terça-feira, 11 de maio de 2010

... utilidade pública para marinheiros desorientados...

... e diga adeus à super-nanny!!!

 

 -------------------------

Seu filho não obedece? 9 dicas para mudar isto

Se a criança tem até 7 anos de idade, especialistas garantem que é possível estimulá-la com mais facilidade a obedecer

Letícia Macedo, especial para o iG São Paulo | 30/04/2010 08:28

Foto: Getty Images
Especialistas garantem que você pode estimular a criança a obedecer com mais facilidade
“Tudo o que eu peço, ela faz o contrário. Às vezes, perco a cabeça”, conta a cabeleireira Marlene Dias, mãe de Monique, 5 anos. Como ela, muitas mães sentem dificuldade em fazer com que os filhos obedeçam. Com ajuda de especialistas em educação e psicologia infantil, selecionamos dicas que vão acabar com essa tormenta e permitir um desenvolvimento mais tranquilo e saudável para o seu filho - e menos cansaço para você.
1. Eduque sem culpa
Entender que existem regras faz parte de um importante processo de aprendizagem da criança. Por isso, os pais devem sentir-se autorizados a educar. “Eles têm essa função e serão cobrados por isso”, diz Isabel Kahn, psicóloga e professora da PUC-SP. Os pais que trabalham devem administrar o sentimento de culpa. “Quando a mãe explica que precisa trabalhar, o filho pode sentir falta dela, mas ele compreende a situação”, garante.
Por isso, os especialistas são unânimes em afirmar: nada de tentar compensar a ausência por meio da superproteção ou de permissividade. “Ao perceber que os pais se sentem culpados, a criança pode adotar comportamentos manipuladores”, alerta a psicanalista Patrícia Nakagawa, mestre em psicologia escolar, aprendizagem e desenvolvimento humano pela Universidade de São Paulo.
2. Crie um bom vínculo afetivo

Demonstre carinho, converse e brinque. Assim, você cria uma maior cumplicidade com a criança. Segura de que tem a atenção dos pais, ela aprende que não precisa recorrer à desobediência para chamar a atenção. Dessa maneira, quando você precisar impor uma regra, a criança compreenderá mais facilmente que há momentos em que ela deve obedecer.
“Para criar um bom vínculo com uma criança não é preciso dar presentes ou mimar demais, mas brincar com ela”, afirma a psicóloga Suzy Camacho, autora do livro “Guia Prático dos Pais” (Edit. Paulinas). Ao chegar do trabalho, dedique pelo menos 15 minutos para brincar. “A qualidade da interação é muito mais importante do que a quantidade”, completa a psicóloga Juliana Nutti, que é doutora em Educação pela UFSCAR e coordenadora do curso de especialização em Psicopedagogia do Centro Universitário Central Paulista.
3. Valorize o papel da criança
Seu filho precisa conhecer a importância dele na família. Para isso, é bom que ele tenha o seu lugar reservado na mesa de jantar e seja ouvido pelos pais. “A criança deve saber que obedecer aos pais contribui para o desenvolvimento de uma dinâmica familiar harmoniosa, na qual todos são recompensados”, explica Juliana Nutti.
4. Crie uma rotina
Utilize o bom senso e estabeleça uma rotina para o seu filho. “A rotina é fundamental, pois traz segurança e faz com que a criança se sinta cuidada. Aos poucos, dê-lhe uma certa autonomia para executar pequenas ações sozinhos. A criança gosta de sentir-se capaz”, garante Adriana Tanasovici, psicopedagoga do colégio SAA, em São Paulo. Uma rotina bem adaptada ao ritmo da criança reduz a ansiedade, faz com que ela se lembre de algumas tarefas cotidianas, como escovar os dentes após as refeições, e tenha um sono de qualidade.
5. Dê ordens claras
Dialogue sempre, use linguagem adequada à faixa etária da criança e tom firme. Ao dar uma ordem, olhe nos seus olhos da criança. É preciso persistência, mas psicólogos garantem que funciona: “Diga o que ela deve fazer uma única vez. Aguarde alguns minutos e verifique se ela já fez o que você pediu. Se não, pegue-a pela mão e a acompanhe na execução. Repita até que ela se condicione a atendê-lo”, diz Suzy Camacho.
6. Esteja preparado para lidar com a desobediência
Ao desobedecer, a criança busca uma satisfação momentânea, nem sempre o seu objetivo é afrontar o adulto. Por isso, aja com calma e firmeza. “Não se pode dizer não aleatoriamente, mas é fundamental sustentá-lo quando for preciso, pois a criança tem que saber que ela não pode pular uma janela ou não deve agredir o coleguinha”, ressalta Isabel Kahn.
7. Diante da birra, fique firme
Quando a criança começar a fazer birra, mantenha a calma. Reforce que você não poderá atendê-la naquela hora e seja objetiva. “Se estiver em público, não se preocupe com os comentários ou olhares das pessoas. Também não faça discursos ou ameaças enquanto a criança estiver chorando. Apenas tente desviar a atenção dela para outra coisa, mas não ceda”, afirmou Suzy Camacho. “Os pais precisam ouvir as necessidades da criança, não a birra”, observou Adriana Tanasovici.
8. Oriente a babá
Combine com os cuidadores as diretrizes da educação do seu filho.“Esse diálogo é imprescindível para que não se estabeleça um relacionamento conflitante e a criança fique confusa”, explica a psicanalista Patrícia Nakagawa.
9. Educa-se o tempo todo
Lembre-se: educar é uma atividade contínua e você precisa dar o exemplo. “A educação é um processo que não ocorre apenas em situações de desobediência. A criança aprende muito por meio do que observa em seu cotidiano”, diz Patrícia Nakagawa. Por isso, seja verdadeiro.“Se enganamos ou mentimos uma vez, as crianças podem perder a confiança nos pais”, completa Adriana Tanasovici.
 

segunda-feira, 10 de maio de 2010

... Cidades sustentáveis? Desafios e oportunidades


Por Carlos Leite
Há cem anos, apenas 10% da população mundial vivia em cidades. Atualmente , somos mais de 50%, e até 2050, seremos mais de 75%. A cidade é o lugar onde são feitas todas as trocas, dos grandes e pequenos negócios à interação social. É onde a cultura abrange e interliga nações de todo o planeta. Mas também é o lugar onde há um crescimento desmedido das favelas e do trabalho informal: estima-se que dois em cada três habitantes viva em favelas ou “sub-habitações”. E é também o palco de transformações dramáticas que fizeram emergir as megacidades do século XXI: as cidades com mais de 10 milhões de habitantes já concentram grande parte da população mundial. 


sábado, 8 de maio de 2010

... a gênese dos nossos super-heróis

Se o Super-Homem pudesse passar da ficção à vida real, Hitler teria terminado seus dias em um tribunal da então Liga das Nações em Genebra e o campo de extermínio de Auschwitz jamais teria existido: é o que mostra a exposição "Heróis, Monstros e Super-Rabinos: Quadrinhos com Cores Judaicas", cuja abertura está marcada para o dia 8 de agosto no Museu Judaico de Berlim.

A mostra apresenta mais de 200 desenhos originais, entre eles verdadeiras raridades dos personagens mais populares do mundo da HQ.

Hulk, Batman, Super-Homem e o Homem Aranha, entre outras das figuras mais conhecidas do panteão dos quadrinhos americanos, foram criados por um descendente de família judaica emigrada da Europa, como destaca a exposição, dedicada a 45 célebres desenhistas.

A idade de ouro dos quadrinhos de super-heróis teve início entre as décadas 30 e 40 do século 20 -- e foi neste turbulento período que os heróis viveram suas primeiras aventuras no papel.

Muito antes dos Estados Unidos entrarem na guerra contra o Eixo nazi-fascista, Adolf Hitler e companhia já eram combatidos entre as quatro linhas das histórias em quadrinhos.

"O objetivo da mostra não é fazer dos quadrinhos uma especialidade judaica", explica Anne Helene Hoog, curadora da exposição. "O ponto é indagar por que tantos desenhistas eram judeus e que assuntos os preocupavam".

