita, meio teimosa, e não nos permite desistir, mas resistir e insistir.
O jogo da vida prossegue. Não podemos pendurar as chuteiras!

terça-feira, 6 de julho de 2010

... utilidade pública acadêmica formativa

Nescon abre mais 125 vagas para especialização em Saúde da Família com edital inédito para profissionais de Educação Física

De 07 a 16 de julho estarão abertas as inscrições de dois editais do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família – CEABSF – (lato-sensu) na modalidade a distância. O PRIMEIRO EDITAL é uma oferta pioneira da UFMG, para admissão à turma especial do CEABSF direcionada a educadores físicos, como explica Raphael Aguiar, membro da coordenação do CEABSF.  “Trata-se de edital onde terão prioridade profissionais de Educação Física registrados no conselho profissional (CREF-06) que atuam em Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) ou em projetos e programas, governamentais ou não, de apoio à atividade física no âmbito da Atenção Básica e/ou da Promoção da Saúde. Mas também poderá se candidatar, qualquer profissional vinculado a programa ou projeto comunitário de Promoção da Saúde ou Atenção Básica”, esclarece Aguiar.


Visite: Atividade Física no Programa Saúde na Família - Centro Esportivo Virtual
http://cev.org.br/comunidade/saude-da-familia/

90 Artigos de Pesquisa Sobre Futebol

Com apoio da FIFA,  a Routledge está disponibilizando 90 artigos de pesquisa sobre o Futebol e a Copa do Mundo da Africa do Sul em seis temáticas:

Culture, Society and Media
History
Economics
Politics and Policy
Tourism
Science and Nutrition
Visite: Educação Física e Esporte - Centro Esportivo Virtual
http://cev.org.br/comunidade/ef-esporte/

... para a CBF e o COB tomar como exemplo ...

Uefa, Fair Play Financeiro e os Novos Regulamentos

Fair Play Financeiro explicado em Bruxelas
Publicado: Quarta-feira, 2 de Junho de 2010, 14.52CET
A UEFA apresentou o seu conceito de Fair Play Financeiro e os novos regulamentos ao Comité de Cultura e Educação do Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica.
O conceito de Fair Play Financeiro da UEFA foi apresentado ao Comité de Cultura e Educação do Parlamento Europeu, numa audiência formal em Bruxelas, na Bélgica.

A audiência possibilitou ao organismo que gere o futebol europeu a oportunidade de destacar o respectivo conceito, com o qual pretende assegurar o bem-estar do futebol europeu, e explicar os Regulamentos de Licenciamento de Clubes e Fair Play Financeiro da UEFA, que entraram em vigor depois da aprovação do Comité Executivo da UEFA em Nyon, na quinta-feira passada.

Os regulamentos pretendem controlar os gastos excessivos e a inflação no preço das transferências e salários de jogadores, que ameaçaram o futebol nos últimos anos. Exigem maior disciplina e comportamento financeiro racional da parte dos clubes, que são encorajados a trabalhar de forma mais responsável, nã o gastando a totalidade das receitas, ao mesmo tempo que cumprem com as suas obrigações em tempo devido.

As medidas foram concebidas para proteger a saúde e viabilidade do futebol europeu a longo-prazo, bem como a integridade e decorrer normal das competições. Ao mesmo tempo, ajudam a estimular investimentos a longo-prazo em áreas como o desenvolvimento jovem e a melhoria de instalações desportivas.

Andrea Traverso, presidente do comité de licenciamento de clubes da UEFA, disse aos PMs que as medidas são urgentes, dada a crise financeira global que afecta todos os sectores da economia. No que diz respeito ao futebol, as federações, ligas profissionais, clubes e todos os outros intervenientes no futebol europeu, concordaram na necessidade de operar uma mudança. Doris Pack, presidente do Comité de Cultura e Educação, disse que vários club es já tinham acumulado dívidas, o que originou casos com um desfecho dramático.

Traverso apresentou o panorama das finanças dos clubes europeus com base nas pesquisas da UEFA e em informações recolhidas em 2008, incluídas no seu relatório de licenciamento do futebol europeu de clubes, lançado no início deste ano. A dívida agregada dos principais clubes europeus totaliza 578 milhões de euros. Cerca de 65 por cento das receitas geradas foram gastas em salários, e 47 por cento dos clubes registaram perdas.

