terça-feira, 20 de setembro de 2011

III Festival de Ginástica Geral do Centro Oeste




MAIORES INFORMAÇÕES
NORMAS PARA ENVIO DE TRABALHOS: no site.
Fone: (62) 8113-2749

INSCRIÇÕES
Disponível a partir do dia 21 de setembro

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Até que enfim uma boa notícia!!!

Educação superior

Ação judicial impede processo seletivo em faculdade irregular

Sexta-feira, 16 de setembro de 2011 - 18:42 
 
O juiz da 23ª Vara Federal em Garanhuns (PE), Temístocles Araújo Azevedo, cancelou nesta sexta-feira, 16, o processo seletivo da Faculdade de Medicina de Garanhuns (Fameg), instituição privada não credenciada pelo Ministério da Educação para oferecer educação superior. A decisão atende ação protocolada pela Advocacia Geral da União (AGU), atendendo a interesse do Ministério da Educação.

Mesmo em situação irregular, a Fameg publicou edital de vestibular para medicina, com prova prevista para este domingo, 18. Além de suspender o processo seletivo, o juiz federal determinou que a instituição divulgue o cancelamento do exame, na internet e na imprensa escrita e falada, detalhando que a suspensão ocorreu por ação judicial. O magistrado também proibiu a prática de qualquer ato de organização, implantação ou funcionamento do curso de medicina no município de Garanhuns. A decisão da justiça federal prevê multa e até mesmo utilização de força policial em caso de descumprimento da ação. Caso a decisão não seja cumprida, as provas poderão ser recolhidas e os locais dos exames fechados.

Na quinta-feira, 15, o desembargador Federal Geraldo Apolinário, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, já havia proferido decisão determinando a suspensão do processo seletivo do curso de medicina.
Assessoria de Comunicação Social do MEC

domingo, 18 de setembro de 2011

Greve dos Correios - Utilidade Cidadã



CORREIOS EM GREVE: VEJA QUAIS SÃO SEUS DIREITOS

Os funcionários dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (14/09/11).
Em nota divulgada na quarta, os Correios afirmam que apesar de todos os esforços da empresa, a paralisação foi deflagrada a partir desta quarta e que a ECT trabalha para normalizar a situação o mais rápido possível e está adotando uma série de medidas que garantem o atendimento à população brasileira.
O presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo – IBEDEC – Seção Goiás, Wilson Cesar Rascovit alerta que a greve dos Correios não isenta o consumidor de pagar seus débitos na data de vencimento.

· o consumidor que recebe boleto de cobrança pelo Correios não está isento de paga-lo na data do vencimento em virtude da greve;
· o consumidor deve entrar em contato com a empresa e solicitar a segunda via do boleto por email ou fax, para evitar a cobrança de eventuais encargos e cancelamentos;
· é recomendado que as empresas que enviam as cobranças por correspondências divulguem amplamente as alternativas disponíveis para pagamento;

· se após o contato do consumidor a empresa credora não disponibilizar nenhuma outra forma de pagamento e o consumidor receber a conta com a cobrança de encargos, os valores poderão ser questionados;
· o consumidor deve manter um agenda com a datas com os vencimentos de suas faturas regulares e se até a véspera do vencimento não recebeu o envio da fatura, deve manter contato com o seu credor anotando o numero de protocolo, o nome da atendente e o envio de um segunda via;
· os serviços contratados diretamente nos Correios, o IBEDEC orienta que, se houver atraso na entrega, o consumidor tem direito de pleitear ressarcimento dos prejuízos sofridos.

ATENÇÃO REDOBRADA.
O consumidor não pode ser prejudicado ou responder por qualquer prejuízo por problemas decorrente da greve. A responsabilidade dos Correios pelos prejuízos causados aos consumidores decorre do risco de sua atividade e não pode sobre qualquer pretexto ser repassado ao consumidor.
Fonte: NEWSLLETER IBEDEC


IBEDEC - Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo
Rua 9, nº 1.279, Setor Oeste, em Goiânia-GO
Fone: 62 3215-7777 e 3215-7700 (Wilson Rascovit)
Site:
www.ibedecgo.org.br    E-mail: ibedec@ibedecgo.org.br

Crianças educando os Estados


Eu gostaria que os ouvidos que ouviram esse discurso, tivessem o poder e a coragem para reverter as decisões e ações dos governos e dos cidadãos do mundo, POR UM OUTRO MUNDO MELHOR E POSSÍVEL.




O DEBATE DA CRISE EM 10 ARTIGOS

Entenda melhor o mundo em que você vive. Leia algumas críticas ao pensamento que sustenta o modelo societário vigente.




A crise de Wall Street equivale à queda do Muro de Berlim
> LEIA MAIS | Economia | 25/09/2008

sábado, 17 de setembro de 2011

Onde está o dinheiro?


A pergunta que a imprensa conservadora aprisiona e dissimula num labirinto atordoante de impasses sem fim emerge de forma quase selvagem no noticiário dos últimos dias. À revelia da camuflagem de classe, o aguçamento da crise injeta progressiva nitidez a certas arguições da história: quem vai prover o saneamento das finanças públicas endividadas no ciclo de liquidez neoliberal e, em muitos países, falidas posteriormente no socorro aos mercados?