Em fevereiro de 1940, quase dois anos antes do ataque japonês à base naval de Pearl Harbor -- que precipitou a entrada americana na Segunda Guerra Mundial --, Jerry Siegel e Joe Shuster desenharam um acerto de contras entre o Super-Homem e Hitler no gibi "Como o Super-Homem Acabaria com a Guerra".

"Eu te daria um soco não-ariano direto no queixo, mas não tenho tempo!", diz o Super-Homem a Hitler, que apesar de ter sido entregue à Suíça para ser julgado -- junto com Stalin -- não se impressiona muito com a ameaça.

Um mês depois, Jack Kirby (cujo verdadeiro nome é Jacob Kurtzberg) e Joe Simon criam uma história na qual o Capitão América desbarata um plano de invasão dos nazistas, aproveitando para aplicar uma magistral bofetada em Hitler na capa da revista.

À imagem e semelhança de seus criadores, os super-heróis eram muitas vezes personagens relativamente marginais, com sentimento patriótico exacerbado -- como muitas vezes acontece com os imigrantes, destaca Hoog.
"É claro que judeus -- em particular filhos de imigrantes, pessoas pobres, refugiados -- foram afetados pela miséria, pelo medo, pela violência, pela injustiça e, claro, pelo extermínio que acontecia então no mundo", estima a curadora. "Precisávamos de super-heróis nos anos 30", afirma.

Embora nenhum dos personagens dos quadrinhos fosse abertamente judeu, suas aventuras são repletas de referências ao Antigo Testamento, indica por sua vez Cilly Kugelmann, diretora de programação do Museu Judaico.

"Como Moisés, o super-herói é um bebê abandonado criado por pessoas que o encontraram", cita como exemplo, lembrando que também são encontradas referências claras às mitologias grega e germânica.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

... história e luta: interprete você!

João Cândido, petróleo, racismo e emprego 

A Transpetro lançou ao mar o navio petroleiro João Cândido. Batizado com o nome de um dos nossos heróis, marinheiro negro, filho de escravos e líder da Revolta da Chibata, o navio tem 247 metros de comprimento, casco duplo que previne acidente e vários significados históricos. Primeiro, leva a industrialização para Pernambuco, contribuindo para reduzir as desigualdades regionais. Em segundo lugar, dá um cala-boca para quem insinuou de forma maldosa que o PAC era apenas virtual. Em terceiro, prova que está em curso a remontagem da indústria naval brasileira criminosamente destruída na era da privataria. O artigo é de Beto Almeida.

Nesta sexta-feira a Transpetro lançou ao mar o navio petroleiro João Cândido. Batizado com o nome de um dos nossos heróis, marinheiro negro, filho de escravos e líder da Revolta da Chibata, o navio tem 247 metros de comprimento, casco duplo que previne acidente e vários significados históricos. Primeiro, leva a industrialização para Pernambuco, contribuindo para reduzir as desigualdades regionais. Em segundo lugar, dá um cala-boca para quem insinuou de forma maldosa que o PAC era apenas virtual. Em terceiro, prova que está em curso a remontagem da indústria naval brasileira criminosamente destruída na era da privataria. Como um simbolismo adicional, um total de 120 operários dekasseguis foram trazidos do Japão, com suas famílias, para juntarem-se aos operários nordestinos que construíram o navio. Os primeiros não precisam mais morar longe da pátria; os outros, saem do canavial para a indústria e não precisam mais pegar o pau-de-arara, nem entoar com amargura a Triste Partida, de Patativa do Assaré, como um certo pernambucano teve que fazer na década de 50. Até que virou presidente.

Mulheres trabalhando como chefes de equipe de soldagem no Estaleiro Atlântico Sul, no município de Ipojuca, em Pernambuco, pronunciavam frases orgulhosas lembrando que não sabiam nem que esta também poderia ser uma tarefa feminina.

Leia na íntegra clicando aqui

... a dança e suas faces...

... conheci hoje essa manifestação da cultura humana. Uma cultura diversa, colorida, criativa, criadora!

Antônio de Nobrega é o articulador do programa.




sexta-feira, 30 de abril de 2010

... QUEM TORTUROU DEVE SER PUNIDO!

STF decide pela manutenção da Lei da Anistia

Por sete votos a dois, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta quinta-feira pela manutenção da Lei da Anistia, julgando improcedente a ação apresentada pela OAB sobre a aplicação da lei aos torturadores do regime militar.
Acompanharam o voto do relator Eros Grau pela manutenção da lei os ministros Cármen Lúcia, Ellen Gracie, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso, presidente do STF.
Já os ministros Ricardo Lewandowski e Ayres Britto interpretaram a ação da Ordem dos Advogados do Brasil parcialmente procedente, defendendo que a Lei da Anistia não se estende a agentes da repressão que cometeram crimes de tortura e homicídios.
"Ao STF não compete legislar (sobre a revisão da lei de anistia)", disse o relator, considerando que cabe ao Legislativo revê-la.
Dos 11 ministros, dois não participaram da sessão. Joaquim Barbosa está de licença e Dias Toffoli foi declarado impedido, segundo a assessoria de imprensa.
A ação da OAB contestava a validade do artigo 1o da lei, que considera igualmente perdoados os crimes "de qualquer natureza" relacionados aos crimes políticos ou por motivação política.
A entidade pedia uma interpretação mais clara desse trecho, pois entendia que a lei "estende a anistia a classes absolutamente indefinidas de crime".
Para a OAB, a anistia não devia abranger crimes como homicídio, abuso de autoridade, lesões corporais, desaparecimento forçado, estupro e atentado violento ao pudor contra opositores ao regime político da época.
A Advocacia-Geral da União defende a aplicação da lei em caráter amplo, geral e irrestrito.
Para o advogado-geral da União Luís Inácio Adams não se pode questionar, 30 anos depois, a lei que anistiou não só os crimes políticos, mas também os crimes comuns relacionados a eles. Isso, argumentou, acarretaria "grave ofensa à segurança jurídica que impede que uma leitura mais gravosa da norma atinja situações jurídicas já consolidadas".
"Alterar essa situação acarretaria violação do princípio da irretroatividade da lei penal mais grave inscrito no artigo 40 da Constituição Federal", disse.
Na opinião do advogado constitucionalista Ives Gandra Martins, "a lei diz 'crime de qualquer espécie'. A tortura é um crime como qualquer outro", avalia.
"Depois a tortura foi considerada crime imprescritível, mas em legislação posterior... Eu tenho impressão que é impossível a retroatividade da lei penal", afirmou, lembrando que a Lei da Anistia foi incorporada à Constituição promulgada em 1988.
A Lei da Anistia, de agosto de 1979, beneficiou aqueles que teriam cometido crimes políticos ou por motivação política entre setembro de 1961 e agosto de 1979. Entre eles, os que tiveram direitos políticos suspensos e representantes sindicais punidos pela legislação vigente no regime militar, que vigorou no país entre 1964 e 1985.
(Por Maria Carolina Marcello; com reportagem de Eduardo Simões)

Fonte: Estadão.com.br

¿por qué no escuchar la voz de los hermanos de América?

Qual farsa Serra quer?

O que fica claro, olhando desde a Argentina, é que José Serra associa o Mercosul a um valor negativo. Para ele, por outro lado, seria positivo que o Brasil firmasse muitos tratados de livre comércio. Cabe lembrar que o Mercosul não é o paraíso em boa medida porque foi esvaziado de política pela dupla FHC-Menem com a ajuda de Domingo Cavallo, o ministro argentino que adorava as áreas de livre comércio como Serra. O Mercosul é um resultado concreto da construção regional. Outros são a Unasul e o Conselho de Defesa Sulamericano. E a chave dessa estabilidade é a sólida relação entre Argentina e Brasil. O artigo é de Martin Granovsky, analista internacional argentino e colunista do jornal Página 12.
Peço um empréstimo aos irmãos brasileiros: poderiam nos enviar um manual para entender Serra? Primeiro ele disse que o Mercosul é uma “farsa”. Depois defendeu a “flexibilização” do Mercosul. Como se flexibiliza uma farsa? Mistério. O que fica claro, olhando desde a Argentina, é que José Serra associa o Mercosul a um valor negativo. Para ele, por outro lado, seria positivo que o Brasil firmasse muitos tratados de livre comércio. Segundo Serra, o Brasil não pode fazê-lo, justamente, por culpa das barreiras que seriam impostas pelo Mercosul.