Traverso disse igualmente que o princípio-base do conceito de Fair Play Financeiro e dos novos regulamentos é o reequilíbrio das contas, no qual um clube não deve gastar repetidamente mais do que aquilo que ganhou, estabilizando dessa forma as finanças do futebol europeu a longo prazo.

As medidas do Fair Play Financeiro , continuou Traverso, não são uma forma de punir os clubes, mas sim de os ajudar, e de melhorar os parâmetros financeiros pelos quais se gere o futebol europeu. Relembrou que a Comissão Europeia respondeu de forma positiva ao desejo da UEFA em atacar problemas de dívidas a nível europeu.

Para além disso, o Parlamento Europeu já tinha assinalado o seu apoio às medidas de Fair Play Financeiro. Jean-Luc Dehaene, presidente do Painel de Controlo Financeiro de Clubes, que foi estabelecido para, entre outras coisas, monitorizar a adesão aos novos regulamentos, é ele próprio um membro do Parlamento Europeu.

William Gaillard, assessor do presidente da UEFA, disse aos presentes que as medidas de Fair Play Financeiro foram lançadas na mesma altura em que a crise financeira começou a atingir o seu auge. Segundo ele, talvez tenha sido uma coincidência feliz, mas a inda assim mostrou que tais medidas são essenciais e foram tomadas na altura certa.

Visite: Futebol - Centro Esportivo Virtual
http://cev.org.br/comunidade/futebol/

segunda-feira, 5 de julho de 2010

... os ricos cada vez mais isolados, e os pobres...

Pilhagem injusta

Não se trata de uma mera coincidência. Quando a maior parte dos ganhos do crescimento econômico fica com uma pequena fatia de cidadãos da elite, o resto não não tem o poder de compra para adquirir o que a economia é capaz de produzir. O salário médio dos EUA, ajustado à inflação, quase não mudou por décadas. Entre 2000 e 2007 ele na verdade despencou. Nessas circunstâncias, a única maneira da classe média manter seu poder de compra foi se endividando. A razão estrutural da Grande Depressão que ainda assombra os EUA é a explosão da desigualdade social. O artigo é de Robert Reich - The Nation.

O banditismo de Wall Street é a causa próxima da Grande Recessão, não sua causa de fundo. Mesmo se a “Rua” for melhor controlada no futuro (e eu tenho lá minhas dúvidas de que isso ocorrerá), a razão estrutural da Grande Recessão é o que ainda assombra a América. Esta razão é explosão da desigualdade americana.

Considere-se o seguinte: em 1928 os 1% dos americanos mais ricos recebiam 23,9% do total da renda nacional. Depois disso, a partilha dos 1% mais ricos declinou fortemente. As reformas do New Deal, seguidas pela Segunda Guerra Mundial, o G.I.Bill e a Great Society expandiram o círculo da prosperidade. Em fins dos anos 1970 os 1% mais ricos representavam apenas 8 a 9% do total da renda anual da América. Mas depois disso a igualdade começou a aumentar de novo, e a renda reconcentrou-se acima.

Por volta de 2007 os 1% mais ricos estavam de volta aonde estiveram em 1928 – com 23,5% do total. As duas maiores quebras econômicas da América ocorreram nos anos imediatamente subsequentes a esses pontos máximos – em 1929 e em 2008. Não se trata de uma mera coincidência. Quando a maior parte dos ganhos do crescimento econômico ficam com uma pequena fatia de estadunidenses da elite, o resto não não tem o poder de compra para adquirir o que a economia é capaz de produzir. O salário médio dos EUA, ajustado à inflação, quase não mudou por décadas. Entre 2000 e 2007 ele na verdade despencou. Nessas circunstâncias, a única maneira da classe média manter seu poder de compra foi se endividando, como o fez com gosto. Enquanto os preços das moradias aumentaram, os americanos transformaram seus lares em caixas eletrônicos. Mas esse tipo de empréstimo tem limites. Quando a bolha da dívida finalmente explodiu, um vasto número de pessoas não pôde pagar suas contas, e os bancos não puderam receber.


sábado, 3 de julho de 2010

... conheça essa idéiação...


