Na comemoração deste 4º ano de existência, quem fizer um comentário neste post respondendo como esse livro vai contribuir em sua formação, estará concorrendo a um exemplar, cujo resultado será divulgado sexta-feira (14-12).
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"O ensaio que dá título a este volume foi escrito por István Mészáros para a conferência de abertura do Fórum Mundial de Educação, realizado em Porto Alegre, em 2004. Nesse texto, o professor emérito da Universidade de Sussex afirma, entre outras coisas, que a educação não é um negócio, é criação. Que educação não deve qualificar para o mercado, mas para a vida. Na sessão inaugural do ginásio Gigantinho, enfatizou o sentido mais enraizado da frase `a educação não é uma mercadoria`”.
Ivana Jinkings
Mészáros discute como pensar a sociedade tendo como parâmetro o ser humano. Exige a superação da lógica desumanizadora do capital, que tem no individualismo, no lucro e na competição os seus fundamentos. Sustenta que a educação deve ser sempre continuada, permanente, ou não é educação.
Defende a existência de práticas educacionais que permitam aos educadores e alunos trabalharem as mudanças necessárias para a construção de uma sociedade na qual o capital não explore mais o tempo de lazer, pois o que as classes dominantes impõem é uma educação para o trabalho alienante, com o objetivo de manter o homem dominado. Já a educação libertadora teria como função transformar o trabalhador em um agente político, que pensa, age, e usa a palavra como arma para transformar a realidade.
Pensando na construção da ruptura com a lógica do capital, Mészáros reflete nas páginas deste livro sobre algumas questões essenciais: Qual o papel da educação na construção de um outro mundo possível? Como construir uma educação cuja principal referência seja o ser humano? Como se constitui uma educação que realize as transformações políticas, econômicas, culturais e sociais necessárias?
Os direitos autorais desta, e de toda a obra de Mészáros no Brasil, foram doados para o Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra, o MST.
Sobre o autor
Nascido em 1930, na Hungria, com doze anos e meio Mészáros já trabalhava como operário em uma fábrica de aviões de carga, tendo que mentir a idade em quatro anos para isso. Começou a trabalhar como assistente de Georg Lukács em 1951, e seria indicado como seu sucessor na universidade de Budapeste, mas a invasão soviética de 1956 forçou-o a sair do país. Vive hoje na Inglaterra. Sua experiência como trabalhador e estudante na Hungria “socialista” foi determinante para a compreensão da educação como forma de superar os obstáculos da realidade.
Fonte: Boitempo Editorial
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