Esqueçamos o mistério. Segundo dados do Instituto para a Integração da América Latina (Intal), durante 2009 o comércio internacional desabou. As exportações brasileiras para a Argentina, Uruguai e Paraguai, seus sócios do Mercosul, caíram 27,2% e as importações diminuíram 12,2%. Mas um olhar histórico é mais interessante:

Em 2008, quando a crise internacional já havia começado, as exportações cresceram 25,3% em relação a 2007, e as importações subiram 28,5%.




terça-feira, 20 de abril de 2010

... de um amigo para ele mesmo ...

Por que teimamos em desconhecer o passado?

O que resta da ditaduraa exceção brasileira
Edson Teles e Vladimir Safatle (orgs.)

 
Por que teimamos em desconhecer o passado? Por Douglas Ferreira Barros
Revista Cult - abril de 2010
"O que Resta da Ditadura: a Exceção Brasileira, mais do  que um instrumento para reavaliar nosso passado recente, lança luz sobre uma mácula: as raízes da resistência de setores da sociedade brasileira à atuação em favor dos direitos humanos. Organizado pelos filósofos Edson Teles e Vladimir Safatle, o livro trata desse passado que não passa; redescobre, nas marcas da violência que grassa em nossa sociedade, as digitais e o legado da ditadura militar pós-1964. Precisos quanto a seus alvos, os artigos aqui reunidos – de juristas, psicanalistas, filósofos, historiadores, cientistas sociais e literatos – avançam sobre várias dimensões explicativas desse trágico momento da história.". [leia mais]

... precisa dizer mais alguma coisa?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

... como negar o inevitável?

Nas escolas e universidades da Inglaterra, estão sendo cooptados e doutrinados os novos guerreiros da jihad: os próprios filhos dos cidadãos ingleses muçulmanos. Muitos deles já participaram de atentados terroristas na própria Inglaterra e em outros países ocidentais. E o governo britânico, o que faz? Intoxicado pelo multiculturalismo suicida, covarde e "politicamente correto", simplesmente se nega a admitir que o país está em plena guerra religiosa. Eis o que denuncia a jornalista inglesa Melanie Phillips.
A jornalista inglesa Melanie Phillips descreve a política suicida de combate ao terrorismo adotada pelo governo ...

Parte 1



Parte 2



Fonte: www.midiasemmascara.org

... mais uma investida dos anticapitalistas ...

Uma espécie de guru do movimento anticapitalista no mundo de hoje - assim podemos caracterizar Noam Chomsky. Esse acadêmico, professor de linguística e filosofia no Massachusetts Institute of Technology (MIT), é também um ativista político incansável em suas manifestações contra o capitalismo americano. (uol.com).

Chomsky: o que está em jogo na questão do Irã


Em entrevista à publicação alemã Freitag, Noam Chomsky fala da pressão dos EUA e de Israel sobre o Irã e seu significado geopolítico. "O Irã é percebido como uma ameaça porque não obedeceu às ordens dos Estados Unidos. Militarmente essa ameaça é irrelevante. Esse país não se comportou agressivamente fora de suas fronteiras durante séculos. Israel invadiu o Líbano, com o beneplácito e a ajuda dos EUA, até cinco vezes em trinta anos. O Irã não fez nada parecido", afirma.


Barak Obama obteve em 2009 o Prêmio Nobel da Paz enquanto enviava mais tropas ao Afeganistão. O que ocorreu com a “mudança” prometida?

Chomsky: Sou dos poucos que não está desiludido com Obama porque não depositei expectativas nele. Eu escrevi sobre as posições de Obama e suas perspectivas de êxito antes do início de sua campanha eleitoral. Vi sua página na internet e para mim estava claro que se tratava de um democrata moderado ao estilo de Bill Clinton. Há, claro, muita retórica sobre a esperança e a mudança. Mas isso é como uma folha em branco, onde se pode escrever qualquer coisa. Aqueles que se desesperaram com os últimos golpes da era Bush buscaram esperanças. Mas não existe nenhuma base para expectativa alguma uma vez que se analise corretamente a substância do discurso de Obama.

Entrevista na íntegra clique aqui

sábado, 17 de abril de 2010

... violência na visão de jovens cariocas ...

Como estudantes interpretam a discriminação em universidades do Rio

Por Carolina Octaviano
15/04/2010
Um grupo de pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e do Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), por meio de um estudo qualitativo, buscou compreender como os diferentes processos da discriminação ocorrem entre estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da própria Uerj. A pesquisa faz parte do doutoramento de João Luiz Bastos na UFPel. O doutor em epidemiologia Eduardo Faerstein, co-orientador de Bastos e membro do IMS da Uerj, sugeriu que a pesquisa fosse feita no Rio. 

“Ele me convidou para fazer o estudo na cidade, levando em consideração o fato de que a instituição onde atua tem alunado com perfil bastante diversificado do ponto de vista socioeconômico (renda, escolaridade, origem social) e demográfico (cor, sexo, idade). Achamos que esse perfil diversificado seria rico e interessante como contexto no qual a pesquisa seria conduzida”, comenta.


O estudo foi iniciado em 2008 e divulgado na edição de fevereiro de 2010 da Revista de Saúde Pública. A pesquisa envolveu cinco grupos de 43 alunos de ambos os sexos e autoclassificados nas categorias de cor/raça branca, parda e preta. A Uerj e a UFRJ foram escolhidas porque recebem alunos de realidades econômicas e sociais distintas e por possuírem um esquema de ingresso diferenciado, sendo que a instituição estadual reserva um número determinado de vagas para estudantes de baixa renda e classificados como pardos ou negros. Tendo em vista que a relação de candidatos por vaga de cada curso poderia influenciar de alguma maneira na discriminação e no preconceito, foram selecionados universitários de diferentes cursos: ciências sociais, educação física e medicina.

Durante os encontros com os cinco grupos, os pesquisadores utilizaram um roteiro que abrangia os termos preconceito e discriminação e que questionava os participantes acerca de suas experiências discriminatórias, estimulando os entrevistados a pensarem e discutirem sobre os conceitos e as ações. Os pesquisadores adotaram o método de interpretação de sentidos, em que se busca a compreensão do contexto, da razão e da lógica das afirmações feitas pelos entrevistados. Além disso, foram analisados também os fatores que afetam a percepção da discriminação e os cenários e motivos das experiências discriminatórias.

De acordo com Bastos, quando estimulados a pensar sobre os termos “discriminação” e “preconceito”, os estudantes apresentaram definições bastante... Na íntegra aqui


quarta-feira, 14 de abril de 2010

... o perigo da liberdade ...

... quando uns idiotas que ficam olhando para o umbigo, acreditam que estão enxergando todo o giro do planeta!!!

Fórum da Liberade oscila entre o fascismo e o delírio

Evento realizado em Porto Alegre reúne pensadores que estão à direita de Adam Smith (ao não reconhecerem a função social da propriedade) e que se aproximam perigosamente de idéias fascistas, quando não descambam simplesmente para o delírio defendendo coisas como, por exemplo, a privatização dos tubarões. Presidente do Instituto de Estudos Empresariais, entidade promotora do encontro, diz em artigo que povo da América Latina é ignorante e desinformado por eleger os governantes que elege.