De onde sairá o dinheiro necessário para retomar investimentos, sobretudo em infraestrutura ambiental, na reciclagem do urbanismo do petróleo para o urbanismo verde, ademais de adequar, expandir e qualificar os serviços públicos nessa direção; construir pontes entre a era do petróleo e a era da energia sustentável; educar adolescentes para o discernimento social e a liberdade em comunhão coletiva; vencer a fome; reciclar profissionais maduros, implantar enfim os programas que vão resgatar o emprego, a renda e o futuro da vida em sociedade?

Essa revolução demandada pelo século XXI virá do arrocho fiscal ou de uma maior justiça social, a começar pela justiça tributária? Convergirá dos cortes de gastos com desemprego crescente e o sucateamento da esfera pública, como no modelo prescrito à Grécia? Ou terá o resgate do interesse público como eixo regenerador da economia, da democracia e da sociedade? Se a resposta parece clara para a esquerda, ou ao menos para uma parte dela (LEIA o especial deste fim de semana de Carta Maior sobre a crise) sua implementação carece de coerência e mobilização.

Colonizada pelo neoliberalismo, a tergiversação da socialdemocracia, por exemplo, ameaça desmoralizar instrumentos que podem fazer a diferença entre a redenção ou a catástrofe econômica e e social. Nas mãos esquivas do conservadorismo, assumido ou dissimulado, a tributação simbólica sobre a riqueza serve apenas de lubrificante para dobrar a aposta e tratar a crise com as suas próprias causas. Vem da Espanha de Zapatero um exemplo desconcertante de como incorporar uma bandeira para inverter o seu sentido, demoralizando-a. "Uma semana de confusão e eternas discussões nas fileiras socialistas mostrou como é difícil para a classe política espanhola desembarcar de trinta anos de aplicação de políticas neoliberais", explica o correspondente de Carta Maior em Madrid, Oscar Guisoni.

Em seu artigo deste fim de semana (leia ‘O sonhado imposto espanhol sobre as grandes fortunas: muito barulho por nada') Guisoni mostra como o PSOE fez da tributação dos ricos uma renúncia disfarçada de audácia.

Resguardado num estágio bem anterior a esse, o conservadorismo brasileiro afia as unhas, porém, para não deixar dúvida quanto a sua opinião sobre as alternativas postas pela crise. Hoje ele se concentra em reprovar o corte dos juros e vetar a taxa de 0,1% sobre lucros financeiros que poderia viabilizar um substituto mais justo à CPMF. Mas já tem um plano B, que consiste em desautorizar o Estado como se a corrupção fosse um rio de margem única (leia entrevista de Jorge Hage a André Barrocal nesta página.)
Postado por Saul Leblon às 13:49 - www.cartamaior.com.br

Europa e EUA: da crise para o caos

GRÉCIA AOS PEDAÇOS: Papandreu suspende viagem aos EUA diante da rápida deterioração do quadro econômico grego;
**Atenas não tem recursos para pagar salários, nem aposentadorias;
**a multinacional farmacêutica Roche suspende a entrega de medicamentos para tratamento de câncer aos hospitais da Grécia;
**motivo alegado: falta de pagamento 

**Obama discursa na 2º feira para reafirmar a principal bandeira de sua campanha à reeleição;
**democrata defenderá que os norte-americanos ricos, com renda superior a um milhão de dólares, paguem ao menos a mesma taxa de imposto cobrada da classe média assalariada (leia o editorial de Carta Maior: ‘Onde está o dinheiro?');

**protestos contra políticas de arrocho fiscal, durante a reunião dos ministros das finanças do euro na Polonia, reúne 50 mil sindicalistas de toda Europa neste sábado;
**encontro fracassa em definições estratégicas para equacionar a crise, mas admite a urgência de recapitalizar a banca européia;

**Começou neste sábado, em Nova Iorque, timidamente, o movimento ‘ocupar Wall Street';
**protesto  é uma tentativa de agrupar indignados norte-americanos num acampamento junto à Bolsa de Nova Iorque a partir de 2ª feira;
**um dos lemas  do movimento é: Por que mandam os mercados se ninguém os elegeu?'

**EUA tem 46 milhões de pobres: 15% da população;

** Mais informações: https://occupywallst.org/


Fonte do Resumo: www.cartamaior.com.br

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Nem sempre o real se apresenta logo de imediato

Recebi de um bom amigo (Alexandre Ferraz)
=x=x=x=x=x=x=x=x=x=
O Semeador de Estrelas
Existem momentos em nossa vida que, por mais que queiramos, não conseguimos enxergar o óbvio...  
O Semeador de Estrelas é uma estátua localizada em Kaunas, Lituânia.

Durante o dia passa despercebida...


[]

... Mas quando a noite chega, a estátua justifica seu nome...


[]
 
Que possamos sempre ver além daquilo que está diante de nossos olhos, hoje e sempre!!!


"Às vezes, nossa vida é colocada de cabeça para baixo,
para que possamos aprender a viver de cabeça para cima."