... arte na escola


Carta de apoio ao MOVIMENTO dos Professores da Rede Municipal de Goiânia

Os professores da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás vêm a público manifestar APOIO AO MOVIMENTO DOS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE GOIÂNIA.
O movimento dos professores da Rede Municipal, que perdura há mais de um mês, reivindica a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional para os Professores (PSPN), conforme a Lei Federal nº. 11.738 de 2008 e envolve outras questões significativas para a construção de uma educação pública de qualidade como a formação e profissionalização docente e a melhoria nas condições de trabalho.  
Sabemos que a qualidade da educação demanda, necessariamente, a valorização de seus profissionais, que implica formação qualificada, condições de trabalho, plano de carreira e vencimentos dignos. No entanto, a atual administração do Município, iniciada em 2005, além de retirar vários direitos conquistados pela categoria e diminuir o percentual investido em educação de 30% para 25% do orçamento da prefeitura, não investe no diálogo com a categoria e reage ao movimento com truculência, conforme episódio do dia 19 de junho, em que professores foram agredidos fisicamente.
Dessa forma, a Faculdade de Educação da UFG, instituição pública de formação de professores, defende o diálogo, reprova qualquer tipo de violência e posiciona-se em defesa do movimento dos profissionais da educação da Rede Municipal de Goiânia e a aprovação e a sanção do Projeto de Lei Nº. 17/2010, cujas alterações solicitadas visam implantar o Piso Salarial. 


Faculdade de Educação da UFG
22/06/2010

quarta-feira, 30 de junho de 2010

IV Congresso Centro-Oeste de Ciências do Esporte




Não se esqueça: 30 de agosto de 2010 é a data limite para envio de trabalhos. Serão aceitos artigos, relatos de experiência e pôster.

... Olha o futebol aí gente!!!!

Em Robben Island, jogar futebol era um ato de resistência...
No lugar onde Nelson Mandela foi preso durante a época do Apartheid, praticar o "balompié" se converteu no ato de resistência dos presos políticos. Desde o começo da Copa do Mundo a visita de jogadores e torcedores estrangeiros à ilha se multiplicaram ao ponto que muitos têm de reservar um lugar no ferry boat com vários dias de antecedência. Até o técnico da Holanda anulou uma sessão inteira de treinamento para ir com todo o time à ilha.


Pretoria. Durante o Mundial, os jogadores e turistas vão a Robben Island como numa visita de culto. No lugar onde Nelson Mandela ficou preso praticar futebol se converteu num ato de resistência dos presos políticos.

Nos anos sessenta, o complexo carcerário dessa ilha, a qual se chega em meia hora de ferry boat a partir da Cidade do Cabo, foi concebido para quebrar a resistência dos prisioneiros, tanto física, como psicologicamente. Contudo, sua paixão pelo futebol os ajudava a resistir.

Primeiro começaram a jogar de maneira discreta nas próprias celas, com bolas de trapos de pano ou de papel. Depois, graças à pressão da Cruz Vermelha Internacional, os presos adquiriram o direito a jogar no lado de fora, em campos improvisados. Inclusive, em 1967, os presos criaram sua própria federação, a “Makana Football Association”, cujo nome foi dado em homenagem a um profeta xhosa enviado à ilha em 1819 por se opor à colonização britânica, que se afogou tentando fugir de seu exílio compulsivo.

Na íntegra clique aqui

terça-feira, 29 de junho de 2010

... o que é ser pai... ou o que é ser filho !!!

Uma imagem já postada em outros momentos, mas que de tempos em tempos necessita voltar para uma avaliação da relação entre pais e filhos.


sábado, 26 de junho de 2010

... diferente, realista, cruel!

... assumi o compromisso de refletir com um grupo de acadêmicos de Educação Física sobre o tema: O papel do cotidiano escolar na formação do professor de Educação Física. Nas minhas buscas de elementos para compor minhas provocações encontrei esse clip de um cara que nunca ouvi falar Jay Vaquer. Assista e paga pra ver!!!


quinta-feira, 24 de junho de 2010

... o novo Estatuto da Igualdade Racial sem as cotas ...

Senado aprova o Estatuto da Igualdade Racial, sem as cotas

Demétrio Magnoli retrata o tempo da invenção, desinvenção e reinvenção do mito da raça no livro Uma gota de sangue. E é essa “reinvenção” que entra em discussão com a chegada do Estatuto da Igualdade Racial, aprovado recentemente no Senado e aguardando a sanção do presidente Lula.