Todos os anos ocorre em Porto Alegre o Fórum da Liberdade, um evento organizado pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) que ganhou corpo propondo-se a ser uma espécie de contraponto ao Fórum Social Mundial realizado na capital gaúcho. O Fórum da Liberdade filia-se à mesma linha de pensamento do Instituto Millenium. Na abertura do encontro, o governo foi chamado de ladrão, o Estado de inútil e a propriedade colocada no altar sagrado da vida social, acima inclusive dos Direitos Humanos. Seguem dois relatos representativos do tipo de pensamento que vem sendo cultivado entre um setor do empresariado brasileiro, um pensamento que está (muito) à direita de Adam Smith, que se aproxima perigosamente de idéias fascistas, quando não descamba simplesmente para o delírio.

"O povo da América Latina é ignorante"

O presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Luiz Leonardo Fração, desfilou todo seu ideário na abertura da 23ª edição do Fórum da Liberdade, evento promovido pelo IEE. Um breve resumo desse ideário: todo governo é ladrão, os empresários são bons, os direitos humanos não podem se sobrepor ao direito de propriedade, o ideal na vida é trabalhar, produzir e não depender de ninguém. Segundo o jornalista Flávio Ilha, do jornal Zero Hora, Fração foi aplaudido de pé por platéia de aproximadamente mil pessoas. Graduado em Engenharia Civil pela UFRGS, Fração, ao invés de produzir prédios, pontes e estradas (algo que se aproximaria de seu suposto ideal de vida), decidiu se dedicar ao mercado financeiro e atuou na área de auditoria na PricewaterhouseCoopers.

O jovem empresário que não acredita no governo, no Estado e na Constituição brasileira e que não gosta de depender de ninguém na vida considera-se por outro lado uma pessoa humilde e um líder. Como líder gosta que outros dependam dele. Sua receita de liderança é uma “combinação de conhecimento e humildade” segundo suas próprias palavras ao assumir a presidência do IEE.

Do alto destes valores, Fração diz que a população da América Latina é ignorante, desinformada e não sabe votar. Ele defende essa posição em um artigo intitulado “O futuro da América Latina”, onde critica os países que não adotaram a opção de “trabalhar e não depender de ninguém, senão de si mesmo”. Todos, na sua opinião, menos o Chile. Para Fração, “o Estado de Direito está condenado pela Justiça Social”. Ele escreve:

“O que enxergamos hoje na América Latina nada mais é do que o resultado da ignorância de suas populações e da escolha de líderes que buscam o poder para benefício próprio, ludibriando a população desinformada com promessas populistas que nunca são cumpridas por culpa dos "capitalistas sanguinários". Toda vez que se ouve a palavra "social", temos um sinônimo de algo por que pagamos mais do que deveríamos, sem que obtenhamos nada em troca. O futuro da América Latina está perdido nessa palavra. O Estado de Direito está condenado pela "Justiça Social".

Luiz Leonardo Fração é um jovem e humilde empresário que não gosta de depender de ninguém, ama a propriedade acima de tudo e não gosta da ignorância do povo da América Latina. Foi aplaudido de pé no Fórum da Liberdade, encontro que, nesta edição, pretende “entender o mundo”. Ele, é claro, já entendeu e esteve lá para ensinar. Pena que o povo ignorante e desinformado não estava lá para beber de seu conhecimento e de sua humildade.

Em defesa da privatização dos tubarões

Estrela do Fórum da Liberdade defende privatização dos tubarões
O Fórum da Liberdade trouxe pensadores insólitos a Porto Alegre para tentar “entender o mundo”. Um deles é Rodrigo Constantino, formado pela Economia na PUC-RJ e membro fundador do Instituto Millenium, convidado para debater sobre socialismo. Constantino é autor de um texto clássico intitulado “Patrimônio da humanidade”, onde defende a privatização dos tubarões. É isso mesmo,vocês leram direito, a privatização dos tubarões! Constantino apresenta assim o seu ponto:

Por que os tubarões podem estar ameaçados de extinção, mas as vacas dificilmente correm tal risco? Por que é absurdamente raro que uma pessoa lave um carro alugado antes de devolvê-lo? Por que a floresta amazônica anda sendo devastada em ritmo acelerado e sem responsabilidade? Apesar de aparentarem desconexas, essas perguntas estão intimamente ligadas, pois a resposta é a mesma para todas: direito de propriedade privada.

Os tubarões, no meio do oceano, filosofa Constantino, não possuem donos, ao contrário das vacas, com proprietários bem definidos. O pensamento do autor é, sejamos benevolentes, um tanto labiríntico. Logo após introduzir o tema dos tubarões, comparando a situação desses animais com a das vacas, Constantino dá um salto semântico para o mundo dos carros alugados, juntando as pontas depois num looping dialético, se é que vocês me entendem. Ele escreve:

O carro alugado, apesar de ter um dono, não está sendo utilizado por este quando está alugado. E o cliente não lava o carro justamente porque o carro não é dele. Da mesma forma, a floresta amazônica é tão mal tratada e explorada justamente pela ausência de uma propriedade privada bem definida. Espero que a mensagem tenha ficado bastante clara.

Não ficou muito clara, na verdade, mas deu para entender que tubarões devem ser privatizados como as vacas (Constantino não explica como; currais de tubarões nos mares, talvez, ou grandes pastos oceânicos). Não só os tubarões, mas a Amazônia também. Ele explica:

É a propriedade privada que faz florescer um tratamento adequado aos recursos naturais, com base na racionalidade e busca de lucro. Não vamos tratar a Amazônia como um mico-leão dourado. Vamos tratá-la como uma vaca. Quando as coisas têm dono, a própria lei de oferta e demanda, através do preço de mercado, força um tratamento mais racional por parte do proprietário.

Constantino também defende outras teses ousadas como a do comércio de órgãos humanos (tese transplantada de seu guru, o austríaco Ludwig Von Mises). O autor tornou-se uma celebridade no Orkut após ter afirmado que, numa certa região da África, a privatização evitou a extinção dos mamutes. O fato de os mamutes estarem extintos não foi encarada por ele como uma refutação, o que deu origem à comunidade de Refutópolis, em homenagem ao pensamento do autor.

Também foi muito aplaudido no Fórum da Liberdade.

terça-feira, 13 de abril de 2010

... pra quem não teme a verdade...

... uma alternativa para o sistema predatório...

Gerald Cohen: Em busca de uma alternativa socialista

“O Socialismo”, disse Albert Einstein, é a tentativa da humanidade “superar e sobrepujar a fase predatória da evolução humana”; e, para Gerald. A. Cohen, “todo mercado (...) é um sistema predatório”. Essa é a essência do último livro de Cohen, considerado pelo The Guardian como o maior filósofo político marxista dos nossos dias. O propósito do autor, que morreu em agosto de 2009, é assentar o que chama de as bases “preliminares” - uma tentativa que, afinal, bem poderia chegar a ser derrotada por realidades inexoráveis – de uma alternativa socialista.
Ellen Melksins Wood resenha o livro póstumo de Gerald A. Cohen “Why not Socialism?” (Princeton, 83 pgs, ISBN 978 0 691 143613).