Seminário Gênero, Sexualidade e Mídia

I SEMINÁRIO INTERNACIONAL GÊNERO, SEXUALIDADE E MÍDIA:
OLHARES PLURAIS PARA O COTIDIANO

06 E 07 DE OUTUBRO DE 2011
UNESP - BAURU

 
PROMOÇÃO
-
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC/UNESP-Bauru)
- Departamento de Ciências Humanas (FAAC/UNESP – Bauru)
- Programa de Pós-graduação em Comunicação (FAAC/UNESP – Bauru)
- Departamento de Sociologia e Antropologia, Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC/UNESP- Marília)
- Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (FFC/UNESP- Marília)
- Observatório de Segurança Pública da UNESP/CNPq e Observatório da Imprensa


O EVENTO
Na última década assistimos a um perceptível aumento de estudos na área de gênero e sexualidade no Brasil. Pesquisas realizadas em várias disciplinas têm apresentado temas e objetos diversificados, adensando o debate no nível teórico e metodológico. O mesmo interesse temático também é visível nos estudos sobre comunicação e mídia, terreno no qual as preocupações relativas à identidade, corpo, raça, na qual os estudos culturais têm aportado importantes contribuições teórico-metodológicas. Este contexto cambiante de ampliação numérica dos estudos e da visibilidade de novos sujeitos e culturas sexuais tem, por outro lado, demandado maior interlocução entre áreas próximas, exigindo intensificação do diálogo entre as ciências sociais e a comunicação social.
No intuito de promover esse debate necessário, o I Seminário Gênero, Sexualidade e Mídia: olhares plurais para o cotidiano pretende proporcionar um espaço de produção, reflexão e troca, reunindo pesquisadoras e pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento que utilizam do aporte teórico das ciências sociais, da teoria feminista e dos estudos culturais, entre outros, para pensar o lugar das relações de gênero e dos debates sobre sexualidades nas produções culturais contemporâneas.


Local: Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação – FAAC/UNESP, Bauru –SP.
Período: 06 e 07 de outubro de 2011
Carga Horária: 23 horas


COORDENAÇÃO GERAL
Prof. Dra. Larissa Pelúcio (Unesp- Bauru)
Prof. Dr. Luís Antônio Francisco de Souza (Unesp-Marília)


COMISSÃO ORGANIZADORA
Bóris Ribeiro de Magalhães (Unesp- Marília)
Larissa Pelúcio (Unesp- Bauru)
Luís Antônio Francisco de Souza (Unesp-Marília)
Thiago Teixeira Sabatine (Unesp-Marília)
José Carlos Marques (Unesp – Bauru)
Mauro de Souza Ventura (Unesp-Bauru)


COMITÊ CIENTÍFICO
Bóris Ribeiro de Magalhães (Unesp-Marília)
Larissa Pelúcio (Unesp-Bauru)
Luís Antônio Francisco de Souza (Unesp-Marília)
Richard Miskolci (UFSCar)
Thiago Teixeira Sabatine (Unesp-Marília)
Tiago Duque (Unicamp)
Lídia Maria Vianna Possas (Unesp-Marília)
Célio José Losnak (Unesp-Bauru)
José Carlos Marques (Unesp – Bauru)
Mauro de Souza Ventura (Unesp-Bauru)
Danilo Rothberg (Unesp-Bauru)


PÚBLICO ALVO
Pesquisadores, profissionais e estudiosos da área, estudantes de graduação, pós-graduação, e comunidade em geral.


ENVIO DE TRABALHOS
- data limite para inscrição de trabalhos (resumos e trabalhos completos):
18 de setembro de 2011

- divulgação do resultado final do parecer em relação aos trabalhos submetidos à comissão científica:
23 de setembro de 2011

Informações e Inscrições
http://www.fundepe.com/novo/midia/

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Choro em Goiânia

Show do Grupo Descendo a Madeira



O Grupo Descendo a Madeira, que tem como trabalho prioritário o choro, está se firmando como um dos melhores de Goiás, em sua área. O grupo passeia pelos clássicos do choro, valorizando principalmente grandes chorões que não são muito tocados, apesar de sua importância para o desenvolvimento do choro. Bares, Universidades, centros culturais já se beneficiaram do talento do grupo. Agora é a vez do Centro Cultural Eldorado dos Carajás.
 
Grupo: Descendo a Madeira
Data: 15/09/2011 (Quinta-feira)
Hora: 20h
Local: Centro de Cultural Eldorado dos Carajás.
Endereço: Rua 83 nº 421 Setor Sul. 
(Em frente ao Laboratório Padrão).
Ingresso: R$5.00.
Fone: 3218-2986.

domingo, 11 de setembro de 2011

Um outro 11 de Setembro, mas esse: esquecido!

Dois 11 de setembro

No dia 11 de setembro de 1973 um golpe militar derrubou no Chile o governo do socialista Salvador Allende. A partir desse momento, com o apoio dos EUA, caiu sobre a América Latina a noite das ditaduras. O 11 de setembro de 2001, o ataque às Torres Gêmeas em Nova York serviu como pretexto para que o governo de George W. Bush fizesse da guerra contra o terrorismo o instrumento principal para instaurar um novo poder global. Ironias da história, dois 11 de setembro depois, o legado de Salvador Allende na região está mais vivo do que nunca. O artigo é de Luis Hernández Navarro.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Neoliberalismo não vai sair da pauta do caos

NEOLIBERALISMO: UM COLAPSO INCONCLUSO

Carta Maior realiza seminário para debater os dilemas diante da crise internacional.

Desde a eclosão da crise imobiliária nos EUA, a partir de 2007, os fatos se precipitaram a uma velocidade que não deixa dúvida: a história apertou o passo. Na ventania desordenada surgem os contornos de uma crise sistêmica.

Restrita aos seus próprios termos, a engrenagem das finanças desreguladas não dispõe de uma alternativa para o próprio colapso.

