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domingo, 8 de abril de 2018

Comentários a uma sentença anunciada - o Processo Lula

CLACSO. Instituto Defesa da Classe Trabalhadora. Instituto Joaquín Herrera Flores. Projecto Editorial Praxis. São Paulo. Enero de 2018.

“Comentários a uma sentença: o Caso Lula” é talvez o mais importante documento jurídico publicado no Brasil em décadas. A presente coletânea de artigos nasceu de um movimento espontâneo e bastante significativo de juristas brasileiros e estrangeiros que examinaram cuidadosamente a sentença proferida no âmbito do processo que tramitou na 13ª Vara Federal de Curitiba, no caso que ficou conhecido na mídia como o do “tríplex do Guarujá”. 

De la presentación de Geraldo Prado

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sábado, 25 de março de 2017

Carne Fraca ou Efeitos do Capitalismo?

                                          Chaplin em cena de Tempos Modernos, de 1936

Não poderíamos nos omitir sobre o caso da carne no Brasil. E nossa maneira de contribuir nesse debate, ora polêmico, ora policialesco, ora de vergonha nacional, é convidar os nossos seguidores e visitantes para ler um pequeno trecho de uma obra de Engels (A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, 1845), e refletir sobre os efeitos das decisões e dos interesses daqueles que detém a riqueza, os instrumentos que produzem a riqueza e os espaços que a produzem, bem como, também explora e expropria dos trabalhadores o excedente da produção.

Acredito que vale a pena ler esse pequeno trecho de Engels, sobre a alimentação do povo inglês naquela época... e que me parece bastante atual para nosso contexto, senão na totalidade, pelo menos enquanto princípio de organização da lógica metabólica do capitalismo.

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"Aos trabalhadores resta o que repugna à classe proprietária. (...) Em geral, as batatas que adquire são de má qualidade, os legumes estão murchos, o queijo envelhecido é mau, o toucinho é rançoso e a carne é ressequida, magra, muitas vezes de animais doentes e até mesmo já em decomposição. (...) A carne vendida aos operários é intragável; porém, uma vez comprada, é consumida. (...) Vende-se manteiga salgada como manteiga fresca, cobrindo-a com uma camada de manteiga fresca ou colocando uma libra de manteiga fresca para ser provada e, depois da prova, vendendo manteiga salgada ou, ainda, retirando o sal pela lavagem e apresentando-a como fresca. Ao açúcar, mistura-se farinha de arroz ou outros gêneros baratos, assim vendidos a preços altos; até mesmo resíduos de sabão são misturados a outras substâncias e vendidos no açúcar. Mistura-se chicória ou outros produtos de baixo preço ao café moído; ao café não moído, dando-se-lhes forma de grão, também se misturam outros artigos. Também é frequente misturar-se ao cacau uma finíssima camada de terra escura que, banhada em gordura de carneiro, deixa-se mesclar facilmente ao cacau verdadeiro. O chá vem misturado com folhas de ameixeira e outros vegetais, ou então folhas de chá já servidas são recuperadas, tostadas em alta temperatura sobre placas de cobre para que retornem a cor e vendidas em seguida. A pimenta é adulterada com cascas de nozes moídas etc. (...) E eu poderia citar mais uma dúzia delas - entre outras, a prática infame de misturar gesso ou argila à farinha" (Engels, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, 1848).

Engels está descrevendo isso no século XIX.

Parece-nos que não é "carne fraca", é o capitalismo.

VOCÊ NÃO ACHA ESTRANHO QUE OS TRABALHADORES DE HOJE REJEITEM OS TEXTOS DE ESTUDIOSOS COMO MARX E ENGELS?


* Créditos inspirativos dessa postagem à amiga e querida Profa. Dra. Rita Márcia Furtado FE/UFG.