“O Socialismo”, disse Albert Einstein, é a tentativa da humanidade “superar e sobrepujar a fase predatória da evolução humana”; e, para Gerald. A. Cohen, “todo mercado (...) é um sistema predatório”. Tal é a essência de seu último livro, breve porém incisivo e elegantemente escrito (Cohen morreu em agosto passado). Seu propósito é assentar o que chama de as bases “preliminares” - uma tentativa que, afinal, bem poderia chegar a ser derrotada por realidades inexoráveis – de uma alternativa socialista. É desejável, pergunta-se, e se desejável, factível, construir uma sociedade movida por algo que não seja a predação, que não responda às motivações “mesquinhas”, “baixas”, “repugnantes” do mercado, mas que esteja antes dirigida por um compromisso moral com a comunidade e com a igualdade?

sábado, 10 de abril de 2010

... impressionante


Encontrei  um vídeo impactante: De la Servitude Moderne (França-Colômbia, 2009, 52min – Direção: Jean-François Brient). A Internet está repleta de centenas de vídeos. O desafio é encontrar algo que mereça o tempo dedicado a assisti-los – afinal a vida é finita e, portanto, o tempo é o que temos de mais precioso.
De la Servitude Moderne (Da servidão moderna) é um filme cujas imagens e linguagem expõem os paradoxos, dilemas e as chagas da sociedade. Enquanto indivíduos conscientes e críticos da realidade social que nos circunda é impossível passar incólume diante do que vemos e ouvimos. Cada imagem, cada frase, nos leva à reflexão sobre o mundo em que vivemos e nossa atitude diante dele.
De la Servitude Moderne é um documentário e também um livro, ambos produzidos de maneira completamente independente e distribuídos gratuitamente. A atitude de Jean-François Brient e Victor León Fuentes é também um desafio à concepção predominante sobre a propriedade intelectual. O texto foi escrito na Jamaica em outubro de 2007 e o documentário foi finalizado na Colômbia em maio de 2009. Foi elaborado a partir de imagens desviadas, essencialmente oriundas de filmes de ficção e de documentários. As referências que inspiraram a obra, e mais propriamente a vida dos que a fizeram, são explícitas: Diógenes de Sinope, Etienne de La Boétie,  Karl Marx e Guy Debord. Da mesma forma, os autores explicitam que:   “O objetivo principal deste filme é de por em dia a condição do escravo moderno dentro do sistema totalitário mercante e de evidenciar as formas de mistificação que ocultam esta condição subserviente. Ele foi feito com o único objetivo de atacar de frente a organização dominante do mundo.”
E o que é a servidão moderna?   -   “A servidão moderna é uma escravidão voluntária, consentida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais. Eles mesmos procuram um trabalho cada vez mais alienante que lhes é dado, se demonstram estar suficientemente domados. Eles mesmos escolhem os mestres a quem deverão servir. Para que esta tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e de sua alienação. Aí está a estranha modernidade da nossa época. Contrariamente aos escravos da antiguidade, aos servos da Idade média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada, só que não sabe, ou melhor, não quer saber. Eles ignoram o que deveria ser a única e legítima reação dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que se planejou para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça.”

Clique no link e assista o filme – são cinco partes – tenha paciência e reflita...

             OU

quinta-feira, 8 de abril de 2010

... novidade no Porta Curtas Petrobras...


Uma provocação sobre a temática do esporte e gênero... vale a pena conferir!


Se Lennon pudesse ouvir...

... onde está a novidade mesmo?

"Os bancos são proprietários do Congresso dos EUA"

Um critério segundo o qual é possível calibrar a decadência da vida cultural, política e econômica nos Estados Unidos é responder a seguinte pergunta: as forças do poder econômico, que fracassaram de forma evidente, tornaram-se mais fracas ou mais fortes depois que os danos amplamente conhecidos que causaram converteram-se em um tema de domínio público? Apesar das manchetes na imprensa há dois anos sobre a autodestruição dos gigantes financeiros de Wall Street, os bancos seguem mandando na política dos EUA. O artigo é de Ralph Nader.(*)
Uma sociedade que não percebe os sinais de sua própria decadência, porque sua ideologia é um mito contínuo de progresso, separa-se da realidade e se enreda na ilusão. Um critério segundo o qual é possível calibrar a decadência da vida cultural, política e econômica nos Estados Unidos é responder a seguinte pergunta: as forças do poder econômico, que fracassaram de forma evidente, tornaram-se mais fortes depois que os danos amplamente conhecidos que causaram converteram-se em um tema de domínio público?

(*) Ralph Nader é advogado e escritor, ex-candidato à presidência dos EUA. Seu último livro é a novela Only the Super-Rich Can Save Us!
Tradução: Katarina Peixoto

O texto na íntegra

sábado, 3 de abril de 2010

... agora José? E essa pessoa do seu lado, vc conhece? Tem certeza?

Homem usa nome da Carta Maior para espionar manifestação

Utilizando um cracha falso da Carta Maior, homem apontado como sendo agente do serviço de inteligência da Brigada Militar (a PM gaúcha) acompanhou manifestação de servidores públicos contra governo Yeda Crusius (PSDB) tirando fotos dos manifestantes. Episódio configura falsidade ideológica e documental, dois crimes previstos no Código Penal. Não é de hoje que servidores de órgãos de segurança disfarçam-se de fotógrafos no Rio Grande do Sul, identificando-se como profissionais de imprensa para espionar manifestações de sindicatos e movimentos sociais.
PORTO ALEGRE - Um homem, apontado por manifestantes como sendo agente da P2, o chamado serviço secreto da Brigada Militar (a PM gaúcha), usou indevidamente o nome da Carta Maior ao infiltrar-se, hoje (30), em uma manifestação de servidores públicos contra o governo Yeda Crusius (PSDB), em Porto Alegre e fazer fotos dos manifestantes.

O servidor foi surpreendido no ato por pessoas que conhecem a Carta Maior e que ficaram surpresas ao vê-lo portando um crachá (falso) da agência. A Carta Maior interpelará as autoridades responsáveis sobre o lamentável episódio que configura falsidade ideológica e documental, dois crimes previstos no Código Penal brasileiro.

Não é de hoje que servidores de órgãos de segurança disfarçam-se de fotógrafos no Rio Grande do Sul, identificando-se como profissionais de imprensa para espionar manifestações de sindicatos e movimentos sociais. Imaginem o estardalhaço que causaria um agente disfarçado da Abin ou da Polícia Federal “cobrindo” uma reunião do PSDB com um crachá falso da Folha de São Paulo...

O ato de hoje foi convocado pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do Rio Grande do Sul (FSPE/RS) e por um conjunto de outras entidades para denunciar o desmonte do Estado patrocinado pelo governo Yeda Crusius (PSDB).

Diversas categorias de servidores públicos concentraram-se em frente ao Gigantinho, onde estava acontecendo a assembléia geral do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS/Sindicato). De lá, os manifestantes seguiram em caminhada até o Palácio Piratini, na praça da Matriz, para mais um protesto da campanha “Fora Yeda!”

Além do FSPE/RS, o ato público foi convocado pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), CUT, CTB, Conlutas, Intersindical, Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Via Campesina, Marcha Mundial de Mulheres (MMM) e diversos grêmios estudantis e DCEs.

... qual é o lado da maioria?

Jorge Furtado: a antiga imprensa, enfim, assume partido

Finalmente a antiga imprensa brasileira assumiu que virou um partido político. O anúncio foi feito pela presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva da Folha de S.Paulo, Maria Judith Brito: "Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposiciobista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada". A presidente da associação/partido não questiona a moralidade de seus filiados assumirem a “posição oposicionista deste país” enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo. O artigo é de Jorge Furtado
Artigo publicado no blog de Jorge Furtado/Casa de Cinema de Porto Alegre

Quem estava prestando atenção já percebeu faz tempo: a antiga imprensa brasileira virou um partido político, incorporando as sessões paulistas do PSDB (Serra) e do PMDB (Quércia), e o DEM (ex-PFL, ex-Arena).

A boa novidade é que finalmente eles admitiram ser o que são, através das palavras sinceras de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva do jornal Folha de S. Paulo, em declaração ao jornal O Globo:

“Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada.”

A presidente da Associação Nacional dos Jornais constata, como ela mesma assinala, o óbvio: seus associados “estão fazendo de fato a posição oposicionista (sic) deste país”. Por que agem assim? Porque “a oposição está profundamente fragilizada”.

A presidente da associação/partido não esclarece porque a oposição “deste país” estaria “profundamente fragilizada”, apesar de ter, como ela mesma reconhece, o irrestrito apoio dos seus associados (os jornais).

A presidente da associação/partido não questiona a moralidade de seus filiados assumirem a “posição oposicionista deste país” enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo. Também não questiona o fato de serem a oposição ao governo “deste país” mas não aos governos do seu estado (São Paulo). 
 
Leia na íntegra clicando aqui

... qual modelo de sociedade ideal?