Segundo o ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araujo, o estatuto deve ser sancionado em 20 dias. E assim que for publicado no Diário Oficial da União, entra em vigor em 90 dias.
CAPA GOTA DE SANGUE_WEBUma das maiores polêmicas e pautas de grandes discussões na sociedade, acompanhada de perto por Demétrio, são as cotas. Para os movimentos negros elas são uma bandeira, para o autor do livro Uma gota de Sangue, um retrocesso. Mas o texto do estatuto deixou as cotas de fora, levando o tema para uma pauta separada. Uma possível lei específica a ser discutida e aprovada no Congresso Nacional deve surgir em breve.
No livro, Demétrio faz um retrato histórico e sociológico da questão da “raça”, mostra os fatos que o levam a ser contra um sistema de cotas e por que não devemos dividir os povos em raças. Para ele somos apenas uma: a raça humana.





... Isso sim, deveria ser globalizado ...!!!

Uma velha dívida que a Justiça começa a saldar

Alguns já foram condenados, outros estão sendo julgados em oito processos, atualmente em curso, e nas próximas semanas haverá cinco novos processos em marcha. O jornal Pagina 12 traz um informe completo da marcha da Justiça argentina com respeito às violações dos direitos humanos durante a ditadura militar. Em várias cidades do país, acusados de tortura e assassinato estão enfrentando julgamentos.

Abre-se uma nova etapa de sustentações orais nos julgamentos dos delitos de lesa humanidade. Com a acumulação de causas e a perspectiva do início demorado das sustentações orais em Mendoza, nas próximas semanas começarão quatro novos processos. Ocorrerão em Santa Fé, San Rafael, Córdoba e Rosário. Para setembro está previsto o começo das sustentações orais relativas ao plano sistemático de apropriação de menores na Cidade de Buenos Aires. Em algumas das causas foram avaliados os crimes cometidos em centros clandestinos, e na de Mendoza vai se alegar o que os querelantes definem como “a estrutura de impunidade que impediu até agora o avanço dos processos”. À lista se soma as oito sustentações orais que seguem acontecendo atualmente no país e as cinco condenações de 2010.

Santa Fé, o começo
Nesta quarta-feira (22), começa o julgamento de Mario Facino, chefe da 4ª delegacia de Santa Fé até fins de 1976 e que depois ascendeu a chefe do Comando Radioelétrico até 14 de agosto de 1979. Será a terceira sustentação oral em processos dos crimes da ditadura e o primeiro que inclui a figura do jurídica “homicídio”, para a qual se prevê a pena de prisão perpétua. Facino irá a julgamento pelo sequestro e homicídio de Alicia López de Rodríguez, uma professora, militante das Ligas Agrarias, mãe de três filhos e esposa de um juíz, também militante, que a essa altura estava preso na prisão de Rawson. Ela foi sequestrada por um grupo de umas vinte pessoas, em 21 de outubro de 1976, quando estava na casa de sua sogra.

... Nenhuma diferença ...

... entre o governo da cidade de Goiânia e os governos dos países europeus!!!

Exagero meu??? Então, acompanhe os fatos!

Nova etapa da crise na Espanha: disciplinar trabalhadores, debilitar sindicatos

A Espanha tem um governo socialista, fustigado por uma direita política muito agressiva, que o fez buscar apoio para a governança em mecanismos de diálogo social e em uma firme defesa de estruturas institucionais de regulação do trabalho. Estas estruturas resistiam às exigências de barateamento das demissões e de suas efetivação sem justa causa. No entanto, a pressão dos mercados financeiros foi gerando uma mudança radical na agenda do governo espanhol que, aos poucos, escorou-se sobre perspectivas neoliberais, como o fundamentalismo monetarista europeu. A análise é de Antonio Baylos.

Artigo publicado originalmente no Sul 21

A nova etapa da crise que começou em março de 2010, com a chamada “crise grega”, gerou uma ofensiva de reformas nos estados-nação europeus. A partir de princípios comuns, adotou-se a redução dos gastos públicos e do número de funcionários públicos, além de reformas no sistema de pensões. Mais ainda, nesses principios está a possibilidade de revisão nos modelos legais de regulação do trabalho, para degradar as garantias de emprego. Seria revisado o custo e a motivação das demissões, ao mesmo tempo em que se rompe a força vinculante dos convênios coletivos setoriais a partir de uma não aplicação dos mesmos nas empresas.