A desigualdade construída em trinta anos de supremacia dos mercados financeiros sobre o escrutínio da sociedade cobra sua fatura. Populações asfixiadas acodem às ruas. Estados falidos se escudam em mais arrocho.

Anulada no seu relevo institucional por governantes e partidos majoritariamente ortodoxos e tíbios, a democracia representativa também se apequena. O sentido transformador da política passa a ser jogado nas ruas.

Sucessivas injeções de dinheiro nos mercados hibernam no caixa de bancos e empresas, sem ativar o metabolismo da produção e do consumo.

Exaurido pelo socorro às finanças, o caixa fiscal dos Estados encontra-se emparedado. Demandas sociais crescentes colidem com um endividamento inexcedível a juros cada vez mais calibrados pela desconfiança.

Organismos outrora estruturadores dessa hegemonia, como o FMI, rastejam sua esférica desimportância. Demonstrações de obscurantismo fiscal para 'acalmar os mercados' pontuam a deriva da social-democracia europeia.

Para debater esse longo crepúsculo histórico, a Carta Maior promove o : seminário

‘Neoliberalismo: um colapso inconcluso’, que se desdobrará em quatro mesas:

- A singularidade da crise financeira mundial - Luiz Gonzaga Belluzzo e Maryse Farhi
- Panorama geopolítico: novos atores e novas agendas - Ignacy Sachs e Ladislau Dowbor
- O Brasil e os canais de transmissão da crise – Márcio Pochmann e Paulo Kliass
- Desafios e trunfos da a América Latina - Samuel Pinheiro Guimarães e Emir Sader


Serviço do evento.
- Data - 12 de setembro de 2011
- Horário - das 14 às 19 horas
- Local - TUCARENA, na PUC/SP, Rua Bartira, esquina Rua Monte
Alegre, nº 1024, Perdizes, PUC/SP.

Futebol nas Gerais


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

I Siriema - UFG Catalão-GO


O Siriema consiste na reunião das práticas de extensão dos Cursos de Psicologia, Ciências Sociais, Educação Física e Biologia do Campus Catalão da UFG. Trata-se de um Programa de Extensão que envolve em torno de 10 projetos de extensão do CAC e busca uma maior interação das práticas extensionistas e culturais empreendidas a partir da Coordenação de Extensão e Cultura articulando ações nas artes do teatro, dança, cinema, música, fotografia, artes plásticas e reciclagem.
As ações do festival incluem o Festival e Colóquio Corpo, Formação e Experiência Estética, atividades no campo do audiovisual com o I Festival “Subjetividade em Cena” (mostra de filmes, inclusive curta-metragens produzidos pelos estudantes do campus), no campo das ações socioeducativas o Ciclo de Oficinas de formação de Agentes Culturais, a 1ª Feira de Economia Solidária do CAC/UFG, o projeto de Oficinas Sociológicas nas Escolas Estaduais de Ensino Médio de Catalão (literaturas, textualidades e cinema) e o ciclo de debates Café Filosófico, no campo das artes plásticas o projeto Artes Plásticas no CAC e no campo da música o festival de música “Jaratataca Rock”. Organizado de acordo com o modelo colaborativo e solidário, o festival busca também articulações junto aos coletivos culturais, movimentos sociais e instituições públicas e privadas.
Sua realização será entre os dias 20 e 24 de setembro no Campus Catalão da UFG.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Have a nice day

Quando penso em independência, é inevitável: penso em Rock 'n Roll...


Ouça no volume máximo ou no que for "permitido"

domingo, 4 de setembro de 2011

Do Blog: Educar sem Violência: "Race to nowhere": uma crítica a competitividade d...


"Race to nowhere": uma crítica a competitividade do ensino americano


Corrida para lugar nenhum
Sucesso nos EUA, o documentário faz
crítica à cultura da alta performance nas escolas

"Temos uma ideia limitada do sucesso"
Vicki Abeles



Confira abaixo a entrevista com diretora Vicki Abeles
Por Camila Guimarães

Quem é:
Vicki é mãe de duas adolescentes, é advogada, mas largou a carreira executiva para virar documentarista.
O que fez:
O documentário Race to nowhere (Corrida para lugar nenhum), que virou sensação nos EUA e gerou uma onda de discussões sobre os limites da competitividade

De origem simples, a americana Vicki Abeles aprendeu, logo cedo, que só conseguiria sucesso na vida se estudasse muito. Chegou lá depois de bastante esforço. Formou-se em Direito e fez carreira como executiva de finanças. Quis que suas duas filhas seguissem o mesmo caminho, mas percebeu da pior maneira possível que havia algo errado. Sob pressão da escola por boas notas, sua caçula adoeceu. Vicki viu, então, que havia algo de errado na cultura competitiva imposta pelas escolas americanas. Largou o trabalho para se dedicar a um documentário que mostra os efeitos negativos dessa cultura nas crianças. "Criamos uma geração de jovens doentes e sem inspirações", diz ela.

ÉPOCA - A senhora é uma mãe preocupada com a educação dos filhos. Por que resolveu criticar as escolas mais rigorosas, com melhores resultados?

Vicki Abeles - Tudo começou com uma preocupação gradual com a alta demanda da escola de minha filha que cursava a 7a série. Em uma reunião na escola, percebi que era um assunto que preocupava também outros pais. Quando cheguei em casa, às 11 da noite, encontrei minha filha ainda acordada, fazendo lição de casa. Mas a gota d'água veio com o diagnóstico de depressão. Ela teve diversas doenças por causa disso. Resolvi, então, pegar uma câmera e sair gravando histórias iguais à dela.

