quinta-feira, 7 de junho de 2012

UFG Goiânia em GREVE!

Após uma manobra da diretoria do sindicato local (adufg) para cancelar e adiar a assembléia que apontava a deflagração da greve para o dia 11 de Junho, a diretoria abandonou o teatro da EMAC-UFG. Com isso, os professores presentes assumiram a assembléia e conduziram democraticamente até o final. O resultado da assembléia foi a DEFLAGRAÇÃO DA GREVE A PARTIR DE 11 DE JUNHO DE 2012.

Estas são as imagens dos momentos iniciais em que a presidente do sindicato pede para que os estudantes e professores não sindicalizados dessem os assentos para os professores sindicalizados. E afirma, que não iria dar início a assembléia enquanto isso não ocorresse.



PROFESSORES SINDICALIZADOS E NÃO SINDICALIZADOS TEM O DIREITO DE DEFENDER E DECIDIR PELA GREVE!

Ao povo brasileiro: vejam como os professores são tratados, quando as lideranças sindicais são vendidas aos interesses do governo que não tem efetivamente compromisso com a educação pública no Brasil.

Permitam-me dizer, e concordem comigo, o quanto a atitude ou foi infantilizada ou foi estrategicamente pensada para criar um motivo para cancelar a assembléia e jogar o jogo do lado do patrão!

Ora, não somos ignorantes e lutamos luta de gente grande em prol da garantia da existência de uma UNIVERSIDADE pública, gratuita e de excelente qualidade social, para continuarmos a formar e compor os quadros das diversas carreiras profissionais da nação brasileira.

A GREVE É LEGÍTIMA e AGORA SOMAMOS AOS COLEGAS PROFESSORES DAS 51 OUTRAS FEDERAIS QUE JÁ ESTAVAM EM GREVE.

A PARTIR DE 11 DE JUNHO SOMOS 52 FEDERAIS 
EM GREVE!!!! 



8 comentários:

Anônimo disse...

é um fato vergonhoso por parte da Aduf -GO. Fiquei chocada com a falta de postura da presidente. Concordo com a greve e deviam trocar toda a administração desse sindicato vergonhoso!

blogdosergiomoura disse...

Olhe Anônimo, não queira que num prazo de 2 minutos após você ter postado seu primeiro comentário, que ele logo fosse publicado. Calma lá! Eu não fico o dia inteiro logado!

Não sei quem você é, aliás, eu mostro minha cara quando apresento minhas idéias, você poderia com a mesma coragem que tens para escrever que pensas diferente fazer o mesmo, pelo menos assim, saberíamos com quem estou dialogando. Aliás, infelizmente, não sabemos (ou sabemos) exatamente com quem não temos canal de diálogo quando se trata da adufg, porque o que ela mais faz é noticiar o calendário de vacinas e as excursões para seus afiliados. Agora, há quanto tempo o debate não tem sido alimentado e só agora, quando a ameaça de greve chega às portas, o sindicato acha que pode tomar para si toda e qualquer autoridade para decidir se a universidade vai entrar em greve ou não?

É verdade, a maioria de procurações elegem mesmo uma diretoria. Mas, o que diz o regimento do sindicato acerca disso?

Olha anônimo, você não me conhece e não sabe nada sobre minha forma de pensar e fazer educação em nossa sociedade e universidade.

Graças a Deus que não há mesmo um só partido no país e ao contrário de suas afirmações infundadas e contaminadas pelo mesmo "sangue quente" de outros, concordo plenamente com você, porque imagina se houvesse só pt ou só psdb, ou pior, só pc do b! Pro inferno com as nações de um só partido!

Não sei exatamente com quem você está dialogando quando escreve essas coisas, mas eu duvido que se você for um professor e que depende única e exclusivamente do seu salário, que você concorde com a proposta de reformulação de carreira que o governo está tentando nos enfiar "goela baixo".

Não acho que os professores devam aderir a uma greve sem que estejam convencidos sobre as perdas (possivelmente irreparáveis) na carreira (ingresso, progressão, lógica do produtivismo e da meritocracia para os pesquisadores e os "ensinadores" que se fodam), nas gratificações de insalubridade, salário entre outros, sejam de fato elementos importantes e suficientes para chamar a atenção de quem quer que seja através da greve.

Agora, também entendo, que a greve é deflagrada por quem está insatisfeito e não por quem é sindicalizado, não acha?

E obviamente que em qualquer greve que já aconteceu na UFG, os não-sindicalizados foram assediados pelo comando de greve para serem convencidos dos motivos da greve para sua adesão à mesma. Ou estou enganado?

Bem, eu não teria muito mais a acrescentar, até porque, posso estar pautando meu diálogo com alguém que nem pertence aos quadros da universidade ou com apenas um agitador da confusão!

Se quiser ter o direito de replica, por gentileza, apresente-se, porque aqui nesse espaço não há cerco aos que pensam diferentes! Saudações de quem persegue um mundo mais justo para todos e não é um comentário que mede a minha forma de pensar ou agir!

Hugo Gomes disse...