As reformas gregas inauguraram esta via, seguida também por Portugal, Itália e Alemanha, com algumas correções no que diz respeito a uma certa invenção sobre o incremento de receita, pela ampliação de diferentes impostos. As reformas anunciam-se pesadas no Reino Unido e na Holanda, em função da mudança de orientação política nestes países. Na Holanda, a coalizão levou o governo para a ultra-direita, mas possivelmente o exemplo mais emblemático seja o da Espanha. Isto porque o país tem um governo socialista, fustigado por uma direita política muito agressiva, que o fez buscar apoio para a governança em mecanismos de diálogo social e em uma firme defesa de estruturas institucionais de regulação do trabalho. Estas estruturas resistiam às exigências de barateamento das demissões e de suas efetivação sem justa causa. No entanto, a pressão dos mercados financeiros foi gerando uma mudança radical na agenda do governo espanhol que, aos poucos, mas decididamente, escorou-se sobre perspectivas neoliberais, como o fundamentalismo monetarista europeu.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Aos colegas da RME de Goiânia

Colegas Educadores

A greve dos funcionários e funcionárias da educação em Goiânia tem várias faces: é uma luta jurídica (pois o Piso é lei), é uma luta política e acima de tudo é uma luta pedagógica, isto é, uma batalha em prol da educação, da dimensão ético-filosófica do ser humano. A justificativa pedagógica para nosso movimento pode ser facilmente encontrada, por exemplo, nas páginas de Pedagogia da Autonomia, do mestre Paulo Freire (educador tão em voga na Secretaria Municipal de Educação);

“Está errada a educação que não reconhece a justa raiva, na raiva que protesta contra as injustiças, contra a deslealdade, contra o desamor, contra a exploração e a violência um papel altamente formador”.

“Como posso continuar falando em meu respeito ao educando se o testemunho que a ele dou é o de quem não se prepara ou se organiza para a sua prática, o de quem não luta por seus direitos e não protesta contra as injustiças”.

“A minha resposta à ofensa à educação é a luta política consciente, crítica e organizada contra os ofensores. Aceito até abandoná-la, cansado, à procura de melhores dias. O que não é possível é, ficando nela, aviltá-la com desdém de mim mesmo e dos educandos”.

“Não é na resignação, mas na rebeldia em face das injustiças que nos afirmamos. Uma das questões centrais com que temos de lidar é a promoção de posturas rebeldes em posturas revolucionárias que nos engajam no processo radical de transformação do mundo”.

“Continuo bem aberto à advertência de Marx, a da necessária radicalidade que me faz sempre desperto a tudo o que diz respeito à defesa dos interesses humanos”.

“O que temi, nos diferentes momentos de minha vida, foi da margem, por gestos ou palavrões, a ser considerado um oportunista, um ‘realista’, ‘um homem de pé no chão’, ou um desses ‘equilibristas’ que se acham sempre em ‘cima do muro’ à espera de saber qual a onda que se fará poder”.

“Quando falo em educação como intervenção me refiro tanto à que espira a mudanças radicais na sociedade, no campo da economia, das relações humanas, da propriedade, do direito ao trabalho, à terra, à educação, à saúde, quanto a que, pelo contrário, reacionariamente pretende imobilizar a História e manter a ordem injusta”.

“Que dizer da professora que, de esquerda ontem defendia a formação da classe trabalhadora e que, pragmática hoje, se satisfaz, curvada ao fatalismo neoliberal, com o puro treinamento do operário, insistindo, porém, que é progressista”.
 
“Não junto minha voz à dos que, falando em paz, pedem aos oprimidos, aos esfarrapados do mundo, a sua resignação. Minha voz tem outra semântica, tem outra musica. Falo da resistência, da indignação, da justa ira dos traídos e enganados. Do seu direito e do seu dever de rebelar-se contra as transgressões éticas de que são vítimas cada vez mais sofridas.”    

“Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura.”

                                                                                      Comando de Greve

domingo, 20 de junho de 2010

... a prefeitura de Goiânia está aberta ao diálogo ...