ÉPOCA - Qual é sua ideia de sucesso para suas filhas?

Abeles - Espero que cresçam felizes, confiantes, saudáveis, curiosas, criativas e conectadas. Espero que elas encontrem suas paixões e maneiras de fazer do mundo um lugar melhor. Especialmente, espero que elas tenham habilidades sociais e emocionais para estabelecer relações positivas com a família e os amigos.

ÉPOCA - Estudar com afinco não é importante?

Abeles - Temos uma visão limitada do que é ter sucesso e do que é educação de boa qualidade. Somos conduzidos pelo medo de que nossas crianças não sejam capazes de competir globalmente. E nossa resposta para isso tem sido definir de forma limitada o que é ser um jovem de sucesso: ter boas notas e bom desempenho em rankings.

ÉPOCA - Mas a competitividade das escolas não melhorou a educação nos EUA?

Abeles - Não acredito nisso. O que mudou foi o foco do ensino. Ensinar agora é preparar para fazer prova. Não temos mais uma base curricular diversificada. Artes e educação física foram reduzidas ou eliminadas. E isso não funciona. Ainda temos falhas de aprendizado. A qualidade do aluno que chega à universidade é ruim e a evasão alta. Temos de fugir do modelo baseado em alto desempenho em avaliações e dar aos professores a chance de aplicar um currículo e provas que funcionem para as crianças.

ÉPOCA - Você acha que os pais confundem boa educação com ensino rigoroso?

Abeles - É fácil culpar os pais ou os professores, mas a verdade é que criamos um sistema que desvia a atenção do que é realmente importante. Queremos desenvolvimento acadêmico, é claro, mas também social, emocional e criativo. Acho que devemos lembrar que há outras habilidades na vida, inclusive cometer erros. Então deveríamos nos perguntar se ficar acordado durante horas à noite fazendo lição de casa, ou contratar um exército de professores particulares, vai ajudar em alguma coisa.


Veja ainda a reportagem de Martha Mendonça

O ponto fraco do ensino forte
"A estudante de artes Chanel Rodrigues, de 18 anos, faz desenhos em casa, no Rio.
Ela entrou em depressão nos anos em que estudou em um colégio tradicional

"Por que as escolas tradicionais - as primeiras colocadas nos exames nacionais de avaliação - podem causar danos aos alunos"

Foram os piores anos da minha vida.” A frase ainda é dita com sofrimento pela estudante carioca Chanel de Andrade Rodrigues, de 18 anos. Ela está no 1o ano da faculdade de artes, mas não esquece o período em que estudou no Santo Agostinho, do Rio de Janeiro, um dos colégios mais tradicionais e bem-conceituados do país. Do 7o ano do ensino fundamental ao 1o ano do ensino médio, passou seus dias perdida entre aulas que não acompanhava, um enorme volume de conteúdos para memorizar, provas difíceis, notas baixas e um séquito de professores particulares a cada final de ano letivo. Na escola, não gostava de sair para o recreio e não comia nada. Em casa, compensava a ansiedade comendo demais. Na escola anterior, menos rígida, onde tirava boas notas, costumava nadar e fazer aulas de dança. No Santo Agostinho, evitava as aulas de educação física. Chanel entrou em depressão e engordou 20 quilos.

A mãe tentou convencê-la a fazer terapia, mas ela se recusava. “Eu só queria ser invisível”, afirma. “Odiava a competitividade que estava sempre no ar.” Só depois que Chanel foi reprovada, no 1o ano, sua mãe decidiu trocá-la de escola. (Procurado por ÉPOCA, o Santo Agostinho não respondeu aos pedidos de entrevista.) O caso de Chanel é apenas um entre centenas que revelam uma realidade incômoda: o custo emocional alto – muitas vezes altíssimo – do modelo de eficiência adotado naquelas escolas que exigem alto desempenho dos alunos e garantem todo ano boas colocações nos melhores vestibulares" (trecho da matéria)

Acesse a reportagem completa no site da REDE PRIMEIRA INFÂNCIA

Fonte: Revista Época/01 de agosto de 2011.

Faltam 7 dias!!!

Dia 11 de Setembro está chegando.
O que vamos ter na ordem do dia, além do estado de pânico dos cidadãos estadunidenses?

Algumas questões para o debate, ainda que haja quem não creia na conspiração entre os lideres das grandes potências nucleares, em busca de fontes de energia, leia-se, Petróleo. 

Fonte: BBC BRASIL

11 de setembro: Cinco teorias de conspiração

Atualizado em  29 de agosto, 2011 - 10:24 (Brasília) 13:24 GMT
Nova York após ser atingida por ataques em 11 de setembro de 2011.
Teorias conspiratórias questionam o ataque de 11 de setembro nos EUA
Dez anos depois dos ataques de 11 de setembro no Estados Unidos, diversas teorias conspiratórias continuam populares.
De um modo geral, as formulações se concentram em torno de supostas "perguntas não respondidas" pelos relatórios sobre o incidente e sugerem que o governo americano pode ter planejado os ataques juntamente com o exército.
Conheça as cinco teorias conspiratórias mais proeminentes que circulam em comunidades online.