Sérgio, bom dia. Sou aluno da UFG e não posso dizer que estou de acordo com a greve. Tá certo que não ouvi os argumentos que vocês usam para justificá-la, mas, do meu ponto de vista (aluno que se mata para estudar), essa é mais uma greve com viés político (apesar que todas as greves o possuem). Olho para a minha situação e vejo o quanto gasto para me locomover de Anápolis à Goiânia todos os dias (R$ 400,00 de van). Saio 6:00hs da manhã para ir trabalhar, retorno às 00:00hs e tudo isso com um salário de R$ 1.000,00. Sei que a Constituição nos dá o direito a greve, mas esse direito parece-me banalizado. Não sei quanto ganha um professor da UFG, mas acredito que, se não é o salário dos sonhos, não é de todo ruim. O que eu gostaria é que vocês, professores, olhassem mais para os alunos que se importam (e sacrificam-se) em estudar. Ao invés de greve, porque não recorrer à justiça trabalhista? Não sei se é possível, mas acho que seria muito mais eficiente (para os professores) e prejudicial (para os alunos). Não vi, em sua última postagem, nenhuma menção (ou preocupação) a situação dos alunos. Ao que me parece, os professores da Ufg (e demais federais)estão preocupados, apenas, com a situação econômica e financeira que a sociedade deve lhes proporcionar, e esquecem daquilo que foi (ou deveria ter sido) o que os motivou a ingressar nessa carreira: "a transmissão de ensinamentos àqueles que precisam e buscam". Esse deveria ser, sempre, o principal fator a ser analisado, quando da tomada de decisões como essas. Esse tipo de greve, para os alunos que se importam, é um desrespeito, quando não uma afronta. Não digo que o Governo está certo, pelo contrário. Ele deveria ter tentado, por todos os meios, evitar que algo assim aconteça. Mas quem está em contato direto com o aluno é o professor. E esse quem sabe (ou deveria saber) o mal irreparável que uma greve como essa causará no aprendizado de quem precisa. Obrigado pela atenção.

Márlon Soares disse...

Oi Hugo.

Foi por nos preocuparmos com os alunos que tentamos negociar há mais de dois anos e aceitamos 4% de miséria em 2011, que não foram devidadamente pagos (desvincularam nossa insalubridade). Veja que fizemos de tudo um pouco para não chegar nesse ponto. No final, resta-nos um único mecanismo de protesto. A greve. Pense de uma forma mais global, mais abrangente. Não somos nós que devemos ser responsabilizados por vocês. Precisamos do apoio dos alunos. O estado que a coisa se encotra agora não é culpa nossa. Pense nisso. Abraço.

blogdosergiomoura disse...

Olá Hugo,
respeitosamente, me dirijo a você para dizer que respeito profundamente sua forma de pensar e as questões colocadas de maneira igualmente respeitosa.
Gostaria de retornar pelo menos algumas das questões que acho bastante importante em seu texto.
Uma delas diz respeito ao direito de greve. Saiba que eu e muitos de meus colegas, não gostamos da situação de estar em greve. A greve para nós é uma resposta ao governo federal que vem fugindo à responsabilidade de reunir e achar formas de avançar nas questões.
Saiba portanto, que a principal motivação desta greve refere-se à questão da Carreira que é proposta pelo governo da seguinte forma:

Os professores que ingressam, todos passam a ingressar como auxiliar, independente da titulação, o que significa 24 anos para alcançar o topo da carreira, se não concorrerem condições especiais.

Avaliação: a progressão se dará por meio de “avaliação de desempenho, de acordo com diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação e Ministério da Defesa” — ou seja, esses ministérios terão a
prerrogativa de prescrever a forma como seremos avaliados, sem nossa interferência.

Ensino e pesquisa: docentes não vinculados a programa de pós-graduação há pelo menos dois anos não poderão progredir até a classe de associado — ou seja, teremos uma discriminação na carreira, separando na classe de Associado os docentes “de elite” e bloqueando o ascenso dos demais.

Aulismo: a progressão poderá ser acelerada na mudança entre níveis de uma mesma classe se o professor assumir carga horária igual ou superior a 12 horas semanais de aula na graduação.


É fato que uma das mais importantes funções do professor na Universidade é ensinar, porém, com as condições que estão previstas, dificilmente um professor terá prazer em ministrar tantas aulas, sem as condições para pesquisar. O que significa que uma parcela maior de estudantes na UFG não poderão participar como monitores de pesquisa, porque não haverá pesquisa suficiente para tanto.

A questão é que o Governo Federal nos empurrou para esse momento, pois se não nos manifestarmos e protestarmos, o futuro da federais começa com a desvalorização dos professores, mas termina com a impossibilidade de alunos como você que são trabalhadores e precisam trabalhar para sustentar as despesas da vida, pois cada vez mais, menos teremos condição de formar com qualidade os quadros profissionais da nossa nação.

Sua indignação é legítima, mas peço que direcione-a para apoiar uma causa que tem sim motivos políticos, mas tem seu centro na vida das pessoas que querem fazer da universidade pública, verdadeiramente um lugar para melhorar as vidas de centenas de milhares de pessoas que a buscam em prol de construir um futuro melhor.
Obrigado por debater honestamente nesse lugar.
Um abraço

blogdosergiomoura disse...

Lamentavelmente, alguns comentários não tem a qualidade e o nível mínimo necessários para serem publicados neste blog.

Att. o proprietário do blog.

Luiz Nascimento disse...

Convido a assistirem ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Au89P-dg9Js é a matéria que rodou. Ajude a divulgar....

blogdosergiomoura disse...

Luiz Nascimento,
o link não está disponível. De qual matéria você se refere?