Professores e Administrativos educacionais foram recebidos com truculência no "Mentirão" (mutirão) da Prefeitura realizado neste sábado, dia 19/06/10, AS IMAGENS COMPROVAM, professores protestavam pacificamente e ao contrário do que dizem as "autoridades" Guardas e Seguranças tomaram a câmera de vários companheiros, (perceba no inicio da filmagem, quando troca a cena para o 1º DP), cercaram os professores e começaram a agredir homens e mulheres (Haviam cerca de 50 Guardas Municipais, fora os seguranças a "paisana"), as pessoas detidas foram rapidamente tiradas do "Mentirão" para evitar tumulto e foram espancadas nas imediações, neste momento não houve filmagem por conta da repressão, estavam tomando câmeras, só não contavam que havia muita gente filmando.







Para acompanhar a realidade dessa luta acesse: www.educacaogoiania.blogspot.com

Chá do fígado, baço e memória



¿por quá? grupo experimental de dança 
com o espetáculo 
Chá do fígado, baço e memória
dia 24 de junho, quinta-feira
20:30 - Teatro Goiânia Ouro
Rua 03, esquina com Rua 09, nº 1016, Galeria Ouro, Centro - Goiânia - Goiás
3524-2541 - Bilheteria
R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)

O espetáculo é resultado de projeto contemplado com mini-edital interno do grupo que objetiva oportunizar dançarinos-pesquisadores a conceber e executar obra de dança. Assim, também temos estreia na direção com Luciana Medeiros Celestino e Hilton Júnior.

Repetiremos a dose nos dias 9 e 10 de julho, no mesmo local e horário, não tem desculpa para não ir heim?!?!


Te esperamos lá,
abraços porquarianos.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

... Saramago veio, foi-se e ficou!!!

Morre aos 87 anos José Saramago, escritor Português de grande relevância para a literatura mundial.
Foi Prêmio Nobel de Literatura em 1998.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

... mais uma obra de Mészáros ...



Em Atualidade histórica da ofensiva socialista – uma alternativa radical ao sistema parlamentar o marxista húngaro István Mészáros propõe um enfrentamento aos “graves problemas de nossa ‘política democrática’” como forma de responder à indagação: o que continua irremediavelmente errado no que se refere às genuínas expectativas socialistas? Fugindo de explicações simplistas que apontam “traições” no momento da chegada ao poder, Mészáros aponta para a necessidade de uma crítica profunda da concepção que vê na disputa dentro do sistema parlamentar um cenário de construção de transformações sociais.
 
Segundo ele, o discurso político tradicional proclama o sistema parlamentar como “o centro de referência necessário de toda mudança legítima”, tratando como tabu qualquer crítica que sugira algo além de pequenas mudanças em seu funcionamento. O autor de Para além do capital propõe que a alternativa necessária a esse sistema estaria ligada à “questão da verdadeira participação”, definida por ele nos termos de “autogestão plenamente autônoma da sociedade pelos produtores livremente associados em todos os domínios, muito além das restritas mediações do Estado político moderno”.
  
Mészáros defende a necessidade da criação de uma alternativa estrategicamente sustentável ao sistema parlamentar que liberte o movimento socialista da “camisa de força do parlamento burguês”. Num momento de grande contraste entre as promessas do passado e as condições realmente existentes, o que está em jogo é o “fenecimento do Estado”, uma vez que, apesar de dominar o parlamento, o capital é uma força “extraparlamentar por excelência”.
  
Assim, o filósofo pauta a construção de alternativas pela busca da “reconstituição radical historicamente viável da unidade indissolúvel das esferas reprodutiva material e política”. Para se transformar a forma como são tomadas as decisões em nossa sociedade, é necessário “mudar radicalmente o desafio ao próprio capital como o controlador geral da reprodução sociometabólica”, o que para ele é inconcebível “pela simples derrubada política do Estado capitalista, muito menos pela vitória sobre as forças de exploração no âmbito de determinada estrutura de legislação parlamentar”.
  
Esse lançamento tem por base a obra Historical actuality of the socialist offensive: alternative to parliamentarism (Londres, Bookmarks, 2010), composta pelo capítulo 18 do livro Para além do capital (São Paulo, Boitempo, 2002), acrescido de uma introdução especialmente preparada pelo autor para a nova edição.  