Sociedade civil se mobiliza contra a “cidade neoliberal” 
Segundo a Carta do Rio, aprovada no Fórum Social Urbano, as empresas transnacionais e as agências multilaterais, assim como seus ideólogos e representantes políticos, têm um modelo próprio de cidade ideal: “É a cidade globalizada, associada aos mercados globais por fluxos e hierarquias e submetida aos interesses daqueles poucos que controlam e regulam os mercados desde seus escritórios nas metrópoles centrais”

quinta-feira, 25 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

... denunciando o mundo com Galeano...

Um convite ao vôo

por Eduardo Galeano
 
Milênio vai, milênio vem, a ocasião é propícia para que os oradores de inflamado verbo discursem sobre os destinos da humanidade e para que os porta vozes da ira de Deus anunciem o fim do mundo e o aniquilamento geral, enquanto o tempo, de boca fechada, continua sua caminhada ao longo da eternidade e do mistério.
Verdade seja dita, não há quem resista: numa data assim, por arbitrária que seja, qualquer um sente a tentação de perguntar-se como será o tempo que será. E vá-se lá saber como será. Temos uma única certeza: no século 21, se ainda estivermos aqui, todos nós seremos gente do século passado e , pior ainda, do milênio passado.
Embora não possamos adivinhar o tempo que será, temos, sim, o direito de imaginar o que queremos que seja. Em 1948 e em 1976, as Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos, mas a imensa maioria da humanidade só tem o direito de ver, ouvir e calar. Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar? Que tal delirarmos um pouquinho? Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível:
o ar estará livre de todo o veneno que não vier dos medos humanos e das paixões humanas; nas ruas os automóveis serão esmagados pelos cães; as pessoas não serão dirigidas pelos automóveis, nem programadas pelo computador; nem compradas pelo supermercado, nem olhadas pelo televisor; o televisor deixará de ser o membro mais importante da família e será tratado como o ferro de passar e a máquina de lavar roupa;
as pessoas trabalharão para viver, em vez de viver para trabalhar; será incorporado aos códigos penais o delito da estupidez, cometido por aqueles que vivem para ter e para ganhar, em vez de viver apenas por viver, como canta o pássaro sem saber que canta e como brinca a criança sem saber que brinca;
em nenhum país serão presos os jovens que se negarem a prestar serviço militar, mas irão para a cadeia os que desejarem prestá-lo; os economistas não chamarão nível de vida de nível de consumo, nem chamarão qualidade de vida a quantidade de coisas;
os cozinheiros não acreditarão que as lagostas gostam de serem fervidas vivas; os historiadores não acreditarão que os países gostam de ser invadidos; os políticos não acreditarão que os pobres gostam de comer promessas;
ninguém acreditará que a solenidade é uma virtude e ninguém levará a sério aquele que não for capaz de deixar de ser sério; a morte e o dinheiro perderão seus mágicos poderes e nem por falecimento ou fortuna o canalha será transformado em virtuoso cavaleiro; ninguém será considerado herói ou pascácio por fazer o que acha justo em lugar de fazer o que mais lhe convém;
o mundo já não estará em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza, e a indústria militar não terá outro remédio senão declarar-se em falência; a comida não será uma mercadoria e nem a informação um negócio, por que a comida e a informação são direitos humanos; ninguém morrerá de fome, porque ninguém morrerá de indigestão;
os meninos de rua não serão tratados como lixo, porque não haverá meninos de rua; os meninos ricos não serão tratados como se fossem dinheiro, porque não haverá meninos ricos; a educação não será privilégio de quem possa pagá-la; a polícia não será o terror de quem não possa pagá-la; a justiça e a liberdade, irmãs siamesas condenadas a viverem separadas, tornarão a unir-se, bem juntinhas, ombro contra ombro;
uma mulher, negra, será presidente do Brasil, e outra mulher, negra, será presidente dos Estados Unidos da América; e uma mulher índia governará a Guatemala e outra o Peru; na Argentina, as loucas da Praça de Mayo serão um exemplo de saúde mental, porque se negaram a esquecer dos tempos da amnésia obrigatória;
a Santa Madre Igreja corrigirá os erros das tábuas de Moisés e o sexto mandamento ordenará que se festeje o corpo; a Igreja também ditará outro mandamento, do qual Deus se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte"; serão reflorestados os desertos do mundo e os desertos da alma; os desesperados serão esperados e os perdidos serão encontrados, porque eles são os que se desesperam de tanto esperar e os que se perdem de tanto procurar;
seremos compatriotas e contemporâneos de todos que tenham aspiração de justiça e aspiração de beleza, tenham nascido onde tenham nascido e tenham vivido quando tenham vivido, sem que importem nem um pouco as fronteiras do mapa ou do tempo;
a perfeição continuará sendo um aborrecido privilégio dos deuses; mas, neste mundo confuso e fastidioso, cada noite será vivida como se fosse a última e cada dia como se fosse o primeiro.

Eduardo Galeano. "Galeano De Pernas Pro Ar". Ed. LPM

... os neoliberais insistem, até com teorias mentirosas...

Milton Friedman não salvou o Chile 

Bret Stephens, colunista do Wall Street Journal, disse a seus leitores que o espírito de Milton Friedman sobrevoava o Chile como um protetor. Segundo Stephens, as medidas radicais pró-livre mercado prescritas ao ditador chileno Augusto Pinochet por Milton Friedman e seus infames “Chicago Boys” constituem a razão pela qual o Chile é uma nação próspera que dispõe “de códigos de edificação que figuram entre os mais rigorosos do mundo”. Não é verdade. O código moderno de edificação sísmica no Chile, redigido para resistir a terremotos, foi adotado em 1972, durante o governo Allende. O artigo é de Naomi Klein. (*).

 (...)

(*) Naomi Klein é escritora.

Tradução: Katarina Peixoto
www.cartamaior.com.br

... o fórum também precisa de avaliação...

Seminário na UnB debate 10 anos do Fórum Social Mundial

Seminário "Dez Anos do Fórum Social Mundial: diferentes olhares" será realizado no dia 26 de março na Universidade de Brasília (UnB). O evento é fruto de dois anos de pesquisa sobre o Fórum Social Mundial, que envolveu estudantes de graduação e pós-graduação em ciência política. O objetivo é promover o debate sobre o tema a partir da apresentação dos resultados da pesquisa.

Os debates serão realizados no auditório Joaquim Nabuco, Prédio da FA (próximo ao posto de gasolina) Campus Darcy Ribeiro, Asa Norte, Universidade de Brasília. (Mais informações pelo telefone 3307-2866)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Quando o Fascismo Estraga o Futebol..... ISSO MESMO!!!!

Manifestações fascistas ganham cada vez mais adeptos no universo do futebol europeu e assustam muita gente que achava que este passado fora enterrado após a Segunda Guerra Mundial





No dia 15 de março de 2010, em rodada válida pelo campeonato italiano de futebol, o jogador argentino Mauri Zárate, do Lazio, causou polêmica ao saudar a torcida de sua equipe com um gesto fascista, realizado com o braço direito enquanto os times se aqueciam em campo. O jogador, que não pôde entrar em campo por ofender um árbitro, assistiu o jogo nas arquibancadas, próximo aos "ultras", torcedores de extremistas do Lazio. O incidente, porém, não figura como um caso isolado. Nos últimos anos, a relação entre partidos políticos de extrema-direita, grupos neonazistas e futebol vem se tornando cada vez mais estreita em vários países do velho continente, fazendo soar um preocupante alerta.