1. Falha ao interceptar os aviões sequestrados

A pergunta: Por que a força aérea mais poderosa do mundo não conseguiu interceptar nenhum dos quatro aviões sequestrados?
O que os teóricos da conspiração dizem: O vice-presidente dos Estados Unidos na época, Dick Cheney, teria dado ordens para que o Exército não tentasse recuperar os aviões das mãos dos sequestradores.
O que os relatórios oficiais dizem: Este foi um sequestro múltiplo incomum, com violência a bordo, e no qual o transponder, que transmite a localização exata do avião, foi desligado ou alterado.
Um exercício militar de rotina também estava acontecendo no mesmo dia do comando da defesa aérea americana e teria havido confusão e falta de comunicação entre o controle de tráfego aéreo civil (FAA) e o Exército.
O equipamento do Exército também estava obsoleto e foi planejado para procurar sobre o oceano por ameaças na Guerra Fria, segundo oficiais.

2. A queda das Torres Gêmeas

Destroços das Torres Gêmeas.
Cinco novos arranh-céus estão sendo construídos no local do World Trade Center
A pergunta: Por que as Torres Gêmeas caíram tão rapidamente e dentro da própria área que ocupavam, após incêndios em poucos andares que duraram somente uma ou duas horas?
O que os teóricos da conspiração dizem: As Torres Gêmeas foram destruídas por demolições controladas.
As teorias se referem ao desmoronamento rápido dos prédios (que durou cerca de 10 segundos) e aos incêndios relativamente curtos (56 minutos no World Trade Center 2 e 102 minutos no World Trade Center 1).
Além disso, haveria relatos de pessoas que teriam ouvido sons de explosões antes da queda e objetos sendo arremessados violentamente para fora de janelas nos andares inferiores.
O que os relatórios oficiais dizem: Um inquérito extenso feito pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia concluiu que os aviões romperam e danificaram colunas de suporte do edifício e deslocaram materiais à prova de fogo.
Cerca de 39 mil litros de combustível de avião foram espalhados por diversos andares, dando início a incêndios generalizados. As temperaturas de até mil graus Celsius fizeram com que o piso dos andares cedesse e as colunas se curvassem, provocando os sons de "explosões".
O peso dos pisos de cada andar criou um peso muito maior do que as colunas dos edifícios foram projetadas para sustentar. Objetos foram expulsos pelas janelas dos andares inferiores na medida em que os andares de cima desmoronavam.
Além disso, as demolições controladas são sempre iniciadas dos andares de baixo até os de cima, ao contrário do desmoronamento das Torres.
Nenhuma evidência de explosivos foi encontrada nos edifícios, apesar das buscas. E tampouco há evidência de rompimento proposital de quaisquer colunas ou paredes, o que é feito rotineiramente em uma demolição controlada.

3. O ataque no Pentágono

Helicóptero sobrevoa o Pentágono após ataque.
O avião comercial executou uma manobra complexa antes de atingir o Pentágono
A pergunta: Como um piloto amador pode ter feito uma manobra complicada em um avião comercial e lançado o avião sobre o quartel-general das forças armadas mais poderosas do mundo - 78 minutos depois do primeiro relato de um possível sequestro - e não ter deixado nenhum vestígio?
O que os teóricos da conspiração dizem: Não foi um Boeing 757 comercial que atingiu o edifício, mas sim um míssil, um pequeno caça ou um avião não tripulado.
No entanto, depois que evidências comprovaram que o voo número 77 da American Airlines realmente atingiu o Pentágono, o foco desta teoria mudou para a discussão sobre a dificuldade de executar a manobra de aproximação.
Pessoas que acreditam na conspiração dizem que o avião estava sob o controle do Pentágono, e não da Al-Qaeda.
O que os relatórios oficiais dizem: Destroços do avião, incluindo as caixas pretas, foram encontrados no local do acidente e catalogados pelo FBI.
Apesar de algumas filmagens iniciais do acidente não mostrarem os destroços, ainda há vídeos e fotografias que mostram as evidências do trajeto que o avião fez durante o choque com o edifício, como postes quebrados, segundo oficiais.
Os restos da tripulação e dos passageiros do voo foram encontrados e identificados pelo DNA. Testemunhas também viram o avião atingir o Pentágono.

4. O quarto avião - Voo 93 da United Airlines

Bombeiros e equipes de resgate em Shanksville, Pensilvânia.
O último avião sequestrado durante o ataque caiu na Pensilvânia, matando 44 pessoas
A pergunta: Por que a queda do quarto avião sequestrado, em Shanksville, na Pensilvânia, foi tão pequena e por que os destroços do avião não foram vistos?
O que os teóricos da conspiração dizem: O voo 93 da United Airlines foi derrubado por um míssil e se desintegrou em pleno ar, espalhando os destroços sobre uma área extensa.
O que os relatórios oficiais dizem: Há fotografias claras que mostram os destroços do avião e o gravador de voz da cabine do piloto, que foi recuperado, mostrou que houve uma revolta dos passageiros e que os sequestradores derrubaram o avião deliberadamente.
Teorias iniciais de que os destroços haviam sido espalhados por quilômetros de distância do local principal da queda se provaram falsos.
Na verdade, o vento jogou alguns destroços leves como papéis e materiais de isolamento por cerca de dois quilômetros.
Outra teoria foi baseada em uma frase do médico-legista local, Wally Miller, que foi citada incorretamente. Ele disse que parou de ser um médico-legista cerca de 20 minutos depois de chegar ao local porque não havia corpos.
Mas ele também disse que percebeu rapidamente que o que aconteceu foi um acidente de avião e que seria preciso organizar um grande funeral para as vítimas.
O exército diz ainda que nunca deu ordens para que a força aérea derrubasse o avião comercial.