Trecho da obra
O surgimento da classe operária na cena histórica foi apenas um acréscimo inconveniente ao sistema parlamentar, constituído bem antes de as primeiras forças organizadas do movimento operário tentarem manifestar em público os interesses vitais de sua classe. Do ponto de vista do capital, a resposta imediata a esse inconveniente mas crescente “incômodo” foi a rejeição e a exclusão dos grupos políticos operários. Mais tarde, entretanto, uma ideia muito mais adaptável foi instituída pelas personificações políticas mais ágeis do capital: domesticar de algum modo as forças do trabalho. Ela assumiu de início a forma do patrocínio parlamentar paternalista de algumas demandas da classe trabalhadora por partidos políticos burgueses relativamente progressistas e, mais tarde, a da aceitação da legitimidade dos partidos da classe trabalhadora no próprio Parlamento, embora, é claro, de uma maneira estritamente circunscrita, obrigando-os a se conformar às “regras democráticas do jogo parlamentar”.
  
Inevitavelmente, isso significou para os partidos operários apenas o “consentimento livre” da sua efetiva acomodação, mesmo que pudessem manter por um longo período a ilusão de que com o passar do tempo eles seriam capazes de corrigir radicalmente a situação pela ação parlamentar a seu próprio favor. Assim a força extraparlamentar original e potencialmente alternativa do trabalho transformou-se, na organização parlamentar, permanentemente desfavorecida. Embora esse curso de desenvolvimento pudesse ser explicado pelas fraquezas óbvias do trabalho organizado em seu início, argumentar e justificar desse modo o que havia realmente acontecido, nas atuais circunstâncias, é apenas mais um argumento a favor do beco sem saída da social-democracia parlamentar. Pois a alternativa radical de fortalecimento da classe trabalhadora para se organizar e se afirmar fora do Parlamento – por oposição à estratégia derrotista seguida ao longo de muitas décadas até a perda completa de direitos da classe trabalhadora em nome do “ganhar força” – não pode ser abandonada tão facilmente, como se uma alternativa de fato radical fosse a priori uma impossibilidade.

Sobre o autor
István Mészáros é um dos principais intelectuais marxistas contemporâneos. Nasceu no ano de 1930, em Budapeste, Hungria, onde graduou-se em filosofia e tornou-se discípulo de Georg Lukács no Instituto de Estética. Deixou o Leste Europeu após o levante de outubro de 1956 e exilou-se na Itália. Ministrou aulas em diversas universidades, na Europa e na América Latina. Recebeu o título de Professor Emérito de Filosofia pela Universidade de Sussex em 1991. Foi congratulado em 2009 com o Prêmio Libertador al Pensamiento Crítico, concedido pelo Ministério da Cultura da Venezuela, por sua obra O desafio e o fardo do tempo histórico (2007), cuja primeira edição mundial foi lançada em português. Entre seus livros, destacam-se também A crise estrutural do capital (2009) e Para além do capital – rumo a uma teoria da transição (2002), todos publicados pela Boitempo.

... Boletim Educação Física ...

Para os estudiosos do Futebol e, em especial, das Copas Mundiais, o Efraim publicou uma edição especial sobre o tema.


... Segunda postagem : Michael Moore

Um documentário sobre o coração

Este parece ser o tema do novo documentário de Moore: o coração. Neste caso, o coração desolado pela perda daqueles Estados Unidos de Moore ainda criança. Como disse um desempregado da General Motors, “antes com um emprego na GM era possível sustentar uma família, incluindo quatro semanas de férias e uma visita a Nova York no verão, no meio”. E além disso “mamãe não precisava trabalhar”. O artigo é de Martín Granovsky, do Página 12.
Há algumas cenas graciosas, irônicas, grotescas e tristes, mas as melhores imagens de Capitalismo: uma história de amor são as que Michael Moore mostra pisando a realidade. “Pisando” é literal. Em um trecho do documentário se vê ele com seu pai. Não estão em uma casa. Caminham por um descampado, os dois com seus gorros de beisebol. Michael alto e gordo. O senhor Moore, baixo e magro, com certo lamento no olhar quando observa que no descampado havia a fábrica de velas onde trabalhava. A fábrica vendia autopeças para a General Motors, coração econômico dos Estados Unidos nos anos 50 e 60.