Recentemente, o próprio Lazio já protagonizara cena semelhante. Em 2005, também pelo campeonato italiano, o atacante Paolo Di Canio (foto), hoje aposentado, fora suspenso por fazer a mesma saudação fascista durante um jogo. Na época, o clube italiano (pelo qual torcia Benito Mussolini), fora multado porque seus torcedores "Ultras" haviam exibido símbolos fascistas e cantado músicas antissemitas nas arquibancadas. E os casos multiplicam-se por toda a Europa. Em 2006, autoridades austríacas denunciaram os torcedores do Branau por publicarem na internet foto na qual fazem saudação nazista. No mesmo ano, torcedores do Paris Sanit-German, da França, foram punidos por exibirem símbolos neonazistas em um jogo. Já em 2008, um árbitro relatou na súmula torcida do Betis de promover manifestações de apologia ao nazismo em jogo válido pelo Campeonato Espanhol. Somados aos casos crescentes de racismo no esporte, a FIFA, nos últimos dois anos, vem intensificando campanhas contra o problema. (Veja um histórico de notícias envolvendo fascismo e futebol clicando aqui)

O recente fenômeno levou um jornalista espanhol, de pseudônimo Antonio Salas, a publicar o livro “Diário de um Skinhead – Um infiltrado no movimento neonazista”, publicado no Brasil pela Editora Planeta, em 2006. No livro, Salas conta como conseguiu se infiltrar durante quase um ano no movimento neonazista skinhead.

Segundo o autor, os líderes neonazistas da Europa arrebanham jovens envolvendo-se com aquilo que eles mais gostam, como a música e o futebol. Passando-se por um skinhead, Salas foi a vários jogos de futebol do Campeonato Espanhol com a torcida “Ultrassur”, do Real Madrid, torcida do tipo “Ultra”, de orientação neonazista. Nos estádios, esses torcedores entoam músicas como “seis milhões de judeus na câmera de gás, seis milhões a mais...” (em alusão ao número de judeus mortos no Holocausto) e promovem episódios de violência contra estrangeiros que vão aos jogos. Um desses episódios é relatado por Salas. Dois irmãos navarreses foram espancados diante dele próximo ao Estádio do Real , o Santiago Bernabeu, em Madri, por um grupo de torcedores da Ultrassur.

A Ultrassur possui ligações diretas e indiretas com partidos políticos europeus de extrema-direita e até mesmo com algumas diretorias do Real Madrid, que já permitiram que faixas e outros objetos da torcida fossem guardados dentro do próprio estádio. No livro, Salas mostra que há cumplicidade até mesmo com os jogadores. Há fotos que mostram o ex-jogador do Real, o português Figo exibindo bandeiras e flâmulas da Ultrassur, bem como o atacante espanhol Raúl, venerado por suas atuações pelo Real e também pela seleção Espanhola.

Sabendo da importância desta discussão para os historiadores e demais leitores do Café História, preparamos algumas outras sugestões sobre o tema, na internet. Você pode assistir a um vídeo, feito em 2008 nas imediações do Estádio do Real Madrid, que mostra a torcida Ultrassur se manifestando (http://www.youtube.com/watch?v=eoo3y9GtAhY) ou ainda visitar o site dos "ultras" do Real Madrid: http://www.ultras-sur.es. Por fim, indicamos duas leituras: o artigo "Racismo no Futebol, trabalho de Adriano Lopes e Bruna Vieira da PUC-RJ" (http://www.dad.puc-rio.br/dad07/arquivos_downloads/49.pdf) e o livro "Diário de um Skinhead", anteriormente citado neste post.
(http://www.editoraplaneta.com.br/descripcion_libro/2903)

No mais, o Café História posiciona-se contra o fascismo, o nazismo e toda e qualquer renovação destas idéias e paradigmas, bem como toda forma de preconceito e racismo, no futebol ou cultura. Posicione-se você também. Diga não ao racismo, ao preconceito e celebre o futebol da maneira que ele merece: com paz e respeito, dentro e fora dos estádios.

http://cafehistoria.ning.com/

terça-feira, 16 de março de 2010

... espaço pra falar de gente muito bacana ...

Entre os dias 12 e 18 de abril, Carlinhos Veiga e banda estarão na cidade histórica goiana de Pirenópolis gravando seu primeiro DVD. Será um registro do trabalho que o grupo tem realizado nos últimos anos em eventos culturais pelo Brasil e exterior. No repertório canções dos seis CDs gravados e algumas canções novas.



As gravações acontecerão durante toda a semana mesclando cenas externas, nas ruas da cidade e em fazendas da região, com os shows programados para os dias 16 e 17, sexta e sábado, abertos ao público. Estes shows acontecerão no Cine Pireneus, construído em 1919.

Pirenópolis foi fundada em 1727, na época do ciclo do ouro em Goiás. Por vários anos caminhou na vanguarda da arte no estado. No século 19, quando ainda se chamava Meia Ponte, destacou-se como berço da música goiana por meio de vários maestros que ali residiam. Foi nessa cidade também que surgiu o primeiro jornal do estado, chamado Matutina Meiapontense. Nesse contexto de efervescência cultural nasceu o artesão de obras-primas sacras Veiga Valle, o mais renomado artista da região. Em 1899 foi construído o Theatro de Pirenópolis e em 1919 o Theatro Pireneus, que em 1936, com a chegada do cinema à região, passou a se chamar Cine Pireneus, local que receberá os shows do DVD.

Duas festas folclóricas principais marcam a cidade: as Cavalhadas, que remontam a guerra entre os mouros e cristãos, e a Festa do Divino. A sua programação cultural é intensa, recheada de eventos literários, musicais nos diversos estilos (instrumentais, populares e eruditos), exposições de artes plásticas e esculturas, além de variadas expressões de artesanato. No ano de 1997 o centro histórico foi totalmente revitalizado, recuperadas as igrejas, os prédios principais e a antiga ponte de madeira do Rio das Almas. Pirenópolis é uma cidadezinha linda e aconchegante. Certamente não haveria melhor cenário para esse DVD.

A Toca de Barro Filmes, dos paulistas Davi Julião e Jader Gudin – criadores do Plataforma, está responsável pela produção do vídeo. O Estúdio Zero Db, de Goiânia, cuidará da captação, mixagem, edição e masterização do áudio. Somando tudo isso à música de Carinhos Veiga e ao cenário esplendoroso de Pirenópolis, pode-se esperar um bom trabalho.
Fonte: http://www.ultimato.com.br/blog/

... eu vou, e você?

"Utopia e barbárie" chega aos cinemas em abril


Documentário de Silvio Tendler reconstrói o mundo a partir da II Guerra Mundial. O filme, que percorreu 15 países, faz uma revisão nos eventos políticos e econômicos, que desde a metade do século XX elevaram ao risco e até ao desaparecimento dos sonhos de igualdade, de justiça e harmonia, em busca de entender as questões que mobilizam esses dias tumultuados: a utopia e a barbárie. Ao longo de quase duas décadas de trabalho, Silvio Tendler fez uma minuciosa pesquisa e reconstruiu parte da história mundial, através do olhar de diferentes personagens.
No dia 23 de abril, chega aos cinemas de todo o país o filme “Utopia e Barbárie”, mais novo trabalho do cineasta Silvio Tendler, que se debruçou nos últimos 20 anos sobre o projeto. Partindo da II Guerra Mundial, o filme faz uma revisão nos eventos políticos e econômicos, que desde a metade do século XX elevaram ao risco e até ao desaparecimento dos sonhos de igualdade, de justiça e harmonia, em busca de entender as questões que mobilizam esses dias tumultuados: a utopia e a barbárie.

“Utopia e Barbárie” é um road movie histórico que percorreu ao todo 15 países: França, Itália, Espanha, Canadá, EUA, Cuba, Vietnã, Israel, Palestina, Argentina, Chile, México, Uruguai, Venezuela e Brasil. Em cada um desses lugares, Tendler documentou os protagonistas e testemunhas da história, os apresentando de forma apartidária, mas sem deixar de trazer um pouco do olhar do cineasta, que completa 60 anos em 12 de março de 2010.

Nas telas, Silvio Tendler trafega por alguns dos episódios mais polêmicos dos últimos séculos, como as bombas de Hiroshima e Nagasaki, o Holocausto, a Revolução de Outubro, o ano de 1968 no mundo (Brasil, França, Chile, Argentina, Uruguai, dentre outros), a Operação Condor, a queda do Muro de Berlim e a explosão do neoliberalismo mais canibal que a História já conheceu.