5. O colapso do edifício 7 do World Trade Center

Destroços do edifício 7 do World Trade Center
O edifício 7, destruído por incêndios abrigava escritórios da CIA e do serviço secreto americano
A pergunta: Como é possível que um arranha-céu que não foi atingido por um avião tenha desmoronado tão rapidamente e simetricamente, quando nenhum outro prédio revestido de aço caiu por causa de incêndios?
O que os teóricos da conspiração dizem: O edifício 7 do World Trade Center foi destruído por uma demolição controlada usando explosivos e materiais inflamáveis.
O foco da teoria inicialmente era uma frase dita pelo dono do prédio, Larry Silverstein, em uma entrevista de TV. Ele falava sobre a retirada dos bombeiros do edifício, mas a expressão que utilizou fez com que sua fala fosse interpretada como uma alusão ao momento em que os explosivos foram detonados.
Agora o foco mudou para a velocidade do colapso do edifício, que esteve próxima à velocidade de queda livre durante 2,25 segundos. Argumenta-se que somente explosivos poderiam fazer com que o prédio desmoronasse tão rapidamente.
Alguns cientistas , que são céticos quanto ao relato oficial, examinaram quatro amostras de poeira do Marco Zero e dizem ter encontrado material termítico, que reage violentamente em contato com o calor.
Eles dizem ainda que toneladas de materiais explosivos foram colocados dentro não só do WTC7, mas também das Torres Gêmeas.
O que os relatórios oficiais dizem: Uma investigação de três anos feita pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia concluiu que o prédio desmoronou por causa de incêndios incontroláveis, que foram causados pelo colapso da torre norte e que queimaram o prédio por sete horas.
Os encanamentos que levavam água até o irrigador de emergência foram rompidos. Não foram encontradas evidências de cargas explosivas e não há registro da série de explosões que seriam esperadas no caso de uma demolição controlada.
Também haveria uma explicação para o "material termítico" que os cientistas encontraram na poeira - é só um tipo de tinta básica.
Calcula-se que 1,2 milhão de toneladas de materiais de construção foram pulverizados no World Trade Center e a maioria dos minerais que estavam nos materiais estão presentes na poeira.
Uma amostra mais extensa da poeira não achou evidências de explosivos, de acordo com um relatório do Instituto de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos e com outro relatório, produzido pela empresa de inovação científica RJ Lee.

Fonte: BBC BRASIL

Congreso de Educación, Juego Y Arte

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Brincadeiras, segundo Rubem Alves

Brincar é difícil...
Rubem Alves


Minhas netas: Eu gosto de ler as revistinhas do Pato Donald. Pois o professor Pardal, aquele inventor maluco, teve uma idéia genial. Imaginou que seria legal se ele inventasse, para o Huguinho, o Zezinho e o Luizinho, brinquedos que lhes dessem alegria sempre. Pois há brinquedos que não dão alegria: pipa em dia sem vento, não voa e fica no chão; pião que não gira quando se puxa a cordinha e vai rolando pelo chão; taco de beisebol quando erra a bola e o menino fica com cara de bobo. Quando essas coisas acontecem os brinquedos não dão alegria; dão tristeza. "Pois eu vou inventar brinquedos que dêem alegria sempre", disse o professor Pardal. "Uma pipa que voe sempre, um pião que gire sempre e um taco que acerte a bola sempre!" Dito e feito! O professor Pardal entrou no seu laboratório, pensou, trabalhou e inventou os três brinquedos que, segundo ele imaginava, dariam alegria sempre. De fato, os três patinhos ficaram felicíssimos quando receberam os brinquedos mágicos. Mas a alegria durou pouco. Porque não existe nada mais chato do que um brinquedo que acerta sempre. Brincar só é divertido quando existe a possibilidade de não dar certo. Brinquedo divertido exige luta, esforço: lutar com o vento, lutar com o pião, lutar com o taco, para ver quem pode mais...

Em algumas roças (vocês se lembram que eu morava na roça...) se fazia um jogo muito concorrido por ser muito engraçado: num cercadinho cujo chão era lama pura, bem mole, colocavam um porquinho bem redondo, não sem antes besuntá-lo com graxa. Ele ficava liso, escorregadio e quase impossível de segurar. A seguir, colocavam lá dentro três meninos que queriam pegar o porquinho: quem o agarrasse ficava com ele. Acontece que o porquinho não era bobo e não queria ser pego. Corria, fugia, e os meninos atrás... Bastava que um menino o agarrasse para que o porquinho escorregasse e o menino caísse de cara na lama! Todo mundo morria de rir, inclusive os meninos. Agora imaginem que, se ao invés de um porquinho, fosse uma tartaruga... Qual seria a graça? Nenhuma. Pegar uma tartaruga é coisa muito fácil. Pegar uma tartaruga não é desafio. Todo brinquedo tem de oferecer um desafio. "Desafio" é isso: uma coisa que a gente quer fazer mas é difícil fazer. Num brinquedo a gente está sempre "medindo forças" com alguma coisa: com a água (nadar é brincar com a água), com uma árvore (subir na árvore é brincar com a árvore), com uma pessoa (o "pique": quem corre mais rápido), com uma adivinhação (todo problema é um enigma a ser decifrado)... Alpinista não acha graça subir em morro baixo: o que ele quer é escalar montanha alta, muito alta, que poucos conseguem escalar. Como, por exemplo, os picos Aconcágua e Everest. Essas montanhas são tão difíceis que muitas pessoas já morreram na escalada. E, no entanto, outros alpinistas continuam a tentar a escalada. Por quê? Nada os obriga a isso! Porque as montanhas os desafiam. Olhando para um pico os alpinistas sentem que ele está lhes dizendo: "Estou aqui. Será que vocês podem comigo?" Um quebra-cabeças de 16 peças: que graça tem? É só olhar para saber onde as peças se encaixam. Mas um quebra-cabeças de 500 ou mesmo 1.000 peças: isso sim é um desafio. Aquele monte de peças em cima da mesa está nos dizendo: "Veja se você é capaz de nos ajuntar de forma que todas fiquemos encaixadas umas nas outras e desse encaixe apareça uma quadro..."