Fonte: www.cartamaior.com.br

...Europa com cara de América Latina em pouco tempo!!!

O G20 vota pela Grande Depressão

O que está ocorrendo agora na Europa significa o assalto final aos resíduos de Estado de bem estar do século XX (a rede de seguridade social dos EUA foi desmantelada já há muito). A mensagem do G20 parece ser esta: vamos acabar com o gasto público nacional destinado a sustentar o emprego da classe baixa. Há 20% de postos de trabalho decentes para a população em idade de trabalhar no ocidente. E para o resto? Pobreza ao estilo sul-americano. É verdadeiramente extraordinário que os eleitores do planeta sigam tolerando esse estado de coisas corrompido. O artigo é de Michael Auerback e Rob Parenteau.
O comunicado emitido no fim de semana passado (04-05/06) pelo G20 mostra às claras que os falcões do déficit ganharam ascendência nos círculos que determinam a política global. A Segunda Grande Depressão bate à porta.

“Os países confrontados com desafios fiscais sérios necessitam acelerar o ritmo de consolidação”, observa o Comunicado. “Saudamos os recentes anúncios de alguns países tendentes a reduzir seus déficits em 2010 e a endurecerem seus marcos e instituições fiscais”.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet disse que o endurecimento fiscal nas “velhas economias industrializadas” ajudaria à “expansão” econômica global a aumentar a confiança dos investidores. A chanceler alemã Angela Merkel disse que a Alemanha estava decidida a proceder uma rodada “decisiva” de cortes orçamentários que configuraria a política de seu governo nos anos vindouros.

Embora a economia global tenha se recuperado um pouco desde o colapso que se seguiu à quebra do Lehman Brothers, dificilmente admite a caracterização de “expansão” com que Trichet a descreveu, dadas as cifras de desemprego de dois dígitos registradas ao largo de boa parte do planeta. E a recuperação global ver-se-á gravemente prejudicada se se abandonar as políticas fiscais de apoio ativo – o tipo de estímulo público necessário para sustentar níveis maiores de crescimento e emprego -, como sugerem as discussões do G20. O novo remédio para colapsar a demanda se chama “consolidação fiscal”, um eufemismo destinado a mascarar cortes ulteriores do gasto em serviços públicos vitais.
 

quarta-feira, 9 de junho de 2010

IV Congresso Centro-Oeste de Ciências do Esporte - CBCE-DF

IV Congresso Centro-Oeste de Ciências do Esporte e
I Congresso Distrital de Ciências do Esporte

Megaeventos Esportivos: Impactos para a Educação Física, Esporte e Lazer
22 a 25 de setembro de 2010 | UniCEUB | Brasília, DF

Informações e inscrições: http://www.4concoce.com.br

Inscrição de trabalho:
30 de agosto de 2010 é a data limite para envio de trabalhos. Serão aceitos artigos, relatos de experiência e pôster.

Realização: SECRETARIA DISTRITAL DO CBCE
Para manter-se informado sobre as novidades do CONCOCE inscreva-se na lista de discussão do CBCE Centro-Oeste. Todos os informes oficiais e atualizações do site serão enviados para a lista. (as informações sobre hospedagem, alimentação, transporte serão atualizadas no site do evento e pela lista simultaneamente)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Goiânia: PROFESSORES EM GREVE PELO PISO NACIONAL 1,312 REAIS

REGISTRO DA MOBILIZAÇÃO DE HOJE (08 JUNHO) NA SEDE DA SME DE GOIÂNIA...



... UMA MOSTRA DE TRUCULÊNCIA, DESRESPEITO E ARBITRARIEDADE...



... DE UM GOVERNO PETISTA, MAS AINDA PEEMEDEBISTA, QUE NÃO TEM IDENTIDADE PRÓPRIA E QUE SE RECUSA A CUMPRIR UMA LEI...



... MINHA SUGESTÃO É A RADICALIZAÇÃO DA GREVE: SE OS PROFESSORES ESTÃO EM GREVE, É PORQUE SUAS CONDIÇÕES CONCRETAS, MATERIAIS E OBJETIVAS SÃO DESUMANAS, DESRESPEITOSAS E MAQUIAVELICAMENTE USURPADAS PELO GOVERNO DA CIDADE DE GOIÂNIA.