O cineasta foi à procura dos sonhos que balizaram o século XX e inauguram o século XXI. Ao longo de quase duas décadas de trabalho, Silvio Tendler fez uma minuciosa pesquisa e reconstruiu parte da história mundial, através do olhar de personagens com abordagens e trajetórias distintas, que ajudaram a compor um rico painel de nossa época. O diretor entrevistou inúmeros intelectuais, como filósofos, teatrólogos, cineastas, escritores, jornalistas, militantes, historiadores, economistas, além de testemunhas e vítimas desses episódios históricos.

Os dramaturgos Amir Haddad, Augusto Boal e Zé Celso Martinez, a economista Dilma Rousseff, o escritor e jornalista Eduardo Galeano, o poeta Ferreira Gullar e o jornalista Franklin Martins foram alguns dos nomes que concederam ao filme emocionantes depoimentos. Diversas vítimas, testemunhas e sobreviventes também narraram suas trajetórias, como a argentina Macarena Gelman e a brasileira nascida em Havana, Naisandy Barret, ambas filhas de desaparecidos políticos, além do estrategista do exército vietnamita, General Giap.

Cineastas de vários países também contribuíram com suas visões, como Denys Arcand (Canadá), Amos Gitai (Israel), Gillo Pontecorvo (Itália), Fernando Solanas (Argentina), Hugo Arévalo (Chile), Marceline Loridan (França), Mohamed Alatar (Palestina), Shin Pei (Japão), além dos cineastas brasileiros Cacá Diegues, Sérgio Santeiro e Marlene França.

Orçado em R$ 1 milhão, o longa-metragem conta com a narração de Letícia Spiller, Chico Diaz e Amir Haddad. A trilha sonora, especialmente composta para o filme, é assinada por Caíque Botkay, BNegão, Marcelo Yuka e pelo grupo Cabruêra.

Sobre o diretor
Silvio Tendler é diretor de O Mundo Mágico dos Trapalhões, que fez um milhão e oitocentos mil espectadores; Jango, fez um milhão e Os Anos JK, oitocentos mil espectadores. Seu último longa-metragem, Encontro com Milton Santos, ficou entre os dez documentários mais vistos de 2007. Com seus filmes Silvio ganhou quatro Margaridas de Prata (prêmio dado pela CNBB), seis kikitos (Festival de Gramado) e dois candangos (Festival de Brasília).
 

... apesar de Wall Street, México e a Grécia sinalizarem o caos...

A falácia da composição e o paradoxo do arrocho fiscal na política econômica

A Letônia mostra toda a miséria que a instituição de restrições politicamente auto-impostas traz para a ação pública. O governo letão abandonou os instrumentos de política pública que poderiam melhorar a vida dos seus cidadãos. Os líderes políticos ataram seus pés e mãos, a fim de que os mercados pudessem conseguir seus milagrosos ajustes espontâneos. Fixaram seu tipo de câmbio, estão cortando furiosamente seu gasto público e a economia segue se deteriorando. Algo parecido está ocorrendo na Grécia. Estes países estão experimentando o que a Argentina descobriu na crise de 2001-2002: o paradoxo do arrocho público. O artigo é de Marshall Auerback e Rob Parenteau.

Se vocês querem ver realmente as consequências reais da teoria econômica dura, da teoria econômica, esqueçam a Grécia e dirijam o olhar para a Letônia. A queda de 25,5% do seu PIB nos últimos dois anos – só no último ano, de 20% - já é o pior registro bianual da história. O país há pouco mostrou uma queda de 12% nos salários anuais no quarto semestre de 2009 em em relação ao mesmo período de 2008. O FMI prevê outros 4% de queda para este ano e prognostica que a perda total do PIB, do ponto máximo até o fundo do poço chegará a 30%. Para situar tudo isso num contexto mais amplo, a magnitude dessa perda de produto na Letônia é superior à registrada nos EUA na crise de 1929-30, na Grande Depressão.

A teoria econômica acadêmica dominante insiste que o caminho para o pleno emprego passa por salários mais baixos. Se se quer vender mais produtos do trabalho, reparta-se o seu preço, quer dizer, os salários. Trata-se de um argumento que incorre na clássica falácia de composição [tomar a parte pelo todo]. O que pode valer para uma empresa não é provável que valha para todas. Os cortes salariais repercutem no consumo, resultando simplesmente na destruição da capacidade agregada de gasto, a menos que a demanda evaporada se reconstitua por outras vias. Para ler o artigo na íntegra clique aqui

Marshall Auerback, é analista econômico e membro conselheiro do Instituto Franklin e Eleanor Roosevelt, onde colabora com o projeto de política alternativa new deal 2.0 (www.newdeal20.org). Rob Parenteau é o proprietário do MacroStrategy Edge. Editor do Richebacher Letter, é pesquisador do Levy Economics Institute. 


sábado, 13 de março de 2010

... dia do teatro, mas do oprimido ...

CTO celebra 16 de março no Rio de Janeiro e Natal


O Centro de Teatro do Oprimido celebra no dia 16 de março de 2010, terça-feira, o Dia Mundial do Teatro do Oprimido com uma série de atividades artísticas em sua sede na Lapa, Rio de Janeiro, e alinhando as comemorações com a região nordeste, promove atividades em Natal, Rio Grande do Norte.
Desde 2008, no dia 16 de março, centenas de grupos em mais de 70 países dos cinco continentes comemoram o Dia Mundial do Teatro do Oprimido.  No Largo da Lapa, Rio de Janeiro, o Centro de Teatro do Oprimido – CTO realiza nesta data, das 10 até às 22h, no casarão verde e amarelo da Av. Mem de Sá 31, que abriga a instituição, uma programação de atividades artísticas: peças teatrais, shows musicais, poesias, performances, exibição de vídeos, a instalação O Ser Humano no Lixo, exposição de pinturas, exposição de parte do acervo do Instituto Augusto Boal, além da homenagem Viva Boal que vai celebrar os 79 anos que neste dia completaria o criador do Teatro do Oprimido.
O evento se divide em três momentos, que vão ... maiores informações: clique aqui
SERVIÇO RJ

Evento: Dia Mundial do Teatro do Oprimido
Data: 16 de março
Horário: 10 às 22 horas
Local: Centro de Teatro do Oprimido. Av. Mem de Sá 31, Lapa
Capacidade de público: 250 pessoas
Informações: tel. 2232-5826 ou sítio www.cto.org.br
Classificação indicativa: LIVRE
Ingressos: GRÁTIS

sexta-feira, 12 de março de 2010

... de interessante a preocupante num fragmento de pensar...

Futuro da mídia progressista nos Estados Unidos

Um novo livro destaca como a mídia progressista e independente chegou a ter a maior influência de sua história nos Estados Unidos. Essa mídia já alcança um público de milhões de pessoas todos os dias e está decididamente mais influente do que nunca. Antigamente seria considerado um grande sucesso se uma revista progressista obtivesse mais de 200 mil assinantes por mês. Mas hoje há dúzias ou mais de blogs, revistas e sites de notícias online, nos EUA, que têm mais de 1 milhão de leitores únicos por mês. O artigo é de Don Hazen.


O que é mídia progressista?
A mídia progressista é feita por um vasto conjunto de entidades de todos os tamanhos e formatos. Mas, com larga vantagem, sua maior audiência é online.

A mídia progressista é ideologicamente diversa, indo do liberal ao radical. Grosso modo, as milhares de pessoas que fazem mídia progressista acreditam em tornar o mundo um lugar melhor através dos seus esforços midiáticos. Elas estão lutando por uma sociedade mais igualitária e justa, pela democratização da informação, pela transparência no exercício do poder público e pela defesa de questões sociais, cobrando responsabilidades e prestações de contas aos responsáveis (para falar de alguns dos valores que os progressistas cultivam). Muitas das entidades de mídia progressista praticam o jornalismo de opinião e a reportagem investigativa, enquanto outras estão muito mais voltadas para a agitação e propaganda altamente bem sucedidas, organizando táticas para chamar a atenção para questões e causas.