Minha mãe gostava de me ensinar brinquedos. Um dos primeiros brinquedos que ela me ensinou, lembro-me muito bem: eu deveria ter 4 ou 5 anos. Ela estava me dando banho, na banheira. Aí ela me disse: "Veja". A seguir ensaboou bem as mãos, fechou a mão direita, abriu um pouco os dedos, de modo que ficasse um buraquinho entre o mata-piolho e o fura-bolo, e começou a soprar suavemente. Do outro lado do buraco uma bolha de sabão começou a tomar forma e foi crescendo, crescendo até que estourou! Fiquei encantado! Quis aprender. A gente sempre tem vontade de aprender quando fica encantado. Levou tempo mas aprendi. Aí, dominada a técnica, os desafios aumentaram: fazer bolhas cada vez maiores. E, por fim, com um gesto rápido, libertar a bolha da minha mão para que ela flutuasse sozinha. Mais tarde aprendi a produzir bolhas de forma mais técnica: colocava um pedacinho de sabão dentro de uma canequinha com água quente, esperava que o sabão derretesse, enfiava um canudinho cortado de um mamoeiro dentro da água, e soprava: e era aquela felicidade, vendo as bolhas que saíam e flutuavam. Uma bolha é um vazio que uma película de sabão prendeu e arredondou...

Outro brinquedo de criança pequena é assobiar. Que inveja dos meninos maiores! E eu soprava que soprava, mas só saía o barulho do vento. Até que um dia, assobiei. Aí passei a assobiar o tempo todo e fui me aperfeiçoando. Até que ficou fácil. Assobiar deixou de ser um desafio. Mas um outro desafio surgiu: aquele assobio forte que se produzia pondo dois dedos na boca, debaixo da língua. Tentei muitas vezes e não aprendi. Ainda hoje eu tenho inveja...

Como a gente era pobre e não tinha dinheiro para comprar brinquedos, a gente fazia os brinquedos. Minha mãe me ensinou a fazer chapéus de Napoleão com jornais, a recortar bonequinhas, todas de mãos dadas, a fazer corrupios com botões e linha, a fazer barquinhos de papel, que eu colocava na enxurrada... Hans Christian Andersen, um contador de estórias dinamarquês, contou a estória de um soldadinho de chumbo de uma perna só, apaixonado pela bailarina da caixinha de música, que navegou num barquinho de papel nas águas da chuva que corriam pela sarjeta, até naufragar num bueiro, que o levou ao rio, onde foi engolido por um peixe...

Para fazer brinquedos a gente tinha de desenvolver duas habilidades. A primeira era um jeito especial de olhar para as coisas. Tendo, na cabeça, o brinquedo que se queria, a gente começava a olhar para os objetos à nossa volta, procurando aqueles que poderiam ser usados para fazê-lo. Tudo podia se transformar em brinquedo: pedaços de madeira, carretéis de linha, pedaços de barbante, vidros vazios (são excelentes assobios), lâmpadas velhas (podem ser transformadas em lentes), chaves, botões, câmaras de ar de bicicletas, pneus, caixas de fósforo vazias (com elas se fazem matracas), bambus (eles têm 1001 utilidades), latas de massa de tomate (com elas se fazem telefones), rolhas, folhas de coqueiro, retalhos, sementes, batatas (com 4 palitos espetados se transformam em bois...), sabugos de milho, caixas de sapato... Bolas se faziam com meias velhas. Bonecas, a tia Anastácia fez a Emília com retalhos velhos, agulha e linha. E o Visconde de Sabugosa, com um sabugo de milho. Os grãos de milho serviram de botões na sua casaca feita com as palhas do milho. Distraído, um frango se aproximou e comeu um dos seus botões... Hoje se compram pipas prontas nas lojas. Não tem graça. Eu fazia minhas pipas. Era preciso produzir as varetas, cortando-as de pedaços de bambu e alisando-as com uma faca até ficarem bem iguais e bem lisas, para que a pipa não ficasse desequilibrada. E, para colar o papel, eu fazia grude, dissolvendo polvinho em água e pondo no fogão de lenha para ferver, mexendo sem parar para não empelotar.

Mas, de todos os brinquedos, aqueles de que eu mais gostava eram os balanços. O primeiro desafio era fazer o balanço: conseguir a corda, descobrir um galho horizontal de mangueira, subir lá em cima, amarrar as cordas, fazer o assento. Depois de feito, balançar, cada vez mais alto, sem que ninguém empurrasse, até encostar a ponta do pé na folha do galho que me desafiava...